sábado, 10 de setembro de 2011

Sem fidelidade Varmelha.

TAM é autuada após confusão com violoncelo 

Após uma hora de conversa com a gerência da TAM  no aeroporto Internacional de Belém, o Procon decidiu autuar, na tarde desta sexta-feira(9), a companhia aerea por cobrar taxa especial para o embarque de um violoncelo. Com a confusão, um estudante de música foi impedido de viajar para a França, onde teria conseguido uma bolsa de estudos.
Esta é a segunda vez que o procon tenta negociar com a companhia que se nega a autorizar o embarque do instrumento musical. Após a autuação, o procon deverá tomar medidas cabíveis na justiça.

O estudante Wagner da Costa deveria embarcar desde o dia cinco e agora pretende pedir ajuda a parentes para conseguir uma passagem em outra companhia. A TAM terá 10 dias para explicar os motivos pela cobrança indevida. Se condenada a companhia poderá  pagar um salário mínimo ou até um milhão de reais.
Procon decidiu atuar
Veja a reportagem da TV RBA sobre o caso, clicando no ícone abaixo
(DOL)

TV/RBA

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ibama desmontou madeireiras e aplicou multas



O Ibama já desativou dez serrarias no pólo madeireiro de Buriticupu, a cerca de 420 km de São Luís, no Maranhão. As empresas - que usavam madeira extraída ilegalmente da Reserva Biológica do Gurupi e das terras indígenas Arariboia, Alto Turiaçu, Caru e Awá - estavam embargadas desde o ano passado, mas contiaram a funcionar ilegalmente. O instituto ainda aplicou R$ 1,9 milhão em multas e apreendeu 3,2 mil m3 de madeira irregular nas madeireiras (cerca de 160 caminhões cheios).

Há oitos dias, Ibama, Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com apoio do Ministério do Trabalho e Sistema de Proteção da Amazônia, realizam a operação Maurítia na região. O desmonte das serrarias irregulares ganhou velocidade nos últimos dias após a apreensão no sábado (03/09) de dois caminhões bi-trens e duas pás-carregadeiras numa exploração ilegal de madeira no lado norte da Rebio do Gurupi. As máquinas, juntamente com os dois caminhões munk do Ibama, estão apoiando as operações de desmanche.

Até o momento, 15 empresas do pólo foram fiscalizadas. No rol das irregularidades identificadas nas madeireiras de Buriticupu, há de tudo um pouco. Além de descumprimentos de embargos e falta de licenças ambientais, os fiscais flagraram uma serraria embargada que obteve uma licença ambiental de operação na Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Maranhão; outra que serrava paus-amarelos (Euxylophora paraensis), árvore ameaçada de extinção; uma terceira que, mesmo regularizada, tinha o volume considerável de 1,3 mil m3 de madeira ilegal no pátio (65 caminhões cheios), e ainda serrarias que inseriam dados falsos no DOF (sistema federal que controla o comércio e transporte de produtos florestais no estado) e usavam “laranjas” para operar seus empreendimentos ilegais. (Ibama)


A louca trajertória política e seu último suspiro eleitoral

Almir diz estar pronto para disputa eleitoral

No escritório, ao lado de um minijardim que já abriga 100 mudas de orquídeas, o ex-governador Almir Gabriel faz anotações no documento que poderá se tornar seu programa de governo para a Prefeitura de Belém. Deixa escapar que já listou mais de 40 obras que os gestores deve-

riam pensar para a capital paraense, mas prefere manter sigilo para não alertar os possíveis adversários.

“Eu estou no limiar de poder ser ou não candidato”, admitiu, quase no final de uma entrevista que durou uma hora e meia. Durante a conversa, Almir Gabriel evita confirmar as negociações em torno de um possível acordo com o atual prefeito de Belém, Duciomar Costa, para ser lançado como candidato da situação na disputa do ano que vem.

Em nenhum momento, contudo, descarta a candidatura e revela que aos 79 anos está preparado para mais uma batalha eleitoral. “Eu não vou empurrar carrinho de mão, não vou puxar carroça. Não cogitaria a possibilidade caso não tivesse condições físicas para (ser prefeito). Agora não é a mesma coisa que seria se eu tivesse 50 anos”, diz, ao ser indagado se ainda teria fôlego para a campanha e a administração da cidade.

MUDANÇA

Há um mês, Almir deixou o apartamento onde morava, no centro de Belém, e se mudou para uma casa em um condomínio fechado. Ganhou espaço para retomar a coleção de orquídeas que chegou a mil mudas, mas acabou se perdendo.

O novo escritório é decorado com fotos antigas da cidade (presente do ex-deputado Vic Pires Franco) e com pinturas do artista plástico Antar Rohit, pinturas sobre seda que mostram o Bar do Parque, o Teatro da Paz e a Cidade Velha, ícones da capital paraense.

É nesse cenário que Almir tem trabalhado no programa e recebido lideranças políticas que se movem nos bastidores buscando costurar o que seria uma inusitada candidatura à Prefeitura de Belém. Embora negue o tempo todo que já se considere candidato, o discurso não deixa dúvidas sobre o desejo que tem alimentado. Almir diz que a capital precisa de um prefeito “honesto e trabalhador”, mas se recusa a dar pistas sobre as anotações e as obras que gostaria de propor. “Tu já queres que eu dê o programa? (risos)”.

GESTÃO

Segundo o ex-governador, o próximo prefeito de Belém deve ter “experiência e estofo para pensar o que fazer”. “A cidade não apenas está pedindo, está exigindo uma mudança de conceito de gestão. A população mais pobre e necessitada tem possibilidades reais de ter um presente e um futuro melhores. Enfim, acho que seria bonito um bom prefeito para Belém”. A consagração da candidatura, porém, ainda dependeria de aval da família e do povo.

Almir Gabriel confirma que nos últimos dois meses teve conversas com Duciomar Costa. A primeira foi ainda no apartamento onde morava antes da mudança.

O prefeito o teria procurado com o pretexto de agradecer conselhos dados por ele a Duciomar, há cerca de quatro anos, durante um jantar em Brasília. Depois houve contato por telefone, mas as conversas não teriam avançado para uma possível filiação ao PTB, partido de Duciomar.

O prefeito teria admitido, contudo, estar preocupado com a sucessão e comentado que estaria “na hora de Belém ter um prefeito diferente”.
Discurso afinado com novo aliado

Desde que deixou o PSDB no ano passado, Almir Gabriel não se filiou a outra legenda. Embora uma decisão sobre candidaturas só deva ser tomada em junho do ano que vem, durante as convenções partidárias, o prazo para filiações e trocas de partido de quem deseja ser candidato termina dia 6 de outubro (um ano antes do pleito). Será um bom momento para avaliar os caminhos que o ex-governador e outros possíveis candidatos pretendem tomar.

“As pessoas estão vindo aqui comigo. Não sou eu que estou indo atrás. O Partido da Pátria Livre me quer, o Partido Social Democrático, o PPS me quer ou diz que me quer”.

Indagado se o PTB do prefeito Duciomar Costa seria uma alternativa, diz sentir um “desvelo muito grande” pela legenda que teve em Getúlio Vargas, o pai do trabalhismo brasileiro, a principal liderança. “É uma pena que algumas pessoas deturpem o discurso trabalhista, mas o discurso trabalhista é muito bom”.

CRÍTICAS

Almir diz não se abalar com as críticas feitas à gestão de Duciomar Costa. “O julgamento que a imprensa faz dele é injusto. A maioria das pessoas quer um prefeito que asfalte a sua rua, que dê um jeito de pintar a sua casa. Não veem que o saneamento básico é importante. E o único prefeito que deu prosseguimento para valer do saneamento que começamos com a bacia do Una foi o Duciomar”, afirma.

“Outra coisa, Belém tem aproximadamente três mil vias, ele asfaltou duas mil”, diz, usando um dos motes da propaganda oficial da prefeitura na TV. “Eu discordo da forma como fazer (o asfaltamento) e do material utilizado, mas não dá para dizer que ele não ligou para o pessoal que mora numa rua pequenina. Ele está dando atenção”.

Indagado se não se preocupa com as denúncias de corrupção feitas contra a atual administração municipal, diz acreditar que às vezes, pode ser mais má gestão que corrupção. “Às vezes o dinheiro vem para comprar carro e o cidadão compra vacina. Não é que vacina não seja importante, mas o que estava estabelecido no convênio? Para mim, o mais importante é a visão de presente e do futuro que tem um gestor”.

Transbordando de entusiasmo com a possibilidade de vir a ser candidato, Almir não se irrita nem mesmo ao ser indagado se não teme ficar com fama de pé-frio, já que os dois últimos candidatos que apoiou (Ana Júlia do PT e Domingos Juvenil do PMDB) foram derrotados. “Como é que é? Pé-frio? Fui eleito senador da República com mais votos que Jarbas Passarinho. Fui eleito governador do Estado duas vezes. Elegi meu sucessor. Fiz vários senadores. Lembra do senador do governador? (refere-se ao ex-senador Luiz Otávio Campos que no programa eleitoral era apresentado como o senador do então governador Almir Gabriel). Como é que sou pé-frio? Política se faz com derrota e vitória. Isso é normal. Me indica uma atividade que na vida só se faça com vitória”.(Diário do Pará)

domingo, 4 de setembro de 2011

Chile. Mais um desastre da natureza. Os últimos minutos do voo fatídico que acabou com a vida de 21 pessoas

Los últimos minutos del fatal vuelo – Una cobertura especial de Emol.com

Nem por engano a polícia pega bandido, mas inocente...


Mulher passou 51 dias presa por engano

"Nunca vou conseguir apagar da minha mente." É assim que a enfermeira Maria Heloísa de Oliveira, 51, fala sobre os 51 dias que passou presa por um erro da PF, que a confundiu com outra mulher de mesmo nome.

O dia era 26 de outubro de 2004. Às 6h, agentes da PF bateram na porta de sua casa. Disseram que cumpriam um mandado de prisão e a levaram à delegacia.

"Chegando lá, tinha uma delegada substituta. Os agentes disseram que eu não era a pessoa certa, mas ela só olhou os papéis e mandou me prender", conta.

Foi levada para a ala feminina do presídio de Caxias do Sul. Lá, Maria Heloísa ficou em uma cela de 7,5 m2 com 11 mulheres.

"Não tínhamos direito a uma tarde ou manhã de sol e não tinha cama para todas. Em uma parede, tinha um beliche de cimento. Nós dormíamos em quatro e as outras dormiam no chão", diz.

"Eu ficava a noite acordada. Não comia nem dormia porque tinha muito medo."
Um dia, um preso foi ferido e não recebeu assistência médica. Estourou uma rebelião. Os detentos faziam barulho e batiam na barra de ferro das celas. "Eu chorava e gritava desesperada."

Seu marido e suas duas filhas adolescentes também ficaram abalados. Uma delas perdeu dez quilos.

Ela foi solta de repente no 51º dia, sem receber explicação. "Não sabia onde estava, não lembrava de telefones, não sabia onde morava."
No mês passado, sua indenização saiu: R$ 197 mil. "Até hoje me trato em psiquiatra. Saí com uma depressão muito grande e tenho síndrome do pânico. Nada paga o que passei", disse. (AT)

Corrupção faz Brasil perder uma Bolívia


ESTUDO REVELA QUE RECURSOS DESVIADOS PODERIAM REDUZIR À METADE O NÚMERO DE CASAS SEM SANEAMENTO NO PAÍS

Pelo menos o valor equivalente à economia da Bolívia foi desviado dos cofres do governo federal em sete anos, de 2002 a 2008.

Cálculo feito a partir de informações de órgãos públicos de controle mostra que R$ 40 bilhões foram perdidos com a corrupção no período -média de R$ 6 bilhões por ano, dinheiro que deixou de ser aplicado na provisão de serviços públicos.

Com esse volume de recursos seria possível elevar em 23% o número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família -hoje quase 13 milhões.
Ou ainda reduzir à metade o número de casas sem saneamento -no total, cerca de 25 milhões de moradias.
O montante apurado faz com que escândalos políticos de grande repercussão pareçam pequenos.

Na Operação Voucher, que no mês passado derrubou parte da cúpula do Ministério do Turismo, por exemplo, a Polícia Federal estimou o prejuízo em R$ 3 milhões.
Apesar de elevada, a quantia perdida anualmente está subestimada, pois não considera desvios em Estados e municípios, que possuem orçamentos próprios.
A estimativa, feita pelo economista da Fundação Getulio Vargas Marcos Fernandes da Silva, contabiliza apenas os desvios com recursos federais, incluindo os recursos repassados às unidades da federação.

Durante seis meses, o economista reuniu dados de investigações de CGU (Controladoria-Geral da União), Polícia Federal e TCU (Tribunal de Contas da União).
São resultados de inspeções em gastos e repasses federais para manter serviços de saúde, educação e segurança pública, por exemplo.

Os dados servem de base para inquéritos policiais e ações penais, além da cobrança judicial do dinheiro público desviado.

Para o autor, esses desvios têm custo social e econômico. "Privar as pessoas de saúde é privá-las de crescer, de aprender, de competir com igualdade. Para o Brasil, isso é perda de produtividade."

Em outra comparação, o pesquisador estima que, se os R$ 40 bilhões fossem aplicados na redução da desigualdade só por meio do Bolsa Família, a expectativa de vida do brasileiro poderia aumentar em dois anos e cinco meses em uma década.
Os desvios também afetam a capacidade de o país crescer e gerar empregos.
Tomando como base apenas o último ano do levantamento (2008), os recursos perdidos para corrupção equivalem a quase 20% dos investimentos do governo federal (R$ 28,2 bilhões).
Para o setor privado, que enfrenta dificuldades com os gargalos de infraestrutura, o prejuízo é evidente. No dia a dia das empresas, isso significa redução de competitividade em relação a concorrentes estrangeiros.
"Se as estradas não ficaram prontas ou estão em péssimo estado, fazendo com que os caminhões quebrem com frequência, é mais difícil entregar o produto", diz Marina Araújo, pesquisadora da Fundação Dom Cabral.

"Se não há escolas de qualidade, não há mão de obra pronta para trabalhar."

A fundação é a avaliadora do Brasil em duas pesquisas internacionais, do Fórum Econômico Mundial e do IMD (International Institute for Management Development), com sede na Suíça.
A opinião corrente dos cerca de 200 executivos brasileiros entrevistados, segundo Araújo, é que os políticos não merecem confiança, que há desperdício do dinheiro público e que a corrupção é fonte de dispersão de recursos.

Entre 139 países, o Brasil conseguiu apenas a 127ª posição no quesito confiança nos políticos.

Em 2010, a nota brasileira para esse item foi 1,8, sendo que a avaliação mais baixa é 1, e a mais alta, 7.

Com essa pontuação, o Brasil ficou atrás de um país como o Sri Lanka no quesito.
"Considerando a estabilidade econômica e política que temos no Brasil e a visibilidade do país, o resultado é muito ruim", diz Araújo.


MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO