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terça-feira, 7 de maio de 2013

A economia nos limites

Para Lara Resende, a correlação entre nível de renda e bem-estar deixa de ser verdadeira em países muito ricos


A dimensão social da realidade econômica, deixada de lado pelos economistas; a estrutura física da Terra, abusada pela sanha produtiva da humanidade; o bem-estar que não se deixa medir pelas variáveis do crescimento da renda. São temas que poucos esperariam encontrar no texto de um economista. A não ser que esse economista se veja, em algum momento, como "ex-economista"; é o que chegou a fazer o carioca André Lara Resende no livro "Os Limites do Possível - A Economia Além da Conjuntura" (Portfolio Penguin, 288 págs., R$ 44,90), que reúne artigos redigidos entre 2006 e 2013, dez dos quais publicados noValor. O lançamento, na segunda-feira, inaugura o selo dedicado a economia e negócios da editora Companhia das Letras.

A definição como "ex-economista", nos anos que precederam a crise dos subprimes, deve-se em parte à conclusão do estudo do tema a que dedicou grande parte da carreira, a inflação crônica; e em parte, também, por desencanto com os rumos que a teoria macroeconômica tomou.

Já a crise iniciada em 2008, diz Lara Resende, ressuscitou seu interesse pelo assunto, acrescido de preocupações com problemas que estão nos limites da reflexão econômica, ou mesmo além desses limites.

Na década de 1980, o economista se dedicou ao problema da inflação crônica brasileira e fez parte das equipes que criaram os planos Cruzado e Real. No governo de Fernando Henrique Cardoso, ocupou o cargo de presidente do BNDES. Lara Resende fala ao Valor sobre os rumos da crise no mundo, seus reflexos no Brasil e as implicações de longo prazo para a humanidade como um todo.

Valor: O senhor introduz o livro com uma provocação: em 2006, considerava-se um "ex-economista" quando recebeu o prêmio de economista do ano da Ordem dos Economistas do Brasil. Em que consiste um "ex-economista"?

André Lara Resende: O prêmio me surpreendeu, eu me considerava um ex-economista, como se dissesse "missão cumprida"...


Valor: Por causa do Plano Real?

Lara Resende: Por todo o desafio de entender o problema da inflação crônica e a indexação, projeto ao qual me dediquei por muito tempo.


Valor: O senhor se mostra desencantado com a macroeconomia, que virou "uma área menor da matemática aplicada", com inveja da física, e cita Joseph Schumpeter [1883-1950] para lamentar a falta da dimensão social da disciplina.

Lara Resende: Depois do Plano Real, tive vontade de fazer uma imersão na teoria. No dia a dia do mercado financeiro, perdemos rapidamente pé com o que se faz na academia. Voltei a ler e concluí que estava chato demais. Era sempre a mesma coisa: o modelo dinâmico estocástico de equilíbrio geral e alguma variação. Não havia nenhuma contribuição nova. Então eu me disse: "Sou um ex-economista". Aí veio a crise e o tema voltou a ser interessante.


Valor: O desconforto com a macroeconomia é generalizado. Em livros, artigos de jornal, estudos, a disciplina é criticada por todos os lados. É preciso repensá-la desde a base?

Lara Resende: Com a crise, a área sofreu um baque enorme. Na segunda metade do século XX, a economia tentou mimetizar as ciências exatas, pensando que elas, sendo mais formais, usando o instrumental da matemática, dão respostas mais precisas. O instrumental matemático ajuda muito, sim, mas tem limite. A economia não é ciência exata, é parte das ciências sociais. Ela é um subconjunto de uma teoria filosófica. Formalizada, a economia foi conduzida a um beco sem saída. Ficou estéril. Baseada no modelo paradigmático de equilíbrio competitivo, sem nada a ver com a realidade, e no qual se introduzem distorções, para aproximá-lo de determinados problemas específicos da realidade. Isso é um jogo bastante repetitivo.

Valor: Com a crise, no Brasil e no mundo a atuação do Estado voltou ao primeiro plano. Como o senhor vê a volta da ação do governo?

Lara Resende: O caso brasileiro e o americano são bem diferentes. No Brasil, o governo usou a política fiscal com a desculpa de que era anticíclica. O que deveria ter sido feito era política monetária. Em nenhum momento a situação brasileira foi como a crise dos EUA e da Europa. Não houve estouro de bolha, nem excesso de endividamento. O Brasil foi atingido pela via do comércio externo. Foi uma janela de oportunidade perdida para baixar os juros. Na Europa e nos EUA, a questão era diferente. Com o que se aprendeu da crise de 1930, os governos conseguiram evitar o colapso. Com a política monetária, reduzindo os juros para zero e transferindo dívida privada para o setor público, chegou-se à situação de excesso de endividamento público, enquanto a dívida privada não foi eliminada. A política monetária já está no nível zero, mas a economia não se recupera. Essa é a situação que o Japão já enfrenta há 20 anos e agora parece ter chegado aos EUA. Qual é a solução?

Valor: Tanto no Japão quanto nos EUA, insiste-se em inundar o mercado com dinheiro.

Lara Resende: Não surpreende. Desde a visita de [Milton] Friedman [1921-2006] ao Japão, acredita-se que com mais moeda, ainda que por caminhos desconhecidos, reativa-se a economia. Quem se opõe é a linha keynesiana. [John Maynard] Keynes [1883-1946] mostrou que estamos na armadilha de liquidez e a política monetária é incapaz de reavivar a economia. A única solução é voltar a Keynes: política fiscal

com aumento de gastos públicos, para servir de motor de arranque para a economia. Os críticos aos keynesianos respondem que a situação é diferente dos anos 1930, quando o endividamento privado não existia, porque tinha sido destruído pela depressão. Hoje, tanto o setor privado quanto o público estão muito endividados.

"Temos de voltar ao conceito clássico da boa vida, relacionado a viver bem, à satisfação de prazeres, às fontes de felicidade"

Valor: Isso é um impasse? O risco de colapso foi só postergado, em vez de evitado?

Lara Resende: Houve uma opção clara: os custos sociais e políticos de uma depressão, ou seja, deixar que os muito endividados quebrem e a dívida desapareça, são muito altos. Hoje, ninguém questiona essa opção. Schumpeter talvez considerasse essa resposta um equívoco, porque o capitalismo precisa de forças destrutivas para se renovar. Sem a renovação, ganha-se ao evitar a crise, mas perde-se pela esterilização do dinamismo. O resultado é a longa estagnação. É substituir, como diz [Karl] Marx, o fim horroroso pelo horror sem fim.


Valor: No Brasil, tivemos o uso da política fiscal, depois a redução dos juros, e agora a inflação acima da meta e o crescimento baixo. Qual é a particularidade do caso brasileiro?

Lara Resende: Hoje, acho que há uma certa leniência com a inflação. Pode ser que seja um viés meu, um trauma com a inflação, mas acho essa leniência muito perigosa. A credibilidade do sistema de metas e do Banco Central foi conquistada a duras penas. Por exemplo, uma das explicações para as taxas de juros excepcionalmente altas nos últimos anos é que o BC tinha que obter credibilidade. Quando o BC finalmente começava a conseguir a credibilidade, ela começou a ser erodida. É preocupante.

Valor: E a política fiscal?

Lara Resende: O Brasil tem um problema essencial, que não é de hoje, mas dos últimos 50 anos, que é a insuficiência de poupança e, portanto, de investimento. Sem a poupança privada, a solução estaria na poupança pública: reduzir o déficit público e dar estímulo à poupança privada, para que invistam e aumentem a oferta. O Brasil tem feito exatamente o oposto. Estimula sempre a demanda agregada, que está batendo no teto, nos gargalos. Mas se fosse para aumentar gasto público, que fosse no investimento, não nos gastos correntes.

Valor: Seu texto de agosto de 2011 lista esses traços da economia brasileira. De lá para cá, a única variável relevante que se alterou foi a taxa de juros, com a política de redução da Selic.

Lara Resende: O que digo nesse artigo é justamente que a taxa de juros já deveria ter caído, na crise de 2008. Havia quem contra-argumentasse dizendo que, depois, a Selic teria de subir de novo. Quando o BC enfim baixou os juros, houve fortes críticas, mas eu não estava tão convencido de que fosse um erro. Agora acho que o BC subiu os juros com atraso.

Valor: Um objetivo da redução da Selic era incentivar o investimento de longo prazo. Em quanto tempo esse efeito é visível?

Lara Resende: Aumentar os investimentos de longo prazo e o investimento público é mais fácil de falar que de fazer. É necessário ter uma programação e uma logística que não são nada claras. Não se consegue investir com agilidade. O governo americano está tentando, por exemplo, e tem dificuldade.

Valor: E o investimento privado?

Lara Resende: No longo prazo, depende dos chamados "espíritos animais", que dependem, por sua vez, de muita confiança. Mas o governo tem sido titubeante e contraditório. Com isso, piorou muito a visão empresarial sobre o Brasil. Ainda mais no exterior, onde era muito positiva até há poucos anos, e agora está péssima. Foi uma guinada enorme. A percepção doméstica era mais matizada, não tão positiva, e agora não é tão negativa. Mas também piorou.

Valor: O senhor descreve o Plano Collor como "barroco, complexo e agressivo, embora fracassado". Em seguida, diz que ele reduziu o endividamento público e, sem isso, o Plano Real seria impossível. Essa relação é tão estreita assim?

Lara Resende: Esse trecho é uma provocação talvez forte demais. A inflação crônica é fruto do endividamento público excessivo. Só é possível estabilizar a economia se o endividamento for reduzido. No Brasil, o Plano Collor fez, de maneira violenta, agressiva, uma redução drástica no endividamento público, que facilitou o programa de estabilidade posterior. Por sinal, hoje posso dizer que eventualmente essa questão vai aparecer no mundo desenvolvido, também. Alguma forma de redução agressiva da dívida pública vai ser inevitável.

Valor: A desigualdade é um tema que aparece em vários textos, com a avaliação de que o bem-estar proporcionado pela diminuição da desigualdade beneficia também os ricos. Como se obtém uma sociedade mais igual sem arriscar a livre iniciativa e as liberdades individuais?

Lara Resende: A experiência do comunismo soviético levou a uma profunda desconfiança contra a busca da igualdade social, com a suspeita de que isso implique aceitar a redução das liberdades individuais. Mas é possível ter sociedades mais homogêneas e democráticas, como na Escandinávia. Os céticos dizem: basta garantir a igualdade de oportunidade. Mas mesmo esta não pode prescindir da ação de governo. As duas são importantes: igualdade de oportunidades e um mínimo de homogeneidade. Isso deve ser obtido não de forma autoritária, mas com políticas de compensação, que vão do investimento em educação à oferta de cultura.

Valor: Isso inclui as cotas universitárias?

Lara Resende: Eu tinha uma implicância com as cotas, porque é o tipo de coisa que sempre pode levar a abusos. Mas devo confessar que tive que rever minha opinião. Pensei muito nisso nos últimos anos e acho que políticas compensatórias devem ser adotadas.

Valor: Seu livro discute, também, o crescimento como paradigma da economia. A crise teria freado a crença no crescimento como meta absoluta. Como o senhor enxerga o tema do crescimento, a partir da crise de 2008?

"O raciocínio econômico está assentado sobre a ideia de que o processo produtivo cria sem exaurir o mundo físico"

Lara Resende: Esta crise é um caso clássico de crise financeira. O tema do crescimento econômico é importante por outro lado. Ele aparece como objetivo porque, até hoje, foi uma variável aproximativa para o bem-estar. Esse, sim, deve ser o objetivo da política econômica. Mas a correlação entre crescimento e bem-estar pode estar se esgotando. A evidência empírica mostra que é uma correlação verdadeira, mas só até um nível de renda surpreendentemente baixo. Algo como US$ 75 mil anuais de renda. Acima disso, a relação se enfraquece. O bem-estar está associado a outras coisas, como a homogeneidade social. A desigualdade é profundamente desagregadora do espírito social, que é importante para o bem-estar. É evidente, também, como ficou gritante com a entrada da China no mundo do consumo, que nas condições atuais de tecnologia é impossível manter 7 bilhões de pessoas com o padrão de consumo semelhante ao dos países desenvolvidos.

Valor: Além do limite do crescimento possível, haveria um limite do crescimento desejável?

Lara Resende: É preciso fazer essa pergunta. O país que está na fronteira desse problema é o Japão. Chega um ponto em que o país envelhece, reduzindo o crescimento via demografia; e as pessoas ficam saturadas com o consumo. Chegou-se a um nível de renda e de sofisticação em que não se avança mais. A saturação faz com que a economia tenda a ser menos dinâmica.

Valor: Os japoneses, agora, decidiram voltar a perseguir o crescimento. Shinzo Abe, o primeiro-ministro, promete dobrar a base monetária para reativar a economia.

Lara Resende: Tenho dúvidas sobre a tentativa de reanimar a economia artificialmente. A digestão de excesso de dívida com crescimento me parece hoje mais questionável que no passado. Abe quer levar ao extremo algo que começou no próprio Japão, por sugestão de Friedman, em 1998. Nos EUA, Ben Bernanke lançou o "quantitative easing" três vezes, embora menos agressivamente. De outra forma e

por questões políticas, o BCE [Banco Central Europeu] fez o mesmo, assim como o Banco da Inglaterra. É um grande ponto de interrogação em que vai dar esse experimento de política monetária.

Valor: Se a macroeconomia se preocupa tanto com o nível do produto, como ela tem de se transformar para pensar o "pós-crescimento"?

Lara Resende: Precisamos entender que o processo da economia, a produção, o consumo, cria um problema que é mais do que econômico. Existem limites físicos para o crescimento. Isso foi brilhantemente demonstrado por Nicholas Georgescu-Roegen [1906-1994], pioneiro da tese de que havia erro na concepção da economia que pode crescer sempre. O raciocínio econômico está assentado sobre a ideia de que o processo produtivo cria sem exaurir o mundo físico. Mas isso viola a lei da entropia. Todo processo de produção dissipa energia não recuperável. Aquilo que era correto e interessante conceitualmente, hoje tem aplicação prática.


Valor: Quais são os caminhos abertos para lidar com esse problema?

Lara Resende: Há duas teses radicalmente opostas. Os otimistas desconsideram o problema, dizendo que a evolução da tecnologia o resolverá. Do outro lado, a figura paradigmática do pessimismo soturno é James Lovelock, autor da teoria de Gaia. Ele diz: houve um desequilíbrio no macrossistema do planeta. O ser humano, que sempre somou algo como 200 milhões de pessoas sobre a Terra, de repente, em dois ou três séculos, passa a 7 bilhões. Isso é insustentável. É como uma epidemia, e a própria biosfera vai resolver a doença, reduzindo o número de humanos sobre a Terra. Como isso vai acontecer, não se sabe, mas vai. É uma posição bem desagradável, não? Não estamos habituados à ideia de que certas coisas não têm solução.

Valor: Não existe algum meio-termo um pouco mais palatável?

Lara Resende: No meio do caminho tem a posição dos ecologistas. É curiosa. Fala-se na passagem para o crescimento sustentável, mas tenho a impressão de que são duas palavras de um antagonismo radical. De que adianta juntar o aposto "sustentável" à noção de crescimento? Isso não a neutraliza. A tese de Robert e Edward Skidelsky, pai e filho [autores de "How Much is Enough?"], é que há um equívoco. O enriquecimento existe para que se aproveite a vida. Para ter uma boa vida. Temos de voltar ao conceito clássico da boa vida, relacionado a viver bem, à satisfação de prazeres, às fontes de felicidade. Mas eles são críticos, e concordo com eles, da ideia de usar o conceito de felicidade para substituir a renda. Não sabemos como definir a felicidade. Se é um conceito existencial, não é quantificável. Se é utilitarista, não pode ser referência como objetivo de vida. O filósofo Michael Sandel também discute a necessidade de mudar algo na cultura, na nossa visão de mundo. Teríamos de buscar uma vida confortável e agradável, largando o objetivo de possuir cada vez mais, especialmente bens materiais. Mas ainda estamos muito, muito longe disso.

Valor: Quando seus artigos começaram a tratar do "limite do possível", a recepção foi mais forte do que o senhor esperava. Como está esse debate, do ponto de vista intelectual?

Lara Resende: Ainda muito polarizado. Por um lado, há os otimistas de que falei, que desconsideram completamente essa questão, como se fosse um modismo, com apelo entre os jovens: "Quer fazer sucesso, então se diga verde"! Eles ficam irritados quando um economista - digamos assim - "neoclássico" leva o tema em

consideração. Do outro lado, há os que tratam o problema de modo quase religioso. Para eles, se acredito que o planeta tem limites físicos, sou contra o mercado, o sistema de preços, o capitalismo... Isso é uma falsa oposição. O sistema de preços competitivos não é nem de direita nem de esquerda. É um instrumento de transmissão de informação, com o qual muitos tipos de sociedade podem ser construídos.

Valor: Iniciativas de precificar os limites da Terra, como o Protocolo de Kyoto, não avançaram por motivos políticos: países muito relevantes, a começar pelos EUA, mantiveram distância.

Lara Resende: A precificação do problema ecológico reflete um caso clássico de falha de mercado. É um bem público, ou seja, sem custos privados, mas com custos públicos para o consumo. O preço não aparece para o indivíduo. Precificar esses custos com preços-sombra, através de regulamentação, dá de frente com o fato de que é um problema planetário, que exigiria uma governança mundial. Essa é outra questão: o mundo está interligado e precisa de governança internacional... Mas não tem.

Valor: No livro, o senhor associa a necessidade de regulação mundial à crise de 2008. Mas os avanços nesse sentido foram tímidos. Há espaço para tamanha coordenação internacional?

Lara Resende: Nenhuma tentativa de coordenação, desde 2008, foi objetiva. Ainda estamos com o arcabouço discutido na crise de 1930, que levou à conferência de Bretton Woods. Esse arcabouço parece ter ficado obsoleto e inadequado para o avanço de problemas cada vez mais supranacionais. Sempre fui entusiasta da União Europeia, achando que era o grande experimento nessa direção. Infelizmente, a moeda única foi uma precipitação. A crise está testando a convicção política, na UE, de que é necessária uma governança supranacional. Hoje, não está claro que esse teste vai sobreviver.

Valor: O senhor também sugere criar uma moeda supranacional, que não fosse vinculada às instituições nacionais. Como lhe parece essa discussão, que ressurgiu há dois anos?

Lara Resende: Sempre achei isso muito importante. Uma moeda internacional que não substitua as moedas nacionais. Haveria uma moeda de reserva internacional, emitida por um órgão de governança internacional. Não seria como os direitos especiais de saque, do FMI [Fundo Monetário Internacional]. Seria uma moeda no duro. Ela poderia ter circulação e câmbio livre com as moedas nacionais.

Valor: Isso faz lembrar o padrão-ouro.

Lara Resende: Com a diferença de que, como a oferta de ouro era limitada, o padrão-ouro criava problemas deflacionários enormes. O objetivo da moeda internacional seria evitar o efeito desorganizador de uma moeda nacional, como o dólar, funcionando como reserva internacional. Se o país precisa, faz política monetária com objetivos domésticos. Isso é muito desorganizador no plano internacional.

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Por Diego Viana e Robinson Borges | De São Paulo

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ministra volta a afirmar recomendação por veto ao Código Florestal



RIO - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltou a afirmar que o ministério recomenda o veto à íntegra do texto do Código Florestal aprovado pelo Congresso.

De acordo com ela, o governo não concorda com qualquer retrocesso na legislação ambiental e com qualquer situação que cause impedimentos à produção sustentável de alimentos.

“No debate, o Código tem que atender a toda sociedade e proteger o meio ambiente”, disse Izabella, que participou de debate sobre a Rio+20 nesta sexta-feira.

“Nós temos que ter respostas para os pequenos e o texto que foi aprovado na Câmara lamentavelmente exclui o que o Senado tinha buscado de soluções para os pequenos”, acrescentou.

(Marta Nogueira/Valor)

domingo, 15 de abril de 2012

Novos números de desmatamento no País

Situação atípica no Mato Grosso está sendo investigada. Ibama e outros órgãos federais estão em campo desde o início do ano. Em três meses, foram embargados 7 mil hectares e aplicados R$ 49,5 milhões em multas.
O desmatamento na Amazônia Legal, identificado pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), caiu 48,2% em março deste ano frente ao mesmo mês de 2011, de 116 para 60 quilômetros quadrados. Na comparação do período de agosto a março 2010/2011 com agosto a março de 2011/2012, o total da área desmatada ficou estável. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (5), em Brasília, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os números apontaram um pico de desmatamento no estado de Mato Grosso em fevereiro. De acordo com Izabella Teixeira, isso aconteceu porque a região ficou encoberta por nuvens de outubro de 2011 a janeiro de 2012. Com a redução da cobertura de nuvens em fevereiro, foi possível detectar os desmatamentos acumulados no período, que somaram 307 quilômetros quadrados. “Estamos pedindo à Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso para verificar legalidade desses desmatamentos”, afirmou a ministra.

Migração – O Ministério do Meio Ambiente (MMA) também verificará os motivos da elevação do desmatamento em Roraima. Segundo Izabella Teixeira, o aumento do desmatamento de 12 para 56 quilômetros quadrados no período de agosto/2011 a março de 2012 frente a igual intervalo em 2010/2011 pode estar relacionado à migração de atividade madeireira ou outras atividades econômicas para o Sul do estado. Nos demais estados da Amazônia Legal, ainda não é possível avaliar o desmatamento em virtude da grande cobertura de nuvens.

Os dados do Deter são fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fins de fiscalização. Esses dados são disponibilizados mensalmente no site do Inpe. A ministra destacou que agentes do Ibama em conjunto com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Chico Mendes, estão em campo desde 1º de janeiro intensificando a fiscalização. “Estamos mudando a estratégia, sem esperar virem dados do Deter para agir”, disse. Do início de 2012 até 16 de março, o Ibama embargou 7 mil hectares e aplicou R$ 49,5 milhões em multas por desmatamento ilegal.

* Confira os relatórios mensais completos: http://www.obt.inpe.br/deter.
** Publicado originalmente na EcoAgência.
(EcoAgência)

Presidente já reduziu áreas protegidas em prol das hidrelétricas


A defesa da construção de hidrelétricas na Amazônia pela presidente Dilma Rousseff não se limita ao discurso como o feito anteontem no Planalto. Essa defesa impôs recentemente a redução de 1.032 quilômetros quadrados da área de cinco unidades de conservação na floresta, abrindo caminho para duas novas usinas. A medida provisória que muda limites de áreas de proteção foi editada discretamente em janeiro e tem de ser aprovada pelo Congresso até o último dia de maio.

Anteontem, a presidente acusou a oposição à construção de hidrelétricas de “fantasiosa”. A pouco mais de dois meses de sediar a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a presidente reagiu a pressão de ambientalistas que veem retrocesso na área ambiental e reafirmou a busca de acordos para combater o aquecimento global e a pobreza: “Ninguém numa conferência dessas também aceita, me desculpem, discutir a fantasia”.


A presidente havia pedido pressa nas providências para construção das usinas de São Luiz do Tapajós e de Jatobá, no Pará. A primeira dessas usinas é a maior do Complexo Tapajós, com potência de 6.144 MW (megawatts), mais do que metade da gigante Belo Monte. O governo quer que essa usina entre em operação em novembro de 2016.

Texto que acompanha a medida provisória diz que, após a inundação da área do reservatório da usina, o governo deverá aumentar unidades de conservação ou criar novas áreas de proteção para compensar a perda imposta a cinco áreas. A redução nessas unidades equivale a quase 70% do tamanho da cidade de São Paulo.

O Ministério do Meio Ambiente estuda a criação de uma estação ecológica de mais de quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo, que ganhará o nome de Alto Maués, no Amazonas. O projeto enfrenta resistências no Estado por conta da exploração de madeira na região.

Mas é apontado como a principal opção para compensar a redução imposta pelas usinas hidrelétricas do Tapajós. A área abriga a maior concentração de primatas conhecida no mundo, de acordo com informações do Instituto Chico Mendes.

(Ecodebate, 09/04/2012) publicado pela IHU On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização da informação.

Economia verde e sustentabilidade serão eixos da Rio+20


Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, não deve ser vista como uma revisão da conferência que o Rio sediou há 20 anos, a Eco 92. "Não se trata de voltar ao passado, de rever documentos acordados. A Rio+20 não está modelada na Eco 92, mas no desenvolvimento sustentável a partir de duas mensagens-chave: economia verde e governança de modo sustentável", disse a ministra ao participar ontem (29) de audiência pública no Senado.

Izabella Teixeira ressaltou que é preciso definir os termos de aplicação da economia verde. "Falta discutir se a economia verde leva à inclusão social, se realmente permite a geração de empregos. Não se coloca com clareza, também, se os países desenvolvidos estão, de fato, dispostos a transferir tecnologia".

Para a ministra, as ações do Brasil em favor da preservação do meio ambiente, nas definição de metas de emissão de gás carbônico (um dos gases de efeito estufa) e na erradicação da pobreza, fazem com que o país seja visto como estratégico na construção de soluções a partir da conferência.

"A leitura dos países é que o Brasil evoluiu muito nos últimos 20 anos, desde a Eco 92, mas que ainda tem os seus problemas e desafios imensos pela frente", disse. "Esse reconhecimento dá ao Brasil as condições de ser o país anfitrião, facilitador, negociador e de aproximação dos vários povos do planeta. É isso que se espera do país. Não é só uma agenda ambiental, é uma agenda de sustentabilidade e desenvolvimento", completou.

Um dos pontos sobre o qual ainda não há consenso, segundo a ministra, é quanto ao formato de reestruturação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), criado há 40 anos. "O que se discute é o fortalecimento do Pnuma, com uma leitura de que esse fortalecimento pode ser feito passo a passo, tendo uma visão de gestão. O programa ganharia contornos de uma agência internacional, mas ainda não há consenso quanto a isso".
 Agência Brasil

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A MENTIRA DAS SACOLHINHAS “ECOLÓGICAS”! - De anônimo


 
Os supermercados diziam gastar R$ 200.000.000 (Duzentos Milhões) de Reais distribuindo “De Graça"  7.000.000.000 (7 Bilhões) de sacolinhas de plástico todo ano aos consumidores e que cada sacolinha tinha um custo em torno de R$ 0,04 (4 Centavos) de Real.
1a. GRANDE MENTIRA: > Os 200 milhões já estavam embutidos nos custos do supermercado e eram pagos pelos clientes. Assim como é a luz, a limpeza e até o sorriso dos caixas.  Tudo pago por você, consumidor. Os Grandes supermercados (Extra, Pão de Açúcar, Carrefour), numa compaixão inédita em favor do meio ambiente se uniram para exterminar o uso de sacolinhas de plástico que eram dadas aos clientes, tudo isso pensando apenas no meio ambiente.


2a. GRANDE MENTIRA: > Uma simples conta de matemática prova essa mentira. Ao invés de "DAR" as sacolinhas (venda disfarçada dentro dos outros produtos), os supermercados agora irão "VENDER" (diretamente) aos consumidores sacolinhas biodegradáveis (mais uma mentira que falaremos depois) ao custo de R$ 0,19 (Dezenove centavos) de Real cada uma, 5 vezes o valor da antiga sacolinha. É ai que entra a mágica: > 7 Bilhões de Sacolinhas ao custo de 19 centavos por unidade, vão gerar aos supermercados um ganho anual de R$ 1.330.000.000 (UM BILHÃO E TREZENTOS E TRINTA MILHÕES ) DE REAIS POR ANO.  Mesmo que apenas METADE das pessoas que vão a supermercado comprem sacolinhas ainda serão R$ 665.000.000 (SEISCENTOS E SESSENTA E CINCO MILHÕES) DE REAIS POR ANO, ou seja: 3 vezes mais do que ELES JÁ GANHAM ATUALMENTE.
 
Mas e as Sacolinhas Biodegradáveis? Bem as sacolinhas são biodegradáveis apenas se elas forem corretamente processadas em usinas de compostagem.  Acontece que essas usinas NÃO EXISTEM, NÃO FORAM CONSTRUIDAS e talvez lá por 2014 a primeira comece a funcionar... E OLHE LÁ.


3a. GRANDE MENTIRA
Outra GRANDE MENTIRA que os supermercados usaram para Banir as sacolinhas de plástico foi a desculpa sem vergonha que durante as chuvas, essas sacolas entupiam as boca de lobo e provocavam enchentes. Por quê? Porque as pessoas usavam as sacolinhas para jogar lixo fora (Ué, isso não era conhecido como reciclagem?).  Mas agora elas terão que comprar Sacos de lixo para esse fim, não é?!  SÓ QUE ISSO É MELHOR AINDA PARA OS SUPERMERCADOS. 

Como?Outra simples conta de matemática. Cada pessoa que reciclava as sacolinhas de plástico usa em media três por dia para condicionar o lixo (uma no banheiro, uma na cozinha e mais uma na pia da cozinha para resto de comida).  Pois bem.  Isso dá em media 90 sacolinhas por mês, usadas para jogar lixo fora (3x30=90). 

Os supermercados vendem o pacote vendem um pacote com 100 sacos de lixo em media por R$ 12 (Doze) Reais. Então durante um ano uma pessoa vai gastar 1080 sacos de lixo (12x90) e vai precisar comprar 11 pacotes de saco de lixo (11*100 = 1100) gastando R$ 132 (Cento e Trinta e dois) Reais. Preço razoável, certo?>ERRADO! Lembra-se dos 7 Bilhões de Sacolinhas que os Supermercados "davam" todo ano. Se eu divido esses 7 Bilhões por 100 eles serão equivalentes a 70.000.000 (SETENTA MILHÕES ) de Pacotes de sacos de lixo com 100 unidades cada.  70 Milhões de pacotes vezes os R$ 132 por ano que cada pessoa vai precisar pagar para jogar o lixo fora vão gerar um lucro aos Supermercados (que vão vender esses sacos de lixo) R$ 9.240.000.000 (NOVE BILHÕES E DUZENTOS E QUARENTA MILHÕES) de Reais. 

Ou seja: Dane-se a sacolinha ecológica! Eles querem mesmo é que você compre sacos de lixo, pois eles vão ganhar 7 vezes mais. Indignado?  Então passe essa mensagem para frente e mostre a verdade para aqueles que ainda fazem papel de idiota defendendo essa canalhice. 



domingo, 18 de setembro de 2011

Novo relatório regional da ONU sobre eficiência de recursos traz estudos de caso do Brasil e de outros países da América Latina





O que:
Coletiva de imprensa de lançamento do relatório Eficiência na utilização de Recursos na América Latina: Perspectivas e Implicações Econômicas

Quem:
Elisa Tonda — Oficial de Projetos do PNUMA
Maria Amélia Enriquez — Especialista do Painel Internacional de Recursos do PNUMA
Volney Zanardy — Diretor do Departamento de Gestão Estratégica do Ministério do Meio Ambiente

Quando:
Sala Sérgio Vieira de Mello do PNUD
EQSW 103/104, Lote 01, Bloco D. Setor Sudoeste – Brasília, Brazil

Onde:
Terça-feira, 20 de Setembro, às 11h30m

Registro de jornalistas:
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Recursos naturais, de matérias-primas a terra, água, ar e ecossistemas, são fundamentais para o funcionamento da economia e para a nossa qualidade de vida. Porém, a pressão sobre esses recursos continua a crescer. Políticas e medidas para a eficiência no uso de recursos, que garantam também a redução desse uso, são necessárias para sustentar o desenvolvimento econômico sustentável no planeta e, particularmente, nas regiões da América Latina e da Ásia-Pacifico.

O relatório da América Latina foca em três temas: 1) uso da água, 2) mudanças no uso da terra e 3) energia e mudanças climáticas. Tais questões são examinadas por meio de diversos estudos de caso sobre políticas e iniciativas relevantes no Brasil, Argentina, Chile, México, Paraguai e Uruguai.

O estudo apresenta quatro possíveis cenários para o período 2010-2030, no que diz respeito a mudanças nas principais variáveis que afetam a sustentabilidade e a eficiência de recursos.

Tanto a América Latina como a Ásia-Pacífico se tornaram regiões muito dinâmicas. Essas duas regiões exercem uma grande influência na sustentabilidade global, o que representa uma importante oportunidade para acelerar a transição para uma economia verde para todos.

Os relatórios sobre eficiência na utilização de recursos na América Latina e na região Ásia-Pacífico serão lançados simultaneamente em Brasília, no Panamá, México, Pequim, Nova Déli e Davos.

Brasil

Um dos maiores desafios ambientais enfrentados pela região latino-americana é reduzir o consumo da água. Dentre os casos analisados no estudo, está o da Bacia do rio Paraíba do Sul, onde as águas estão sofrendo grande pressão por consequência de 8.500 plantas industriais e do rápido crescimento da população da área. O relatório mostra que a implementação de impostos tem ajudado a mostrar o valor econômico dos recursos hídricos e a importância de seu uso sustentável.

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Para participar da coletiva de imprensa, favor enviar e-mail com informações de contato para comunicacao@pnuma.org

Para maiores informações:
Amanda Talamonte
Assessoria de Comunicação
Escritório do PNUMA no Brasil
+55 61 3038-9237

sexta-feira, 18 de março de 2011

Crescerá mais a produção de automóveis. O MUNDO CHEIO



SÃO PAULO – A General Motors do Brasil anunciou hoje que vai criar o terceiro turno de produção de veículos na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Serão contratados 1.500 empregados, a maioria por tempo indeterminado, explicou o presidente da GM na América do Sul, Jaime Ardila.
Com a medida, a companhia espera ampliar a capacidade de produção neste ano, de 200 mil para 250 mil veículos. “Em 2012, devemos chegar a 280 mil veículos”, afirmou Ardila. A unidade de São Caetano ainda será responsável pela produção de quatro modelos totalmente novos. 

Ardila explicou que as contratações começam agora e terminam até o meio do ano. Os funcionários temporários da companhia, que não tiveram contrato renovado há dois anos atrás, terão prioridade. “Temos uma dívida com essas pessoas. Além disso, elas já estão treinadas.” A maioria será empregada na montagem de veículos e uma pequena parte em funções especializadas. 

As medidas foram anunciadas durante encontro da direção mundial da montadora com o governador paulista Geraldo Alckmin e fazem parte do programa de investimento da GM no Brasil, de mais de R$ 5 bilhões para o período entre 2008 e 2012.

“O Brasil é um mercado-chave na economia global. Os investimentos que estamos fazendo no país demonstram nossa confiança no seu potencial de crescimento”, disse o novo presidente mundial da empresa, Dan Akerson, acrescentando que o Brasil é hoje o terceiro maior mercado da GM no mundo.
Questionado sobre o fato de a GM ocupar a terceira posição no mercado brasileiro, atrás de Fiat e Volkswagen, Akerson disse que não está satisfeito com isso e que a companhia vai trabalhar para assumir o primeiro lugar, o que ele espera que aconteça com os novos lançamentos.

O executivo afirmou ainda que o crescimento médio nas vendas da GM, de 50 mil veículos a cada ano, influenciou na decisão de abrir o terceiro turno de produção na fábrica de São Caetano.

O governador Geraldo Alckmin afirmou que os investimentos mostram a confiança da montadora no Brasil e no Estado de São Paulo. “As montadoras são importantes para o Estado porque geram vários empregos”, ressaltou.

(Fernando Taquari | Valor)

Comentários do Blog

Essa visão que muitos celebram como um indicador do sucesso do crescimento econômico está trazendo um alto custo para a sociedade como um todo. Alguém terá que pagar esse custo. 

Na visão de uma corrente da economia, a Economia ecológica, a aceleração continuada da economia global, que consome quantidades cada vez maiores de recursos materiais, insumos energéticos e serviços naturais, o mundo está cada vez mais saturado ou o que os economistas chamam "mundo cheio".

O planeta é finito e não poderá crescer infinitamente, triplicar, quadruplicar quintuplicar a frota de automóveis, caminhões, ônibus, carretas, em fim transportes rodoviários. Chegará um momento (já está chegando)  que não haverá mais espaço para colocar os produtos resultantes do processo econômico capitalista.







Graficamente os economistas explicam assim a relação entre o mundo cheio e o mundo vazio e os principais autores que trabalham a relação entre os dois "mundos".








Recomendamos alguns autores que tratam sobre o tema.
  •  Joan Martinez Alier. Um dos fundadores da economia Ecológica e autor de livros como O ecologismo dos pobres e Economía, Ecología e Política Ambiental.
  • Nicholas Georgescu-Roegen: pai da matéria, com seu The Entropy Law and the Economic Process;
  • Robert Costanza: membro fundador da International Society of Ecological Economics; e

  • Herman Daly: meu autor favorito, extremamente prolífico. Para os iniciantes, recomendo seu altamente didático “Ecological Economics: Principles and Applications”, em co-autoria com Joshua Farley.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasil é intimado a se manifestar sobre licença de Belo Monte na Comissão Interamericana de Direitos Humanos

O Secretário Executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), Santiago Canton, remeteu nesta quinta, 10, uma solicitação de informações ao Brasil sobre o licenciamento e a falta de oitivas indígenas da hidrelétrica de Belo Monte.

O questionamento ao governo brasileiro é uma resposta a um pedido de medida cautelar encaminhada à CIDH em novembro de 2010 pelo Movimento Xingu Vivo para Sempre e outras 40 entidades de defesa das comunidades indígenas e tradicionais da Bacia do Xingu. Antevendo a emissão de uma licença de instalação parcial ilegal para as obras da usina, o pedido de medida cautelar solicitou que a União seja obrigada a suspender o processo de licenciamento ambiental referente à UHE de Belo Monte; a interromper qualquer intervenção, atividade ou procedimento por parte do Estado brasileiro ou terceiros para a construção da UHE de Belo Monte; e a respeitar os direitos humanos das pessoas e comunidades afetadas em tudo que seja relacionado com o projeto.

No questionamento, a CIDH exige que o governo envie à Secretaria, no prazo de 10 dias improrrogáveis, contados a partir do recebimento desta comunicação, informações sobre:

a) O estado atual da ação civil pública interposta pelo Ministério Publico Federal mediante a qual se solicita a suspensão imediata da licença parcial à empresa Norte Energia.

b) A alegação dos solicitantes de que a licença parcial outorgada à empresa Norte Energia não teria base legal e que esta teria sido outorgada sem cumprir com os requisitos estabelecidos pelo IBAMA. Tenha por bem apresentar as normas nas quais se fundamenta o outorgamento da licença.

c) Os procedimentos de consulta prévia, livre e informada realizados com os povos indígenas que seriam afetados pelo projeto Belo Monte”.

O questionamento da OEA é mais uma demonstração dos atropelos legais do governo brasileiro no processo de construção de Belo Monte. De acordo com a advogada da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Roberta Amanajás, o pedido de informações ao Brasil servirá como base para que a CIDH avalie o deferimento do pedido de medida cautelar. Se este ocorrer, o país em tese será obrigado a acatar as recomendações da OEA, explica Amanajás. “O Brasil, quando assina um tratado, se obriga a cumprir as determinações do mesmo. Ele assinou a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, que reconhece a Comissão Interamericana como legitimada para analisar estes casos”, afirma a advogada.

EcoDebate, 11/03/2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Campanha da Fraternidade critica exploração do pré-sal

A exploração do petróleo do pré-sal "não é essa maravilha toda", segundo documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançado ontem para a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema aborda o aquecimento global e as mudanças climáticas. O programa de exploração do pré-sal, uma das principais peças de campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, "exige o dispêndio de fortunas para a extração de um produto altamente poluente", disse a CNBB. "A exploração do pré-sal não é essa maravilha toda apresentada pelas propagandas governamentais", acrescenta o documento.

Sob o tema "Fraternidade e a vida no Planeta - A criação geme em dores de parto", a Campanha da Fraternidade da CNBB pretende criticar os setores que contribuem ao aumento do aquecimento global. Durante a apresentação da campanha, foram citados, além da exploração do pré-sal, o agronegócio e a geração de energia por meio de petróleo, gás natural e carvão.

"É a atividade que desperdiça e consome 70% da água doce utilizada no mundo. Os seus fertilizantes, além de contaminarem lagos e rios, já são causadores de zonas mortas nas águas marítimas litorâneas. Nesse modelo, questiona-se o compromisso para com a sustentabilidade da natureza e sua biodiversidade", diz o texto da campanha sobre o agronegócio.

Ontem, o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, fez críticas ao novo Código Florestal, em discussão no Congresso. Os pontos mais criticados foram a anistia a pessoas que cometeram crimes ambientais e a redução dos limites ambientais.

Segundo Dom Dimas, o novo código deveria tratar com mais respeito as populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas. "Estamos trabalhando para discutir formas alternativas ao relatório [do novo código]. Nossa preocupação é que não seja votado de forma superficial, apressada'', afirmou. O relator da nova legislação, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse que o texto pode ser aperfeiçoado.

A ideia da campanha é motivar ações que ajudem na preservação ambiental. "As enchentes em São Paulo, por exemplo, poderiam ser minimizadas se não houvesse aquela massa de detritos jogadas no rio", disse dom Dimas. "Desastres como o ocorrido na Região Serrana [do Rio] vêm alertar os governos para o problema da ocupação desordenada de encostas" avalia o secretário-geral da CNBB. Criada em 1964, a Campanha da Fraternidade aborda pela quarta vez um tema ambiental.  

(Com agências noticiosas)

domingo, 30 de janeiro de 2011

Proibido em USA

EARTH SONG by MICHAEL JACKSON (CENSURADO NOS EUA) 

O vídeo é do single de maior sucesso de Michael Jackson no Reino Unido, que não foi nem "Billie Jean", nem "Beat it", e sim a ecológica "Earth Song", de 1996. A letra fala de desmatamento, sobrepesca e poluição, e, por um pequeno detalhe, talvez você nunca terá a oportunidade de assistir na televisão. 

O Detalhe: "Earth Song" nunca foi lançada como single nos Estados Unidos, historicamente o maior poluidor do planeta. Por isso a maioria de nós nunca teve acesso ao clipe. 

Vejam, então, o que os americanos nunca mostraram de Michael Jackson.
Filmado em África, Amazónia, Croácia e New York. 

Aqui

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas - Apresentações disponíveis



Para acessar a palestra "Incubadoras de biodiversidade e sua contribuição para a sustentabilidade da Amazônia numa perspectiva econômico-ecológica" clique

Aqui


Para acessar todas as apresentações clique Aqui

domingo, 18 de abril de 2010

Agenda ecológica - A Natureza como Limite da Economia.

Lançamento de livro sobre teoria econômica e ecologia, no Instituto de Estudos Avançados da USP.

Transmição ao VIVO pela WEB no endereço do IEA/USP Aqui Dia 19/4/2010
Falta 1 dia para o início do evento.
Duração: 1 dia

Agência FAPESP – No dia 19 de abril, às 15h, Andrei Cechin, doutorando da Universidade de Wageningen (Holanda), José Eli da Veiga, professor titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, debaterão o tema “A natureza como limite da economia”, no auditório do Instituto de Estudos Avançados da USP.

O título do debate dá nome ao livro de Cechin, que será lançado na ocasião. A Natureza como Limite da Economia, publicado pelo Senac São Paulo e pela Edusp com apoio da FAPESP, coloca a economia como um subsistema do ambiente e, portanto, sujeita às leis da física, especialmente à Lei da Entropia. Durante o evento também será lançado o livro Economia Socioambiental (Senac São Paulo), organizado por Veiga.

O professor convidou especialistas a apresentarem uma abordagem brasileira das questões socioambientais. O trabalho resultou em 14 capítulos com reflexões sobre a desarmonia entre os conceitos de civilização, progresso e natureza. A sede do IEA fica na rua da Reitoria (antiga Travessa J), 374, Cidade Universitária. O evento será transmitido ao vivo pela internet no endereço www.iea.usp.br/aovivo. Mais informações podem ser obtidas com Inês Iwashita pelo e-mail ineshita@usp.br ou telefone (11) 3091-1685.

Os limites impostos pelo ambiente sobre os processos econômicos serão discutidos em debate no dia 19 de abril, às 15h, no IEA. Andrei Cechin, doutorando da Universidade de Wageningen, Holanda, falará sobre seu livro “A Natureza como Limite da Economia” (Senac São Paulo-Edusp-Fapesp), que será lançado na ocasião. A exposição será seguida de debate com José Eli da Veiga, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp. A coordenação será de Wagner Costa Ribeiro, coordenador do Grupo de Estudos de Ciências Ambientais do Instituto.

Segundo Cechin, a economia é um subsistema do ambiente e, por isso, não pode contrariar as leis da física, em especial a Lei da Entropia (2ª Lei da Termodinâmica). Ressalta que toda a vida econômica se alimenta de energia e matéria de baixas entropias e produz resíduos de alta entropia. Para ele, os economistas, concentrados no fluxo circular monetário, parecem ter se esquecido do fluxo metabólico real e isso pode causar um ‘crescimento antieconômico’, com custos maiores do que benefícios.


No evento também será lançado o livro “Economia Socioambiental” (Senac São Paulo), organizado por José Eli da Veiga. O livro contém 14 capítulos escritos por especialistas convidados. Os autores debatem a abordagem brasileira das questões socioambientais e refletem sobre a desarmonia entre os conceitos de civilização, progresso e natureza. Esse desacordo, pequeno no passado, cresceu assustadoramente com o modelo econômico capitalista, uma vez que, segundo Eli da Veiga, “o individualismo metodológico da teoria econômica ignora sistematicamente a natureza hierárquica dos sistemas sociais e ecológicos”.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Meio Ambiente - Biocombustíveis: meta da UE pode levar 100 milhões de pessoas a passar fome

 Mais de 100 milhões de pessoas poderão passar fome se a UE cumprir a meta fixada para os biocombustíveis, alerta a agência ActionAid.

Mais de 100 milhões de pessoas poderão passar fome se os 27 Estados-membros da UE cumprirem as metas estabelecidas pela legislação europeia para os biocombustíveis, conclui um relatório da agência internacional anti-pobreza ActionAid.

Os 27 comprometeram-se a obter 10% dos combustíveis consumidos no sector dos transportes a partir de fontes renováveis até 2020, o que implica quadruplicar o consumo actual, segundo a ActionAid. E 2/3 deste aumento do consumo será assegurado através de importações, com origem maioritária nos países em desenvolvimento. A substituição de culturas alimentares por culturas destinadas ao fabrico de biocombustíveis vai provocar um aumento nos preços dos alimentos nesses países.

De acordo com a ActionAid, cada vez que os preços aumentarem 1% mais 16 milhões de pobres começarão a passar fome. Biocombustíveis não reduzem emissões de CO2 Por outro lado, a organização fez as contas e concluiu que "a maioria dos biocombustíveis industriais não reduzem as emissões de gases com efeito de estufa quando comparados com os combustíveis que substituem".

E para a União Europeia alcançar a quota de 10% "a área total de terras necessárias para o crescimento de biocombustíveis industriais nos países pobres poderia atingir os 175 mil quilómetros quadrados, isto é, metade da área da Itália". A maioria dos biocombustíveis industriais vendidos no mercado mundial é fabricada a partir do milho, trigo, cana-de-açúcar e óleos vegetais, como os óleos de palma, soja e colza. Impacto negativo nos países pobres A ActionAid salienta que o impacto local da sua introdução nos países em desenvolvimento é grande, porque gera a deslocação de populações, a escassez e subida de preço dos alimentos, falsas expectativas de criação de empregos e a desflorestação.

Leia a reportagem completa no Expresso Aqui

domingo, 31 de janeiro de 2010

Ecologia - Calcule sua pegada ecológica

Pagada Ecológica?

Cada ser vivo necessita de uma quantidade mínima de espaço natural produtivo para sobreviver. Os humanos, neste e noutros aspectos, são semelhantes às outras espécies. Na verdade, a nossa sobrevivência depende da existência de alimentos, de uma fonte constante de energia, da capacidade de os vários resíduos que produzimos serem absorvidos e, assim, deixarem de constituir uma ameaça, bem como da disponibilidade de matérias-primas para os processos produtivos. Contudo, o consumo tem aumentado significativamente, bem como a população mundial, pelo que o espaço físico terreste pode não ser suficiente para nos sustentar. Para assegurar a existência das condições favoráveis à vida que ainda hoje existem teremos que viver de acordo com a capacidade de carga do planeta, ou seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que fornecesse...

As pegadas ecológicas medem as exigências que a humanidade impõe sobre a natureza. Tudo o que fazemos tem consequências......

Aplique um simples questionário que mostrará sua pegada ecológica em hetáreas globais, por categoria de consumo (Alimento, alojamento, bens e serviços e consumo de carbono), meidrá sua consciência ecológica e contribuição à pagada ecológica por bioma.

A minha está Aqui

Calcule a sua clicando abaixo.

Ecological Footprint Quiz by Redefining Progress




'Winter's bone' e ''Restrepo' vencem o festival independente de Sundance
Filme sobre filha que busca pai traficante, ganhou prêmio principal. 'Restrepo', sobre o Afeganistão, levou na categoria documentário.

Leia mais sobre os resultados do Festival no G1 Aqui

E veja também como conseguir os filmes que conquistaramos prêmios, de graça no YOU TUBE Aqui

sábado, 30 de janeiro de 2010

Belém, Pará - NO+ (*)



Instituto Evandro Chagas lança publicação

Amazônia Jornal, 30/01/2010


O Instituto Evandro Chagas (IEC) lançou ontem de manhã a primeira edição da revista Pan-Amazônica de Saúde (Pan Amazonian Journal of Health - Revista Pan-Amazónica de Salud), editada em três idiomas, espanhol, inglês e português. Entre as autoridades presentes no lançamento estiveram a secretária executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit; o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna; e a diretora do IEC, Elizabeth Santos.

Com circulação internacional, a revista tem 200 páginas distribuídas entre artigos científicos assinados por 57 conselheiros, sendo 33 brasileiros e 24 estrangeiros, de países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Argentina e Peru. A publicação conta, ainda, com um editor científico, um executivo e 11 editores associados, todos pesquisadores e cientistas que auxiliaram no processo editorial através da divisão de conteúdos por área.

Entre os temas contidos na primeira edição da revista, assuntos de relevância nas áreas da biomedicina, medicina tropical e saúde pública, meio ambiente e antropologia médica, devendo atingir as classes acadêmica, médica, de pesquisa e de ciência e tecnologia.

Elizabeth Santos, diretora do Instituto Evandro Chagas, diz que a revista Pan-Amazônica de Saúde promete ser mais uma ferramenta de pesquisa na área da saúde que pode ser acessada em todo o mundo, através de seus 2.500 exemplares, com publicação trimestral, e da versão on-line. A publicação pode ser baixada no endereço eletrônico www.revista.iec.poa.gov.br.


Problemas socioambientais discutidos em evento

Amazônia Jornal, 30/01/2010

'Cordão Peixe-Boi: um exemplo para refletirmos os problemas socioambientais de Belém' foi o tema de um seminário promovido, ontem à noite, pelo Instituto Arraial do Pavulagem, na sede da Unafisco, e que terminou a preparação para o 8º Cordão do Peixe-Boi, que ganhará as ruas da Cidade Velha no próximo dia 7 de fevereiro. O grande cortejo, que sai da escadinha da Estação das Docas em direção à Cidade Velha, começou em 2003 e, atualmente, abre oficialmente as atividades do instituto todos os anos.

Para ressaltar a mobilização sociocultural e a consciência ambiental, a palestrante e pesquisadora Graça Santana, geógrafa e especialista em antropologia social, discorreu sobre a importância do tradicional cordão e como o mamífero, característico da região Norte, é tratado pelos paraenses e pelo imaginário popular. 'O seminário faz uma relação entre o Peixe-Boi e a cidade de Belém. O Peixe-Boi possui várias características, mas ele quanto animal não recebe um tratamento como deveria receber. Na região, ele é mais bem tratado quando entra no imaginário popular, ou quando o Instituto Arraial do Pavulagem o homenageia, por meio do cordão. O instituto é uma das únicas organizações que vêm mostrando a importância desta relação homem/natureza', explicou.

Além do seminário, foram apresentados os resultados da programação de oficinas, iniciadas no último dia 14 deste mês. Dança, percussão, técnica circense e produção de objetos cênicos, foram algumas das atividades desenvolvidas em toda a cidade pelo Instituto Arraial do Pavulagem.


Ibama apreende muçuãs e tartarugas da Amazônia

Amazônia Jornal, 30/01/2010

Equipe de analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu, no início da tarde de ontem, partes de muçuãs e tartaruga da Amazônia, que estavam sendo comercializados ilegalmente no restaurante Beto Grill, em Belém. Foram apreendidos 52 carcaças de muçuã, duas carcaças de tartaruga da Amazônia e 42 cascos de muçuã. O proprietário do restaurante foi autuado em flagrante e em seguida encaminhado para Delegacia do Meio Ambiente (Dema), onde prestou depoimento. O proprietário do estabelecimento foi multado em R$ 57 mil.

Segundo o analista ambiental Leandro Aranha, chefe do Núcleo de Fauna e Pesca do Ibama, o Ibama recebeu denúncias de que a carne dos animais estaria sendo comercializada ilegalmente no estabelecimento. 'Obtivemos essa informação sobre esse estabelecimento e fomos até lá para conferir. Além da comercialização ilegal, a carne desses animais não possui nenhuma inspeção sanitária', afirma.

As carcaças e os cascos apreendidos foram encaminhados até a sede do Ibama e de lá foram levados para a reserva do Bioparque Amazônia Crocodilo Safari, para alimentar os animais do zoológico. Segundo Aranha, o restaurante Beto Grill não será fechado. Porém, o proprietário deverá pagar a multa por comercializar a carne dos quelônios ameaçados de extinção.

Segundo Aranha, 'a tartaruga da Amazônia pode ser comercializada desde que seja proveniente de criadouros legalizados para fazer a produção desses animais. Já o muçuã não pode ser comercializado, em hipótese alguma, pois não há criadouro legalizado para a criação desse quelônio'.

Ônibus e comida arrasam renda

Amazônia Jornal, 30/01/2010

Sem reajuste da tarifa, gastos com os dois itens consomem até 79% do orçamento de quem ganha o mínimo

Simulações feitas pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelam que varia de 16,94% a 18,54% o impacto do reajuste da passagem de ônibus sobre o orçamento mensal de quem ganha um salário mínimo.

Hoje, junto com a alimentação básica, e sem contar com o reajuste na tarifa de ônibus, 79% da renda fica comprometida apenas com esses dois itens. Se o assalariado tiver filhos ou outros dependentes que utilizam o transporte público, os percentuais são bem maiores.

As simulações utilizam como base o salário mínimo de R$ 510 e o valor atual da passagem, de R$ 1,70. Quem ganha essa renda e apanha dois ônibus por dia, atualmente gasta R$ 81,60 por mês somente com transporte. Isso corresponde a 16% da renda.

Se o reajuste for de 5%, portanto igual à inflação medida entre dezembro de 2008 e janeiro de 2010, o gasto sobe para R$ 86,40, o correspondente a 16,94% da renda. Se for de 11,76%, como propõe a Companhia de Transportes de Belém (Ctbel), subirá para R$ 91,20, o equivalente a 17,88% do rendimento.

Caso a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Belém (Setransbel) seja aprovada, o gasto subirá para R$ 94,56. Isso corresponde a 18,54 % do salário mínimo. Aí a passagem saltaria dos atuais R$ 1,70 para R$ 1,97.

Segundo o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, uma pessoa que não recebe vale transporte, sustenta só a si mesma e utiliza duas conduções por dia, compromete de 16% a 20% de sua renda somente com locomoção.

Sena observa que se for considerado o gasto com a alimentação básica, que nem considera a feira diária, o trabalhador compromete cerca de 70% com o básico necessário para se sobreviver. 'Se esse trabalhador tiver filhos e eles precisarem ir para a escola de ônibus, aí é complicado', comenta.

Mais complicado ainda será ver que a passagem aumentou, mas o poder de compra não. Isso acontece porque, apesar do salário mínimo ter sido reajustado em janeiro, a inflação mensal continua variando. Se os índices aumentam, explica, o ganho que ele teve com o reajuste deixa de existir.

Uma alternativa ao constante reajuste das passagens seria a revisão do modelo de transporte para reduzir o custo de cada empresa. A proposta é do supervisor do Dieese, algo não pensado por quem está nas paradas de ônibus. O usuário reclama, mas acredita não haver o que fazer.

Sena explica que a revisão do modelo é necessária porque o valor do transporte tem que observar as condições do usuário. E na Região Metropolitana de Belém, a estimativa é que 90 mil pessoas estejam desempregadas, aproximadamente 10% da população economicamente ativa.

Simulações

Preço da passagem

- Atualmente - R$ 1,70
- Reajuste pela Inflação - R$ 1,80
- Proposta da Ctbel - R$ 1,90
- Proposta do Setransbel - R$ 1,97

Impacto sobre salário

Atual Inflação Ctbel Setransbel
Gasto mensal R$ 81,60 R$ 86,40 R$ 91,20 R$ 94,56
Comprometimento do mínimo 16% 16,94% 17,88% 18,54%


Consumidor vai às lojas - Último fim de semana de IPI reduzido para linha branca


Amazônia Jornal, 30/01/2010

Uma grande movimentação de consumidores está sendo esperada pelos lojistas de Belém neste fim de semana. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos da linha branca termina amanhã e, com isso, o comércio acredita no crescimento de pelo menos 50% no volume de vendas nos dois últimos dias da isenção fiscal.

Os vendedores estão otimistas e afirmam que o paraense adora comprar eletrodomésticos - fator que favorece ainda mais a previsão de negociações para os próximos dias. As liquidações, iniciadas na primeira quinzena de janeiro, serão mantidas em boa parte do comércio local até o fim do mês com descontos de 5% a 20%. Somadas, as liquidações e a redução do IPI fazem os preços ficarem até 30% menores. Com isso, tanto os consumidores quanto os comerciantes devem sair ganhando.

Os pacotes criados pelo governo para ajudar a enfrentar a crise econômica mundial mantiveram os clientes dentro das lojas em 2009. É o que afirma o vice-presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas), Joy Colares. 'Foi uma grande oportunidade que o brasileiro teve de renovar seus eletrodomésticos. Não tenho a menor dúvida de que foi uma medida positiva, e que ajudou a fomentar o comércio', afirma. Colares explica que os empregos foram mantidos e todo o ciclo econômico se manteve sem estagnação. 'A redução cumpriu com aquilo que era a intenção: movimentar o comércio e manter os empregos. A saída foi boa, e os preços ficaram bem abaixo da média', destaca.

Segundo Márcia Silva, gerente de uma rede de lojas de eletrodomésticos, os preços caíram em média 10% com a isenção fiscal. Já as vendas subiram mais de 50% ao longo de 2009. Márcia destaca que o melhor momento está acontecendo agora. 'Se compararmos dezembro de 2009 com janeiro deste ano, teremos um crescimento nas vendas 93,01%. Se os dados deste mês forem equiparados aos números de janeiro do ano passado, o volume de negociações aumenta em quase 30%. Isso mostra que o consumidor está antenado com as promoções assim como com a redução do IPI', afirma.

Márcia lembra que a máquina de lavar que custava R$ 800,00, hoje custa R$ 600,00. Já a geladeira duplex, que valia em torno de R$ 1,3 mil, hoje sai por R$ 999,00. 'Ospreços caíram quase 25%. Como estas tabelas ainda estão em vigor, e devem deixar de existir na próxima segunda-feira, é possível que uma grande confusão de clientes se forme dentro da loja ', comenta.

Aposentada elogia preços reduzidos

Os preços atraentes provocam surpresa em alguns consumidores. A aposentada Raimunda Santos foi comprar um guardarroupas para o filho, e não acreditava nos preços. 'Está muito barato. Há um ano fiz uma pesquisa e encontrei preços bem maiores', afirma.

Um guardarroupas de pequeno, com quatro portas e duas gavetas custa em média R$ 350,00. No ano passado, a aposentada diz que o mesmo móvel não sairia por menos de R$ 500,00. O mesmo móvel, de maior porte, pode ser encontrado entre R$ 739,00 e R$ 2.108,00 de acordo com o design da peça. O vendedor Jorge Carvalheira conta que as geladeiras estão sendo muito procuradas. De acordo com o tamanho e a marca do aparelho, os preços variam entre R$ 959,00 e R$ 3.599,00.

Para o comerciante Bianor Sampaio, chegou a hora de trocar de refrigerador. Bianor analisou bastante antes de efetuar a sua escolha. 'Os preços estão razoáveis, mas se comparado com os anteriores, melhoraram bastante', destaca. Já a autônoma Roseneide Carvalho diz que é hora de aproveitar os últimos dias do IPI reduzido para fechar negócio na máquina de lavar. 'Eu quero uma máquina de lavar completa, e se eu deixar para depois, talvez eu não tenha como pagar', afirma.

Carros - A isenção ou redução do IPI para veículos também está próximo do fim. No entanto, a previsão é que vigore até o dia 31 de março. Segundo explica Marcelo Pessoa, gerente de uma revendedora de automóveis em Belém, a redução do IPI provocou uma alta de 80% nas vendas.

Vox Populi: Dilma sobe 9 pontos; por enquanto Serra lidera


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a corrida presidencial com 34% das intenções de voto, seguido da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 27%, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes. Dilma tem nove pontos a mais do que o registrado no último levantamento do instituto, sendo que Serra oscilou negativamente cinco pontos.

O deputado federal Ciro Gomes (PSB) somou 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV), com 6%. Brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 12% não sabem ou não opinaram. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 23 Estados e no Distrito Federal, entre os dias 14 a 17 de janeiro, O levantamento, que tem margem de erro de três pontos percentuais, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 1057/2010.

No cenário sem Ciro, Serra oscila para 38%, e Dilma, para 29%. Marina fica com 8%. Brancos e nulos somaram 12% e 13% não sabem ou não opinaram.

Em pesquisa encomendada pela revista IstoÉ, e divulgada em 19 de dezembro, Serra obteve 39% das intenções de voto contra 18% de Dilma. Ciro Gomes somava 17%, e Marina teve 8% da preferência.

A nova pesquisa da Vox Populi também simulou um possível segundo turno entre Serra e Dilma. O tucano somou 46% contra 35% de Dilma. Os brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 9% estão indecisos ou não opinaram.

(Terra, Diário do Pará).


Começa consulta pública para o Macrozoneamento Econômico e Ecológico da Amazônia

Um dos pontos centrais do documento preliminar aponta o esgotamento do modelo baseado na expansão das fronteiras agropecuárias

Começou a partir da quarta-feira, 27, a discussão de um novo modelo de exploração dos recursos naturais e do uso do solo da região amazônica. A sociedade poderá fazer sugestões ao documento-base do Macrozoneamento Ecológico e Econômico (ZEE) da Amazônia que estará disponível para consulta pública na internet Clique aqui. O prazo final para as sugestões é 6 de março. A equipe de elaboração pretende aprovar o documento final durante a primeira quinzena de março,quando a proposta definitiva será encaminhada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, à sanção do presidente Lula.

A proposta preliminar do documento foi elaborada pela Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico e Econômico do Território Nacional (CCZEE), apoiada pelo Consórcio ZEE Brasil e composta por 14 ministérios: Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Social e , Transportes, Justiça, Minas e Energia, Cidades, Defesa, Ciências e Tecnologia , Integração Nacional, Desenvolvimento Agrário, Planejamento, Secretaria de Assuntos Estratégicos e Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Contou ainda com a participação de representantes dos nove estados da Amazônia, reunidos em um grupo de trabalho

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Macro ZEE da Amazônia é um instrumento fundamental de planejamento e gestão ambiental e territorial estabelecido na Política Nacional do Meio Ambiente. Sua principal proposta é promover a transição do padrão econômico atual para um modelo de desenvolvimento sustentável na região, capaz de contemplar as diferentes realidades e prioridades de territórios da Amazônia.

Diversidade

Ao reconhecer a diversidade complexa das diferentes áreas da região, a comissão interpretou a realidade da Amazônia a partir de 10 unidades territoriais. Cada uma foi nomeada com a principal estratégia elaborada para a promoção de seu desenvolvimento, e o plano prevê ainda a recuperação dos passivos ambientais e reversão das trajetórias produtivas que provocaram impactos socioambientais.

Por exemplo, a unidade “Coração Florestal”-que corresponde a uma porção da floresta que é muito preservada - tem uma série de estratégias desenvolvidas para a defesa da área assim nomeada, o que prevê a utilização adequada deste território por meio da promoção de atividades produtivas, bem como a contenção da expansão das fronteiras da agropecuária e da extração de madeira predatórias, suas principais ameaças.

Para acessar o documento preliminar do Macro ZEE da Amazônia, acesse a página www.mma.gov.br/zee. Os interessados em contribuir com críticas e propostas devem preencher o formulário que consta no site, que pode ser enviado pela internet, correio ou ser entregue diretamente no MMA. Informações complementares também podem ser obtidas no mesmo endereço eletrônico.

Calendário

Início da consulta pública - 27 de janeiro
Conclusão da consulta pública - 6 de março
Reunião da CCZEE para aprovação do documento final - 11 de março

Discreto pero intenso

Assim é o Blog do Itajaí de Albuquerque, Vôo da Galinha. Que já existe na praça desde 2008, entretanto,  permaneceu em segundo (eu descobri ele hoje), dedicando maiores contribuições ao Blog: Flanar, que mantem junto com Val-André Mutran e outros jornalistas, aqui em Brasília.

Embora Itajaí diga que o blog será de notas "rapidinhas" elas são intensas. Recomendo!.

Veja Por que Vôo de Galinha.

"A expressão (Voo da Galinhan) ão é patrimônio dos economistas, como do contrário disseram alguns afoitos. Bem antes da globalização, as raízes ibéricas do dito e redito já estavam estabelecidas".

"Escolhi-a por analogia entre o curto e efetivo vôo desses bípedes com a forma preferencial de redação nos blogues, em que a síntese, a objetividade e o espaço reduzido conjugam-se para a efetividade da informação. Como disse o paraense Haroldo Maranhão em livro de contos de igual título: são peças de um minuto ou dois, ou nem isso".


(*) NO+ Revista criada na Universidade Federal do Pará em 2000, dedicada a difundir a ciência, tecnologia e inovação, na Amazônia, teve apenas um primeiro número UFPA. (Título da Revista criação da Jornalista Claúdia Leão). ISBN 2000.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Energia - Preço do petróleo US$1 milhão o Barril?



Quanto custaria o barril de petróleo se fosse considerado o tempo da formação das jazidas. Já houve quem calculasse isso. Há 15 anos, escutei numa palestra de Martínez-Alier que o custo seria de cerca de 1.000.000 de dólares o barril. Se pagamos 75 dólares, o resto é subsídio.

Clovis Cavalcanti - ECOECO

Sociedade Brasileira de Economia Ecológica-ECOECO

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aqui em Brasília - Ambientalistas de Brasília não querem um tijolo mais no Plano Piloto, e agora?



A FARSA DO SETOR NOROESTE

“O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.”
Martin Luther King

Prezados amigos, um crime sócio-ambiental está ocorrendo bem debaixo de nossos olhos. A população só conhece a versão oficial da história, que vem sendo propagada pelos meios de comunicação chapa branca, enquanto isso, a última grande reserva do Cerrado dentro da área tombada de Brasília já está sendo destruída e a comunidade indígena que cuida daquele local está sendo expulsa.

O governo arrecada uma fortuna com a chamada " Ecovila" Noroeste, que se diz ser o primeiro bairro ecológico do Brasil, mas na verdade trata-se de um tremendo engodo.

As verdadeiras Ecovilas que se espalham por todo o mundo são criadas em cima de áreas já degradadas pelo homem, aonde os futuros moradores irão recuperar o local , respeitando e se adaptando aos ritmos da natureza.
Na FALSA Ecovila do GDF, existe na verdade um projeto antiquado que será construído em cima de uma reserva ambiental e de um santuário indígena, projeto feito pelas construtoras da cidade e "doado" ao governo local, aonde se criou um bairro de luxo, aonde o desperdício e a ineficiência serão predominantes. Verdadeiras estufas de vidro e granito climatizadas com muito ar-condicionado.

O projeto contraria todo e qualquer princípio de arquitetura ambiental, não pensou-se em criar um zoneamento para preservar a reserva florestal, muito pelo contrário, a avenida principal passa justamente na área com a vegetação nativa mais preservada, e que vem sendo cuidada e mantida pelos índios que habitam a região.

A farsa do projeto "sustentável" é na verdade uma repetição de clichês do chamado "marketing verde" ou melhor “maquiagem verde”, que serve única e exclusivamente para encarecer os apartamentos (captação de água da chuva e paineis solares para aquecimento de água já é lei em várias cidades do Brasil. É uma obrigação das construtoras e não um gesto em defesa da natureza.)

A cara-de-pau do governo e principalmente da imprensa vendida é tão grande que usam justamente as riquezas naturais da reserva do Bananal e citam as suas árvores (copaíba, ingá, angico, baru, açoita-cavalo, barbatimão, pimenta de macaco, jequitibá etc) como itens para vender qualidade de vida para os futuros moradores.

Eles só não dizem que as mesmas árvores estão sendo destruídas por seus tratores na calada da noite.

Com esta farsa o GDF já engordou o seu cofre com 1 bilhão de reais, fora a fortuna que as construtoras irão ganhar (as mesmas que elegeram o atual governador, fora o fato de que o vice-governador é um dos maiores empresários da construção da região).

E com essa fortuna circulando, está todo mundo de bico calado, os deputados distritais defendendo os seus patrocinadores de campanha, o IBRAM órgão que só sabe abençoar o que o governo manda, e os que permanecem em cima do muro, FUNAI e IBAMA que lavam suas mãos convenientemente.
Enquanto isso o cacique Korubo, guardião do local que vinha sendo ameaçado de morte está DESAPARECIDO HÁ SEIS MESES, e uma residência indígena foi incendiada de maneira criminosa. Tenho certeza que vc não leu e não lerá isso no Correio Braziliense.

Mas a atitude do governo e dos empresários já era esperada, estranho seria se eles se comportassem de maneira diferente.
O que não é admissível é ver a passividade do cidadão brasiliense, que terá a sua qualidade de vida extremamente prejudicada por esse tsunami de concreto e asfalto despejados em cima da última grande reserva de Cerrado dentro da área tombada de Brasília. Especialistas em trânsito já falam do caos que virá em nossas ruas, igualando Brasília às demais capitais, com engarrafamentos intermináveis e poluição do ar.

O governo fala que a cidade não tem para onde crescer, assim justificando as suas atrocidades,mas ignora que naquela região poderia ter sido feito um verdadeiro bairro ecológico. Primeiramente delimitando a reserva ambiental e o santuário indígena, depois criando verdadeiras ecovilas nas áreas degradadas ( pelo próprio GDF) do local, usando os princípios do urbanismo ecológico e da arquitetura bioclimática, aonde teria uma população de moradores condizente com a fragilidade do local.

Mas o que está sendo feito é o extremo oposto, uma farra da especulação imobiliária que agride a inteligência da população mais esclarecida. Brasília vai fazer 50 anos, isso aqui não é mais terra de ninguém como pensam os políticos.

O ministério público em março deste ano recomendou a suspenção de todas as licenças emitidas pelo Ibama para a construção do setor noroeste por irregularidades no processo, e recomendou ainda o estudo para a demarcação da terra indígena do Bananal.

A mobilização já está sendo feita, diversas ong´s, grupos estudantis, associações de moradores já estão nesta luta, mas ainda é pouco, precisamos da SUA participação também. Junte-se a nós.
PAREM OS TRATORES JÁ!!!

Contamos com a participação de todos na divulgação deste email, mas o mais importante será a presença física no local, para que todos possam olhar com os próprios olhos a riqueza e a beleza da reserva do Bananal, e a destruição que os tratores da “ecovila” estão causando (vide fotos anexas).

Convidamos portanto para:
TRILHA ECOLÓGICA NO SETOR NOROESTE

Dia 8 de novembro (domingo) a partir das 10 horas, encontro no estacionamento ao lado do canhão que fica entre o setor militar e o setor noroeste. Leve água e protetor solar.

Para que todos despertem para o fato de que um cidade é feita por seus moradores, e não por políticos com interesses próprios.

Obrigado pela atenção,

Movimento Cerrado Vivo