sábado, 4 de agosto de 2012

O combate é hoje. Machida orgulho de ser do Pará e exemplo para as novas gerações




"Dragão do Pará" mantém o foco para luta de hoje contra Ryan Bader, pelo UFC

ALAN BORDALLO

Da Redação,  O Liberal.

Foco é a palavra que melhor resume a preparação de Lyoto Machida para o combate da noite de hoje, no Staples Center, em Los Angeles, contra Ryan Bader, no UFC on FOX 4. Vitorioso em apenas um dos últimos quatro combates, o lutador do Pará quebrou alguns dos próprios paradigmas em nome de sua volta ao protagonismo na categoria mais nobre do UFC, os meio-pesados. Pela primeira vez desde o título que conquistou em 2009, Lyoto deixou de se preparar em Belém: mudou-se para Los Angeles, a fim de treinar o máximo possível o wrestling, modalidade que é o carro-chefe do adversário. O "UFC: Shogun x Vera" será disputado hoje, nos EUA, e terá transmissão ao vivo do canal Combate (ORM Cabo), a partir das 17h45.

Nos quase dois meses que passou na capital da Califórnia, o carateca treinou com Fabrício Werdum, Anderson Silva, Roger Gracie, Glover Teixeira, além dos lutadores americanos, na academia Black House. A base paraense foi estabelecida na praia de Redondo Beach, em contrastante calmaria em relação ao centro da cosmopolita Los Angeles. E se não deu para ficar na capital paraense, Lyoto levou consigo a esposa Fabyola e os filhos Tayô e Kaitô, assim como o pais, Yoshizo, e os irmãos, Takê, Chinzô e Kenzô, mudaram-se também para os Estados Unidos. O ambiente familiar, ele afirma, ajuda na hora de focar no desafio.

Na pesagem de ontem, Lyoto protagonizou fato curioso. Enquanto todos os atletas, à exceção talvez de Vera (que bateu 92,4kg), suaram para perder peso, ele não teve qualquer problema e "tirou onda" na balança: marcou 91,8kg, mais de um quilo e meio abaixo do limite dos meio-pesados (93,4kg, já com uma "libra" de tolerância para lutas que não valem cinturão).

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Aumenta desmatamento no Pará, segundo INPE


Deus as cria e o Diabo....

Dilma pode fazer Kátia Abreu ministra para destravar Código



Por enquanto é só especulação, mas há um movimento para que a senadora Kátia Abreu ganhe uma vaga de ministra no governo Dilma. A reforma ministerial, que deverá acontecer depois das eleições municipais, em outubro, já tem nomes cotados e, entre eles, a da presidente da Confederação Nacional da Agricultura, considerada peça-chave para fechar o acordo das negociações em torno da medida provisória do Código Florestal.

Segundo o jornal O Globo, o ministro Mendes Ribeiro (PMDB-RS), da Agricultura, vem sendo sondado pelo Palácio do Planalto para aceitar sair e abrir espaço para Kátia Abreu (PSD-TO).

A aproximação de Kátia com o Planalto já tem algum tempo, mas foi no lançamento do Plano Safra 2012/2013, no dia 28 de junho, que a senadora exibiu essa nova intimidade ao elogiar a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente: “Esperamos por 20 anos uma lei ambiental que nos tirasse do martírio e da criminalidade. E depois de 20 anos, a senhora [presidente Dilma] ainda nos deu uma ministra de meio ambiente que pensa pelo Brasil, que pensa por todos os brasileiros e, principalmente, pelos seres humanos, que precisam estar em conexão com essa grande biodiversidade. Parabéns, ministra Izabella”.

Kátia finalizou o discurso de 16 minutos chamando a presidente Dilma de estadista. “Viu o discurso dela de ministra?”, comentou na ocasião um membro do gabinete. A frase foi publicada na Folha de S. Paulo. O vídeo com o discurso completo da senadora para ser visto neste link.

O presidencialismo brasileiro se apóia nesse tipo de coligação clientelista. Cada partido da base no Congresso aliada do governo, de acordo com a sua importância, ganha a sua quota de ministérios. Uma coisa é certa, o governo se beneficiaria em trazer a líder dos ruralistas para seu interior, pois isso facilitaria obter concessões desse grupo. Para Kátia, seria galgar um degrau importante na carreira política. Ser ministro da Agricultura garante poder via o manejo de verbas imensas.

O texto base do relatório da MP do Código foi aprovado, mas ainda faltam 343 destaques para serem votados. Uma Kátia Abreu domesticada facilitaria a tramitação final.

Falta saber se o PMDB abrirá mão do ministério. A outra possibilidade é Kátia se filiar ao PMDB, pois ela parece não se sentir confortável no recém criado PSD, e criticou publicamente Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e idealizador do partido.

 Daniele Bragança
01 de Agosto de 2012 
Oeco.com.br


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CARLOS MANESCHY, REITOR DA UFPA, ELEITO PRESIDENTE DA ANDIFES


O reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Carlos Edilson de Almeida Maneschy, é o primeiro paraense e o primeiro reitor da Região Norte a assumir a presidência da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Criada em 23 de maio de 1989, a Andifes é a representante oficial das universidades federais de ensino superior (IFES) na interlocução com o governo federal, com as associações de professores, de técnico-administrativos, de estudantes e com a sociedade em geral.

A eleição ocorreu na tarde desta quarta-feira, dia 1º de agosto, em Brasília (DF), na sede da Associação. Reitores de universidades de todo o Brasil participaram da eleição. De um total de 56 votos, foram 29 a favor de Maneschy, 26 para o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto de Souza Salles, e uma abstenção.


"Estou honrado com a escolha e espero atender às expectativas colocadas nesse momento de dificuldade pelo qual as universidades estão passando. Creio que a Andifes é muito importante para que se encontre uma solução, porque os reitores têm um grande papel na mediação para que se resolva esse impasse", afirma Maneschy. Logo após a eleição, o reitor da UFPA tomou posse e, imediatamente, presidiu uma reunião da Andifes.

O mandato é de um ano, a contar da data da posse do novo presidente. Maneschy sucede o reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), João Luiz Martins. Ao presidente da Andifes, compete representar a Associação, convocar e presidir reuniões exercendo voto de qualidade, cumprir e fazer cumprir o Estatuto, as deliberações e as normas aplicadas pela entidade.

O reitor Carlos Maneschy é professor titular da UFPA, onde se graduou como engenheiro mecânico em 1977. Mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, doutor e pós-doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade de Pittsburgh, Carlos Maneschy é também bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), consultor da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e, até então, membro da Diretoria Executiva da Andifes, da qual, agora, assume a presidência.

Para mais informações, acesse o site da Andifes.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto:  Ascom/Andifes e Alexandre Moraes

terça-feira, 31 de julho de 2012

O mensalão tem data para começar - 2 de agosto -, mas está sem data para terminar.

Mensalão atrasa julgamento de causas bilionárias

O governo federal e as empresas esperam que o julgamento do mensalão atrase a resolução das principais questões tributárias que estão à espera de decisão no Supremo Tribunal Federal (STF) e a tendência é a de que elas fiquem para 2013.

Os tributaristas que atuam diretamente na Corte estão sentindo os efeitos do mensalão desde o começo do ano. A pauta do STF foi invadida pela Ação Penal nº 470, desde fevereiro, com questões de ordem e sessões administrativas para tratar de detalhes do caso. Diante da proximidade do julgamento, os ministros passaram a dar prioridade para receber os advogados dos 38 réus do mensalão e, com isso, os tributaristas perderam espaço e muitos simplesmente não conseguem marcar audiência para discutir causas empresariais com os ministros. Para completar, o clima de tensão prévia ao mensalão, com discussões sobre a melhor maneira de conduzir o caso de grande repercussão política, também prejudica o julgamento dos demais processos.

"A dimensão do julgamento do mensalão deu o tom da rotina do STF nesse ano", afirmou o advogado Saul Tourinho Leal, professor de direito constitucional. Ele avaliou ainda que até os processos de repercussão social - e que são da preferência do presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto - devem ser postergados por causa do mensalão. Entre eles está a validade da Lei Seca (exigência do bafômetro) e o decreto que regulamentou a concessão de terras aos quilombolas no Sul da Bahia.

O próprio governo não está contando com decisões tributárias do STF nesse ano. O advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, vai deixar de frequentar o tribunal durante o mensalão e acha que o mesmo deve acontecer com os grandes temas tributários.

Segundo Adams, nas últimas duas décadas, praticamente todas as ações do governo para aumentar a arrecadação foram questionadas pelas empresas e acabaram no STF. Isso fez do Supremo uma Corte eminentemente tributária. Agora, o governo deve se concentrar em desonerações, medidas que não provocam enxurradas de ações na Justiça. "As desonerações reduzem a necessidade de o empresariado recorrer ao Judiciário", disse Adams.

Nesse cenário, o STF deve se voltar aos processos envolvendo políticos. O Supremo vai deixar, portanto, a imagem de Corte tributária para a de tribunal político. Esse novo perfil do STF está sendo absorvido pelos tributaristas, que passaram a se adequar à realidade do mensalão. "A nossa forma de atuar mudou. Estamos focando em agravos (recursos contra decisões do plenário) ou nos casos que podem ser decididos por um só ministro, monocraticamente", disse o tributarista Dalton Miranda.

"No pós-mensalão, é provável que o STF procure julgar ações que possam ser decididas mais rapidamente, sem consumir uma tarde inteira com discussões", afirmou Gustavo Amaral, advogado da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade foi a autora, em 2003, da ação que discute a incidência de IR e de CSLL sobre empresas controladas e coligadas com outras no exterior. Apenas a Vale enfrenta uma cobrança de R$ 30,5 bilhões, e outras grandes companhias com atuação internacional discutem essa incidência. Mas, quase dez anos depois, a expectativa da CNI é a de que, mesmo após concluir o mensalão, os ministros do STF não encontrem uma brecha para julgar o caso das coligadas.

Adams acredita que os tributaristas devem sair cada vez mais da área contenciosa (disputas nos tribunais) para a área consultiva (planejamento às empresas). Nesse movimento, eles devem se concentrar mais no trabalho de acompanhar a formulação das leis do que na mera contestação delas. "Esse debate deve rumar para o local certo, que é o Congresso, até porque o Judiciário não é lugar para se fazer política tributária", afirmou o advogado-geral. Se a previsão se confirmar, as empresas vão se voltar cada vez mais ao Congresso e os políticos ao STF.

O mensalão tem data para começar - 2 de agosto -, mas está sem data para terminar.



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