Pesquisa norte-americana publicada na Science comprova relação
entre a temperatura dos oceanos e as queimadas na Amazônia. Os
cientistas elaboraram uma fórmula que permite prever, com pelo menos
três meses de antecedência, as áreas de mata mais suscetíveis ao
fogoNotíciaGráfico
Todos
os anos, a Amazônia é vítima de centenas de incêndios — naturais ou
provocados pelo homem — que consomem grandes áreas florestais. Prever
quando e onde o fogo pode surgir tem sido um desafio para os governos
que cuidam da maior floresta tropical do mundo. Uma pesquisa publicada
na edição de hoje da revista científica Science promete ajudar o
planejamento dessas políticas públicas. O estudo afirma que, observando
a temperatura da porção norte do Oceano Atlântico e das regiões central
e oeste do Pacífico, é possível prever, com pelo menos três meses de
antecedência, a ocorrência das queimadas.
Para chegar a essa
conclusão, especialistas da Universidade da Califórnia em Irvine e da
Nasa analisaram dados de satélites sobre as queimadas que atingiram a
região na última década e os cruzaram com gráficos de temperatura dos
dois oceanos no mesmo período. Eles observaram que, à medida que as
águas salgadas ficam mais frias, a Amazônia se torna mais úmida.
Consequentemente, a floresta se torna mais resistente às chamas. O
oposto também acontece: mar quente é sinônimo de continente seco e
floresta em chamas. Com base nesses dados, eles elaboraram uma equação
matemática que, dependendo da região, pode antecipar as áreas mais
suscetíveis a incêndios, às vezes com cinco meses de antecedência.
Em
entrevista ao Correio, o líder do estudo, Yang Chen, da Universidade da
Califórnia, explica que pequenas perturbações na superfície do mar
podem resultar em uma mudança significativa na circulação atmosférica.
"Essa, por sua vez, aumenta e diminui a quantidade de chuvas", conta. A
pluviosidade no fim do período chuvoso é a grande responsável pela
recarga de umidade, portanto, de proteção da floresta. "Níveis altos de
água do solo afetam o combustível do fogo, por exemplo, madeiras e
ervas, e facilitam a precipitação durante a estação seca, o que diminui a
propagação do fogo", explica o especialista.
Isso significa
que, quando os oceanos estão mais quentes, há menos chuva na Amazônia,
em especial na transição entre o período de umidade e o tempo seco.
Mais seca, a floresta está mais suscetível a incêndios. Além disso, nos
anos em que a água do mar está mais quente, a chuva que pode combater
os possíveis focos de incêndio é ainda mais escassa, facilitando a
propagação das chamas por grandes áreas e atrapalhando o trabalho dos
bombeiros.
Antecipação
No Brasil ,
quase a totalidade dos incêndios na Floresta Amazônica são causados pela
ação humana, principalmente para a expansão das terras agricultáveis.
Os especialistas garantem que a pesquisa pode ser útil inclusive nesses
casos. "Muitas vezes, as pessoas esperam o tempo seco para queimar as
florestas mais intensamente, e nossos estudos podem prever essas
estações e orientar as ações governamentais", conta Chen. "Além disso,
nossa pesquisa mostrou que a questão climática é mais preponderante do
que a pressão humana para as queimadas. Ou seja, quando o clima é
favorável, a floresta fica mais forte para se defender", completa o
pesquisador Douglas Morton, do Centro de Pesquisas de Hidrosfera e
Biosfera da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
O
pesquisador Philip Fearnside, do Instituto de Pesquisas Amazônicas
(Inpe), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), explica que a
relação entre a temperatura dos oceanos e as queimadas na Amazônia já
era conhecida e estudada há alguns anos. "Para que haja fogo, é
necessário que tenha combustível, no caso, matéria vegetal seca, e um
estopim, que pode ser um raio ou a ação do homem", explica o
especialista. Mas o problema tende a se agravar com o aquecimento
global. "A tendência é que as queimadas se tornem cada vez mais
frequentes com o aumento da temperatura do planeta, e com fenômenos como
o El Niño", conta Fearnside. "Se por um lado o aquecimento global age
diretamente sobre a floresta, deixando-a mais seca, por outro, ele
aquece os oceanos, provocando alterações nos ciclos das massas de ar",
completa.
O norte-americano Douglas Morton, da Nasa, conta à
reportagem que a pesquisa transmite resultados que podem ser utilizados
para outros biomas da América do Sul. "Tivemos o cuidado em nosso
estudo de aplicar o método em todo o subcontinente e, para nossa
surpresa, obtivemos o mesmo resultado", revela. Assim, o cálculo
elaborado pode servir para prever as temporadas de queimadas no cerrado,
na Mata Atlântica ou mesmo nas regiões de pampa.
Os
pesquisadores estão agora desenvolvendo estudos semelhantes para
formações vegetais de outros lugares do mundo. "Conseguimos traçar
relações semelhantes entre a temperatura oceânica e os ciclos de
queimadas na floresta de Sumatra", diz o especialista da Nasa. "No
entanto, lá, a relação é mais imediata. Não conseguimos prever as
queimadas com a mesma antecedência, de até cinco meses, como fizemos na
América do Sul."
Correio Braziliense
Max Milliano Melo
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
sábado, 12 de novembro de 2011
Minha reencarnação (Woody Allen)
Na minha próxima vida, quero viver de trás para frente.
Começar morto, para despachar logo o assunto.
Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor
a cada dia que passa.
Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a
reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro
dia.
Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável,
até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e
ser bastante promíscuo.
E depois, estar pronto para o secundário e para o
primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí
torno-me um bébé inocente até nascer.
Por fim, passo nove meses flutuando num "spa"
de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e com um espaço
maior por cada dia que passa, e depois - "Voilà!" - desapareço num
orgasmo.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Fundos do Nordeste e da Amazônia terão autonomia
O governo federal deve anunciar até o fim deste ano a "financeirização"
dos fundos constitucionais FDNE e FDA, criados em 2001 para incentivar o
desenvolvimento das regiões Nordeste e amazônica. Com a mudança, a
natureza dos fundos deixará de ser contábil e passará a ser financeira, o
que na prática vai resultar em maior previsibilidade na liberação dos
empréstimos e na possibilidade de que os fundos cresçam e se tornem
sustentáveis. O novo modelo será apreciado nas próximas semanas pela
presidente da República, Dilma Rousseff, e deverá ser aprovado para
valer já em 2012.
Abastecidos com recursos do Tesouro Nacional, mediante dotações aprovadas anualmente no Orçamento da União, o FDNE e o FDA têm por finalidade assegurar recursos para investimentos em suas áreas de atuação. A liberação do dinheiro, no entanto, é diretamente atrelada ao fôlego financeiro do governo federal. Assim, é comum os repasses serem congelados em tempos de aperto fiscal, o que muitas vezes desarruma o andamento dos projetos dos tomadores.
Pelo modelo atual, o Tesouro abastece os fundos e assume 90% dos riscos dos financiamentos aprovados, ficando os 10% restantes a cargo dos agentes financeiros, no caso o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia. Com a mudança sancionada, todo o risco será absorvido pelos bancos, que terão que reembolsar os fundos em caso de inadimplência.
Outra novidade é a permissão para que o FDNE e o FDA passem a reembolsar e gerir o dinheiro referente ao pagamento dos empréstimos efetuados, recurso que hoje vai diretamente para o Tesouro. Dessa forma, o governo acredita que os fundos vão ganhar porte com o passar dos anos, podendo atingir a sustentabilidade no longo prazo. Neste ano, o FDNE recebeu R$ 1,8 bilhão, enquanto que o FDA ficou com R$ 1,2 bilhão.
"Com a 'financeirização', o FDNE poderá, em um prazo de dez anos, ser um fundo de R$ 35 bilhões", estimou Fernando Bezerra Coelho, ministro da Integração Nacional, pasta responsável pelo projeto. "Esses fundos poderão se tornar autônomos nos próximos anos", reforçou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que mencionou como uma orientação de Dilma a melhoria da eficiência desses fundos.
Ao lado de cinco governadores nordestinos, Coelho e Barbosa participaram ontem, no Recife, da 13ª reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). No encontro, foram discutidas, entre outros temas, as diretrizes para o uso dos fundos constitucionais em 2012. No dia 17, em Belém, estará reunido o colegiado da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Além da "financeirização" do FDNE e do FDA, os governadores debateram mudanças no perfil do FNE, outro fundo constitucional para o desenvolvimento do Nordeste, abastecido com recursos do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Foi aprovada a elevação de 40% para 50% da parcela do fundo dedicada às micros e pequenas empresas, bem como restrições à utilização do FNE para investimentos em importação de máquinas e geração de energia elétrica.
O argumento para barrar o financiamento aos projetos de energia é de que os empreendimentos desse setor, especialmente os parques eólicos, têm enxugado quase todo o dinheiro dos fundos constitucionais, não deixando espaço para outros setores. A decisão, entretanto, encontrou resistência nos governadores do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), e da Bahia, Jaques Wagner (PT). Os dois manifestaram preocupação com os efeitos da medida sobre os investimentos nos seus Estados.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou que esse tipo de projeto pode encontrar no BNDES uma fonte inesgotável de financiamento.
Valor Econômico.
Por Murillo Camarotto | Do Recife
Abastecidos com recursos do Tesouro Nacional, mediante dotações aprovadas anualmente no Orçamento da União, o FDNE e o FDA têm por finalidade assegurar recursos para investimentos em suas áreas de atuação. A liberação do dinheiro, no entanto, é diretamente atrelada ao fôlego financeiro do governo federal. Assim, é comum os repasses serem congelados em tempos de aperto fiscal, o que muitas vezes desarruma o andamento dos projetos dos tomadores.
Pelo modelo atual, o Tesouro abastece os fundos e assume 90% dos riscos dos financiamentos aprovados, ficando os 10% restantes a cargo dos agentes financeiros, no caso o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia. Com a mudança sancionada, todo o risco será absorvido pelos bancos, que terão que reembolsar os fundos em caso de inadimplência.
Outra novidade é a permissão para que o FDNE e o FDA passem a reembolsar e gerir o dinheiro referente ao pagamento dos empréstimos efetuados, recurso que hoje vai diretamente para o Tesouro. Dessa forma, o governo acredita que os fundos vão ganhar porte com o passar dos anos, podendo atingir a sustentabilidade no longo prazo. Neste ano, o FDNE recebeu R$ 1,8 bilhão, enquanto que o FDA ficou com R$ 1,2 bilhão.
"Com a 'financeirização', o FDNE poderá, em um prazo de dez anos, ser um fundo de R$ 35 bilhões", estimou Fernando Bezerra Coelho, ministro da Integração Nacional, pasta responsável pelo projeto. "Esses fundos poderão se tornar autônomos nos próximos anos", reforçou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que mencionou como uma orientação de Dilma a melhoria da eficiência desses fundos.
Ao lado de cinco governadores nordestinos, Coelho e Barbosa participaram ontem, no Recife, da 13ª reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). No encontro, foram discutidas, entre outros temas, as diretrizes para o uso dos fundos constitucionais em 2012. No dia 17, em Belém, estará reunido o colegiado da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Além da "financeirização" do FDNE e do FDA, os governadores debateram mudanças no perfil do FNE, outro fundo constitucional para o desenvolvimento do Nordeste, abastecido com recursos do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Foi aprovada a elevação de 40% para 50% da parcela do fundo dedicada às micros e pequenas empresas, bem como restrições à utilização do FNE para investimentos em importação de máquinas e geração de energia elétrica.
O argumento para barrar o financiamento aos projetos de energia é de que os empreendimentos desse setor, especialmente os parques eólicos, têm enxugado quase todo o dinheiro dos fundos constitucionais, não deixando espaço para outros setores. A decisão, entretanto, encontrou resistência nos governadores do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), e da Bahia, Jaques Wagner (PT). Os dois manifestaram preocupação com os efeitos da medida sobre os investimentos nos seus Estados.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou que esse tipo de projeto pode encontrar no BNDES uma fonte inesgotável de financiamento.
Valor Econômico.
Por Murillo Camarotto | Do Recife
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Painel Internacional de Recursos - UNEP
Participação da Profª de Economia da UFPA, Maria Amélia Enríquez, no International Resource Panel (English)
Maria Rodrigues (English) from Martineau&Co on Vimeo.
(Portugues)
Maria Rodrigues (Portugese) from Martineau&Co on Vimeo.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Muito amadorismo...em economia
Governo corta verba de apoio a exportador
"É no orçamento que o cidadão identifica a destinação de
recursos que o governo recolhe sob a forma de impostos", diz a página
oficial da secretaria de Orçamento Federal, com um tanto de otimismo, já que,
ultimamente, só na execução das despesas federais, após cortes e suplementações
orçamentárias, se pode ter uma ideia clara do que a administração faz com os
tributos que recolhe. Mas não há dúvida que o orçamento é um planejamento
estratégico, uma definição de prioridades. E os últimos números definidos para
o Proex, uma das principais linhas de apoio à exportação do país, alarmaram o
setor privado.
Com base nas demandas de financiamento e nos resultados de
exportação do país, o Comitê de Financiamento e Garantia de Exportações (Cofig),
que coordena sete ministérios e quatro instituições financeiras com atuação no
comércio exterior, definiu que o Proex deveria ter aumento de verbas neste ano.
O Proex-Financiamento, que apoia empresas com faturamento bruto de até US$ 600
milhões, teria seu orçamento elevado, dos atuais US$ 1,3 bilhão para US$ 2,78
bilhões; o Proex-Equalização, que cobre para os exportadores a diferença entre
juros internacionais e os juros disponíveis no país, passaria de US$ 1 bilhão
para US$ 1,2 bilhão. Esse aumento foi vetado, porém.
Mais que rejeitar o cálculo do Cofig, o Ministério do
Planejamento baixou as verbas destinadas para aquele que é anunciado no site do
Banco do Brasil como o "principal instrumento público de apoio às
exportações brasileiras". No orçamento, que revela ao setor privado as
prioridades e vontades do governo, a dotação do Proex-Financiamento caiu para
US$ 800 milhões, e o Proex-Equalização caiu para US$ 400 milhões. Uma queda de
72% em relação à proposta original de financiamentos e de 60% nos recursos para
equalização de juros.
"É o contrário do que diz o plano Brasil Maior; em vez de
aumentar incentivos para exportar produtos manufaturados, estamos fazendo o
inverso", reagiu o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil
(AEB), José Augusto Castro.
A preocupação maior dos exportadores é com os mercados nos quais
investiram nos últimos meses, onde o Brasil começava a ganhar espaço que poderá
ser deixado aos competidores asiáticos, especialmente chineses, explica ele. O
Proex é particularmente importante como instrumento de financiamento nas
exportações das firmas de engenharia brasileiras em concorrências no exterior,
em produtos como máquinas e equipamentos industriais, os chamados bens de
capital. O orçamento mais curto faria sentido se o governo estiver apostando no
fiasco dos brasileiros nas concorrências internacionais.
Integrantes do Cofig consultados pelo Valor não quiseram comentar o assunto, a
pretexto de que será tema ainda de debate no governo. O Ministério do
Planejamento garantiu, por meio da assessoria, que "o governo sempre
apoiou e continuará apoiando as exportações brasileiras, em especial as de alto
valor agregado". Só que o apoio não se traduziu em números e indicações
concretas no orçamento. "O orçamento de 2012 foi analisado sob ótica
diferente do ano anterior e traz uma proposta compatível com o momento
econômico em que se está vivenciando uma série de incertezas
internacionais", argumenta o ministério.
Segundo os técnicos do orçamento, a previsão de verbas procurou
"resguardar os recursos necessários para atender as operações
estratégicas" compatíveis com a capacidade de financiamento do país.
"Em função da incerteza com relação à evolução do cenário
internacional", diz a nota enviada ao Valor, o governo, como no
passado, poderá fazer "adequações necessárias, complementando o orçamento
do Proex", caso seja "verificada a necessidade de ajustes em virtude
de novos fatos".
De fato, é prática governamental a complementação do orçamento
do Proex, após intensas e difíceis negociações na burocracia. Mas, além da
disparidade entre os recursos considerados necessários pelo órgão criado para
coordenar as ações de comércio exterior, outro problema, desta vez, é a
insuficiência dos recursos até para cobrir as operações já previstas em 2012,
conforme indicações do setor técnico. Os pedidos encaminhados ao governo já
superam os recursos reservados para o Proex no ano que vem. Em vez de
facilidades, criou-se um desestímulo aos exportadores na busca de mercados.
Os responsáveis pelo orçamento, obrigados a acomodar as
inumeráveis pressões técnicas e políticas por verbas, tentam dar alguma
racionalidade à previsão de gastos, e, como explicitam na justificativa
encaminhada ao Valor, contam fazer
ajustes durante o ano, talvez facilitados por algum aumento de receita.
O Ministério do Planejamento garante, na nota, estar
"atento às despesas estratégicas do país". Atenção, apenas, não
basta, é preciso sinalizar aos agentes privados. E o que os brutais cortes no
orçamento para o Proex sinalizam é que exportar, aparentemente, não é tão
estratégico assim para o governo.
Sergio Leo para O Valor, é repórter especial e escreve às segundas-feirasAs viagens do Delfim
"A cada desvalorização de 1% do dólar (que valoriza o real), o preço
médio das commodities (CRB) tende a cair 3%, o que ameniza a pressão
inflacionária. O efeito sobre as commodities pode ainda ser ampliado
pela redução do crescimento da China, em consequência do desaquecimento
mundial".
"As incertezas são tantas que em apenas uma semana "tudo ficou melhor":
as Bolsas "explodiram" diante da aparente ação "decisiva" de Merkel e
Sarkozy (criação de fundo "virtual" de € 1 trilhão, de origem ainda
desconhecida, e a imposição de corte de 50% da dívida grega junto aos
bancos); na mesma semana; "tudo ficou pior": as Bolsas "desabaram",
quando o primeiro-ministro grego Papandreou, assustado com a reação
interna, sugeriu uma "consulta popular", que foi rejeitada. Tem razão
Shakespeare, quando nos adverte que a vida é uma viagem perigosa!"
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Em Belém, Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica Ilona Peuker
Esta semana Belém sediará mais um grande evento esportivo: o Campeonato Brasileiro de Ginástica Rítmica Ilona Peuker. A competição também contará com apresentação da equipe de ouro da ginástica brasileira, que foi destaque no Pan-Americano de Guadalajara, no México. As meninas da Seleção Brasileira de Ginástica se apresentarão durante a cerimônia de abertura e encerramento do evento na capital paraense.
As estrelas da ginástica rítmica brasileira são garantia de um espetáculo único, que reúne beleza, sincronismo, simpatia e muita técnica. “Apostamos em mais esse evento de caráter nacional e com a presença ilustre das campeãs do Pan 2011. Será uma grande festa”, vaticina o secretário de estado de Esporte e Lazer, Marcos Eiró.
A disputa no Campeonato Brasileiro será dividida nas categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulto, em mais de 20 apresentações de conjunto nos aparelhos, corda, fita, maças, bolas e arco. Cerca de 200 atletas de diversas regiões do país também estarão presentes. O Campeonato começa nesta sexta, 11, a partir das 15 horas, no Ginásio da Escola Superior de Educação Física. No sábado também tem competição, às 9 horas. A entrada é gratuita. (Ascom Seel)
Programação:
Dia 11 de novembro - Sexta-feira
Apresentações
• 15h30 às 16h30 - Conjunto pré-infantil (5 cordas) e conjunto infantil (5 fitas)
• 17h00 às 18h15 - Conjunto Juvenil (10 maças) e Conjunto Adulto (5 bolas)
• 18h45 às 20h00 - Conjunto Juvenil (5 Fitas) e Conjunto Adulto (2 Arcos e 3 Fitas)
Solenidade de abertura:
20h30 - Com apresentação da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica, campeã do Pan-Americano 2011, em Guadalajara.
Dia 12 de novembro - Sábado
Apresentações:
9h00 às 9h20 - Conjunto Adulto (5 Bolas)
9h35 às 10h05 - Conjunto Adulto (2 Arcos e 3 Fitas)
Premiação:
10h30h - Categoria adulto (por aparelho)
Apresentações:
10h40 às 11h20 - Conjunto Pré-Infantil (5 Cordas) e Conjunto Infantil (5 Fitas)
11h40 às 12h05 - Conjunto Juvenil (10 Maças)
12h25 às 13h00 - Conjunto Juvenil (5 Fitas)
Premiação
13h00 - Categorias pré-infantil e infantil (somatório 2ª apresentação) e Categoria juvenil (por aparelho)
Encerramento:
13h30 - Com apresentação da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica, campeã do Pan-Americano 2011
CULTURA. NÃO PERCA
PROGRAMAÇÃO
5 a 19 de novembro de 2011
Belém - Pará -Brasil
SÁBADO, 5/11Sessão de AberturaCine Olympia – 19h30
Um Outro EnsaioDOMINGO, 6/11Sessão EspecialCine Olympia - 17h
(Natara Ney, Brasil, 2010, Ficção, 15’)
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
(Beto Brant, Renato Ciasca, Brasil, 2011, Ficção, 100’)
Uma Longa Viagem
(Lúcia Murat, Brasil, 2011, Ficção, 97’)
Mostra CompetitivaCine Olympia - 19h
Curtas:
Cine Câmelo (Clarissa Knoll, Brasil, 2011, Doc, 15')
Kinopoéticas - Katari Kamina (Pedro Dantas, 2011, Doc, 15')
Crônicas de uma Morte Anunciada (Ivan Canabrava, Brasil, 2011, Doc, 06')
A Dança do Tempo (Christian Spencer, Brasil, 2011, Doc, 23')
Longa:SEGUNDA, 7/11Mostra CompetitivaCine Olympia - 19h
Morada (Joana Oliveira, Brasil, 2010, Doc, 78')
Curtas:Ribeirinhos do Asfalto (Jorane Castro, 2011, Ficção, 25')
Soldados da Borracha (Cesar Lima, Brasil, 2010, Doc, 27')
Longa:Terra da Lua Partida (Marcos Negrão, Brasil, 2010, Doc, 52’)
Mostra Tributo a Adrian CowellCine Líbero Luxardo - 19h
Chico Mendes - eu quero viver (40', 1989)TERÇA, 8/11Mostra Pan-amazônicaCine Olympia – 17h
Montanhas de Ouro (52', 1990)
Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos ( Camilo Cavalcante, Brasil, 2010, Doc, 12')Crônica del Racismo (Verónica Córdova, Bolívia, 2009, Doc, 35’)
Mostra Bruno Assis de jovens RealizadoresSesc Boulevard - 17h
Na Canoa para Aprender (Bruno Assis e Dani Franco, Brasil, doc, 5’)Mostra CompetitivaCine Olympia - 19h
O mundo de Célia (Bruno Assis, Ronaldo Rosa e Sissa Aneleh, Brasil, doc, 6’)
Toda Qualidade de Bicho (Angela Gomes e Cézar Moraes, Brasil, doc, 10’)
Barcos de Odivela (Angela Gomes e Cézar Moraes, Brasil, doc, 14’)
Sem Fastio (Roger Elarrat e Juliana Machado, Brasil, doc, 40’)
À Margem do Xingu - Vozes Não Consideradas (Damiá Puig, Brasil, doc, 90’)
Curtas:Oysuaminasai (Leandro Tadashi, Brasil, 2011, Ficção, 6’)
Longa:De Ollas y Sueños (Ernesto Cabellos, Peru/Brasil, 2009, Doc, 74’)
Para Vestir Santos (Rosana Matecki, Venezuela, 2011, Doc, 52’)
Mostra Tributo a Adrian CowellCine Líbero Luxardo - 19h
Na Trilha dos Uru Eu Wau Wau (52', 1990)
Nas Cinzas da Floresta (52', 1990)
QUARTA, 09/11 Mostra Pan-amazônicaCine Olympia - 17h
Da Janela do Meu Quarto ( Cao Guimarães, Brasil, 2004, Ficção, 5')
Babás ( Consuelo Lins, Brasil, 2009, Doc, 110’)
A Falta que me Faz (Marília Rocha, Brasil, 2009, Doc, 85’)
Mostra Bruno Assis de jovens RealizadoresSesc Boulevard - 17h
Gente que Brilha (Ivan Oliveira e Edinan Costa, Brasil, doc, 40’)
Carnasat (Wirley Silva, Brasil, doc, 25')
Amor Veneris ou Um Colar de Brilhantes para Uma Pobre Donzela (Isabela do Lago, Vanessa Hassegawa e Arthur Leandro, Brasil, ficção, 3’)
Curtas do I Salão Xumucuís de Arte Digital (Coletivo, Brasil, doc, 3’)
Táxi Zero Hora (Silvio Sá, Brasil, ficção)
Apeú - Em canto, em conto (Ronildo Carvalho, Brasil, doc)
Os Comparsas (Marcio Barradas, Brasil, ficção)
Kronos (Rodolfo Mendonça, Brasil, ficção, 2')
Xandu (Renata do Rosário Lira e Arthur Leandro, Brasil, doc, 10')
Verônica Não Deita (Coletivo, Brasil, ficção, 7')
Mostra CompetitivaCine Olympia - 19h
Curtas:Saltos Amazônicos (Liana Amin, Igor Amin, Brasil, 2011, Doc, 8’)Mostra Tributo a Adrian CowellCine Líbero Luxardo - 19h
A Fábrica (Aly Muritiba, Brasil, 2011,Ficção, 15’)
7 Voltas (Rogério Nunes, Brasil, 2009, Doc, 20’)
Matinta (Fernando Segtowick, Brasil, 2010, Ficção, 20’)
Longa:Leite e Ferro (Claudia Priscilla, Brasil, 2010, Doc, 72’)
O Destino dos Uru Eu Wau Wau (52', 1999)QUINTA, 10/11 Mostra Pan-amazônicaCine Olympia - 17h
Juku (Mauricio Quiroga, Bolívia/Argentina, 2011, Doc, 18’)
Nochebuena (Camila Loboguerrero, Colômbia, 2008, ficção, 84’)
Mostra Bruno Assis de jovens RealizadoresSesc Boulevard - 17h
Mostra Cabocão – 2hMostra CompetitivaCine Olympia - 19h
60 curtas de 1' e 30 curtas de 4', entre documentários e ficções, resultantes de oficinas de audiovisual realizadas no estado do Amazonas.
Organização: Júnior Rodrigues
Curtas:Sucumbios, Terra sem Mal (Arturo Hortas, Espanha, 2011, Doc, 30’)
Longa:Sem ti Contigo (Tuki Jencquel, Venezuela, 2010, Doc, 43’)Mostra Tributo a Adrian CowellCine Líbero Luxardo - 19h
Trópico da Saudade (Marcelo Flores, Brasil, 2009, Doc, 72’)
A Tribo que se esconde do homem (66', 1967-69)SEXTA, 11/11 Mostra Tributo a Adrian CowellCine Líbero Luxardo – 19h
Uma Dádiva para a Floresta (25', 2000)
As Queimadas da Amazônia (45', 2002)Sessão de encerramentoCine Olympia - 19h
Barrados e Condenados (25', 2000)
Batida na Floresta (59', 2004-5)
O Sonho do Chico (25',2003)
Qual Queijo Você Quer? (Cíntia Domit Bittar, Brasil, 2011, Ficção, 11’15’’)ATIVIDADES PARALELAS
As Hiper Mulheres (Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro, Brasil, 2011, Doc, 80’)
OficinasCinema Fora do Eixo - Como fazer?
Instrutor: Cíntia Domit Bittar
Local: Colégio Ideal
Período: 07 a 11/11
Horário: 9h às 13h
Dispositivos Móveis na Era do Cinema Digital
Instrutor: Gilberto Mendonça
Local: Colégio Ideal
Período: 07 a 11/11
Horário: 9h às 13h
WorkshopPsicanálise e Cinema
Instrutor: Manoel Leite
Local: Colégio Ideal
Período: 14 a 19/11
Horário: 9h às 12h
domingo, 6 de novembro de 2011
Desenvolvimento
PAÍS TEM 22 CIDADES NA LANTERNA
Existem atualmente 22 cidades do país que estão na lanterna do desenvolvimento -ou seja, têm os piores indicadores de saúde, educação, emprego e renda.
Elas representam 0,4% dos 5.564 municípios brasileiros. Apesar do fosso que ainda as separa de regiões mais desenvolvidas, em 2000 a situação era pior: elas eram 18,3% das cidades.
Cientistas conseguem fórmula de rejuvenescimento celular
Cientistas franceses conseguiram recuperar a juventude de células de doadores centenários, ao reprogramá-las ao estágio de células-tronco, demonstrando assim que o processo de envelhecimento é reversível.
Trabalhos sobre a possibilidade de apagar as marcas do envelhecimento celular, publicados na edição desta terça-feira do periódico científico “Genes & Development”, marcam uma nova etapa na direção da medicina regenerativa com vistas a corrigir uma patologia, ressaltou Jean-Marc Lemaitre, do Instituto de Genômica Funcional (Inserm/CNRS/Université de Montpellier), encarregado destas pesquisas.
Segundo um cientista do Inserm, outro resultado importante destes trabalhos é compreender melhor o envelhecimento e corrigir seus aspectos patológicos.
As células idosas foram reprogramadas ‘in vitro’ em células-tronco pluripotentes iPSC (sigla em inglês para células-tronco pluripotentes induzidas) e, com isso, recuperaram a juventude e as características das células-tronco embrionárias (hESC).
Estas células podem se diferenciar dando origem a células de todos os tipos (neurônios, células cardíacas, da pele, do fígado…) após a terapia da “juventude” aplicada pelos cientistas.
Desde 2007 os cientistas demonstraram ser capazes de reprogramar as células adultas humanas em células-tronco pluripotentes (iPSC), cujas propriedades são semelhantes às das células-tronco embrionárias. Esta reprogramação a partir de células adultas evita as críticas ao uso de células-tronco extraídas de embriões.
Nova etapa – Até agora, a reprogramação de células adultas tinha um limite, a senescência, última etapa do envelhecimento celular. A equipe de Jean-Marc Lemaitre acaba de superar este limite.. A equipe de Jean-Marc Lemaitre acaba de superar este limite.
Os cientistas primeiro multiplicaram células da pele (fibroblastos) de um doador de 74 anos para alcançar a senescência, caracterizada pela suspensão da proliferação celular.
Em seguida, eles fizeram a reprogramação ‘in vitro‘ destas células. Como isto não foi possível com base em quatro fatores genéticos clássicos de transcrição (OCT4, SOX2, C MYC e KLF4), eles adicionaram outros dois (NANOG e LIN28).
Graças a este novo ‘coquetel’ de seis ingredientes genéticos, as células senescentes reprogramadas recuperaram as características das células-tronco pluripotentes de tipo embrionário, sem conservar vestígios de seu envelhecimento anterior.
“Os marcadores de idade das células foram apagados e as células-tronco iPSC que nós obtivemos podem produzir células funcionais, de todos os tipos, com capacidade de proliferação e longevidade aumentadas”, explicou Jean-Marc Lemaitre.
Os cientistas em seguida testaram com sucesso seu coquetel em células mais envelhecidas, de 92, 94, 96 até 101 anos.
“A idade das células não é definitivamente uma barreira para a reprogramação”, concluíram.
Estes trabalhos abrem o caminho para o uso de células reprogramadas iPS como fonte ideal de células adultas toleradas pelo sistema imunológico para reparar órgãos ou tecidos em pacientes idosos, acrescentou o cientista. (Fonte: Portal iG)
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