Governo revê plano de Marina para Amazônia
Segundo o jornalista Cláudio Angelo do Caderno Ciência da Folha (foto ao lado Esq.) o Governo iria a rever o Plano Amazônia Sustentável.
Coincidentemente eu estava no evento e fiquei do lado do jornalista quando fez as entrevistas com a Professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Assessora da Secretaria de Mineração (MME) Maria Amélia Enríquez.
Segundo o Jornalista Maria Amélia teria dito: "O plano é muito preservacionista", afirmou Maria
Amélia Enríquez, assessora
do Ministério de Minas e
Energia que participou de
um dos painéis do seminário.
Mentira do jornalista. Inescrupulosa e abominável mentira que depois não conseguiu provar e ficou valendo, para tudo Brasil, um texto inventado pelo responsável do Caderno da Folha.
No que diz respeito à entrevista da Professora Amélia Enríquez, foram outros os temas tratados. Mineração e desenvolvimento sustentável e nada do PAS.
Outra falsidade, Marina Silva não estava no Seminario da SAE, essa foto foi tirado fora do contexto. Deve ser de outro evento e foi colocada na matéria.
Entretanto, o Secretário da SAE, Luis Salomão e o Ministro, Samuel
Pinheiro, sim falaram que o PAS devia ser revisto. Sem o conhecimento
da realidade da região, foi dito que um dos problemas da Amazônia estava
no setor transporte e devia-se contar com maior presença militar na região. Doçe na boca de uma criança para quem quer iniciar a destruição da floresta e a biodiversidade da região.
Veja aqui a matéria completa do Jornalista da FOLHA DE SÃO PAULO.
O PAS (Plano Amazônia Sustentável), maior legado de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, será revisto.
Claudio Angelo
Folha de São Paulo.
A nova versão deverá incluir projetos de mineração, defesa e hidrelétricas. A reforma do plano começou a ser debatida em seminário da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) justamente quando o PT tenta atrair os 20 milhões de eleitores da candidata do PV para o segundo turno.
Ministros criticam proposta de ex-ministra, considerada "preservacionista"
Mudanças vão incluir a
presença de militares,
projetos de mineração
e hidrelétricas, além de
rever terras indígenas
Marcello Casal Jr/Agencia Brasil
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Marina com Zequinha Sarney (esq.) e membros da Executiva do PV, ontem em Brasília
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
Principal legado de Marina Silva no Ministério do
Meio Ambiente, o PAS (Plano
Amazônia Sustentável) será
revisto pelo governo. Sua nova versão deverá incluir projetos de mineração, defesa e
grandes hidrelétricas.
A reforma no plano começou a ser debatida ontem em
um seminário organizado pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos).
O momento não poderia
ser pior politicamente: o PT e
o governo tentam atrair a
candidata derrotada verde e
seus 20 milhões de eleitores
para a campanha de Dilma
Rousseff no segundo turno.
O PAS é um ponto sensível
para Marina: construído durante três anos, ele deveria
dar as diretrizes para o desenvolvimento da região.
Marina costumava se referir
ao plano como seu "filho".
Quando decidiu lançá-lo,
em maio de 2008, o presidente Lula entregou sua execução à SAE, então chefiada
por Mangabeira Unger, alegando que Marina não era
"isenta". Foi o estopim da demissão da ministra.
A SAE, porém, nunca colocou o plano em prática. Além
de não ter "porte" para executá-lo, como admitiu ontem, a secretaria considera o
PAS genérico. "Sou defensor
de metas concretas", disse
ontem o ministro Samuel Pinheiro Guimarães.
"O plano é muito preservacionista", afirmou Maria
Amélia Enríquez, assessora
do Ministério de Minas e
Energia que participou de
um dos painéis do seminário.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que
abriu o seminário, criticou o
excesso de preservacionismo
na política ambiental.
"O debate sobre questões
ambientais tem uma demanda não só da economia de
baixo carbono, mas tem de
ter uma visão de desenvolvimento sustentável de natureza estratégica para o Brasil."
"Nós precisamos rever o
PAS", afirmou o secretário-executivo da SAE, Luiz Alfredo Salomão. "Não porque tenha erros, mas tem lacunas
que precisam ser preenchidas e atualizadas."
Uma das "lacunas" é a presença dos militares. Eles foram excluídos do plano de
Marina e não concordam
com certos princípios defendidos pela ex-ministra, como
grandes terras indígenas
contínuas em fronteiras.
"Nós aprendemos que não
pode haver desenvolvimento
sem a defesa estar assegurada", afirmou Salomão.
Outra lacuna são energia e
mineração. O PAS original
critica a atividade mineradora, afirmando que ela "não
impulsiona políticas de desenvolvimento endógeno".
Já o governo quer ampliar
a exploração do potencial
mineral da Amazônia.
Isso inclui a montagem de
um polo petroquímico em
Manaus, que use o gás natural de Urucu e o potássio de
jazidas que a Petrobras possui em Nova Olinda (AM).
"O Amazonas é o terceiro
produtor de hidrocarbonetos
do país e não é possível que
essa riqueza não seja colocada a serviço do desenvolvimento ", disse Salomão.
Ele lembrou que as hidrelétricas do Madeira e do Xingu não estavam em
construção quando o PAS foi lançado, nem estavam previstos
investimentos de US$ 22 bilhões em mineração, que incluem a duplicação
da produção de ferro em Carajás