![]() |
Do Blog do Parsifal 4.0 |
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
Mostrando postagens com marcador Eleições 2010. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Eleições 2010. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Depois da Guerra todos querem ser generais...., ou também soldados rasos.
Comentário
do Blog: Fiquei assistindo de camarote o bate e rebate dos marqueteiros das
campanhas para as eleições de 2010, no Estado do Pará, Edson Barbosa, da
campanha do PT; Orly Bezerra, do Simão Jatene (Governador Eleito) e o Chico
Cavalcante, ex-marqueteiro do PT e Ana Julia em 2006.
Agora é a
vez do chamado "Segundo Escalão" dos marqueteiros que entraram
na discussão, para "redefinir" suas responsabilidades na campanha.
Um dos
primeiro, não será o único em pegar o ventilador é o Glauco Lima, Diretor de
Criação da campanha da Ana Julia, (por enquanto não seja desmentido pelo
próprio Edson Barbosa). O Glauco aproveitou para levar nesse desabafo outros
membros da equipe da empresa Link que já estavam conformados com sua discreta
participação. Agora eles também vão colocar a Boca no Trombone. Vamos esperar.
Não
devemos esquecer que Glauco já foi mencionado como o responsável de repasse
de recursos da campanha para a Link. Por isso teria renunciado à DC3,
para assumir um compromisso direto na campanha da Ana Julia ou para tentar
outros desafios na vida, como ele mesmo já disse. Outros falaram até de um
"Glaucoduto". Conheço ao Glauco e não acredito nessa história sobre
sua participação na transferência de recursos do Governo Ana Julia para a Link.
Mas quando se trata de dinheiro, todo cuidado é pouco.
Concluindo:
vamos aguardar o que falam os outros membros do Segundo escalão da Link, Porque
o Glauco já disse que ele teve uma participação insignificante. como ele mesmo
disse, e aí sem que eu não acredito:
"fui
um produtor mais qualificado, um interlocutor com alguns setores locais, um
papel com limitadíssimo espaço de influência, que foi gradativamente sendo
encurtado, ao ponto de nas semanas finais eu já quase nem ir na
produtora".
Eu não
acredito porque sei que o Glauco é extremamente bem relacionado com todos os
setores locais. Foi um dos responsáveis da campanha do Jader em 2006, já teve
uma conta importante no Banco da Amazônia e no próprio governo da Ana Julia.
Até renunciou à DC3, para se dedicar por inteiro
à campanha do PT.
Duvido também que o Marcelino Monteiro vai disser alguma coisa ao respeito. Ele ainda não acorda da ressaca da enorme derrota e não deve estar querendo saber de ninguém da Link, da DC3 e de ninguém.
Ainda nem encontra resposta para a derrota, imaginem que vai entrar em uma discussão de bastidores de uma empresa que foi contratada pelo seu partido, que foi muito bem paga e que não consiguiu tirar sua ex-cunhada da rejeição em que se encontrava , desde fazia mais de 2 anos. Se o Marcílio abre a boca, aparecem muitos querendo sua cabeça. Ele e o PT ainda nem conseguem explicar, aos militantes do PT, as razões desse duro golpe recebido.
As coisas não estão encaixando direitinho, meus caros amigos.
Duvido também que o Marcelino Monteiro vai disser alguma coisa ao respeito. Ele ainda não acorda da ressaca da enorme derrota e não deve estar querendo saber de ninguém da Link, da DC3 e de ninguém.
Ainda nem encontra resposta para a derrota, imaginem que vai entrar em uma discussão de bastidores de uma empresa que foi contratada pelo seu partido, que foi muito bem paga e que não consiguiu tirar sua ex-cunhada da rejeição em que se encontrava , desde fazia mais de 2 anos. Se o Marcílio abre a boca, aparecem muitos querendo sua cabeça. Ele e o PT ainda nem conseguem explicar, aos militantes do PT, as razões desse duro golpe recebido.
As coisas não estão encaixando direitinho, meus caros amigos.
Deu no Blog da reporter.
À Link o que é da Link: Glauco Lima responde a Edson Barbosa
Interrompo, de novo, meu recesso para postar uma carta que recebi, via e-mail, do publicitário Glauco Lima sobre sua participação na campanha de Ana Júlia Carepa
Publico na íntegra
"Eu tinha decidido não falar nada sobre a campanha de comunicação de Ana Júlia em 2010. Tinha deixado isso para bem depois, para quem sabe quando, distanciado do calor eleitoral e da fogueira de emoções, talvez eu fizesse um relato do que eu vi, ouvi e vivi, nesta que foi uma das experiências mais angustiantes dos meus 25 anos de atuação em propaganda e marketing.
Mas a referência feita pelo senhor. Edson Barbosa em entrevista ao jornal Diário do Pará, no dia 15 de novembro de 2010, me obriga a fazer um esclarecimento. Na entrevista, o presidente da Link Propaganda sugere ou deixa entender que eu atuei como Diretor de Criação na campanha, o que é uma inverdade absurda e, no mínino, um desrespeito ao verdadeiro diretor e coordenador de criação, o senhor. Theo Crus Neto, que tinha todos os amplos e totais poderes de dirigir a criação e atuar como estrategista, redator, criador de jingles, interagir com a governadora e seus principais assessores.
Se a campanha da Link foi tão boa, ele deveria destacar o nome de Theo Neto e o próprio nome dele, Edson Barbosa, já que Theo não cansava de repetir quase como um mantra, “ nessa campanha o marqueteiro, quem dá a palavra final, quem decide o que sai e o que não sai, é o Edson Barbosa”.
Quero deixar bem claro que não estou me isentado, me excluindo ou me eximindo de envolvimento nesta campanha. Assumo e confirmo que atuei, que procurei colaborar em tudo o que esteve ao meu alcance. Mas é inaceitável que só agora, depois da derrota eleitoral, os nomes dos profissionais locais sejam lembrados assim, para dar um verniz de integração com os nativos, quando o que se viu na campanha foi um comando centrado na Link, com seus executivos ocupando todas as posições decisórias e definindo os rumos tanto na pré-campanha, de março a junho de 2010, como na campanha em si, de julho a outubro.
A declaração de Edson Barbosa me obriga a fazer um relato da minha atuação neste trabalho que tentou reeleger Ana Júlia para o Governo do Pará. Para mim, a campanha começou em outubro de 2009, quando fui chamado pelo consultor Paulo Heinneck e pelo secretário de comunicação Paulo Roberto Ferreira, para influenciar mais diretamente na comunicação institucional, já que, embora minha então agência, a DC3 Comunicação, tivesse contrato com o governo, eu nunca tinha participado da definição da propaganda conceitual e informativa do governo.
Atendendo ao pedido de extrema urgência, coloquei no ar uma campanha, que foi de novembro de 2009 a março de 2010. Esta sim eu assumo e assino como Diretor de Criação. Neste período, embora as pesquisas quantitativas feitas por instituto local, já acusassem um pequena melhora na avaliação do Governo, sugeri que era preciso algum reforço, eram necessários estudos qualitativos para avaliar se o rumo estava certo, para fazer ajustes e refinar cada vez mais a campanha.
Mas, para minha surpresa, em março de 2010, fui comunicado da contratação da Link Propaganda, para ser uma espécie de consultora para orientar e definir toda a comunicação do Governo. Eu poderia ter rompido, me desligado do cliente, me afastado diante desta intervenção. Mas acreditei que com o aparato que a Link tinha, com as possibilidades de trazer profissionais experientes, promover pesquisas no Estado todo, investigar mais, com toda a expertise que alardeava, o reforço poderia ser positivo e ajudar no complexo esforço de levar o governo a um bom desempenho eleitoral.
Entendi que pular do barco naquela hora, de um governo já cheio de fragilidades, seria até desleal e continuei, mesmo num papel secundário e muitas vezes terciário, contribuindo para que a comunicação fosse cada vez mais eficiente.
A Link tinha o respaldo das pesquisas, de seus profissionais seniors, teve verba para fazer estudos que eles diziam serem inquestionáveis, que orientaram a escolha da linha “É a vez do Pará, pra você”. A campanha “A grande obra é melhorar a vida das pessoas” foi erradicada, a Link fez questão de não deixar nenhum vestígio do trabalho, mudou tudo e se deu ao requinte de pedir para que fossem tiradas até placas, como as colocadas perto de obras como o Ação Metrópole, que diziam “A obra é grande, mas a maior é melhorar a vida das pessoas”. Tudo foi apagado e só prevaleceu o conceito e as idéias da Link.
Já na campanha eleitoral, em julho, a Link tinha ocupado todos os espaços possíveis e imagináveis e estabeleceu o tema, que depois veio se confirmar desastroso até por eles mesmos, o “Acelera Pará”. Quando eu vi esta campanha, em encontro feito em num hotel em Belém, a linha estava determinada, o caminho era aquele e foi vendido como o grande mote para alavancar a candidatura de Ana Júlia.
Quero reafirmar aqui que propaganda tem que ter unidade, que acredito que é preciso ter uma cabeça que estabelece a linha, a defenda e se responsabilize por ela. Uma vez que o comando político definiu que o comandante era Edson Barbosa e sua Link, ou você concorda e tenta ajudar no que está definido ou vai cantar noutra freguesia.
Eu resolvi ficar, colaborar humildemente, fazer minhas críticas dentro, discordar, sem deixar vazar as discordâncias, alertar, muitas vezes banquei o chato, o advogado do diabo. Mas tudo o que eu dizia não era acatado, nada era aproveitado e parecia que eu não conseguia captar tanta inteligência, sabedoria, criatividade e acertos geniais.
Mas a Link era a agência da campanha, o Edson Barbosa foi o engenheiro responsável pela obra. Quero ressaltar aqui que a campanha, boa ou má, fraca ou forte, tem que ser assumida pelos seus autores. O Fernando Pena de Carvalho, Presidente da Digital foi citado e nunca foi chamado sequer para opinar sobre a cor de um cenário. Fazia apenas o que a Link determinava. A Ruth Vieira, paraense, contratada da Link, tinha funções operativas, nunca vi a Ruth numa reunião de comando dando opiniões. Essa coisa de citar as pessoas daqui, só agora, é muito injusto e até revoltante, diante do que passamos nestes meses.
O próprio Maurílio Monteiro pode confirmar tudo isso. Só quem mandava era o Theo, o João Lucas, a Ângela, os altos executivos da Link. Não estou aqui questionando a capacidade destas pessoas, só quero o Edson Barbosa assuma claramente os papéis de cada um e reconheça que tinha em mim e em outros profissionais locais, uma equipe de suporte, chamada para ajudar em assuntos locais, em tarefas obreiras, tanto que a Link me deu um insólito crachá de “Assistente de Coordenação” e agora no jornal vem me chamar de Diretor de Criação.
Outro ponto que quero deixar bem claro é que não sou contra a presença de empresas de outros Estados. Assim como quero que a empresas de comunicação do Pará busquem mercados pelo Brasil e pelo Mundo. Eu mesmo cheguei a sugerir a contratação, em janeiro de 2010, de uma consultoria para nos ajudar no trabalho.
Apesar de tudo isso, fiquei sim na campanha, atendi a pedidos de altos dirigentes do partido, até mesmo da própria governadora Ana Júlia, pessoa a quem respeito muito. Essa campanha, boa ou ruim, faz parte do meu currículo, nunca vou negar, mas não aceito que ocultem ou distorçam a verdade. Se eu tivesse que definir meu papel nesta campanha, diria que fui um produtor mais qualificado, um interlocutor com alguns setores locais, um papel com limitadíssimo espaço de influência, que foi gradativamente sendo encurtado, ao ponto de nas semanas finais eu já quase nem ir na produtora.
Mas fiz meu trabalho, evitei atrapalhar, gerar ainda mais crises, talvez tenha falhado em não brigar mais por meus pontos de vista, mas tenho a consciência tranquila que honrei a unidade, o grupo, o cliente que me contratou, mesmo correndo o risco dos desgastes graves que sofri.
Para concluir quero lembrar que sempre falei que a comunicação não pode ser apontada nem como a santa salvadora, nem como a vilã destruidora. Comunicação faz parte de um grande mix e conforme a maneira como é feita, pode ajudar ou atrapalhar. No caso desta campanha, o próprio Edson Barbosa me falou entre o primeiro e o segundo turno, que aqui na campanha de Ana Júlia isso não era bem verdade, porque a comunicação feita pela Link tinha sido mais que comunicação, tinha sido decisiva na gestão, na condução política, nas sugestões para a administração e que por isso teria uma responsabilidade muito maior do que geralmente se atribui ao marketing.
Portanto está aí, independente de julgamentos do que foi feito, a Link e Edson Barbosa que assumam suas responsabilidades técnicas e não fiquem querendo repartir a derrota com ninguém, porque eu tenho certeza que não repartiriam a vitória com ninguém que não fosse do seu seleto time".
Glauco Lima
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Do poço de mágoas ao poço de maldades
Originalmente era essa mágoa que deixou a governadora e a equipe de coordenação do governo petista. Agora veio o poço de maldades da empresa que fez o marqueting da campanha.
Leia aqui a entrevista ao marqueteiro da LINK, da Bahia, que explica as causas da derrota do PT e da Ana Julia. A única candidata do PT que não se reelegeu, no Brasil.
A outra mulher foi lá no extremo Sul e foi tucana.
A entrevista está no Diário do Pará Aqui
domingo, 7 de novembro de 2010
Ela parecia Margaret Thatcher, disse ex-marqueteiro do PT. Todos falam, menos quem deve explicar o pq da derrota
Preste atenção na entrevista do marqueteiro Chico Cavalcante, que foi o responsável pela maioria das campanhas do PT no Pará, menos esta de 2010. Ele, como todo marqueteiro, coloca a culpa da derrota da Ana Julia, na empresa Link que veio da Bahia, e que por tanto desconhecia o terreno e a realidade social e política do Estado. A mesma conclusão faz o jornalista "BACANA".
Tudo muito simples e reducionista, já que parece ser que bastaria ser do Pará para ganhar qualquer eleição. Esse argumento é de uma simplicidade que não resiste nem merece maior análise. Imagine o marqueteiro do Lula e Dilma, que também fizeram sucesso em campanhas fora do Brasil e em países praticamente desconhecidos pelos marqueteiros. João Santana levou à presidência do “El Salvador”, esse pequeno país de Centro América a um ex-guerrilheiro da Frente FMLN (Frente Farabundo Martí de Liberación Nacional). E aí não é só não conhecer a realidade e não falar espanhol (qualquer um fala espanhol) é falar o verdadeiro dialeto dos centro-americanos, necessário para repassar a mensagem aos eleitores.
A outra burrice do jornalista é pensar que "eleição se ganha e se perde no período eleitoral". Grande erro, os problemas são mais complexos e me estranha que um marqueteiro não consiga visualizar além da ótica da imagem e das e dos chavões clássicos da campanha.
Outra vez a questão é mais complexa. Se assim fosse uma campanha conseguiria transformar em dois a três meses, um bandido em santo ou uma santa Maria em Bandida.
E não é assim. A história conta e as instituições são de fundamental importância nestes casos. O economista, Prêmio Nobel de 1993, Douglass North, explica em detalhe o papel que as instituições desempenham no desenvolvimento e na evolução das sociedades. Conclusão, se nada disso existe, nada poderá ser refletido na campanha eleitoral. O contrário seria concordar com uma grande mentira que o povo não aceita. Mesmo assim alguns pensam que o povo é mesmo burro. O pior é que as vezes conseguem enganar.
Mas vamos a entrevista da jornalista do Diário do Pará ao marqueteiro Cavalcante.
Responsável por todas as campanhas do PT no Pará entre 1994 e 2006, o jornalista Chico Cavalcante foi preterido, neste ano, pela agência baiana Link, que comandou os programas de rádio e TV de Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição.
Responsável pela campanha vitoriosa da coligação PSB-PT, que levou Camilo Capiberibe ao governo do Amapá, Cavalcante falou, por e-mail, com a repórter Rita Soares sobre o que considerou os erros fatais da campanha de Ana Júlia, que acabou derrotada na disputa com o tucano Simão Jatene.
P: Qual sua real participação na campanha de Ana Júlia neste ano e por que ela foi tão restrita?
R: Eu não tive nenhuma participação na campanha de Ana Júlia ou Paulo Rocha. Houve tentativas de me inserir na campanha, mas fui vetado pela Link (a agência baiana responsável pela campanha de Ana Júlia) que, ao considerar a eleição como ganha, estava antecipando comigo uma suposta disputa de mercado. Durante o primeiro turno participei da campanha de proporcionais, tão somente, ajudando a eleger alguns deles.
P: A que o senhor atribui a derrota nestas eleições?
R: A dois fatores: má engenharia política e comunicação ineficaz. A falta de uma política de aliança que reproduzisse o arco de apoio nacional à Dilma certamente foi um fator importante, mas poderia ser contornado durante a campanha pela construção de argumentos adequados, de posicionamento de marca que ajudasse a dar firmeza ao eleitor de Ana Júlia e o tornasse um propagador de sua decisão de voto. Ao fim e ao cabo, a derrota foi produzida por uma comunicação ineficiente de Ana Júlia em contraposição a uma comunicação extremamente eficaz de Simão Jatene.
P: Quais foram os principais erros da campanha de Ana Júlia?
R: Posso apontar três erros fundamentais. O primeiro foi insistir na tese do desenvolvimento como eixo único da campanha. Esse foi o erro político, de análise errada de conjuntura e da subjetividade do eleitor, que estruturou os demais. Quem é daqui sabe que esse erro já foi cometido antes e que o preço foi a derrota. Para recordar, esse foi o tema de Oziel Carneiro [cujo slogan, “O Pará vai disparar”, inspirou o “Acelera Pará”], quando disputou e perdeu para Jader Barbalho em 1982; foi o tema imanente de Sahid Xerfan, quando perdeu para Jader; o mesmo tema atravessava o discurso da campanha de Jarbas Passarinho, quando perdeu para Almir Gabriel; erro simétrico cometeu Almir Gabriel, quando perdeu para Ana Júlia, que agora pegou o discurso derrotado em 2006 e o trouxe para si.
A base da antipatia a essa ideia é objetiva. Num Estado como o Pará, com IDH historicamente deplorável, falar em desenvolvimento e alardear de maneira desmedida soa ora como escárnio, ora como discurso desprovido de sentido. O efeito colateral dessa linha desenvolvimentista e desequilibrada foi aprofundar as diferenças regionais. Enquanto insistia em falar da Siderúrgica de Marabá, a campanha da Link deixava descobertas outras regiões, parecendo que privilegiou uma cidade ou região em detrimento de outras. Isso explica a derrota acachapante em Santarém. Especialmente para um candidato do PT, um partido com origem no movimento social, o centro do discurso tem que ser o fator humano, que é universal; Ana teria que insistir no social. Esse é o seu reduto.
De costas para ele e guiada por estranhos, se perdeu. Já o erro de posicionamento de imagem foi o que fez consolidar a rejeição da governadora. A imagem apresentada ao eleitor aumentava a rejeição de Ana Júlia. Era a antítese da guerreira, da lutadora, da mulher destemida, da mulher sintonizada com o povo, da mulher que fez sua trajetória a partir dos movimentos sociais.
Ela parecia Margaret Thatcher, a baronesa que foi primeira ministra da Inglaterra. Falava lento como se estivesse anestesiada, com estranha ênfase no final das frases. O terceiro erro grave da campanha de petista foi o de fugir ao confronto. Dilma teria perdido se não confrontasse. Só abriu diferença de Serra no segundo turno quando partiu pra cima dele. Ocorre que há quem confunda o termo “confronto” com a expressão “baixaria”. Não há baixaria na confrontação. Confrontar é respeitar o eleitor; é colocar em questão a fala do adversário. Toda campanha vitoriosa, inclusive a de Jatene, fez isso. O comercial “quem fez mais pelo Pará?”, criado por mim para a campanha de deputados, refutava o argumento adversário com base em dados públicos, apresentados pelo governo, sem baixaria nem ataques pessoais. Para o povo, vale a lógica “quem cala, consente”. Se você é atacado e não responde é porque não tem resposta, é porque o que o adversário diz é verdade.
A Link fez o impensável, fez o PT calar. Extirpou a rebeldia. Domesticou o vermelho, azulou suas bandeiras. Desde o começo fez Ana Júlia e Paulo Rocha se apequenarem, falarem falas despossuídas de paixão, de vida, enquanto Jatene e Flexa Ribeiro ostentavam um vigor exemplar. A Link impôs ao PT um caráter lerdo, lento, abobalhado diante das denúncias e ataques que, por fim, foram sedimentando. Essa turma colocou na boca das principais lideranças do PT textos e falas abaixo da crítica.
A reação reflexa aos ataques, tipicamente de esquerda, inexistiu na campanha da situação. Mesmo em inferioridade de tempo no primeiro turno, Jatene conseguiu consolidar a rejeição da candidata petista, retirando a possibilidade de que essa rejeição inicial, natural em quem governa, caísse ao longo da campanha e se diluísse no segundo turno.
A reação reflexa aos ataques, tipicamente de esquerda, inexistiu na campanha da situação. Mesmo em inferioridade de tempo no primeiro turno, Jatene conseguiu consolidar a rejeição da candidata petista, retirando a possibilidade de que essa rejeição inicial, natural em quem governa, caísse ao longo da campanha e se diluísse no segundo turno.
Com a rejeição alta e sólida, o círculo de voto da campanha de Ana Júlia acabou se circunscrevendo praticamente aos votos do PT, situados um pouco além do terço do eleitorado identificado com a legenda. É curioso isso porque, ao fazer uma campanha azul no primeiro turno [no segundo turno a campanha tornou-se vermelha por imposição do partido, contra a vontade da Link], escondendo os símbolos do partido, negando a história das campanhas passadas, a Link queria que Ana se distanciasse do PT que, por fim, acabou sendo seu abrigo.
P: É possível diferenciar o que foram erros de governo, erros da campanha e erros de comunicação?
R: Vejo que está havendo um grande esforço de atribuir a derrota de Ana Júlia a um suposto mal desempenho de governo.
É um bode que estão colocando na sala.
Rita, não se engane: eleição se ganha e se perde no período eleitoral.
Não há resultado a priori. Dificilmente erros de governo podem impedir um candidato de ganhar eleição se sua campanha fizer o que precisa ser feito. Jacques Wagner, o governador da Bahia que venceu a eleição no primeiro turno, era muito mal avaliado e tinha uma sólida rejeição antes da campanha.
Lula, em 2006, vinha de um profundo desgaste de governo advindo da crise do “mensalão”, ao ponto de que alguns analistas indicarem que ele não deveria nem tentar a reeleição. Duciomar Costa tinha 70% de rejeição e uma desaprovação recorde antes do pleito em 2008 e se reelegeu. Ao mesmo tempo, Almir e Jatene, que tinham altos índices de aprovação de governo perderam a eleição para Ana Júlia em 2006. Isso prova que avaliação de governo pode ser alterada ao longo de uma campanha eleitoral, rejeições podem ser reduzidas, ambientes desfavoráveis podem ser alterados.
P: Qual dos erros pesou mais para o resultado que tivemos?
R: O fator decisivo foi o posicionamento obtido pelos candidatos no decorrer da campanha. O que é posicionamento? É ocupar um lugar na mente do eleitor. Quem obtém o melhor lugar, vence. Como se faz isso? Com comunicação, com argumentos, com imagens eloquentes. Em uma campanha você não pode apenas afirmar a razão de voto em você, mas também a razão de não voto no adversário. Quem faz isso melhor, vence. Dito de outro modo, os erros de comunicação da campanha de Ana Júlia e os acertos da comunicação da campanha de Jatene foram os fatores que pesaram mais para o resultado final.
Leia a entrevista completa no Diário do Pará.
Fonte: Diário do pará
sábado, 6 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Depois da batalha o Campo ficou lotado de coroneis
Tem muitos analistas explicando as causas da estrondosa e arrasadora derrota da Ana Julia e do PT, na recente eleição.
São tantos que juntos não cabem no Mangueirão.
Todos querem dar palpites e são coronéis, depois da batalha. Blogueiros (principalmente), jornalistas, analistas, professores, até comentaristas esportivos, todos, menos o PT.
Claro as explicações só podem vir depois do resultado das urnas. Mesmo assim, a maioria dos analistas afirmam que já tinham dito ao comando do governo o que estava ruim e tinha que ser alterado. “Me aplica”, como disse uma comadre.
Coitados os marqueteiros da candidata derrotada. A empresa Link, o PH e Cia, da Bahia e Pernambuco. Já foram embora e aparecem, agora, como os principais responsáveis dos resultados horrorosos, como se fossem eles os únicos culpados. Essa é só inveja de marqueteiro. Eles podem até contribuir com a derrota, conheço um que nunca ganhou uma eleição importante no Pará, um verdadeiro pé frio, mas não são eles os responsáveis.
É a alma da campanha que estava errada (leia-se AJ), a falta de empatia como o povo foi o desastre. Muitos esqueceram que em 2006 o Jader Barbalho foi o cara. Ele mesmo carregou no colo à candidata e levou-a a vitória, aí o povo passou a dar um voto de confiança.
Depois veio o que todos falam, e com certa razão. Ela se desligou do povo, se enclaustrou no Palácio e nomeou uma “verdadeira corte” que não permitiam que ninguém que quisesse ajudar, colaborar e trabalhar pelo bem do Pará, alcançasse um espaço em algum órgão do governo.
Mas ainda, se o técnico era competente, rapidamente era afastado do círculo e barrado do CIG.
O PT tinha a máquina, o poder e como o próprio governo falou, “o Pará passou por uma grande reestruturação que mudou, para melhor, a vida do povo paraense”. Mil por cento.
O PT tinha a máquina, o poder e como o próprio governo falou, “o Pará passou por uma grande reestruturação que mudou, para melhor, a vida do povo paraense”. Mil por cento.
Contava com mais de uma dúzia de partidos na base de apoio, com recursos, com um PT formado por milhares de militantes, organizados em bases e comitês de apoio, que se multiplicavam por centenas e centenas, nos bairros das principais cidades do Estado. E com todo o apoio do Governo Federal, que se empenhou com todas as forças para que Ana Julia saísse vitoriosa da eleição.
Excelentes ministros por aqui passaram. Tarso Genro, intelectual competente, um dos melhores quadros da esquerda brasileira, deu uma forçae nada. Alexandre Padilha, ótimo articulador, também veio varias vezes para tratar de arrumar a casa. José Dirceu, melhor canal de comunicação com Jader não existe, não conseguiu diminuir a mágoa desatada pelos artífices da estratégia governista. Faltava O próprio Presidente do PT, José Eduardo Dutra, Mineiro e Sergipano, veio e não conseguiu acertar as arestas.
Pareciam elefantes em loja de cristal, se movimentavam dando trombadas para onde viravam a cabeça. Até o Presidente do Brasil chamou aos líderes para ver como podia ser estabelecida uma estratégia comum para a reeleição da candidata do PT. Nada. Tudo foi inútil e o desgaste em vez de diminuir crescia.
Aumentava a distância e não havia dinheiro nem marqueteiro que melhorasse a performance de quem estava ao frente da campanha.
Era o conjunto da obra que estava errado.
Por outro lado eu me pergunto, se existem governos horrorosos, que não tem piedade com o povo mais humilde e que nada fazem para melhorar a vida da população e conseguem se reeleger sucessivamente, passando o poder a filhos e sobrinhos, a parentes e amigos, por que aqui no Pará não aconteceu?
Ainda aguardamos resposta oficial a essa pergunta.
E o day after dos derrotados? Como se reflete o desastre nesse campo. Quantos feridos e mortos ficaram depois da batalha e, para onde eles irão?
Para Brasília, logo, logo.
O destino dos perdedores, uma secretaria, um ministério (só si fosse para a governadora, a Secretaria da igualdade das mulheres) ou algum cargo (DAS) como prêmio ao bom combate.
Em geral, um cargo de primeiro ou segundo escalão. Já vi por aqui perdedores ocupando uma simples Coordenação Geral, de alguma coisa. Um Vice Governador e fez um ótimo trabalho.
Lugar para trabalhar não falta. Mas parece que no Pará sobram quadros.
Mudando para o outro lado. A expectativa que abre o governo do Jatene é também enorme. As promessas e compromissos são suas principais vitaminas para recuperar o terreno perdido e ganhar musculatura.
Torcemos para que consiga realizar um bom governo, que dar resposta as maiores demandas da população que, segundo as pesquisas, são de segurança (o paraense quere primeiro seguir vivendo), esgoto, saúde, habitação, educação e emprego. Vontade não deve faltar.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Pará - Jatene venceu nos maiores colégios eleitorais
Em Belém, que representa 20,6% do eleitorado paraense, Jatene obteve 417.748 votos, contra os 334.650 de Ana Júlia. Em termos percentuais, a vitória do tucano foi de 55,52%, índice pouco abaixo da média no estado, de 55,75% (contra os 44,26% de Ana Júlia).
Em Ananindeua, que representa 5,32% do eleitorado paraense, Jatene conseguiu uma vantagem maior: foram 111.828 votos, contra os 84.901 de Ana Júlia. Em termos percentuais, a vitória foi de 56,84% (Ana Júlia recebeu 43,16%).
Em Santarém, o terceiro maior eleitorado do Pará (3,85% do total), o tucano conseguiu sua vitória mais arrasadora. Foram 90.613 votos contra 42.804, com índice de 67,91% da preferência (a candidata petista ficou com 32,09%).
Em Castanhal (2,15% do eleitorado), a vitória de Jatene também foi por ampla vantagem. Ele alcançou 54.089 votos, contra 25.631 de Ana Júlia. Isso representa 67,84% do eleitorado, contra os 32,16% da petista.
Em Marabá (que representa 2,71% do eleitorado paraense), a vitória de Ana Júlia foi um tanto quanto apertada: foram 48.407 votos da petista contra os 44.031 de Jatene. Em termos percentuais, Ana Júlia venceu no município com 52,36% da preferência, diante dos 47,74% de Jatene.
MUNICÍPIOS
Dos 144 municípios paraenses, Simão Jatene venceu em 94, o que representa 65% do total. Nos outros 50 municípios, a vitória foi de Ana Júlia. Em comparação com o primeiro turno das eleições, o resultado traz uma curiosidade: 17 municípios tiveram no segundo turno vencedor diferente do primeiro.
Em cinco municípios (Augusto Corrêa, Bom Jesus do Tocantins, Chaves, Faro e Oriximiná), Jatene venceu depois de ter perdido no primeiro turno. Já Ana Júlia venceu em 12 municípios onde havia perdido antes: Bujaru, Concórdia do Pará, Ipixuna do Pará, Irituia, Moju, Peixe-Boi, Ponta de Pedras, Santana de Araguaia, Santarém Novo, São Francisco do Pará, São João de Pirabas e Xinguara.
Fonte: (Carlos Gondim e Vinícius Passos/DOL)
Veja no infográfico onde foram as vitórias de Jatene e Ana Júlia:
Pergunta para Ana Julia
A pergunta que não quere calar:
Ana Julia tu estas trabalhando, no teu governo, para te reeleger ou para eleger um deputado?
Se for para o segundo, tu não serás reeleita maninha.
Pergunta feita por alguém muito próximo da Ana Julia.
Dito e feito, Ana Julia não foi reeleita.
Nunca antes na história do Pará, foram destinados tantos recursos públicos para a campanha de reeleição de uma candidata ao governo do estado e veja no que deu. Disse-se que o Mercadante, em São Paulo investiu cerca de 40 Milhões de reais na campanha. Mas São Paulo é o Estado mais rico do Brasil, é 40% do PIB e um dos que conta com maior índice de educação do Brasil. A campanha da Ana Julia (a conferir) teria contado com um orçamento parecido e não conseguiu 44% dos votos.
Quem sabe de outros casos no Brasil que candidatos à reeleição ao governo não tenham conseguido se reeleger? Só a Yeda Crusius (PSDB) do RS.
E quais as causas pelas que Ana Julia não foi reeleita?
Muitas explicações e abundantes interpretações. De tudo quanto lado chegam argumentos.
Dos amigos, aliados de ontem e adversários de hoje. Todos querem falar e se vestem de analistas. Mas, avaliação séria do PT, ainda não teve.
Dos amigos, aliados de ontem e adversários de hoje. Todos querem falar e se vestem de analistas. Mas, avaliação séria do PT, ainda não teve.
Só ouvi por aí uma do PT Nacional, que disse que no Pará não perdeu o PT e sim a isolada corrente da DS (Democracia Socialista).
Ainda mais, segundo essa fonte, A DS, aquela que pensa como Troskysta e atua como direitista, fez muito pouco para mudar na direção aos mais necessitados e, aquilo que fez, não conseguiu difundir, dar a conhecer ao povo das suas ações.
Ora bolas, uma das grandes virtudes da esquerda revolucionária daqueles tempos, eram as brigadas de AGP (Agitação e Propaganda), copiadas dos partidos de esquerda do mundo tudo. Regra Nº um: saber dizer o que você faz se não, você não fez.
Ora bolas, uma das grandes virtudes da esquerda revolucionária daqueles tempos, eram as brigadas de AGP (Agitação e Propaganda), copiadas dos partidos de esquerda do mundo tudo. Regra Nº um: saber dizer o que você faz se não, você não fez.
Nem isso a DS teria apreendido.
Se a DS era meio troskysta deveria ter absorvido o princípio da descentralização das ações e a centralização do pensamento teórico. Aqui foi ao contrário, centralizaram, nos amigos da corte (o Núcleo Duro), todas as ações e o orçamento e, em contraste, descentralizaram o pensamento. A discussão rolou solta, assim as divergências aumentaram. A mágoa contra Ana Julia se instalou na porta do “Palácio de Inverno” da DS.
Recentemente ouvi Ana Julia, dizer que o Estado tinha mudado, durante sua gestão, 1000 vezes ou 1000%. Vontade dela, menos, menos. Vamos começar a nivelar as informações, pouco a pouco. Por enquanto o PT não da conta do que fez e não fez, nós vamos falando.
domingo, 31 de outubro de 2010
Os novos governadores do Brasil. A Presidenta já disse que governará com todos e para todos.
O PSDB governará oito estados do país a partir de 2011. É o partido com o maior número de eleitos para os Executivos estaduais. Com isso, o partido volta a liderar o ranking de representantes, passando o PMDB.
O PSB é o segundo partido com o maior número de eleitos. São seis governadores da sigla (três eleitos no segundo turno).
O resultado para o PSDB é importante após o partido sair derrotado na
eleição presidencial e perder cadeiras tanto na Câmara dos Deputados
como no Senado.
Na Câmara, foram 53 deputados federais eleitos (contra 66 vitoriosos em
2006). No Senado, o partido perdeu cinco representantes (terá 11
senadores em 2011) e foi ultrapassado pelo PT.
O PT e o PMDB comandarão cinco estados cada um; o DEM, dois; e o PMN, um.
Veja a lista de todos os governadores eleitos:
AC -Tião Viana (PT)
AL - Teotonio Vilela (PSDB)
AM - Omar Aziz (PMN)
AP - Camilo Capiberibe (PSB)
BA - Jaques Wagner (PT)
CE - Cid Gomes (PSB)
DF - Agnelo Queiroz (PT)
ES - Renato Casagrande (PSB)
GO - Marconi Perillo (PSDB)
MA - Roseana Sarney (PMDB)
MG - Antonio Anastasia (PSDB)
MS - André Pucinelli (PMDB)
MT - Silval Barbosa (PMDB)
PA - Simão Jatene (PSDB)
PB - Ricardo Coutinho (PSB)
PE - Eduardo Campos (PSB)
PI - Wilson Martins (PSB)
PR - Beto Richa (PSDB)
RJ - Sérgio Cabral (PMDB)
RN - Rosalba Ciarlini (DEM)
RO - Confucio Moura (PMDB)
RR - Anchieta Junior (PSDB)
RS - Tarso Genro (PT)
SC - Raimundo Colombo (DEM)
SE - Marcelo Deda (PT)
SP - Geraldo Alckmin (PSDB)
TO - Siqueira Campos (PSDB)
Na vitória da Dilma teremos também novo Vice-Presidente, veja aqui
O presidente da Câmara dos Deputados e nacional do PMDB, Michel Temer
(SP), candidato a vice-presidente na chapa da ex-ministra-chefe da Casa
Civil Dilma Rousseff (PT), disse ao votar neste domingo, 31, que estava
“bastante animado”.
“A primeira animação é com o exercício da democracia, a segunda animação é a perspectiva da vitória”, disse, ao chegar à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, pouco depois das 10h30. Temer, no entanto, fez uma ressalva: “Vamos esperar as 17 horas para, se for o caso, comemorar.”
Ele disse ainda que falou com Dilma hoje.
“Conversei com a Dilma e ela está animadíssima.” Temer, no entanto, que não falou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre o possível impacto do feriado prolongado de Finados no índice de abstenção, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que “tira votos na nossa chapa e na do outro candidato (José Serra, do PSDB)”. “É uma igualdade de perdas.” Temer informou ainda que, às 14 horas, segue para Brasília, onde acompanhará a apuração.
“A primeira animação é com o exercício da democracia, a segunda animação é a perspectiva da vitória”, disse, ao chegar à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, pouco depois das 10h30. Temer, no entanto, fez uma ressalva: “Vamos esperar as 17 horas para, se for o caso, comemorar.”
Ele disse ainda que falou com Dilma hoje.
“Conversei com a Dilma e ela está animadíssima.” Temer, no entanto, que não falou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre o possível impacto do feriado prolongado de Finados no índice de abstenção, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que “tira votos na nossa chapa e na do outro candidato (José Serra, do PSDB)”. “É uma igualdade de perdas.” Temer informou ainda que, às 14 horas, segue para Brasília, onde acompanhará a apuração.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Perdi minha aposta, mas os fundamentos estavam certos
Deu no Diário do Pará.
Veja a entrevista ao Candidato ao Senado Jader Barbalho (Extrato da entrevista).
Resposta do Jader (JFB) . Neste caso, o agente causador da nova eleição não serei eu. O responsável é o deputado José Eduardo Martins Cardozo que, se fosse candidato no Pará, não poderia disputar. Foi ele quem causou a inelegibilidade porque a questão da renúncia ao mandato não estava na proposta popular da Ficha Limpa.
Se a eleição para senador do Pará for anulada, hoje, não é porque o candidato fraudou, comprou votos ou cometeu abuso de poder econômico. Eu não dei causa à nulidade da eleição.
(DOL). O sr. está dizendo que a culpa é do deputado do PT José Eduardo Martins Cardozo?
(JFB). O único responsável por isto é ele, o coordenador da campanha da Dilma Rousseff a presidente. Foi ele quem colocou uma encomenda do PT do Distrito Federal na lei da qual foi relator. Os radicais comunistas, fascistas e nazistas têm um ponto em comum: não respeitam as regras democráticas.
(DOL). Se o seu problema foi causado pelo coordenador da campanha da Dilma e o sr. obteve 1,8 milhão de votos, o sr. vai dar o troco na eleição do Pará e votar no candidato tucano José Serra?
Veja a entrevista ao Candidato ao Senado Jader Barbalho (Extrato da entrevista).
Pergunta do Diário (DOL).
Mas há uma norma pela qual o candidato responsável por provocar uma nova eleição não pode concorrer. O sr. vai aguardar as eleições de 2014 para disputar o Senado novamente?
Mas há uma norma pela qual o candidato responsável por provocar uma nova eleição não pode concorrer. O sr. vai aguardar as eleições de 2014 para disputar o Senado novamente?
Resposta do Jader (JFB) . Neste caso, o agente causador da nova eleição não serei eu. O responsável é o deputado José Eduardo Martins Cardozo que, se fosse candidato no Pará, não poderia disputar. Foi ele quem causou a inelegibilidade porque a questão da renúncia ao mandato não estava na proposta popular da Ficha Limpa.
Se a eleição para senador do Pará for anulada, hoje, não é porque o candidato fraudou, comprou votos ou cometeu abuso de poder econômico. Eu não dei causa à nulidade da eleição.
(DOL). O sr. está dizendo que a culpa é do deputado do PT José Eduardo Martins Cardozo?
(JFB). O único responsável por isto é ele, o coordenador da campanha da Dilma Rousseff a presidente. Foi ele quem colocou uma encomenda do PT do Distrito Federal na lei da qual foi relator. Os radicais comunistas, fascistas e nazistas têm um ponto em comum: não respeitam as regras democráticas.
(DOL). Se o seu problema foi causado pelo coordenador da campanha da Dilma e o sr. obteve 1,8 milhão de votos, o sr. vai dar o troco na eleição do Pará e votar no candidato tucano José Serra?
(JFB). Meu voto é secreto. Mas é certo que os petistas vão pegar pancada na briga pelo governo do Estado. Esta (eleição para o governo do Estado) já foi perdida (pela petista Ana Júlia Carepa) para o Simão Jatene (tucano que disputa o segundo turno com a atual governadora). No restante do território, (a disputa) é mais ampla.
Leia a entrevista completa no Diário do Pará.
Agora, vamos nivelar informações:
Eu tinha dito que o Jader aguardaria a decisão do TSF sobre a "Ficha Limpa" e, dependendo do resultado ele definiria seu voto. De ser favorável, apoiaria à candidata Ana Julia, sempre com o nariz torcido, claro, mas votaria nela. Da mesma forma que declarou, agora, que Ana Julia irá a Apanhar, teria declarado que Ana Julia ganharia neste segundo turno, embora seu voto continuaria secreto!.
Me equivoquei, ele não vota em Ana Julia, mas também, não houve o esperado perdão para ele.
Assim as coisas. Não declara voto em Ana, mas prognostica uma grande derrota do PT no Estado.
Se confirmado esse prognóstico, como parece ser, já que dificilmente Ana Julia conseguirá uma virada de 20%, -está conseguindo 10%, falta muito e o tempo passa rápido-, não termos um culpado e sim vários. Mas o principal será a própria Ana Julia.
Como disse uma tia, quem pariu mateus que o embale.
Agora minha gente. Se Ana Julia consigue essa virada prometida ontem pelos dirigentes do PT para o público que estava no debate, o milagre se chamaria mesmo, Lula da Silva e militância do PT. Lula em suas idas ao Pará contribuiu com 7% e só foi uma vez, no segundo turno. O resto seria a militância do PT.
Entretanto, só aguardando os resultados da última urna.
Não comam ansias, que,
Eleição e mineração só depois da apuração.
Leia uma postagem anterior sobre a decisão do STF.
Me equivoquei, ele não vota em Ana Julia, mas também, não houve o esperado perdão para ele.
Assim as coisas. Não declara voto em Ana, mas prognostica uma grande derrota do PT no Estado.
Se confirmado esse prognóstico, como parece ser, já que dificilmente Ana Julia conseguirá uma virada de 20%, -está conseguindo 10%, falta muito e o tempo passa rápido-, não termos um culpado e sim vários. Mas o principal será a própria Ana Julia.
Como disse uma tia, quem pariu mateus que o embale.
Agora minha gente. Se Ana Julia consigue essa virada prometida ontem pelos dirigentes do PT para o público que estava no debate, o milagre se chamaria mesmo, Lula da Silva e militância do PT. Lula em suas idas ao Pará contribuiu com 7% e só foi uma vez, no segundo turno. O resto seria a militância do PT.
Entretanto, só aguardando os resultados da última urna.
Não comam ansias, que,
Eleição e mineração só depois da apuração.
Leia uma postagem anterior sobre a decisão do STF.
Indecisos são apenas 4%, e Dilma mantém 12 pontos de dianteira, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha realizada ontem voltou a indicar estabilidade no
quadro da corrida presidencial, com Dilma Rousseff (PT) mantendo
liderança de 12 pontos sobre José Serra (PSDB).
A diferença agora é que o percentual de indecisos caiu de 8% para 4% em dois dias. Essa redução nesse grupo de eleitores indica que há cada vez menos espaço para mudanças na tendência de favoritismo da candidata do PT.
O levantamento do Datafolha, encomendado pela Folha, foi realizado ontem em 256 cidades e com 4.205 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Quando se consideram os votos válidos, Dilma manteve os mesmos 56% que obteve nos levantamentos de terça-feira (dia 26) e quinta-feira (dia 21). Serra também ficou com seus 44% registrados nas últimas duas sondagens.
A diferença agora é que o percentual de indecisos caiu de 8% para 4% em dois dias. Essa redução nesse grupo de eleitores indica que há cada vez menos espaço para mudanças na tendência de favoritismo da candidata do PT.
O levantamento do Datafolha, encomendado pela Folha, foi realizado ontem em 256 cidades e com 4.205 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Quando se consideram os votos válidos, Dilma manteve os mesmos 56% que obteve nos levantamentos de terça-feira (dia 26) e quinta-feira (dia 21). Serra também ficou com seus 44% registrados nas últimas duas sondagens.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
RESUMO DAS PESQUISAS (DATA FOLHA/IBOPE/CENSUS/VOX POPULIS)
RESUMO DAS 4 PESQUISAS
MEDIA DAS 4 PESQUISAS
Veja a matérria completa no Estado de São Paulo, na coluna "Política", de José Roberto de Toledo. Clique Aqui
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
PESQUISAS - CNT/Sensus -IBOPE
Pesquisa CNT/Sensus, divulgada há instantes, indica "saída do empate técnico" (Blog do Cláudio Humberto) entre Dilma Rousseff (PT), que agora soma 46,8% das intenções de voto, contra 41,8% de José Serra (PSDB), na estimulada.
Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados citam em quem vão votar, Dilma tem 45,3% e Serra 40,6%. O levantamento foi realizado nos dias 18 e 19. Para 44,7% dos entrevistados, Dilma é a única candidata em quem votariam; para 15,5% a candidata na qual poderiam votar, 35,2% não votariam de jeito nenhum. Para 35, José Serra é o único candidato em quem votariam; para 20,6%, é o candidato no qual poderiam votar; 39,8%, não votariam de jeito nenhum.
Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados citam em quem vão votar, Dilma tem 45,3% e Serra 40,6%. O levantamento foi realizado nos dias 18 e 19. Para 44,7% dos entrevistados, Dilma é a única candidata em quem votariam; para 15,5% a candidata na qual poderiam votar, 35,2% não votariam de jeito nenhum. Para 35, José Serra é o único candidato em quem votariam; para 20,6%, é o candidato no qual poderiam votar; 39,8%, não votariam de jeito nenhum.
CNT/Sensus -IBOPE
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Se fecha o Círculo
Terminou às 13h de hoje a coletiva na
qual o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Domingos Juvenil
(PMDB), terceiro colocado na disputa pelo governo do Pará, anunciou seu
apoio a Simão Jatene (PSDB), no segundo turno.
A coletiva começou por volta das 12h25.
Domingos Juvenil discursou e fez a declaração oficial de sua aliança com
candidato do PSDB ao governo do Pará. Em seguida, Simão Jatene também
fez discurso, destacando a importância da parceria entre os dois
partidos, e o peso do apoio de Juvenil.
A coletiva aconteceu no comitê de
campanha tucano, que fica na Avenida Pedro Álvares Cabral. Vários nomes
do PMDB estavam presentes, como o vice de Juvenil, Hildegardo Nunes, o
deputado federal eleito, José Priante, a deputada estadual reeleita,
Simone Morgado, assim como o também peemedebista Luiz Eduardo Anaice.
Os senadores Mário Couto e Flexa
Ribeiro, reeleito nestas eleições, e Ana Cunha, também eleita deputada
estadual, marcaram presença pelo PSDB.
(DOL)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Tem visita no Pará
Estrategista
político central da campanha do segundo turno de José Serra (PSDB) à
Presidência, o senador Aécio Neves afirma que subestimam a inteligência
tucana aqueles que acham que por trás de seu real empenho na causa está o
compromisso de que os paulistas não serão novamente obstáculo para as
pretensões mineiras em 2014.
Para
o ex-governador mineiro, Serra tem possibilidade real de vencer,
sobretudo porque, no segundo turno, incorporou a tese de que representa
um projeto político coletivo. Aécio começa inclusive a traçar uma missão
para o Senado caso Serra vença: ajudá-lo a formar uma maioria no
Congresso.
Aécio desembarca em Belém na quinta(21) para turbinar a campanha tucana
no Pará.
Deu no Blog do Espalha Brasa
Assinar:
Postagens (Atom)