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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novo mapa mostra que malha de hidrovias no país chega a 21 mil km

Novo mapa de Transportes Aquaviários


Um novo mapa traçado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demonstra que 20,9 mil quilômetros de rios brasileiros já são usados para levar cargas e passageiros de um ponto para outro do interior do país. Até hoje, acreditava-se que as hidrovias alcançassem cerca de 13 mil quilômetros, número usado como referência no setor e mesmo em documentos oficiais.

Agora, descobriu-se que a extensão de rios navegados economicamente é muito maior. O estudo, ainda inédito, indica que 80% da malha está no complexo Solimões-Amazonas. O segundo corredor mais longo é o Paraná-Tietê, com 1.495 quilômetros, o equivalente a 7% de toda a rede.


Embora todas essas vias já sejam exploradas – só não se sabia disso -, o mapeamento, segundo Adalberto Tokarski, superintendente de navegação interior da Antaq, é relevante. “O estudo tem importância para compreender o transporte aquaviário e subsidiar o Ministério dos Transportes na elaboração de políticas públicas, bem como aperfeiçoar a fiscalização e a regulação do setor.”

Essa radiografia só foi possível graças a um pente-fino que a agência passou nos registros de operação de cargas de diversos órgãos oficiais. Outra surpresa foi a constatação de que 12,37% das cargas movimentadas nos portos brasileiros passaram pelas hidrovias em 2011. “Falava-se em 4% a 5% do total”, diz Tokarski. Foram 109,2 milhões de toneladas. Somente dois produtos representam 38% de tudo o que é transportado: minério de ferro e soja.

Quase dois anos depois da inauguração das eclusas de Tucuruí, no rio Tocantins, nenhuma obra de porte semelhante está sendo construída no país. Mesmo assim, a Antaq acredita na possibilidade de elevar para 29%, até 2025, a participação das hidrovias na matriz total de transportes, como está previsto no Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT).

Para impulsionar esse sistema, o Ministério dos Transportes traçou um plano de investimento de R$ 11,8 bilhões até 2018, com 27 eclusas. No entanto, praticamente nada saiu do papel.

O superintendente da Antaq aponta a necessidade das eclusas, mas diz que a expansão das hidrovias não depende apenas delas. “Temos muito para avançar nas vias já navegadas, com obras de dragagem, sinalização e balizamento”, diz Tokarski. No rio Madeira, em Rondônia, as embarcações precisam diminuir o peso em 50% no período da seca, o que evidencia a urgência da dragagem.

No rio Tocantins, apesar das eclusas de Tucuruí, só se pode navegar com as embarcações cheias durante o período de chuvas. Quando o rio baixa, elas correm o risco de ficar travadas no Pedral de São Lourenço, a poucos quilômetros. Para evitar o problema, é preciso fazer a retirada de 693 mil metros cúbicos de rocha.

Algumas obras importantes, no entanto, já estão em curso. A maior delas é na hidrovia do rio Tietê, em São Paulo, com investimento de R$ 1,5 bilhão – compartilhado entre a União e o Estado. Ao todo, 35 intervenções deverão ser concluídas até o fim de 2015. Foram iniciados os trabalhos de adequação de pontes e de canais, além de melhorias em sete eclusas. A movimentação no corredor pode duplicar depois da entrega de 80 barcaças e 20 empurradores encomendados pela Transpetro para o transporte de etanol.

O transporte hidroviário emite um quarto do gás carbônico e consome cerca de 5% do combustível usado no transporte rodoviário para a mesma carga e distância. Cada comboio no Tietê, por exemplo, que é formado por quatro barcaças e um empurrador, possui capacidade equivalente à de 172 carretas ou 86 vagões ferroviários.

“Em cinco anos, também estimamos que vai dobrar o transporte de cargas gerais na Amazônia”, afirma Tokarski. Para a hidrovia do Teles Pires-Tapajós, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prepara uma nova licitação para contratar os estudos de viabilidade técnica e econômica, além da elaboração do projeto básico. “Daqui a pouco, talvez possamos ter um belo pacote de hidrovias, alicerçado em bons estudos”, diz o superintendente.

Por: Daniel Rittner
Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Kd o PAC dos transportes?

Problemas em 62,7% das principais rodovias do país

Brasília - Dos 95,7 mil quilômetros de rodovias avaliados este ano pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 60 mil quilômetros apresentam algum tipo de deficiência, o que representa 62,7% do total. Os resultados da 16ª Pesquisa CNT de Rodovias são piores que os apresentados no ano passado, quando 57,4% das rodovias avaliadas foram classificadas com algum tipo de deficiência. Neste ano, 37,3% da extensão pesquisada estão em condições ótimas ou boas de segurança.

Em relação ao pavimento, 45,9% têm problemas e 66,2% têm falhas na sinalização. A pesquisa encontrou 221 pontos críticos nas estradas, como erosão na pista, queda de barreira, ponte caída ou buraco grande. Em relação ao ano passado, houve aumento de 36% nas erosões da pista. A ocorrência de faixas centrais desgastadas ou inexistentes aumentou 28,1%, e o aumento das faixas laterais desgastadas ou inexistentes foi 27,7%. As placas encobertas pelo mato também tiveram aumento de 2,4%.

A CNT estima que seja preciso investir cerca de R$ 170 bilhões para a modernização da infraestrutura rodoviária no Brasil. Segundo a entidade, os recursos devem ser aplicados na construção de novas rodovias e em obras de duplicação, pavimentação, recuperação, entre outras intervenções.

“Além de um maior volume de recursos, é preciso garantir a continuidade dos aportes e a agilidade das intervenções de forma a solucionar os entraves identificados e preparar o sistema de transporte para a demanda futura”, diz o relatório.

A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de junho e 31 de julho deste ano. Os pesquisadores avaliaram aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da via de 100% da malha federal pavimentada e das principais rodovias estaduais pavimentadas, além das rodovias concessionadas.
 Agência Brasil 
Sabrina Craide

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Menos de 20% do esgoto são tratados na América Latina e no Caribe



Menos de 20% do esgoto são tratados na América Latina e no Caribe. Nas cidades, 16% da população (74 milhões de pessoas) carecem de saneamento adequado. A constatação está no relatório Estado das Cidades da América Latina e Caribe, divulgado na terça-feira (21) pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).

O estudo também traz notícia positiva que a região já alcançou o Objetivos do Milênio em relação ao abastecimento de água. Atualmente, 92% da população urbana têm acesso à água encanada.

No entanto, o desperdício de água tratada é grande. Cerca de 40% da água desperdiçada ocorrem devido infraestrutura precária de abastecimento e uso inadequado. As tarifas cobradas pelo fornecimento não costumam cobrir os custos de operação e penalizam os mais pobres, segundo as Nações Unidas.

“Há muitos cidadãos mais pobres que pagam caro pelo serviço, às vezes, o dobro que os mais ricos por um serviço pior”, comentou o oficial principal de Assentamentos Humanos do ONU-Habitat, Erik Vittrup.

Constatou-se que cada habitante já produz o equivalente a 1 quilo de resíduos, e a quantidade não para de crescer. De acordo com a pesquisa, os serviços de reciclagem, reutilização e aproveitamento dos resíduos sólidos ainda são incipientes em todos os países da região.

“Ainda tem um grande número de cidades que estão contaminando rios e mares e deixando lixo a céu aberto”, lamentou Vittrup.

A pesquisa apontou falhas no acompanhamento sistemático e organizado desses serviços, como a falta de indicadores precisos, completos e comparáveis, prejudicando a adoção de estratégias. Em geral, os dados são fornecidos pelos próprios provedores dos serviços. (Fonte: Flávia Villela/ Agência Brasil)

domingo, 12 de agosto de 2012

Jatene anuncia R$ 5 bilhões em investimentos para 2014.


Esse é o montante oriundo de diversas fontes que o Estado vai investir até 2014

O Programa de Investimentos Prioritários - um pacote de quase R$ 2 bilhões apoiado em operações de crédito - apresentado pelo governador Simão Jatene às lideranças partidárias da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) na quinta-feira, 9, é apenas uma parte do que o Estado pretende investir até 2014. No total, apenas em projetos considerados estratégicos nas áreas de saúde, educação, segurança e infraestrutura, a meta do governo é investir R$ 5 bilhões até 2014, afirma o secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças, Sérgio Bacury. "Esse montante inclui recursos próprios do Estado, recursos transferidos e operações de crédito novas e outras já em curso", afirmou.

No caso específico do Programa de Investimentos Prioritários, quase metade dos recursos - R$ 955 milhões - virá da linha de crédito Proinvest, criada pelo governo federal para compensar os estados brasileiros pela queda no volume de receitas transferidas, e só está sendo possível graças ao equilíbrio nas contas públicas obtido pelo governo estadual, como enfatizou o governador Simão Jatene, durante o encontro com os deputados. "O fato de termos voltado a apresentar um resultado primário positivo, depois de dois anos negativos, nos deu credibilidade para que o Pará fosse capaz de absorver cerca de R$ 1 bilhão, através do Proinvest, Programa do Governo Federal que abre linha de crédito de R$ 20 bilhões para todos os estados brasileiros", afirmou Jatene, acrescentando que os recursos vão colaborar para o aquecimento da economia do Estado e estão distribuidos de forma a atender todas as regiões.

As receitas próprias do Estado têm tido um bom desempenho, com crescimento em termos reais entre 14 e 15%. Os indicadores fiscais do Estado do Pará, com base em dados do Programa de Ajuste Fiscal (PAF), revelam que as contas públicas do Estado estão equilibradas, mesmo após apresentar durante 2009 e 2010, resultados primários negativos de R$ 41 milhões e R$ 400 milhões, respectivamente. Em 2011, os números passaram a ser positivos. O resultado primário foi de R$ 738 milhões e, no primeiro semestre deste ano, o resultado primário se manteve positivo, com cerca de R$ 1 bilhão.

O Liberal.

domingo, 5 de agosto de 2012

Brasil. Integrar para desenvolver, será para crescer?

Em longo artigo do Jornal Valor Econômico,  Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) faz uma excelente análise sobre a importância de desenvolver a malha ferroviaria do Brasil, intengrando todas as regiões emergentes do País. A análise seria correta e completa se não esquecesse de considerar um aspecto básico das políticas públicas econômicas, uma coisa é crescer e outra desenvolver. 

Veja o artigo abaixo. 


É bastante animadora, especialmente para aqueles que atuam nos setores da infraestrutura, a determinação da presidente Dilma Rousseff no sentido de integrar os projetos de construção de rodovias, ferrovias e portos para agilizar os resultados desses investimentos, conforme recentes notícias publicadas na imprensa.

Para acelerar o crescimento econômico, o Brasil precisa vencer urgentemente o desafio logístico. Nossas vias de escoamento da produção, considerando-se todos os modais, ainda são muito precárias em comparação com outros países de grandes dimensões. Já somos a sexta economia do mundo mas ainda estamos na 45ª posição no ranking de desempenho logístico do Banco Mundial. É grande o esforço de todos - governo e iniciativa privada - e temos conseguido melhorar significativamente as condições de competitividade logística do país, porém as demandas atuais exigem um ritmo mais intenso e investimentos muito mais vultosos.

O governo vê com clareza que não há mais tempo de esperar as regiões se desenvolverem para então se tornar viável a construção de novas ferrovias. É preciso construir vias férreas cruzando todo o país, de forma que as locomotivas impulsionem o progresso e os vagões transportem crescimento econômico e social, integrando as diversas regiões. Este sim, é um investimento correto em infraestrutura.

Intermodalidade é a forma de o país atingir níveis competitivos de eficiência no transporte de cargas

A construção de ferrovias estruturantes vai dar ao Brasil um traçado de malhas que nunca tivemos antes. É o caso da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), ligando o litoral da Bahia à Norte-Sul no estado do Tocantins, e também da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), atravessando horizontalmente todo o Mato Grosso do Sul até Goiás. Assim como a Nova Transnordestina, que vai ligar dois portos importantes do Nordeste (Pecém e Suape) ao sul do Piauí, onde também haverá uma conexão com a Norte-Sul.

Quando nosso território estiver integrado em artérias multimodais de Norte a Sul e de Leste a Oeste, aí sim o Brasil poderá alcançar o nível de desenvolvimento que todos almejamos. Nesse cenário a ferrovia é fundamental, por ser o modal mais competitivo e eficiente para cargas de grande volume e a longas distâncias. É por isso que nos principais países de grandes dimensões territoriais os trilhos conduzem mais de metade das cargas, enquanto no Brasil a participação do modal ferroviário está em 25% na matriz de transportes e as rodovias ainda predominam, com mais de 65%.

Mas sabemos que todos os projetos de expansão da malha ferroviária seriam insuficientes sem a integração com rodovias, hidrovias e portos. A intermodalidade é a única forma de atingirmos níveis competitivos de eficiência na infraestrutura de transporte de cargas. Sabe-se também que não basta investir na construção de novas ferrovias, sem solucionar os gargalos da malha existente.

Leia a matéria completa no Jornal Valor Econômico, (para assinantes).



Rodrigo Vilaça é presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF).




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dilma defende investimento em metrôs e cidades sustentávei


BRASÍLIA -A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, durante o anúncio de um pacote de investimentos de R$ 32 bilhões para obras de mobilidade urbana, que o Brasil deve privilegiar o investimento no transporte público coletivo.

“Todas essas ações do PAC Mobilidade contemplam um imperativo: o Brasil tem que investir em metrôs. No passado, se dizia o seguinte: o Brasil é um país que não tinha condições de investir em metrô porque era muito caro, nós tínhamos que utilizar outros métodos de transporte. Hoje, governadores enfrentam imensas dificuldades para conseguir investir em transporte e em metrô com as cidades em funcionamento.”

Dilma destacou ainda a necessidade de se consolidar o conceito de cidade sustentável e afirmou que essa discussão deve estar “no centro” da Rio+20, a conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada no Rio de Janeiro, em junho.

“Significa que nós temos de discutir profundamente qual é o novo paradigma que o mundo necessita, ainda mais o Brasil, que é um país que tem tradição de estar na vanguarda de questões ambientais”, afirmou.

O PAC Mobilidade Urbana Grandes Cidades vai beneficiar moradores de 51 cidades de regiões metropolitanas de 18 Estados. Além de metrôs, os recursos também serão destinados a Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e implantação de corredores exclusivos para ônibus. Do total de investimentos de R$ 32 bilhões, R$ 22 bilhões são do Orçamento Geral da União e os demais R$ 10 bilhões de contrapartidas estaduais e municipais

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, destacou que as obras vão diminuir o tempo gasto pela população para se deslocar até o trabalho. Segundo ele, alguns dos projetos poderão reduzir esse tempo de quatro para uma hora. “Estamos lançando um programa que irá devolver quase um mês por ano de vida para que nossas irmãs e irmãos brasileiros possam usar esse tempo de uma forma muito mais produtiva e humana”, afirmou.

Durante discurso no evento, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, pediu o início da seleção de projetos, por meio do PAC, para a urbanização de favelas.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Aeroportos brasileiros - Privatização ou concessão o X da questão


 Seguem três artigos, da Senadora MARTA SUPLICY, do advogado RICARDO SALLES e do  FRANCISCO LEMOS, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina. 
O tema é sobre a privatização ou cocessão dos aeroportos brasileiros. Com relação ao primeiro artigo, da Senadora Marta Suplicy, não tem como se enganhar, ela pretende abusar da inteligência dos leitores. Para efeitos da exploração do negócio, tanto faz se o terreno é do governo e os prédios são alugados ou não, o lucro será para a empresa privada e revela a imcompetência do Estado de administrar um empreeendimento de grande porte. O Estado é bom para administrar o negocio social, Bolsa Família e demais programas de transferência de renda, ótimo. Concessão e privatização é a mesma coisa. 


Segundo o Dicionário Concessão é: dispor para que (alguém) faça uso de (um direito seu). 

O Segundo e terceiro artigo debatem sobre se a privatização (eles já aceitam que os aeroportos serão privatizados) será uma boa solução para os aeroportos. 

Leia os artigos na íntegra.





A privatização é uma boa solução para os aeroportos brasileiros?(SIM ou NÃO?).


Concessão não é venda
A política é uma arte que exige paciência e, às vezes, contorcionismo. Nesta última semana, essas "artes" ocuparam bastante espaço tanto no Senado quanto na mídia. Petistas e peessedebistas se esmeraram em dar suas versões frente à concessão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos.

Enquanto governo e petistas comemoravam o enorme sucesso de uma concessão importante para a Copa, a Olimpíada e o desenvolvimento do país, a presidenta era acusada de "estelionato eleitoral". Aos petistas couberam de ironias até a cobrança de mea-culpa, por fazerem o que antes criticavam.

A intenção do estardalhaço foi igualar privatização com concessão e livrar, por meio desse artifício, a pecha de entreguista e mau negociador que tem corroído as chances tucanas nas últimas eleições.

Na privatização, há transferência de patrimônio e de responsabilidade para a iniciativa privada. Esses ativos não retornam mais ao poder público. A nova empresa -fruto desse processo- toma as decisões de acordo com seus interesses. É o caso da Vale, privatizada por R$ 3,3 bilhões, valor ridículo já à época da venda. Pior foi a venda da telefonia, que tirou qualquer participação da União nas empresas, além de entregar o ouro do século 21 para mãos estrangeiras. Esqueço: sem receber um tostão na venda.

Trocando em miúdos: a privatização feita pelo PSDB é como se eu vendesse meu apartamento. Venda feita e pagamento efetuado, não tenho mais nada a receber, seja de aluguéis ou futura valorização imobiliária.

Na concessão, que é o que foi feito no caso dos aeroportos, o bem ativo não é alienado. Depois de um tempo, volta para o governo, que até então tem a propriedade de 49% das ações dos aeroportos. Essa fatia permite ao governo, como sócio, participar das principais decisões, receber aluguéis e utilizar o ganho na melhoria de outros aeroportos, para os quais seria difícil conseguir interessados.

Dá para dizer que é igual? Não dá, porque não é venda. Na concessão, o tal apartamento continua sendo meu.

Até entendo o esforço para confundir as duas ações, foco de tantas eleições. O ponto importante é que se espera que os grandes aeroportos tenham nova infraestrutura pronta para a Copa e os pequenos sejam recuperados. O bom é que devido às novas condições econômicas do país, os R$ 24,5 bilhões arrecadados, com quase 350% de ágio, não irão para pagamento de dívida, e sim para melhorias para o povo.

Teremos progresso político se, nas próximas concessões, as falas não precisarem ser distorcidas e unirmos forças para ações de qualidade e proteção à economia do país.

MARTA SUPLICY escreve aos sábados nesta coluna.


A privatização é uma boa solução para os aeroportos brasileiros?

SIM 


Privatização, ainda que tardia

Para o consumidor brasileiro, usuário dos serviços aeroportuários, pouco importa se eles serão prestados pela iniciativa privada ou pelo poder público, desde que eles sejam de boa qualidade e que os preços sejam baixos.

A experiência brasileira dos últimos 20 anos comprova que os serviços privatizados são, em regra, melhores e mais baratos do que aqueles anteriormente prestados pelo Estado.

Provas desse sucesso não faltam: a telefonia privatizada expandiu brutalmente a quantidade de linhas e a qualidade do sistema, mediante preços muito mais acessíveis ao consumidor; a Vale saltou de 11 mil para cerca de 55 mil empregos; a Embraer passou a produzir aviões de qualidade, trazendo divisas de exportação e conhecimento tecnológico; as estradas ficaram melhores e mais bem conservadas. Enfim, os tantos exemplos falam por si.

O binômio eficiência e lucro, a ser perseguido em um ambiente com competição, regulação e fiscalização efetivas, é a única saída para o estado calamitoso de nossos aeroportos, especialmente nas questões de capacidade e infraestrutura.

Ao contrário de outros setores já privatizados, é quase impossível imaginar que existirão outros aeroportos nas mesmas regiões competindo com os privatizados. Assim, para que tenhamos serviços de qualidade a preços baixos, é fundamental impor aos aeroportos privatizados um rígido regime de regulação, com metas, indicadores e sanções.

Defender a tese contrária seria ignorar o amplo histórico de desserviço público prestado pela Infraero, frequentemente envolvida em escândalos de corrupção e incapaz de atender às demandas da sociedade.

É bem verdade que a venda dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília não pode ser considerada um caso típico de privatização, dada a indesejada participação dos fundos de pensão estatais e do BNDES. Eles, mais uma vez, colocam recursos do contribuinte onde deveria existir apenas participação privada -isso sem falar na participação da própria Infraero na composição dos consórcios.

Ou seja, deixamos o lobo tomando conta do galinheiro. No fundo, o governo tirou de um bolso para por no outro, mas isso não diminui a importância desse divisor de águas na histórica postura demagógica até então adotada pelo PT sobre as privatizações.

A sociedade brasileira só tem a ganhar com a diminuição do tamanho do Estado, sempre tão incompetente, perdulário e arrogante no trato com os cidadãos e os seus impostos.
Quanto menos empresas e cargos públicos existirem, menor a chance de captura e aparelhamento do Estado por quem estiver no poder, diminuindo o espaço para a corrupção e o desperdício de dinheiro público.

Se prevalecer o modelo de privatizações e gestão privada dos serviços até então prestados pelo poder público, maiores serão as chances da sociedade finalmente receber qualidade a preços satisfatórios.
Perdem com as privatizações apenas os grupos de lobby e de apadrinhados políticos, pois elas reduzem o espaço para as suas nomeações desprovidas de qualificação. No final, a incompetência e a má gestão resultantes são sempre debitadas na conta do contribuinte.
Que venham mais privatizações, em todas as áreas. E que elas sejam, nos próximos casos, para valer, sem participação do BNDES e dos fundos de pensão estatais, cujas negociações de bastidor estão vinculadas a muitos dos escândalos conhecidos nos últimos anos.


A privatização é uma boa solução para os aeroportos brasileiros?

NÃO

Apenas ilusão
As experiências com as privatizações em nosso país indicam que não devemos nos iludir com a solução dada para os aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos, que foram a leilão na Bovespa, na última segunda-feira.

Se privatizar fosse uma boa solução, não veríamos tampas de bueiros voando nas ruas e avenidas do Rio de Janeiro, panes nos serviços de internet, subutilização de nossa rede ferroviária e muito menos apagões no fornecimento de energia elétrica.

Mesmo assim, em nenhum momento os trabalhadores -representados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina)- foram contra a parceria com o setor privado.

O que foi questionado na mesa de diálogo com a presidência da República, através das secretarias Geral e de Aviação Civil, foi o formato da concessão/privatização decidido pelo governo federal.

Os trabalhadores aeroportuários entendem que as atividades-fim dos aeroportos -operações, segurança aeroportuária, carga aérea, manutenção especializada e navegação aérea- deveriam permanecer sob a responsabilidade da Infraero.

Não faltam argumentos para isso.
Na história da aviação, 98% dos acidentes aéreos ocorreram nos processos de pouso e decolagem. Apenas 2% ocorreram em cruzeiro.

Isso significa que a parte mais sensível dos voos acontece nos aeroportos. A sua operação não pode, portanto, ser entregue a quem não tem experiência, através da terceirização e até da "quarteirização" da atividade.

Segundo a Infraero, os três terminais atenderam juntos, durante 2011, 52.962.571 passageiros, um quarto da população do Brasil!

E a Infraero, com 38 anos de experiência, é reconhecida internacionalmente pela sua competência na operação da infraestrutura aeroportuária, além de ser a guardiã da soberania nacional.

Pelos aeroportos, além de passageiros, trafegam cargas de alto valor agregado, infectocontagiosas, vivas, explosivas e radiativas, além de numerário da Casa da Moeda e de condenados pela Justiça do Brasil e de outros países.

É evidente que era preciso tomar providências com relação aos nossos aeroportos.
A ascensão social promovida pelo governo do ex-presidente Lula fez com que as classes C e D trocassem as viagens de ônibus pelos voos da aviação civil. Hoje, acredita-se que mais de 50% dos bilhetes aéreos são adquiridos por passageiros dessas classes sociais.

Agora, realizada a concessão, o Sina assume o compromisso de monitorar os três aeroportos -especialmente nas atividades-fim-, de olho na segurança de milhões de vidas humanas e para impedir que as classes C e D retornem às estações rodoviárias.

Cabe à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fiscalizar os serviços aeroportuários. Infelizmente, até hoje ela fez muito pouco, e a esperança de vê-la agindo com competência e eficiência é muito pequena.

Mesmo contrariados com a solução escolhida pela presidenta Dilma Rousseff, os trabalhadores/as seguem adiante, escorados por acordos e compromissos estabelecidos com a presidência da República e com a Infraero.

Seguiremos também buscando medidas judiciais que questionem todo o processo de concessão.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NOSSA ROMA IMPERIAL DO SÉCULO XXI

China quer construir ferrovia de R$ 10 bi de Cuiabá a Santarém



Uma intenção do grupo chinês é construir a linha férrea para tornar mais ágil e eficiente o escoamento da soja - entre outros produtos - de cidades como Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, no norte do Mato Grosso. Hoje esse trajeto é feito pela rodovia BR-163, que passa pelas mesmas cidades.

De Santarém, a produção parte de navio direto para a China, explica o secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso, Francisco Vuolo.

Outra intenção dos chineses seria também usar a ferrovia como um canal de acesso mais barato para trazer importados aos mercados do Centro-Sul do país. Compõem a comitiva chinesa também funcionários da agência de promoção de exportações e investimentos do país, a Asian Trade & Investments (ATI).

Linha de 2 mil quilômetros

De acordo com Vuolo, a obra terá uma extensão de quase 2 mil quilômetros, o que, pelo custo médio das últimas ferrovias feitas no Brasil, poderia ter um orçamento estimado em até R$ 10 bilhões. Mas o valor vai variar muito conforme o estudo do relevo, que será feito pelos chineses durante a viagem – a construção de pontes ou túneis encarece muito a obra.


Esse trecho da Ferronorte, entre outros, era concedido à América Latina Logística (ALL) até o ano passado, mas a concessão foi devolvida ao governo federal por falta de interesse da companhia. Por isso, já existem estudos preliminares para a instalação do empreendimento.

Segundo Vuolo, os chineses da CMC poderão vir a construir esse ramal da Ferronorte em forma de Parceria Público-Privada (PPP) ou algum outro modelo de concessão. A estatal, que já assinou protocolo de intenções para fazer a obra, possui mais de 90 mil quilômetros de ferrovias já instalados na China e em outros países, diz Vuolo.

Vuolo explica que, inicialmente, os chineses tendem a construir a ferrovia nas proximidades da BR-163, porque a construção nesses arredores – a chamada “faixa de domínio” – ofereceria maior facilidade para conseguir licenças ambientais.

Governo deve ser chamado a dar apoio

A expedição foi acertada pelo governador do Estado, Silval Barbosa, em viagem à China no início deste ano. Até cem pessoas – entre elas 14 chineses – vão sair de Cuiabá no sábado para uma viagem de três dias. Entre os passageiros, estarão também profissionais da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O projeto da ferrovia não está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e, a princípio, poderia ser um projeto 100% privado. No entanto, espera-se que os chineses queiram apoio financeiro do governo brasileiro para instalar a ferrovia, como ocorre no caso da fábrica da Foxconn, no Estado de São Paulo.

Futuramente, o governo do Estado de Mato Grosso espera que a ferrovia criada pelos chineses também possa se conectar à Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) em Sorriso (MT) e que o ramal da Ferronorte ainda concedido, que vai de Rondonópolis (MT) a Cuiabá, seja concluído. Essas duas linhas se conectam à ferrovia Norte-Sul, que corta o País e, em breve, chegará aos portos mais relevantes do Brasil.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Infraestrutura da China

A ponte sobre o mar mais longa do mundo, que atravessa a baía de Jiaozhou da cidade de Qingdao, na província chinesa de Shandong, foi inaugurada nesta quinta-feira - Mais de 36 Kilómetros

sábado, 7 de maio de 2011

Governo da Alemanha demonstra interesse pelo trem-bala brasileiro

Frankfurt, Alemanhã 

SÃO PAULO – O presidente da Alemanha, Christian Wulff, sinalizou nesta sexta-feira grande interesse pelo projeto do trem-bala brasileiro, que deverá ligar São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas.

Discursando na Câmara Brasil-Alemanha, em São Paulo, Wulff deixou transparecer seu desejo de que o país faça parte do projeto, mas comentou que “as empresas alemãs ainda estão reticentes” em relação à obra, sem entretanto, dar detalhes sobre os pontos de desconforto.

“Não temos detalhes sobre as negociações porque elas são confidenciais”, disse o presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Weber Porto, quando questionado sobre o assunto.

“Evidentemente que o governo alemão tem interesse de que empresas do país participem de grandes projetos no Brasil, como é o caso do trem-bala. Será feito tudo possível para viabilizar o negócio”, acrescentou Porto, evitando comentar a possibilidade de o governo alemão fornecer incentivos para que as empresas do país participem da operação. No mês passado, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, revelou que há grupos de cinco países - Alemanha, França, Japão, Coreia do Sul e Espanha - interessados em fornecer tecnologia para o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV).

Em sua análise, porém, não há como ter cinco consórcios disputando a obra, porque seriam necessárias cinco empresas de grande porte na área de construção – o que não há no Brasil.

Para Figueiredo, há a possibilidade de formação de três consórcios, "mas se tiver um só interessado, já será suficiente." Ontem, o governo federal publicou a Lei 12.404, que autoriza a criação da estatal que irá absorver a tecnologia do primeiro projeto do trem-bala no Brasil e ainda permite a concessão de empréstimo de R$ 20 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao grupo que vencer o leilão, marcado para o mês de julho.

Nesta manhã, o presidente da Alemanha participou de reunião a portas fechadas com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A pauta tratada não foi divulgada.
Após o encontro, Wulff não poupou elogios à capital paulista, destacando que “São Paulo é o centro econômico não só do Brasil, como de toda a América Latina”.

“Os paulistas representam ambição empresarial”, afirmou, ressaltando a qualidade dos produtos fabricados no Estado. “Os produtos de vocês não quebram e, portanto, não precisam ser repostos. Por isso, vocês precisam encontrar novos mercados.”

(Francine De Lorenzo | Valor)




terça-feira, 26 de abril de 2011

Efeito de corte nas despesas públicas apareceu em março, disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin

BRASÍLIA – Os primeiros efeitos do corte de R$ 50 bilhões nas despesas públicas apareceram em março, disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. A medida desacelerou a trajetória de alta dos gastos verificada até fevereiro, segundo ele.

Em março, os gastos federais tiveram queda nominal de 7,2%, perante  março de 2010. O crescimento nominal no primeiro trimestre foi de 7,1% em relação a período igual do ano anterior. Essa variação é menos da metade dos 15,7% de incremento registrados no primeiro bimestre deste ano.

Augustin destacou que, em termos reais, houve uma contração de 4,4% sobre a variação nominal do Produto Interno Buto (PIB) no primeiro trimestre do ano, sobre período igual anterior. Entre janeiro e fevereiro, as despesas apontavam crescimento real de 4%, nessa mesma relação.

“Aqui se vê os efeitos do corte, pois as despesas públicas crescendo menos do que a atividade não é usual. Isso proporciona o aumento da poupança pública”, disse ele.
O secretário comentou que a política fiscal tem dado “uma contribuição importante para que não haja pressões inflacionárias demasiadas”.

“Os gastos públicos precisam estar no ritmo adequado, auxiliando o crescimento da economia”, continuou. Ele lembrou que, em 2009 e 2010, o governo aumentou o ritmo dos gastos para impedir o recuo da atividade no país em decorrência da crise internacional.

Os investimentos totais do governo federal somaram R$ 10,4 bilhões entre janeiro e março deste ano, com elevação de 9% sobre os R$ 9,5 bilhões de período igual de 2010.

Os investimentos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atingiram R$ 5,5 bilhões com crescimento de 35% ante R$ 4,03 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.

Ao anunciar os números, o secretário do Tesouro disse ter a expectativa de que os gastos com investimentos “aumentem acima da variação do PIB” em 2011. Isso deve acontecer “porque as verbas para as obras do PAC não foram e não serão contingenciadas”, concluiu ele.

(Azelma Rodrigues | Valor)

domingo, 3 de abril de 2011

Rodovia do PAC vira foco de denúncias no Nordeste



PF e TCU apontam fraudes na duplicação da BR-101, orçada em R$ 2,5 bi

Em 2010, a Operação Via Ápia indiciou os envolvidos por supostos crimes de formação de quadrilha e corrupção

FLÁVIO FERREIRA ENVIADO ESPECIAL AO NORDESTE
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Uma das principais obras do PAC no Nordeste, a duplicação da rodovia BR-101 virou foco de irregularidades e desvios de verba, apontam investigações da PF (Polícia Federal) e do TCU (Tribunal de Contas da União).

Dos cinco trechos entregues pelo governo federal a empreiteiras, três apresentam indícios de fraude, pagamento de propina e má execução de serviços que podem comprometer a durabilidade e a segurança da rodovia.

A obra se arrasta desde 2005 e deve custar R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos. O trajeto tem 398 km e corta três Estados: RN, PB e PE.

Procuradas, as construtoras negaram irregularidades ou não quiseram se pronunciar. A direção do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) disse colaborar com as apurações.

No lote 2, que liga Arez (RN) à divisa entre Rio Grande do Norte e Paraíba, a ação da PF já levou à prisão preventiva de dois dirigentes do Dnit, um fiscal e três funcionários das empreiteiras.
Deflagrada em dezembro de 2010, a Operação Via Ápia indiciou os envolvidos por supostos crimes de formação de quadrilha, peculato e corrupção ativa e passiva.

Escutas feitas com autorização judicial flagraram o chefe de fiscalização do Dnit e o gerente do consórcio liderado pela Constran negociando "pacotes" e "encomendas" -propina, diz a PF.
Para o juiz federal Mário Azevedo Jambo, do Rio Grande do Norte, houve "nefasta promiscuidade entre servidores públicos que deveriam fiscalizar obras rodoviárias e representantes de empreiteiras". O Ministério Público Federal estima os prejuízos até aqui em R$ 4 milhões.
Em Pernambuco, a PF descobriu que o consórcio que venceu o trecho 7 (Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Odebrecht e Barbosa Mello) deixou de instalar barras de aço subterrâneas necessária para dar estabilidade à pista.

A Folha percorreu o trecho na quinta-feira e encontrou rachaduras em placas de concreto recém-concluídas.

No lote 8, também em PE, laudo da Operação Castelo de Areia aponta sobrepreço de R$ 45 milhões. O trecho é tocado por OAS, Camargo Corrêa e Mendes Junior.

O relatório final da PF também cita indícios de pagamento de R$ 560 mil em propina a dirigentes do Dnit. A investigação está parada há 14 meses por decisão do ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça.

Dos oito trechos em que a rodovia foi dividida, três foram construídos pelo setor de engenharia do Exército.

domingo, 27 de março de 2011

Trem bala chines de 7,4 mil para 16 mil Km, o brasileiro de 500 Km só no projeto


A China inaugurou oficialmente ontem seu mais novo trem bala, que segundo autoridades chinesas chegou a quase 420 km por hora. Se confirmada, a marca passa a ser o novo recorde mundial. O trem liga as cidades de Xangai e Hangzhou e reduzirá as viagens em 45 a 80 minutos. A velocidade usual no trajeto será de, no máximo, 350 km por hora. O novo trecho amplia para 7,4 mil km a linha de trens de alta velocidade do país. A China já tem a maior rede desse tipo do mundo. Até 2020, o governo pretende aumentar sua extensão para 16 mil km. O custo total da obra é orçado em US$ 300 bilhões. Embora a China detenha a patente do trem bala, alguns analistas afirmam que a parte central da tecnologia empregada é europeia.

 

Trem-bala brasileiro

Governo deve adiar leilão pela segunda vez


BRASÍLIA - O governo deverá adiar, pela segunda vez, a realização do leilão do trem-bala. A 16 dias da data de entrega das propostas comerciais, os consórcios aumentaram a pressão sobre o governo. Diferentemente das razões que levaram ao adiamento da concorrência no fim do ano passado, quando os consórcios reclamavam de dúvidas em relação ao edital, agora o motivador é a formação de consórcios.

O Valor apurou que o governo deverá ceder à pressão, já que se trata da possibilidade de ampliar a entrada de empresas nacionais no projeto, principalmente, as empreiteiras.

Em entrevista ao Valor, o presidente da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Bernardo Figueiredo, afirmou que a agência recebeu hoje pedidos formais para adiar o leilão por mais seis meses.

As solicitações foram encaminhas pela  Associação Para o Desenvolvimento do Trem Rápido entre Municípios (ADTrem) e pela Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).  Figueiredo vai levar a proposta ao Ministério dos Transportes, que decidirá se acata ou não o pedido.

Uma fonte do Ministério dos Transportes disse ao Valor que o governo tende a concordar com o adiamento, já que tem interesse em garantir o aumento da concorrência no projeto. “O que está em questão agora não é a viabilidade do projeto, mas apenas o prazo para negociação entre as empresas interessadas”, disse essa fonte.

O projeto do trem-bala que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro é avaliado em R$ 34 bilhões, mas estudos no mercado avaliam que poderá ultrapassar facilmente R$ 50 bilhões.
(André Borges | Valor)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Pará - A nova dimensão do Setor transporte para o desenvolvimento do Estado




Eclusas do Tucuruí, depois de três décadas foi conluída no governo Lula

O novo governo que se instala no Pará poderá se tornar, ao longo dos próximos quatro anos, ao mesmo tempo agente e testemunha de uma verdadeira revolução na logística e na infraestrutura de transportes no Estado, com previsíveis desdobramentos em toda a Região Norte e na sua integração com as demais regiões do país.

Não por acaso, já se fala inclusive na possível implantação, no Pará, de um megaestaleiro com a missão inicial de construir 12 navios, de que resultaria a geração imediata de aproximadamente oito mil empregos.

Se o estaleiro está, por enquanto, no terreno das possibilidades, há que se destacar o efetivo início das mudanças com a entrega, afinal, do sistema de transposição da barragem de Tucuruí, no rio Tocantins. O projeto das eclusas, que teve sua construção iniciada no governo João Figueiredo, na primeira metade da década de 1980, só foi concluído ao apagar das luzes do governo Lula, quase três décadas depois.

O próximo passo será o derrocamento dos pedrais do rio Tocantins, num trecho de 43 quilômetros, entre Tucuruí e Marabá. O projeto, com início previsto para 2011 e prazo de dois anos para execução, garantirá a segurança da navegação, sem restrições, numa extensão de aproximadamente 500 quilômetros até o porto de Vila do Conde. A obra fará desse trecho da hidrovia do Tocantins o eixo de escoamento de toda a produção do polo metal-mecânico que está se instalando em Marabá, bem como da produção agropastoril e industrial das regiões sul e sudeste do Estado.
No que diz respeito à malha rodoviária, é praticamente certo que venhamos a ter finalmente concluídas, no decorrer dos próximos quatro anos, as obras de asfaltamento das rodovias Cuiabá-Santarém, no seu trecho paraense, e também da Transamazônica. As duas rodovias federais de integração, ambas cruzando áreas de grande potencial produtivo, esperam há décadas pela consolidação. E, apesar das muitas promessas, repetidas a cada governo, o asfalto só tem avançado, ano após ano, de forma lenta e espasmódica. A esperança é de que esse roteiro comece a mudar agora.

Até hoje pouco explorado, aqui como em todo o Brasil, o modal ferroviário deverá também ganhar impulso em território paraense nos próximos anos. A Vale, que já vem investindo na duplicação da capacidade da Estrada de Ferro Carajás, vai construir novos ramais interligando a ferrovia principal às suas minas de cobre e minério de ferro no sul do Pará. E, embora com futuro ainda incerto, outra obra que começa a ser discutida é a possível construção do ramal paraense da Ferrovia Norte-Sul para interligá-la ao porto de Vila do Conde, no município de Barcarena.

Também como mera possibilidade, pelo menos por enquanto, volta à mesa de discussões, quase quatro décadas depois de haver sido descartado, o projeto da construção de um grande terminal marítimo na costa paraense. O porto do Espadarte, em frente à ilha dos Guarás, no município de Curuçá, era a opção desejada por todos os paraenses para o escoamento do minério de ferro de Carajás, na década de 1970. Os estudos de viabilidade do projeto estão sendo realizados por iniciativa da mineradora Vale S.A.

Vila do Conde: capacidade triplicada
Enquanto algumas estão em desenho nas pranchetas e outras começam a sair do papel, a Companhia Docas do Pará e a Marinha do Brasil, através do Serviço de Sinalização Náutica do Norte (SSN-4), avançam num projeto que poderá até mesmo triplicar a capacidade de movimentação de cargas do porto de Vila do Conde, em Barcarena. Se vierem a se confirmar os prognósticos mais favoráveis, o porto paraense poderá se transformar até mesmo em alternativa ao complexo portuário de São Luís para o transporte de minérios produzidos no Pará. Inclusive o ferro de Carajás.

No segundo semestre de 2011, o estudo será complementado com o levantamento no trecho que vai do Mosqueiro até o porto de Vila do Conde. A última atualização batimétrica do rio Pará data de 2002. O trabalho está sendo refeito agora, segundo autoridades da Marinha e da CDP, porque há vários indicadores que já permitem afirmar com razoável margem de segurança a possibilidade de aprofundamento do canal.

O comandante Télio e a diretora da CDP, Socorro Pirâmides, fazem a mesma avaliação sobre a possibilidade de aumento do calado no Canal do Quiriri e ao longo do rio Pará, possibilitando a entrada e saída de navios com maior capacidade de carga em Vila do Conde. Para eles, o resultado será o crescente desenvolvimento dos portos da região e o consequente aumento da competitividade da economia paraense. Neste novo cenário, o porto de Vila do Conde passaria a receber ou embarcar, inclusive, cargas que hoje são movimentadas nos portos do Maranhão, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Leia a matéria completa no Diário do Pará, clicando



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mais do Brasil Real - Cerca de 30% dos domicílios brasileiros sofrem com algum grau de restrição alimentar

Aproximadamente 30% dos domicílios brasileiros não têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. É o que mostra levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgado nesta sexta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


A pesquisa, relativa a 2009, analisou 58,6 milhões de domicílios particulares no país. Desse total, 17,7 milhões (30,2%) apresentam algum grau de insegurança alimentar, o que representa um total de 65,6 milhões de pessoas. Em 2004, a proporção era de 34,9%.

Entre esses domicílios mencionados acima, 18,7% (ou 11 milhões de lares) apresentam situação de insegurança alimentar leve; 6,5% (3,8 milhões) moderada, e 5% (2,9 milhões) grave. Ao todo, 11,2 milhões de pessoas relataram ter passado fome no período investigado.

Em 2004, as prevalências de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar leve, moderada e grave eram, respectivamente, 18%, 9,9% e 7%. Ou seja, houve redução dos percentuais de restrição moderada e grave.

A pesquisa mostra que a prevalência de insegurança alimentar é maios na área rural do que na urbana. Enquanto 6,2% e 4,6% dos domicílios em área urbana apresentavam níveis moderado e grave, respectivamente, na área rural as proporções foram de 8,6% e 7%.

Situação de segurança alimentar em domicílios particulares segundo as unidadade da Federação (Fonte: IBGE)


Veja o Pará, o nível da sua segurança alimentar está em apenas pouco mais de 50%.




quarta-feira, 24 de novembro de 2010

infraestrutura - Não vai ser tão ruim assim, não

Portos podem ser privatizados na mão grande 

Utilizando-se de uma brecha malandra, empresas poderosas tentam privatizar os portos públicos no Brasil. 

A brecha foi aberta pelo governo, ao permitir portos privativos de grandes empresas, mas elas passaram a burlar a norma que limita a operação, preponderantemente, aos próprios produtos. 

E agora tentam, na mão grande, atuar como portos comuns, sem licitação, nem pagar pela concessão de terminais. Uma delas é a Odebrecht, sócia do governo de Dubai na Embraport.

Blog do Cláudio Humberto

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Economia - Sobrou do Mangabeira

Ainda sob a coordenação do Ex Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, o Ministro Mangabeira Unger, o IPEA realizou um estudo sobre o desempenho dos aeroportos brasileiros. Cheio de erros e falta de informações substanciais foi publicado e está sendo criticado pelo Ministro de Defesa.

Veja a matéria do O Globo.

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou o estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o desempenho dos principais aeroportos do país, divulgado nesta semana.
De acordo com o levantamento, os principais aeroportos do país não têm capacidade para atender à demanda de pousos e decolagens. Durante a divulgação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o ministro apontou falhas nas análises do Instituto.

Segundo Jobim, os dados apresentados estão desatualizados e com informações incorretas. Além de questionar os dados sobre a alta carga tributária do setor, o ministro criticou a estimativa de investimentos da Infraero. O estudo mostra que a estatal investiu R$ 3 bilhões no período de 2000 a 2007, número contestado pelo ministro. Segundo ele, os investimentos somaram quase R$ 4,7 bilhões. "O Ipea mentiu em R$ 1,7 bilhão", disse.

Para Jobim, o Ipea falhou ao não ouvir os diferentes segmentos da aviação civil brasileira ao realizar o estudo. Ele chegou a questionar o período de análise considerado pelo Instituto, que engloba o tempo em que um pesquisador do Ipea ocupou um cargo de diretor na Anac.
Leia a reportagem completa Aqui