sexta-feira, 17 de agosto de 2012

PIB da Venezuela cresce 5,6% no primeiro semestre


O Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela cresceu 5,4% no segundo trimestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. Esse foi o sétimo trimestre seguido em que a economia do país avançou, segundo os números divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central da Venezuela.

O setor de petróleo expandiu-se 1% no período, enquanto o de construção cresceu 17,6%. Mineração foi o único setor que recuou no segundo trimestre, caindo 4,5%. Nos primeiros seis meses deste ano, o PIB venezuelano aumentou 5,6% ante igual intervalo do ano passado.
O presidente Hugo Chávez elevou fortemente os gastos públicos em programas sociais antes da eleição de 7 de outubro, na qual buscará a reeleição. Um programa que prevê a construção de centenas de milhares de casas para os cidadãos de baixa renda nos próximos vários anos é uma das principais bandeiras de Chávez na corrida eleitoral contra o candidato da oposição, Henrique Capriles.
(Dow Jones)
Valor Econômico.

Serra diz que ‘kit gay’ tinha aspectos ‘ridículos’

Cadidato tucano disse que Haddad deve explicações sobre o material, criado quando petista era ministro da Educação

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, criticou o "kit gay" criado a pedido do Ministério da Educação e afirmou que o ex-ministro Fernando Haddad (PT), seu adversário na disputa, deve explicações sobre a elaboração do material de combate ao preconceito a homossexuais.


JF Diorio/AE
Candidato tucano criticou 'kit gay'

Questionado sobre o assunto em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã desta quinta-feira, 16, o tucano disse que o kit que seria usado contra a homofobia na rede pública de ensino tinha "aspectos ridículos e impróprios".

"Não quero nem entrar em detalhes, porque vão dizer que eu estou introduzindo (o tema na campanha), mas (o "kit gay") tinha aspectos ridículos e impróprios para passar para crianças pequenas", afirmou.

Apesar de dizer que não pretende apresentar o tema durante a campanha, o tucano ligou diretamente Haddad à criação do material. "Quem fez foi o Ministério da Educação quando Fernando Haddad era titular, então é natural que cobrem isso na campanha. Ele é quem tem que se explicar, não são os outros candidatos", disse o candidato do PSDB.

Serra tem dirigido críticas ao candidato petista nos últimos dias, apesar de dividir a primeira colocação nas pesquisas de intenção de voto com o candidato do PRB, Celso Russomanno.

Na terça passada, Serra fez referência ao julgamento do mensalão, que está sendo realizado pelo Supremo Tribunal Federal em Brasília. O escândalo tem petistas como alvo principal. Nos bastidores, a campanha de Serra acredita que Haddad vai subir nas pesquisas com o início do horário eleitoral de TV no dia 21 de agosto.

Na entrevista desta quinta, Serra afirmou ainda que o "kit gay", elaborado por uma ONG a pedido do Ministério da Educação, era uma "via errada" de combate ao preconceito.

"(O kit gay) foi considerado um equívoco, tanto que a presidente (Dilma Rousseff) retirou quando tomou conhecimento. Não era apenas combate ao preconceito, era uma via errada."

Haddad disse que recebeu o comentários como um "elogio" a Dilma, que vetou a distribuição do material nas escolas. Para o petista, a decisão da presidente foi acertada naquele momento.

"Acho que é a primeira vez que ele elogia algo que a Dilma tenha feito", disse o candidato do PT.

O petista, no entanto, não gostou dos adjetivos usados pelo tucano para qualificar o kit, que seriam "um desrespeito" ao trabalho da ONG que o produziu.

Evangélicos. O "kit gay" também é alvo de críticas de líderes evangélicos, de quem Serra se aproximou durante a campanha. Nos últimos meses, pastores declararam que pretendem fazer campanha contra Haddad por sua relação com o material.

Entre os religiosos que fizeram críticas ao material anti-homofobia estão líderes da Igreja Universal, que apoia Russomanno, e da Assembleia de Deus, que tem parte de seus pastores ao lado de Serra e uma ala com Gabriel Chalita (PMDB).

O candidato do PSDB disse, também na entrevista desta quinta, que não pretende focar sua campanha na relação com as igrejas, mas admitiu a importância do segmento. "Para mim, política não é a mesma coisa que religião, mas religião e política são duas coisas fundamentais", disse Serra. "Minha preocupação como candidato é ganhar todos os setores do eleitorado", afirmou.

Questionado sobre a relação de Serra com as igrejas, Haddad afirmou que pedir votos dentro de um culto religioso "não é compatível" com a figura de um candidato. "Visito lideranças religiosas com muito gosto, mas para oferecer apoio para que a missão religiosa ajude os mais pobres e amplie os programas socias. Minha relação para aí", disse.

O petista afirmou ainda que é função do prefeito garantir a liberdade religiosa na cidade e, por isso, se eleito, trabalhará pela regularização de templos religiosos hoje em situação irregular.

ESTADO DE SÃO PAULO.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Fazenda quer ajuda da Vale para Orçamento



Em um dos processos em que cobra da Vale dezenas de bilhões de reais por conta de lucro obtido por suas controladas no exterior, a Fazenda Nacional cita a execução do Orçamento da União como argumento (ainda que não o único) para convencer a Justiça de que ela deve manter a cobrança dos tributos da mineradora.

De acordo com relato do desembargador Olindo Menezes, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a Fazenda alega que a "vultosa quantia é de suma importância para concretização de diversas políticas públicas federais", e prevê que a cobrança dos R$ 24 bilhões (referentes a dois dos quatro autos de infração lavrados pelo Fisco contra a Vale) ajudaria a "mitigar os efeitos negativos advindos do corte das despesas primárias do governo federal, na ordem de cinquenta e cinco bilhões de reais".

A Fazenda diz ainda, segundo relato do desembargador, que a liberação dos recursos do orçamento ao longo de 2012 depende da entrada "de receitas de natureza extraordinária, entre as quais incluem-se os pagamentos oriundos de atividades de cobrança e fiscalização e as receitas provenientes de decisões na esfera judicial".

No seu argumento final, contrário à Vale, o magistrado usa argumentos jurídicos — decisões de mérito na primeira e segunda instância desfavoráveis à companhia — para manter a cobrança. Mas cita que impedir a execução causaria grave lesão à economia pública, "dado o gigantismo das cifras envolvidas no debate".



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Garimpos clandestinos levam devastação à Amazônia Legal



A crescente presença dos garimpos na Amazônia brasileira, estimulada pelo aumento do preço do ouro no mercado nacional e internacional, traz à tona um alerta ambiental que vai além da visível degradação de solos e margens de rios. O uso de substâncias como mercúrio e cianeto na separação e limpeza do mineral transforma o garimpo de ouro em uma das atividades mais poluidoras, contribuindo para a contaminação de peixes e animais silvestres e afetando a saúde humana.

O secretário executivo da Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (Adimb), Onildo Marini, diz que o problema da derrubada de árvores na região amazônica para exploração mineral, por exemplo, é minimizado ante os efeitos produzidos pelo uso indiscriminado do mercúrio. “Usado na hora de concentrar o ouro, de queimar o ouro, o mercúrio, evapora ou vai para os peixes. Essa é uma cadeia que ninguém sabe de fato qual importância tem, mas efeito é grave”, ressalta o geólogo.

O coordenador-geral de Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Dutra, cita pesquisas segundo as quais o mercúrio usado nos garimpos vai sendo acumulado na cadeia alimentar local. “Peixes carnívoros acumulam o mercúrio e o ser humano, ao comer tais peixes, ingere tudo.”

De acordo com especialistas, na bacia do Rio Tapajós no Pará, onde existiam mais de 200 garimpos em atividade na década de 1990, foram liberadas, anualmente, cerca de 12 toneladas de mercúrio no ambiente. Conforme levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, a concentração de mercúrio analisada no cabelo de pescadores de uma vila da região mostrou que o metal provocou problemas de visão e comprometimento muscular nos ribeirinhos.

Países como Argentina, Índia e Filipinas já proibiram o uso do mercúrio. No Brasil, a retomada do garimpo em larga escala faz com que se intensifique o uso do produto. Depois de encontrar o ouro, os garimpeiros aplicam o mercúrio e aquecem o minério amalgamado. O resultado é o ouro puro e a evaporação de mercúrio na atmosfera e nas águas próximas, afetando peixes e animais silvestres que acumulam facilmente o produto.

Há quase dois meses, sob o argumento de regularizar a atividade do garimpo na região, o Conselho Estadual do Meio Ambiente do Amazonas aprovou uma resolução estadual liberando o uso do mercúrio pelos garimpeiros, mas com algumas condições, como a comprovação da origem de compra da substância e o uso de equipamentos adequados para sua aplicação.

O Ministério Público Federal no estado recomendou a suspensão da medida, argumentando que substância pode representar ameaça à saúde humana e ao meio ambiente. Ontem (14), representantes de garimpos e do governo do Amazonas começaram a discutir o problema. Segundo assessoria do governo do estado, um grupo técnico, que tem entre seus integrantes alguns participantes do encontro de ontem, apresentará, até o fim desta semana, avaliações sobre o uso do mercúrio para que uma equipe jurídica decida o futuro da resolução.

O geólogo Elmer Prata Salomão acrescenta que, além de mercúrio, os garimpeiros usam outra substância tóxica, o cianeto. “Usado corretamente, não tem problema, mas se deixar cianeto na água, sem neutralizar, todos os animais que bebem esta água vão morrer. O uso do cianeto na mineração é clássico, mas tem que ser feito com todas precauções e cuidados que a tecnologia oferece.”

Assim como o mercúrio foi liberado no Amazonas, órgãos ambientais de outros estados têm autorizado o uso do cianeto e garantido fiscalizações rotineiras. Salomão cita os estados do Pará e de Mato Grosso como exemplos. “Se pegar um rio amazônico e lançar cianeto, vai ser um desastre”, conclui o geólogo.

(Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil).

Oposição ironiza, 'lamenta atraso' e louva 'mudança de curso' de petista

 lançamento do pacote de concessões foi alvo de ironia do PSDB, que divulgou nota cumprimentando a presidente Dilma "por ter aderido ao programa de privatizações".

O partido foi criticado pelo PT, em campanhas eleitorais anteriores, por ter patrocinado medidas semelhantes.

"Lamentamos o atraso dessas iniciativas, que, a curto prazo, não poderão atenuar o decepcionante crescimento do PIB. Porém reconhecemos que essa mudança de rumo adotada pelo governo significa avanços para o país."

A presidente anunciou que repassará ao setor privado concessões para a exploração de rodovias e ferrovias, com as quais o governo espera viabilizar investimentos de
R$ 133 bilhões ao longo dos próximos 30 anos.

PARCERIA

Dilma negou durante o lançamento do pacote que as medidas sejam privatização e afirmou que o governo não está se desfazendo de patrimônio público.

"Estamos fazendo parceria com o setor privado para beneficiar a população, para saldar uma dívida de décadas e um atraso nos investimentos, e assegurar o menor custo logístico."

A Folha apurou, porém, que a gestão Dilma planejou o lançamento de um plano ambicioso para quebrar um paradigma dentro do partido e neutralizar futuras resistências dentro do PT. O objetivo era ter uma "vacina" contra reações.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), chamou o plano de "reforma ideológica" de Dilma.

"Diante da falta de recurso e eficácia do governo, ele passa por cima da sua gênese estatizante para tentar ter alguns resultados. Acho que esse pacote deveria ter sido lançado há pelo menos dez anos", afirmou Maia.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), apoiou as medidas anunciadas pelo governo.

"O governo federal está no rumo certo. Sempre defendemos as concessões", afirmou o tucano.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o plano. O petista disse que, quando o Estado tem dificuldade orçamentária para fazer obras com dinheiro da União, é preciso passar os projetos para a iniciativa privada.

"Afinal de contas, o povo muitas vezes não quer saber se quem faz é o Estado ou a iniciativa privada. O que ele quer é o benefício."

O ex-presidente afirmou que, após um período sendo administradas pela iniciativa privada, os projetos voltarão para o Estado.

UOL

Problema semântico - Não é privatização, apenas Concessão, por 99 anos

Concessão.

Essa foi a saída que encontrou o governo para privatizar os principais aeroportos do Brasil. Foram incluídos apenas que são do interesse do setor privado. 
 
Concessão: outorga que faz o poder público a um particular ou a uma empresa privada, do direito de executar, em seu nome e mediante certos encargos e obrigações, uma obra, ou a exploração de serviço público ou de certos bens, como recursos minerais, p.ex., por um tempo determinado.

Um a um vai caindo os fundamentos históricos do Partido dos Trabalhadores. 


Tucano parabeniza à Presidente Dilma. Eles se entendem muito bem.

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), cumprimentou a presidente Dilma Rousseff, em nota à imprensa, por aderir às privatizações, apesar do atraso. Sérgio Guerra enfatizou que o PSDB desenvolve esse programa há anos. E lamentou que essa nova postura da presidente não poderá, a curto prazo, atenuar “o decepcionante crescimento do PIB brasileiro”. Veja aqui a íntegra da nota do presidente tucano:

O PSDB cumprimenta a presidente Dilma

O PSDB sempre colocou os interesses dos brasileiros acima dos interesses partidários. Por isso, cumprimenta a presidente Dilma por ter aderido ao programa de privatizações, há anos desenvolvido pelo partido, como um dos caminhos para acelerar os investimentos em infraestrutura.

Lamentamos o atraso dessas iniciativas que, a curto prazo, não poderão atenuar o decepcionante crescimento do PIB brasileiro. Porém, reconhecemos que esta mudança de rumo adotada pelo governo significa avanços para o país.

Chegou a hora de dar mais atenção à produção, ampliando os investimentos públicos e privados para criar um clima de maior confiança na continuidade do crescimento econômico. Só assim, será possível assegurar, a médio prazo, o desejável aumento do consumo e do bem-estar dos brasileiros.

Sabemos que a presidente poderá ser cobrada por adotar medidas opostas às que defendeu em sua campanha eleitoral de 2010. Foi o que já ocorreu na privatização dos aeroportos. Esperamos que o improviso e a falta de convicção, por parte do governo e de seu partido, não impeçam a implantação dessas decisões importantes para o Brasil.

Deputado Federal Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB

Repleta de garimppos, Amazônia abriga terceira corrida do ouro no Brasil



O que o resultado das operações de fiscalização de crimes ambientais sinalizava, e o governo temia, está sendo confirmado agora por especialistas em mineração e órgãos ambientais: começou, há quase cinco anos, a terceira corrida do ouro na Amazônia Legal, com proporções, provavelmente, superiores às do garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará, no período entre 1970 e 1980.

Nos últimos cinco anos, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) desativou 81 garimpos ilegais que funcionavam no norte de Mato Grosso, no sul do Pará e no Amazonas, na região da Transamazônica. O Ibama informou que foram aplicadas multas no total de R$ 75 milhões e apreendidos equipamentos e dezenas de motores e balsas.

Nesta semana, fiscais do Ibama e da Funai (Fundação Nacional do Índio) e agentes da Polícia Federal, desativaram três garimpos ilegais de diamante no interior da Reserva Indígena Roosevelt, em Rondônia. Dezessete motores e caixas separadoras usadas no garimpo ilegal foram destruídos, cessando o dano de imediato em área de difícil acesso.

A retomada do movimento garimpeiro em áreas exploradas no passado, como a Reserva de Roosevelt, e a descoberta de novas fontes de riqueza coincidem com a curva de valorização do ouro no mercado mundial. No ano passado, a onça – medida que equivale a 31,10 gramas de ouro – chegou a valer mais de US$ 1,8 mil.

Com a crise mundial, a cotação no mercado internacional, recuou um pouco este ano, mas ainda mantém-se acima de US$ 1,6 mil. No Brasil, a curva de valorização do metal continua em ascensão. No início deste ano, o preço por grama de ouro subiu 12%, chegando a valor R$ 106,49.

“É um valor muito alto que compensa correr o risco da clandestinidade e da atividade ilegal. Agora qualquer teorzinho que estiver na rocha, que antes não era econômico, passa a ser econômico”, afirma o geólogo Elmer Prata Salomão, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral e ex-presidente do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral), ligado ao Ministério de Minas e Energia.

Leia mais
Polícia Federal aumenta combate ao garimpo ilegal
Mecanização de garimpos dificulta repressão da atividade ilegal

Como a atual corrida do ouro é muito recente, os dados ainda são precários e os órgãos oficiais não têm uma contagem global. Segundo Salomão, que presidiu o DNPM na década 1990, depois da corrida do ouro de Serra Pelada, foram feitos levantamentos que apontaram cerca de 400 mil garimpeiros em atividade no Brasil.
Regiões estratégicas

O secretário executivo da Adimb (Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira), Onildo Marini, cita duas regiões em Mato Grosso consideradas estratégicas para o garimpo: o Alto Teles Pires, no norte do estado, que já teve forte movimento da atividade e hoje está em fase final, e Juruena, no noroeste mato-grossense, onde o garimpo foi menos explorado.

“Tem garimpos por toda a região e tem empresas com direitos minerários reconhecidos para atuar lá”, relata. Como ainda há muito ouro superficial que atrai os garimpeiros ilegais, a área tem sido alvo de conflitos. As empresas tentaram solucionar o problema no final do ano passado, quando procuraram o governo de Mato Grosso e o DNPM. “A notícia que tive é que a reunião não foi muito boa. Parece que o governo local tomou partido do garimpo”, disse ele. Procurado pela Agência Brasil, o governo de Mato Grosso não se manifestou.

“Os garimpos mais problemáticos são os de ouro e diamante. Na Amazônia, incluindo o norte de Mato Grosso, estão os mais problemáticos e irregulares, tanto por estarem em áreas proibidas, como por serem clandestinos.”


UOL

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Biodiversidade - Tesouro no meio da selva. O que faz o Estado do Amazonas progredir.



A Amazônia abriga a maior diversidade de vida do planeta e 12% das espécies de plantas já descritas, mas ainda precisa aprender a gerar de lucro sem a destruição do meio ambiente.

A primeira recomendação que um pesquisador recebe ao ingressar na equipe do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) é ficar de boca fechada. Para explorar economicamente um dos maiores santuários de vida selvagem do planeta, um dos cuidados básicos é assinar acordos de confidencialidade com os parceiros privados. Em ocasiões especiais, no entanto, a regra pode ser quebrada.

A clonagem do curauá - uma planta amazônica da família das bromélias, cujo fruto se parece muito com um abacaxi em miniatura - foi uma dessas ocasiões. Amargo demais para virar suco, o curauá entrou no radar dos pesquisadores após a descoberta do potencial econômico das fibras de suas folhas. Além de servir para revestimento de colchões e forro de carros, as folhas do curauá podem entrar na cadeia produtiva de celulares e equipamentos eletrônicos em substituição à fibra de vidro.

Nada mais simbólico do que um abacaxi para ilustrar o esforço do País na busca por um novo ciclo de desenvolvimento econômico para a Amazônia - uma região que tem no desmatamento o maior inimigo. O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo e a região amazônica abriga muitos de seus tesouros biológicos. Há 85 mil espécies descritas (43% do total do País). E isso representa apenas uma pequena parte do potencial estimado para a região. A flora, a fauna, os fungos e os micro-organismos da floresta são vistos como matéria-prima para a produção de remédios e alimentos. Só que toda essa riqueza não valerá nada, caso não seja estudada pela ciência. E está aí uma das dificuldades crônicas da região. A Amazônia ocupa 61% do território nacional, mas absorve apenas 4% dos doutores e grupos de pesquisa do País.

"São formiguinhas contra um gigante. Existe pesquisa de qualidade, mas não há escala para o desafio econômico e as oportunidades que a região representa para o País", lamenta o pesquisador Ulisses Galatti, do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.

Só que transformar pesquisa em dinheiro e tirar a Amazônia do limbo científico não são tarefas fáceis. É necessário conciliar interesses muitas vezes conflitantes. Os cientistas estão empenhados em superar a fronteira do conhecimento. Os empresários apostam na biodiversidade como fonte de lucros. E as comunidades locais dependem da natureza para sobreviver. São interesses que envolvem cifras atraentes. Só na última década, o Museu Goeldi, instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), descreveu 130 novas espécies, entre plantas, animais e fungos.

Em menos de um quilômetro quadrado da Floresta Amazônica há mais espécies de plantas do que em todos os países da Zona do Euro. Uma única árvore, por exemplo, é habitat de numerosos tipos de invertebrados, de formigas a aranhas, passando por abelhas e besouros.

Em número de plantas descritas, a Amazônia tem hoje catalogadas 60 mil espécies, o que representa 12% das espécies do planeta. E ainda há três mil espécies de peixes de água doce, 849 de anfíbios, 540 de mamíferos, 1.700 de aves, 693 de répteis e 13 mil de fungos. Além de ser de longe o bioma mais rico do planeta Terra, a Amazônia é, ao mesmo tempo, a floresta com o maior número de espécies descritas. Só que, paradoxalmente, é também onde se estima haver o maior número de espécies a descobrir.

Superar o desafio da biotecnologia vai muito além da identificação de novas espécies. É preciso isolar o princípio ativo (a substância que confere ação de interesse para a produção de fármacos, por exemplo) e descobrir onde aplicá-lo. Criado em 2002, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) precisou de uma década para clonar as mudas do curauá - etapa obrigatória para garantir a produção em larga escala para a indústria. Resta agora atrair parcerias estratégicas. Ou seja, encontrar empresários que acreditem no potencial da fibra amazônica e de outro, rastrear comunidades locais dispostas a plantar as mudas.

A imensidão territorial e as transformações provocadas pela ação humana não bastam para explicar o desconhecimento sobre o potencial da biodiversidade amazônica. Estudos sobre esse tesouro no meio da selva, como o Censo da Biodiversidade, conduzido pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, estão apenas no começo. A situação é agravada pela pequena quantidade de pesquisadores residentes na região, muitos deles motivados por posições ideológicas que se chocam com a ideia de explorar comercialmente o patrimônio genético nacional.

No ano em que o CBA foi inaugurado, em Manaus, o mercado internacional de produtos biotecnológicos movimentou US$ 780 bilhões. De olho nesse mercado o projeto saiu do papel para ser um centro de excelência na Amazônia. Visto como um projeto estratégico, a meta era abocanhar uma parcela dos negócios mundo afora. Pesquisas começaram a ser desenvolvidas nos laboratórios montados para explorar o potencial da floresta. Só que, nesses dez anos, os projetos ambiciosos minguaram, a ponto de a instituição ter corrido risco de virar um elefante branco.

Nenhuma patente foi registrada e o centro não tem personalidade jurídica própria, o que o impede de contratar cientistas diretamente. E pior: os recursos do CBA são originários somente dos impostos pagos pelas 600 empresas da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Para evitar a paralisia, driblar a burocracia e impedir que o CBA virasse de fato um elefante branco, a saída foi se aproximar do setor privado e se submeter as regras de mercado. O sigilo passou a ser exigido nas pesquisas em andamento e as equipes de cientistas mudaram a dinâmica de trabalho. Agora, elas atuam apenas numa das etapas do desenvolvimento do projeto.

"Inicialmente, os colegas reagiram mal à ideia de trabalhar em linha de montagem. O Brasil não tem essa experiência. Os cientistas sempre foram vinculados à academia. Mas fomos obrigados a cortar esse vínculo. Não fazemos mais pesquisa básica", analisa o farmacêutico José Augusto Cabral, coordenador de Produtos Naturais da instituição. "Quem planeja fazer um mestrado ou mesmo um doutorado, tem que procurar outro lugar para trabalhar".

(O Globo )

domingo, 12 de agosto de 2012

Leia hoje no Blog do Eniquez

Jatene anuncia R$ 5 bilhões em investimentos para 2014.


Esse é o montante oriundo de diversas fontes que o Estado vai investir até 2014

O Programa de Investimentos Prioritários - um pacote de quase R$ 2 bilhões apoiado em operações de crédito - apresentado pelo governador Simão Jatene às lideranças partidárias da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) na quinta-feira, 9, é apenas uma parte do que o Estado pretende investir até 2014. No total, apenas em projetos considerados estratégicos nas áreas de saúde, educação, segurança e infraestrutura, a meta do governo é investir R$ 5 bilhões até 2014, afirma o secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças, Sérgio Bacury. "Esse montante inclui recursos próprios do Estado, recursos transferidos e operações de crédito novas e outras já em curso", afirmou.

No caso específico do Programa de Investimentos Prioritários, quase metade dos recursos - R$ 955 milhões - virá da linha de crédito Proinvest, criada pelo governo federal para compensar os estados brasileiros pela queda no volume de receitas transferidas, e só está sendo possível graças ao equilíbrio nas contas públicas obtido pelo governo estadual, como enfatizou o governador Simão Jatene, durante o encontro com os deputados. "O fato de termos voltado a apresentar um resultado primário positivo, depois de dois anos negativos, nos deu credibilidade para que o Pará fosse capaz de absorver cerca de R$ 1 bilhão, através do Proinvest, Programa do Governo Federal que abre linha de crédito de R$ 20 bilhões para todos os estados brasileiros", afirmou Jatene, acrescentando que os recursos vão colaborar para o aquecimento da economia do Estado e estão distribuidos de forma a atender todas as regiões.

As receitas próprias do Estado têm tido um bom desempenho, com crescimento em termos reais entre 14 e 15%. Os indicadores fiscais do Estado do Pará, com base em dados do Programa de Ajuste Fiscal (PAF), revelam que as contas públicas do Estado estão equilibradas, mesmo após apresentar durante 2009 e 2010, resultados primários negativos de R$ 41 milhões e R$ 400 milhões, respectivamente. Em 2011, os números passaram a ser positivos. O resultado primário foi de R$ 738 milhões e, no primeiro semestre deste ano, o resultado primário se manteve positivo, com cerca de R$ 1 bilhão.

O Liberal.

Setor empresarial do Pará. Estado é 11º em empresas individuais


Crescimento foi de 82% no Pará desde maio de 2011 até abril deste ano


VICTOR FURTADO

Da Redação (O Liberal)

O Pará teve 82% de crescimento do número de microempresas individuais (MEIs), o 11º maior do Brasil, chegando a 56.100 MEIs, como aponta pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados da Receita Federal e uma amostra de 12 mil pessoas em todo o País. Porém, a região Norte teve o menor desempenho comparada a outras regiões, apesar de ter crescido 70% de maio de 2011 a abril deste ano, representando 7% dos MEIs e 4% das micro e pequenas empresas (MPE). Grande parte desses MEIs atua nos segmentos de comércio (39%) e serviços (36%). A indústria e a construção civil representam 17% e 8% respectivamente.

Na pesquisa, o perfil do MEI mostra trabalhadores na faixa etária entre 25 e 39 anos; com ensino médio ou técnico completo; que trabalham em casa (principalmente com comércios e serviços); se formalizaram para obter CNPJ e emitir nota fiscal; recomendam a formalização; e pretendem crescer (migrando para micro ou pequena empresa) para faturarem mais de R$ 60 mil por ano. No Pará, 55% dos MEIs são homens e 45% são mulheres.

Edimilson sai na frente, disparado com 42% das preferências

Para quem só acredita em pesquisa o dia da eleição, estes dados não interessam, mas....., sempre é bom estar de bem com os números da IBOPE. 



Na primeira pesquisa de intenção de voto à Prefeitura de Belém, o candidato Edmilson Rodrigues lidera. O resultado foi divulgado neste sábado (11), pelo IBOPE e TV Liberal, que encomendou a pesquisa de opinião. Os pesquisadores realizaram o levantamento em Belém entre os dias 7 e 9 de agosto. O candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues, ficou com 42% das intenções de voto, enquanto que, o segundo colocado, José Priante (PMDB), recebeu 22% das menções. Zenaldo Coutinho (PSDB) aparece na terceira colocação, com 12% das intenções de voto, Arnaldo Jordy (PPS) tem 7% e Jefferson Lima (PP) tem 5%. Anivaldo Vale (PR) e Alfredo (PT) receberam, respectivamente, 2% e 1% das menções, enquanto Marcos Rego (PRTB) não atinge 1% das intenções de voto.


Amostra - O IBOPE entrevistou 602 eleitores em Belém. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um grau de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará sob o protocolo Nº 00036/2012.

Redação Portal ORM, com informações da TV Liberal

300 mil em greve. Um peixe chamado Dilma

Senadores e deputados petistas consideram inconcebível o governo de um partido forjado no movimento sindical viver essa onda de greves. Existe um receio na bancada de que as paralisações manchem a imagem de gestora, principal ativo político-eleitoral da presidente Dilma

Millôr Fernandes, em suas Fábulas fabulosas, mencionou certa vez a história do sujeito que queria ensinar seu peixinho a viver fora d’água. Todos os dias o homem tirava o bichinho do aquário, aumentando gradativamente o tempo de permanência fora do hábitat. Deu tão certo que o cidadão começou a passear com o peixe pela coleira na vizinhança como se fosse um cachorro. Um belo dia, num desses passeios, começou a chover tão forte que o peixinho caiu numa poça d’água. Morreu afogado. Moral da história: não adianta aprender coisas novas se não se souber preservar o conhecimento das antigas. É esse hoje o maior receio dos petistas em relação à presidente Dilma Rousseff. Especialmente, quando veem por aí o Brasil devagar quase parando e a onda de greves na administração pública.


Os petistas consideram que Dilma está mais solta nos palanques. Faz até piada com temas esportivos, algo parecido com o estilo do ex-presidente Lula. Mas Lula, só existe um. Dilma foi apresentada ao eleitor como a grande gestora, capaz de fazer o país funcionar em todos os campos. As universidades federais estão paradas há praticamente dois meses. Conforme mostrou o Correio ao longo dos últimos dias — o assunto foi manchete do jornal antes que os jornais do Rio e de São Paulo acordassem para a gravidade do tema —, as greves se alastram por praticamente toda a administração pública. Para setores do próprio PT, é inconcebível o governo de um partido forjado no movimento sindical não ter se antecipado a essas paralisações no serviço público, no sentido de evitar o prejuízo à população.

Denise Rothenburg