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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Aécio busca Marina e homenageia Campos


Otimismo de Aécio: o candidato à Presidência pelo PSDB acena logo depois de votar, ontem, em Belo Horizonte; agora sua prioridade é buscar o apoio de Marina Silva para o segundo turno





O senador e candidato presidencial pelo PSDB, Aécio Neves, confirmou a virada sobre Marina Silva (PSB), que as pesquisas já vinham apontando, e disputará com a presidente Dilma Rousseff (PT) o segundo turno das eleições. Ele surpreendeu na votação ontem e ficou apenas oito pontos percentuais atrás de Dilma.

Aécio teve uma vantagem de 4 milhões de votos sobre a presidente Dilma em São Paulo, no maior colégio eleitoral do país.

O tucano terá como tarefa imediata tentar atrair o apoio de Marina Silva, o que tornaria mais fácil a migração de eleitores marinistas para ele no segundo turno. O PT também brigará por uma costura eleitoral com Marina.

Ontem à noite, ao comentar os resultados da eleição, ele lembrou Eduardo Campos, candidato do PSB morto no início da campanha num acidente aéreo. Foi uma reverência a um amigo, mas também um claro aceno para cativar Marina e alas do partido ligadas ao antigo líder.

"Quero aqui, desde já, deixar uma palavra de homenagem muito pessoal a um amigo, a um homem público honrado, digno, que foi abatido por uma tragédia no meio dessa campanha: o governador Eduardo Campos. A ele, aos seus ideais e aos seus sonhos também, a minha reverência. Nós saberemos juntos transformá-los em realidade", disse Aécio.

"É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político ou de um conjunto de alianças", afirmou, em entrevista coletiva no comitê da campanha tucana em Belo Horizonte.

Um interlocutor de Aécio disse ao Valor, no sábado, já ter tido duas conversas por telefone na semana passada com um dos políticos próximos a Marina. "Foi o começo de um ensaio de diálogo."

O grupo de Aécio dá um senso de urgência a essa aproximação. O ideal, segundo duas pessoas do círculo de Aécio, é que a abordagem seja rápida e que no máximo até o fim da semana a união entre os candidatos esteja sacramentada. O segundo turno está marcados para o dia 26.

Aécio disse ontem que não havia tido ainda nenhum contato com o campo de Marina e afirmou ter "enorme respeito pessoal" por ela.

O tucano, no entanto, fez um convite: "Nosso projeto é um projeto generoso. Não é o projeto de um partido é um projeto da sociedade brasileira e todos aqueles que quiserem se somar a ele e tiverem contribuições a dar a essas mudanças serão muito bem vindos".

Ex-integrante do PT por mais de 20 anos e ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina será também cortejada pelos petistas - se não para aderir a Dilma, ao menos para se manter neutra, como fez em 2010. O presidente do PSB, Roberto Amaral, é próximo de Lula. Lideranças petistas afirmam que uma fatia importante dos eleitores de Marina tende a apoiar mais facilmente a candidata do PT.

No caso do PSDB, ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é visto pelo grupo de Marina como a pessoa com quem ela fará a ponte para um início de conversa com Aécio Neves.

Na corte de Aécio a Marina, além do ex-presidente, outra pessoa terá importância: a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos. "Sem dúvida ela será uma conselheira importante. Marina ouve a Renata e tem uma ligação pessoal e política muito sólida", disse o interlocutor da candidata ouvido pela reportagem

Aécio disse que não tinha ainda nenhuma conversa agendada com ela e que é "muito cauteloso com relação a essas questões".

No lado dos tucanos, a avaliação é que, além de FHC, outros nomes serão importantes na tentativa de costura com Marina. Entre eles, estão Márcio França (PSB), que se elegeu vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB); o candidato a vice de Marina, Beto Albuquerque (PSB), o presidente do PPS, Roberto Freire.

Mas a conversa com a Marina terá de ser com o Aécio, acrescenta um parlamentar tucano, dizendo que essa não é uma discussão que possa ser "terceirizada".

Marina chegou a ter 34% das intenções de voto, encostando em Dilma, que tinha 35%, na pesquisa do Datafolha feita entre 1 e 3 de setembro. Aécio apareceu com 14%. Para recuperar o segundo lugar nas pesquisas, a campanha tucana começou a criticar Marina, dizendo que ela não tinha experiência de gestão, que suas opiniões oscilavam em função de conveniências e que não era, de fato, oposição ao governo atual, já que esteve por mais de 20 anos no PT.

Aécio procurou, no entanto, misturar as críticas palavras positivas e de respeito sobre a adversária.

No sábado, o interlocutor de Aécio disse à reportagem que, na semana passada, teve duas conversas longas com uma pessoa da confiança de Marina e que os contatos serviram de "sinalização", de "abertura das conversas" sobre um apoio de Marina a Aécio - ou de Aécio a Marina.

As últimas pesquisas mostraram uma ascensão de Aécio proporcional à contínua queda de Marina. O tucano recuperou votos em Minas, sua base eleitoral e Estado que ele governou entre 2003 e 2010. Mas, ainda assim, teve menos votos do que Dilma entre os mineiros.

Sua campanha na TV foi marcada por exemplos de políticas bem sucedidas que ele adotou quando governador e que ganhariam escala caso fosse eleito presidente.

Mas Aécio terá dificuldades de continuar a exibir Minas como sua vitrine no segundo turno. Não apenas ele teve menos votos do que Dilma no Estado, como o candidato a governador apoiado por ele, o tucano Pimenta da Veiga, foi batido no primeiro turno por Fernando Pimentel, do PT, depois de três gestões seguidas do PSDB.

Aécio disse ontem que a oposição a Dilma já foi vitoriosa porque teve a maioria dos votos no primeiro turno. "Eu me sinto extremamente honrado em ser o representante desse sentimento."

Ele prometeu intensificar as ações de campanha já a partir de amanhã. O tucano estará em São Paulo hoje para definir com coordenadores da campanha suas próximas viagens pelo país.

Ainda sobre as futuras conversas entre tucanos e marinistas, os dois lados usam o mesmo termo quando se referem à forma a conversa entre Marina e Aécio terá de se dar: em bases programáticas. Quem convive com Marina acredita que ela começará a conversa com base nos compromissos que a candidatura de Aécio assumirá e no interesse dele em absorver algumas bandeiras que ela considere mais importantes.

É a mesma postura que ela teve em 2010, quando ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais, atrás de José Serra (PSDB) e Dilma. Naquele ano, ela acabou não apoiando nenhum dos dois no segundo turno.

Para o parlamentar tucano, a "discussão programática" não será dificuldade. Ele lembra que conselheiros econômicos de Marina, Eduardo Gianetti da Fonseca e André Lara Resende, defendem posições muito semelhantes à da campanha do PSDB.

Uma das poucas diferenças que apareceram na campanha diz respeito ao Banco Central. Marina passou a defender que é necessário que instituição seja independente do Poder Executivo. Aécio, não.

Nas políticas sociais, ainda conforme o parlamentar tucano, não há diferenças entre os dois lados. As únicas arestas seriam quanto à questão ambiental e ao agronegócio, temas em que Marina já defendeu posições mais restritivas e críticas do que Aécio.

Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Aliança feita


Eduardo Campos elogia Aécio Neves


BRASÍLIA - “Mantivemos sempre uma relação de muito respeito, de respeito mútuo. Pela capacidade que ele mostrou ao gerir o Estado de Minas Gerais e deixar Minas Gerais como deixou, com os mineiros felizes”, disse nesta sexta-feira o pré-candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB) sobre seu adversário Aécio Neves (PSDB). O discuro aproxima ainda mais os dois candidatos da oposição ao governo Dilma.

Campos, governador de Pernambuco, falou sobre a união dos dois oposicionistas durante reunião do Diretório Nacional do PPS, partido que recentemente declarou apoio à sua candidatura. Ele foi questionado sobre a possibilidade de se aliar aos tucanos no segundo turno da eleição pela deputada estadual Luzia Ferreira, do PPS de Minas Gerais, uma pessoa muito próxima do presidenciável do PSDB.

Na resposta, Campos não disse claramente se está trabalhando por uma aliança entre seu partido e o PSDB. “Convivo com Aécio e sou amigo de Aécio há muitos anos. Nós nunca esperávamos viver um ano de 14 como vamos viver. Tivemos um momento muito bonito no processo da redemocratização, quando ele acompanhava o doutor Tancredo [Tancredo Neves, avô de Aécio] e eu acompanhava o doutor Arraes [Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos]”, respondeu o pernambucano.

Eduardo Campos falou ainda sobre a aliança que tem com Aécio há anos na cena política de Minas Gerais. Os partidos fizerem uma aliança, que também teve participação do PT, para eleger em 2008 o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda – hoje está no PSB, mas já foi filiado ao PPS. Disse que Aécio teve “capacidade de reunir forças quando ele teve um gesto com o PSB, e o Fernando Pimentel do PT também teve, de se encontrarem”, disse Campos.
Depois do evento, Campos não quis responder se está trabalhando por um acordo com o PSDB.


Por Fábio Brandt e César Felício | Valor

domingo, 12 de maio de 2013

Em campanha

Do Blog do Cláudio Humberto. Veneno puro....



Campos e Aécio
Cotados para disputar a Presidência em 2014, o senador
mineiro Aécio Neves (PSDB) e
o governador Eduardo Campos (PSB) acertaram costurar
uma estratégia comum para
levar as eleições contra presidenta Dilma ao segundo
turno. Em conversa esta semana, os dois combinaram
de concentrar ataques ao
governo petista e convencer
os partidos a lançar o maior
número possível de candidatos à Presidência.

Todos contra um
Eduardo e Aécio planejam
reunião reservada com Marina Silva e Fernando Gabeira
(PV), também cotados para
concorrer a presidente.

União faz a força
Aécio Neves avalia que só será possível, e com dificuldades, superar a popularidade
de Dilma, se os adversários
se unirem nos dois turnos.

quarta-feira, 13 de março de 2013

E por que não?

Aécio defende “reestatização” da Petrobras






BRASÍLIA - Após participar de seminário realizado pelo PSDB para debater o que o partido considera “gestão temerária” da Petrobras durante os governos do PT, o senador Aécio Neves (MG), provável candidato tucano à Presidência da República, defendeu a “reestatização” da empresa, que considera estar servindo hoje mais a “interesses privados e partidários” do que aos da nação.

O evento foi o primeiro de uma série que será promovida pelo partido, com o objetivo de dar espaço para que o presidenciável assuma posições em contraponto às ações do governo e apresente alternativas. A Petrobras foi o primeiro tema, pelo simbolismo político e importância econômica da empresa.

Aécio criticou a adoção do modelo de partilha de produção para a exploração da camada pré-sal, mas não defendeu claramente a mudança na legislação para que o contrato de concessão seja mantido como único sistema para a extração e produção do petróleo, como era até 2010. Segundo o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o partido ainda não tem posição definida sobre manter ou não o modelo de partilha.

O senador mineiro foi mais explícito ao defender o fim da exigência de 30% de participação mínima da Petrobras em todos os consórcios vencedores de leilões do pré-sal no modelo de partilha. Disse que a empresa está “descapitalizada” e terá de buscar recursos no mercado para arcar com esse financiamento, o que significará novos adiamentos de leilões e “dificuldades crescentes”.

“O que queremos, na verdade, é reestatizar a Petrobras, que foi partidarizada excessivamente pelo PT e perdeu eficiência, punindo seus acionistas e gerando muita incerteza em relação a novos investimentos. É preocupante hoje a situação da Petrobras. Vamos dialogar com especialistas e apresentar alternativas”, afirmou Aécio. Ele também sinalizou posição favorável à flexibilização da exigência de nacionalização do conteúdo na exploração do pré-sal, com a qual disse concordar, mas ponderou que não “adianta demandar para uma indústria que não existe”.

Sobre os eventos a serem realizados pelo PSDB, disse que a intenção é “contrapor cada vez mais o Brasil real do Brasil da propaganda”, feita, segundo os tucanos, pelo governo Dilma Rousseff. O de hoje recebeu o nome de “Recuperar a Petrobras é o nosso desafio”.

A direção do PSDB e o Instituto Teotonio Vilela (ITV), órgão de estudos do partido, convidou palestrantes com posições identificadas com as da oposição para falar sobre a Petrobras e listou 11 pontos para abordar.

São eles: a autossuficiência do Brasil na área do petróleo, anunciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mas nunca alcançada, a perda de 47,7% do valor de mercado da empresa, desconfiança pelos elevados investimentos e baixos retornos, perdas sucessivas no ranking mundial, queda das ações, paralisação dos leilões por causa da confusão pela distribuição dos royalties, investigação do Ministério Público da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), aumento do custo de construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o aumento do quadro de servidores efetivos e terceirizados na gestão de José Sérgio Gabrielli.

(Raquel Ulhôa | Valor)

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Aécio provoca Dilma e pergunta onde ela vai votar no domingo



BELO HORIZONTE - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a criticar a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira por seus comentários sobre as eleições em Belo Horizonte.

Classificou-a de “extremamente agressiva” e disse que ela cometeu um “desrespeito” com o eleitor de Belo Horizonte ao sugerir que os votos em Lacerda seriam influenciados por quem se acha dono de Minas e da capital -- numa referência ao tucano.

Aécio é o principal apoiador da campanha do prefeito e candidato à reeleição, Marcio Lacerda (PSB), enquanto Dilma fez campanha para Patrus Ananias (PT).

“Ela está precisando de um descanso, eu acho. A agressividade da presidente não coaduna com o cargo que ela ocupa, portanto, acho que Minas Gerais faz política de altíssimo nível”, disse ele. Na quarta-feira à noite, Dilma subiu num palanque com Patrus em BH e teceu vários comentários críticos aos tucanos, em particular a Aécio.

O tucano também provocou a presidente, que durante o comício de Patrus reafirmou ser mineira de Belo Horizonte, apesar de Aécio ter se referido a ela dias antes como “estrangeira” na cidade. Dilma deixou a cidade ainda jovem, quando já militava contra o regime militar.

Agora à tarde, Aécio cutucou novamente a presidente ao questionar o local onde ela vota. “Quero dizer também que não existe na democracia momento mais importante, de maior identificação do cidadão com a sua terra do que no momento do voto. Tenho uma curiosidade muito grande em saber onde a mineira Dilma Rousseff vai votar no próximo domingo.”

Dilma vota em Porto Alegre, onde viveu grande parte da vida.

Lacerda está na frente de Ananias com uma diferença de 9 a 11 pontos percentuais, segundo Ibope e Datafolha. A vantagem é suficiente para elegê-lo no primeiro turno.

No domingo, Aécio, que participou ativamente da campanha do prefeito, vai acompanhá-lo na urna.

(Marcos de Moura e Souza / Valor)



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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Disputa presidencial começa na eleição de BH



Após o PT romper a aliança com PSB pela reeleição do prefeito Márcio Lacerda em Belo Horizonte, a presidenta Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB) correm contra o tempo para obter apoio dos partidos na capital mineira. Controlado pelo PSDB, o estado de Minas Gerais será, como sempre, fator essencial nas eleições presidenciais de 2014. Com o rompimento PT/PSB, Aécio desarticulou candidaturas do PTB e PV, que ele próprio havia estimulado para enfraquecer Lacerda. CH

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Aécio diz que se juro não cair, nova poupança será “tiro no pé”



BELO HORIZONTE - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quinta-feira que se a taxa de juros não cair rapidamente após as mudanças nas regras de rendimento da caderneta de poupança, o governo terá criado um problema adicional à economia.

“Achávamos que havia outras possibilidades de impedir uma migração de investimentos para a poupança através da desoneração de outras aplicações”, disse o senador em Belo Horizonte, onde participa do 29º Congresso Mineiro de Municípios.

Para permitir a queda dos juros, o governo alterou, desde 4 de maio, as regras de ganho da cadernetas de poupança para novos depósitos. Se a taxa de juros cair dos atuais 9% para 8,5% ao ano ou menos o rendimento passará a ser o equivalente a 70% da taxa mais a variação da Taxa Referencial (TR), em vez do tradicional 0,5% ao mês mais a TR.

“Foi uma posição (a alteração das regras da poupança) da presidente (Dilma Rousseff) com o objetivo de uma redução abrupta na taxa de juros. É preciso que isso aconteça. Se não acontecer terá sido um tiro no pé”, declarou.

Aécio defendeu que criar complicadores para a poupança sem a consequência “imediata, rápida” de uma queda na taxa de juros “é um problema a mais que o governo está criando”.

(Marcos de Moura e Souza /Valor)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Aécio põe em curso estratégia de atrair partidos da base de Dilma


Pressionado por aliados a assumir sua candidatura a presidente da República em 2014, agora que seu principal adversário interno, José Serra, está - em tese - fora da disputa, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) prefere adiar sua entrada em cena. Nos bastidores, no entanto, sua pré-campanha está em curso. Um de seus objetivos é seduzir a base política da presidente Dilma Rousseff.

O senador já iniciou conversas com partidos da base do governo para tentar atraí-los para sua futura candidatura. Dois anos e sete meses antes das eleições, o movimento envolve diálogos com lideranças do PSB, PSD, PDT e do PMDB, segundo interlocutores de Minas Gerais bastante próximos do senador.
"Tenho que contar com o desgaste da base do governo", disse o próprio Aécio em uma conversa reservada no começo da semana, conforme apurou o Valor. Nas palavras de um parlamentar de seu grupo, o objetivo dessas aproximações iniciais é "fraturar" a base do governo e formar um arco maior de apoio, aumentando a musculatura de sua candidatura.

A face pública de sua pré-candidatura passa por uma agenda de viagens pelo Brasil que deve começar nas próximas semanas. Ele prestigiará candidatos a prefeito do PSDB e de partidos aliados pelo país. Mas estará também de olho nos possíveis ganhos que as viagens poderão trazer para seus planos em 2014.
"[As viagens] não deixam de ser uma possibilidade de reduzir o desconhecimento que as pessoas têm sobre mim no Nordeste e Norte, principalmente", disse o senador a um interlocutor em Belo Horizonte ouvido pela reportagem. "Vou rodar o país pelas eleições municipais."

Tucanos dizem que já contam mais de uma centena de convites feitos a Aécio por políticos que disputam as eleições este ano. O comando do PSDB mineiro, no entanto, quer aliviar a agenda dele em Minas, onde tem um eleitorado fiel.

"Temos que ajudá-lo, racionalizando o número de compromissos no Estado. Ele precisa ser mais conhecido país afora. Tem que privilegiar outros Estados, mas com foco nas eleições municipais. Como potencial candidato a presidente - e independentemente disso - como líder da oposição, ele tem de atender aos compromissos nas capitais e nas maiores cidades pelo Brasil", disse o presidente do diretório estadual, o deputado federal Marcus Pestana.

Leia a matéria completa no Valor Econômico.
http://www.valor.com.br/

sábado, 9 de abril de 2011

Nos cem dias, inflação volta à cena


Dúvidas. Ao fim dos cem primeiros dias de governo da presidente Dilma Rousseff, o tema inflação domina o debate econômico e as expectativas prosseguem em deterioração. Há muita incerteza sobre a disposição do governo de usar todas as armas - especialmente os juros - para levar a taxa de inflação à meta de 4,5% em 2012. 

Enquanto o Banco Central indica que a variação do IPCA este ano deverá ser de 5,6% e garante que a meta será rigorosamente cumprida no ano que vem, os agentes do mercado projetam o índice em mais de 6% este ano e 5% no próximo. 

Ontem, com a divulgação do IPCA de 0,79% em março, a taxa acumulada em 12 meses chegou a 6,3%, pode romper o teto de 6,5% este mês e atingir mais de 7% em agosto, estimam analistas privados. 

O forte aumento dos preços das commodities no segundo semestre de 2010 e no início de 2011 encontrou, no país, a economia muito aquecida. O então presidente Lula ao patrocinar, no ano eleitoral de 2010, uma política fiscal expansionista e uma política de juros aquém do necessário, deixou para Dilma Rousseff a tarefa de combater a aceleração inflacionária. A elevação dos preços no primeiro trimestre deste ano, asseguram fontes oficiais, já estava contratada no fim de 2010. 

Incertezas pesam sobre o cenário econômico
O BC ainda está confiante que as taxas mensais do IPCA vão retroceder para o nível de 0,40% a partir de maio. Já indicou, também, após a divulgação do Relatório de Inflação, que pode aumentar os juros mais do que o mercado imagina hoje, se for necessário. O jogo, ao que parece, apenas começou. 

Claudia Safatle

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Aqui

Indústria de linha branca ensaia reajuste em cenário desfavorável

 "A pressão dos custos é imensa, voltamos a um Brasil inflacionário", diz o alto executivo de uma das maiores fabricantes de linha branca do país. 

 Vendas de fogões registram queda de 18% no primeiro bimestre no varejo nacional, segundo estudo da consultoria GfK.

Às vésperas do Dia das Mães, a segunda data mais importante do ano para o mercado de linha branca, depois do Natal, os fabricantes de eletrodomésticos estão em alerta. Sem a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vigorou entre abril de 2009 e janeiro de 2010, as vendas caíram mais de 5% ao longo do ano passado e acumulam perdas de dois dígitos no primeiro bimestre deste ano.

Ao mesmo tempo, a pressão dos custos aumenta. Em 2010, a alta do preço de commodities como o plástico (que representa até 30% do custo dos produtos) e o aço (que responde por 5%) se combinou ao reajuste salarial da mão de obra acima da inflação. Só no Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, onde estão fábricas da Whirlpool e da Mabe, o reajuste foi de 9% - a inflação, medida pelo IPCA, subiu 5,9%. O aumento do preço do polipropileno, usado no interior de máquinas de lavar, por exemplo, saltou quase 30% ao longo de 2010.

"A pressão dos custos é imensa, voltamos a um Brasil inflacionário", diz o alto executivo de uma das maiores fabricantes de linha branca do país. "Essa conta tem que ser repassada alguma hora e o assunto já está sendo levado ao varejo", afirma. Outro grande fabricante concorda: "Estamos estudando o quanto será repassado".

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Kassab faz discurso de apoio a Anastasia


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deixou claro ontem ao discursar no lançamento do PSD em Minas Gerais que o partido irá integrar a base de apoio do governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB). Em relação ao governo federal, Kassab tentou deixar claro o que entende por "independência": o alinhamento aos diversos governos não significará compromisso eleitoral em 2014.

"Nosso partido tem que respeitar as circunstâncias de sua origem. Aqueles que apoiaram a eleição da presidente em 2010, que continuem a apoiando. Aqueles que não a apoiaram, que tenham a liberdade de votar a favor dos projetos que forem bons para o Brasil. Vamos, com calma, construindo a nossa unidade para uma posição só no futuro."

Os três deputados federais e três estaduais que ingressaram na sigla tomaram o cuidado em frisar o seu alinhamento com o governador. "O que nos motiva é que em momento algum o objetivo do PSD é fazer oposição em qualquer nível. Vamos continuar seguindo o nosso líder maior Aécio Neves", afirmou o deputado federal Walter Tosta, que está saindo do PMN. "O maior líder dos mineiros é Aécio", afirmou o deputado federal Alexandre Silveira, até então do PPS, que está licenciado para exercer a secretária estadual extraordinária de Gestão Metropolitana.
Silveira relatou que foi a São Paulo com Tosta e o terceiro deputado a ingressar no PSD, o deputado federal Geraldo Thadeu, também do PPS, para negociar a autonomia de ação política em Minas. Ontem, alguns novos integrantes do PSD estiveram em Brasília, para falar com o senador Aécio Neves.

Também irão para o PSD três deputados estaduais egressos dos nanicos PMN e PSL: Neider Moreira, Hélio Gomes e Fabio Cherem e três vereadores em Belo Horizonte: Ronaldo Gontijo, Paulinho Motorista e Silvia Helena. Da nova cúpula do partido, o único integrante com experiência em eleições majoritárias de peso é o ex-ministro da Previdência Social Roberto Brant, que foi candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2004. Ao discursar, Brant atacou o sistema partidário: "A fidelidade partidária só poderia ser admitida se existisse democracia interna dentro dos partidos. A maioria das siglas são monopólios de pequenos grupos que negociam como moeda de troca o tempo na TV."

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The Wall Street Journal Americas

 INTERNACIONAL

  • Portugal vai precisar de até 90 bilhões de euros, sendo 10 bilhões de euros já em junho, num pacote de ajuda da UE e do FMI, disseram passoas a par da situação.
  • Os preços de alimentos caíram em março pela primeira vez em oito meses, segundo o órgão de alimentos da ONU. Mas a entidade alertou que os preços podem voltar a subir, já que um aumento na produção pode não bastar para repor estoques.
  • A Nissan anunciou que vai interromper a produção em sua fábrica no Reino Unido por três dias no fim do mês, devido a uma falta de componentes causada pelo terremoto e tsunami de 11 de março no Japão. Ontem houve um novo abalo no litoral do país.
  • A Japan Airlines afirmou que vai oferecer a seus funcionários licença especial não remunerada em maio e junho num esforço para compensar uma queda na demanda depois do terremoto de março. A companhia aérea japonesa vai cortar temporariamente um total de 74 voos por semana em 11 rotas internacionais este mês, pelo mesmo motivo.
  • A Dell, fabricante americana de computadores, vai investir US$ 1 bilhão em todo o mundo neste ano fiscal para construir bancos de dados e desenvolver produtos em áreas tais como virtualização, disse Paul Bell, diretor das unidades de negócios de empreendimentos públicos e de grande porte.
  • A GE planeja erguer uma fábrica de filmes finos para painéis solares nos EUA com capacidade suficiente para abastecer 80.000 casas por ano. O conglomerado afirmou que a fábrica, que seria a maior do país no momento, vai complementar sua planejada aquisição, por US$ 3,2 bilhões, da empresa francesa de conversão de energaia Converteam.
  • O Facebook anunciou um novo tipo de sistema de servidores que é 38% mais eficiente em consumo de energia do que as máquinas que a empresa vinha usando, e 24% mais efetivo em custo. O Facebook prometeu compartilhar o projeto com outras empresas.
  • As vendas mundiais de celulares vão subir 58% em 2011 e chegar a 468 milhões de unidades, segundo a firma de pesquisas Gartner. Ela espera que o sistema operacional Android, do Google, supere o Symbian, da Nokia, este ano como o mais vendido em todo o mundo.
  • A Bentley, marca da Volkswagen de carros de luxo, lançou uma nova versão de seu modelo Continental GT na Índia, onde será vendido por mais de US$ 400.000 cada.
  • A Standard Chartered não pretende mudar sua sede de Londres para outro lugar, disse o diretor-presidente do banco, Peter Sands, descartando boatos de que grandes instituições podem deixar o Reino Unido devido a novas regras, mais rígidas, para o setor.

 REGIONAL

  • O Peru deve ter tido crescimento de 8,5% a 9% no PIB em fevereiro, disse o ministro da Fazenda, Ismael Benavides, que previu expansão entre 9% e 9,5% para o primeiro trimestre. Ontem a bolsa peruana estava em queda porque pesquisas eleitorais vazadas à imprensa eram auspiciosas para o candidato presidencial esquerdista Ollanta Humala.
  • A Molinos Río de la Plata, processadora argentina de alimentos, negou que tenha sonegado milhões de dólares em impostos e prometeu lutar contra sanções aplicadas pela receita federal da Argentina, a Afip. A empresa foi excluída quarta-feira de um importante registro para exportação de grãos, sob acusação de usar uma empresa de fachada para não pagar impostos.
  • A Ecopetrol, petrolífera estatal da Colômbia, fechou acordo com a espanhola Repsol para que esta participe de dois projetos de exploração marítima no Caribe. O contrato dará à Repsol 50% de cada um dos dois blocos de petróleo na costa caribenha da Colômbia, segundo a estatal.
  • O governo chileno vai criar um comitê para administrar riscos sistêmicos, coordenar agências regulatórias e supervisionar conglomerados empresariais, disse o ministro da Fazenda, Felipe Larraín.
  • O Chile deve ter alguns trimestres com inflação acima de 4% devido a uma alta nos preços do petróleo, disse o presidente do BC, José De Gregorio. O Chile importa a maioria do petróleo que consome.

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tem visita no Pará




Estrategista político central da campanha do segundo turno de José Serra (PSDB) à Presidência, o senador Aécio Neves afirma que subestimam a inteligência tucana aqueles que acham que por trás de seu real empenho na causa está o compromisso de que os paulistas não serão novamente obstáculo para as pretensões mineiras em 2014.

Para o ex-governador mineiro, Serra tem possibilidade real de vencer, sobretudo porque, no segundo turno, incorporou a tese de que representa um projeto político coletivo. Aécio começa inclusive a traçar uma missão para o Senado caso Serra vença: ajudá-lo a formar uma maioria no Congresso. Aécio desembarca em Belém na quinta(21) para turbinar a campanha tucana no Pará.

Deu no Blog do Espalha Brasa