sábado, 20 de fevereiro de 2010

Música - Para os que choram pela ferida, de amor não correspondido





sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Saúde - Seu coração por dentro - Cientistas registram imagens do coração por dentro; assista

Energia - Se depender de dinheiro público Belo Monte vai - MANCHETES E RESUMO DE JORNAIS

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está pronto para financiar o vencedor do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, previsto para ocorrer até abril deste ano, disse na quinta-feira (18), o presidente do banco, Luciano Coutinho.

“O BNDES estará preparado para financiar o projeto, na escala e no volume que o possível vencedor do certame demandar”.

O presidente do BNDES lembrou que a menor tarifa será fundamental para definir o vencedor do leilão. E adiantou que o banco irá examinar a compatibilidade do custo e do retorno financeiro, além de condições de garantia do projeto.

Ele espera que as condições que serão oferecidas sejam atrativas para propiciar uma concorrência que dê validade ao leilão. “A nossa preocupação é que os elementos de competição estejam presentes e nós ajudemos o processo competitivo”.

Em relação à operação de compra da Brenco pela ETH Bioenergia, controlada pelo Grupo Odebrecht, Coutinho lembrou que o BNDES já é sócio da Brenco e continuará participando do capital da nova empresa. “Nós remanesceremos sócios da nova empresa e, na medida em que outros sócios aportem capital na empresa, o BNDES também aportará, em uma escala moderada”.

A operação foi formalizada nesta quinta-feira, sinalizando para a constituição de uma empresa líder na produção de etanol à base de cana-de-açúcar. (Fonte: Agência Brasil).


Cientista cria etanol à base de casca de fruta e jornal

Até que ao fim um destino para os jornais: tanque dos carros, antes de ir para rua.

As cascas de frutas, sobretudo de laranja, e o papel jornal poderiam ser usados na produção de álcool combustível (etanol), revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (18) pelo periódico "Plant Biotechnology Journal".

Esse tipo de combustível do futuro é mais limpo que o etanol derivado do milho, que, por sua vez, é menos poluente que a gasolina, segundo as pesquisas de Henry Daniell, cientista da Universidade Central da Flórida.

Segundo Daniell, com o álcool à base de frutas e papel, seria possível "proteger o ar e o ambiente das próximas gerações".

A tecnologia para a produção do combustível, desenvolvida com financiamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, utiliza uma combinação de enzimas para transformar as cascas de laranja e outros materiais residuais em açúcar, que é fermentado para sua conversão em etanol.

Esse álcool combustível, segundo o artigo publicado, produz menos gases estufa que a gasolina ou a energia elétrica.

Venezuela anuncia que poderá comprar energia do Brasil e de outros países

O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que vai analisar as propostas apresentadas pelo Brasil e por outros países para vender energia. O país enfrenta uma crise energética que se acentuou nos últimos dias, levando ao racionamento em determinadas regiões. Autoridades brasileiras foram a Caracas para buscar uma solução para o impasse, como o envio de especialistas e a execução de um programa para conter a crise.

O ministro de Energia Eléctrica, Ali Rodríguez Araque, confirmou a possibilidade de o governo da Venezuela comprar energia de estrangeiros. Segundo ele, o governo brasileiro sugeriu a venda de energia para os venezuelanos.

“Não é bom ultrapassar o rio antes de chegar à ponte. Se houver qualquer oferta proveniente da Colômbia, nós vamos analisar, assim como estamos fazendo com a oferta que veio do Brasil”, disse o ministro à Agência Bolivariana de Notícias (ABN).

Segundo Araque, o Brasil compra cerca de 80 megawatts da Venezuela e levantou a possibilidade de parar de importar e passar a exportar energia elétrica para o país. Ele não detalhou, entretanto, como seria essa operação.

Uma das alternativas analisadas pelo governo venezuelano é aumentar a geração de energia por meio de vários projetos que são desenvolvidos em pontos estratégicos. O objetivo é dar mais autonomia ao sistema de abastecimento nacional, reduzindo a dependência da Hidrelétrica de Guri – a principal do país.

Agência Brasil


Brasil poderá mandar ajuda à Colômbia para libertar reféns, diz Marco Aurélio Garcia

Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (18) que o Brasil poderá mandar ajuda à Colômbia para a libertação de reféns.

Marco Aurélio ressaltou que o Brasil já deu, em outras ocasiões, apoio logístico por meio da Força Aérea Brasileira para este tipo de resgate. “Se houver solicitação do governo colombiano e acordo das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia], nós estudaremos com simpatia esta hipótese. Todas as iniciativas que possam favorecer a paz têm o nosso apoio”.

Em fevereiro de 2009, o Brasil cedeu dois helicópteros ao governo colombiano para colaborar com o resgate de dois políticos colombianos, o ex-governador Alan Jara e o ex-deputado regional Sigifredo López, libertados pelas Farc.

Agência Brasil


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

19 de fevereiro de 2010

O Globo

Manchete: Paulo Octávio não renuncia e amplia crise de poder no DF

Vice diz que decidiu ficar a pedido de Lula, mas se desmente após Palácio negar

Após redigir três cartas de renúncia, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), recuou e disse que permanecerá no cargo, que ocupou depois da prisão do titular, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), investigado sob suspeita de comandar o mensalão no DF. Paulo Octávio alegou que mudou de ideia graças ao apoio de correligionários e a uma suposta recomendação do presidente Lula, com quem se reunira de manhã. Mas se desmentiu após o Planalto negar qualquer apelo de Lula. Paulo Octávio vem sendo abandonado pelo DEM diante da suspeita de que estaria envolvido com o mensalão, embora não apareça nos vídeos que flagraram o pagamento de propina. Arruda fica preso pelo menos mais uma semana, até que o STF decida sobre o pedido de habeas corpus. A CCJ da Câmara Legislativa do DF aprovou a admissibilidilde dos pedidos de impeachment de Paulo Octávio e Arruda. (págs. 1, 3, 4 e Merval Pereira)

O que a China não queria ver e a imprensa não viu
Sob forte protesto da China, o presidente Barack Obama recebe o Dalai Lama na Casa Branca, num encontro de uma hora, que, ao contrário do habitual, não pôde ser acompanhado pela imprensa. A Casa Branca divulgou a foto e um comunicado defendendo a identidade do Tibete. Segundo a nota, o presidente e o Dalai Lama concordam sobre “a importância de uma relação positiva e cooperativa entre os EUA e a China”. (págs. 1 e 34)

Perdendo a cabeça
O ex-presidente do governo espanhol José Maria Aznar responde com gesto obsceno a vaias de estudantes, após chamar o sucessor, Zapatero, de “piromaníaco”. (págs. 1 e 35)

Dirceu terá 'papel oficial' na campanha de Dilma


Cassado e sob investigação do STF por causa do mensalão do PT, o ex-deputado José Dirceu foi um dos mais assediados no congresso do partido, aberto ontem, e disse que vai ter função formal na campanha da candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff. “Agora serei do Diretório Nacional (do PT). Vou ter um papel oficial na campanha da Dilma”, disse ele. (págs. 1 e 9)



A velha-guarda vermelha
Num discurso aplaudido por convidados socialistas e comunistas de mais de 30 países, como Cuba, China, Coreia do Norte e Venezuela, a ministra Dilma Rousseff fez sua primeira aparição no congresso do PT e defendeu maior aproximação com países vizinhos. (págs. 1 e 9)

Emprego foi recorde no mês passado
O país abriu 181.419 vagas com carteira em janeiro, no melhor saldo para o mês desde 1992. A indústria também se recuperou, mas ainda precisa gerar 157 mil postos para zerar o que perdeu desde 2008. (págs. 1 e 25)

União protege assassino de João Hélio
Um dos condenados pela morte do menino João Hélio, arrastado pelas ruas, foi solto e incluído num programa de proteção do governo federal. O jovem cumpriu três anos de medida socioeducativa. (págs. 1 e 23)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Arruda e governador interino têm ação de impeachment no DF

Após dizer que renunciaria, Paulo Octávio anuncia que ficará no cargo à espera de decisão da Justiça

A Câmara Legislativa do Distrito Federal abriu processos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), preso há oito dias sob a acusação de tentar subornar uma testemunha, e contra Paulo Octávio (DEM), governador interino desde a prisão de Arruda.

Também investigado pela Polícia Federal, Paulo Octávio anunciou que permanecerá no cargo para esperar as decisões da Justiça na próxima semana, depois de ter dito a seus aliados que renunciaria. O governador interino deve se desfiliar do DEM. Ele e Arruda negam as acusações de corrupção. (pág. 1 e Brasil)

Ensino no chão
Alunos de escola estadual na zona sul de SP se sentam no chão, sobre pedaços de papelão, devido à falta de carteiras no primeiro dia de aula; segundo a gestão José Serra, as chuvas na cidade provocaram atraso na entrega de cadeiras, mesas e armários. (págs. 1 e C6)

Divergência no Enem ameaça vagas de alunos em faculdades
Estudantes acima de 18 anos que usaram o Enem para substituir o antigo supletivo podem ficar sem vaga no ensino superior.

Os alunos precisam de um certificado - emitido pelo governo estadual com base em informações federais - que equivale ao diploma de conclusão do ensino médio. (págs. 1 e C7)

BC dos EUA dá passo para aumentar taxa básica de juros
Na primeira alta desde 2006, o banco central dos EUA anunciou o aumento da taxa de redesconto, cobrada de empréstimos emergenciais a bancos.

Ela subiu 0,25 ponto, para 0,75%. Em agosto de 2007, quando estourou a crise imobiliária americana, essa taxa estava em 6,25%. (págs. 1 e B8)

Vinicius Torres Freire: Medida é pá de cal na crise bancária iniciada em 2007
O Fed deu um bom sinal de que chegou o momento de a política monetária voltar ao normal. Os bancos não quebraram e alguns já estão fortes e sacudidos, graças ao dinheiro dos contribuintes. A alta da taxa de redesconto é uma espécie de pá de cal na crise bancária iniciada em 2007. (págs. 1 e B4)

Após três meses, Lula não responde sobre mensalão
Desde 12 de novembro o Supremo Tribunal Federal aguarda respostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conhecimento dele dos fatos apontados na ação penal do mensalão.
O Ministério Público dividiu as questões em 33 tópicos. A Advocacia-Geral da União informou que recebeu na sexta-feira passada ofício do STF e o enviou à Presidência ontem. (págs. 1 e A11)

Dinheiro
Aumento de capital da Petrobras deve somar US$ 75 bi em junho. (págs. 1 e B3)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma é para 2 mandatos, diz Lula

Em entrevista ao Estado, o presidente afirma que não vai tentar voltar ao poder em 2014
O presidente Lula negou que tenha escolhido Dilma Rousseff como candidata presidencial com o objetivo de tentar voltar ao poder em 2014. “Ninguém aceita ser vaca de presépio e muito menos eu iria escolher uma pessoa para ser vaca de presépio”, afirmou Lula em entrevista exclusiva ao Estado. “Todo político que tentou eleger alguém manipulado quebrou a cara.” Para o presidente, uma eventual gestão Dilma não será mais à esquerda do que o seu governo, mas afirmou que as diretrizes do programa petista podem ser mais
“progressistas”: “O partido, muitas vezes, defende princípios e coisas que o governo não pode defender”. No entanto, disse considerar importantes os investimentos estratégicos do Estado, que incluem criar “uma megaempresa de energia no País”. O presidente manifestou preocupação com a divisão da base aliada em Estados como Minas, onde PT e PMDB não selaram aliança. “Imaginar que Dilma possa subir em dois palanques é impossível.” Na entrevista, Lula defendeu o senador José Sarney, criticou o ex-presidente FHC e falou das enchentes em São Paulo, mas poupou o governador José Serra, provável adversário de Dilma - que o presidente definiu como uma mulher “sem ranço, sem mágoa e sem preconceito” na política. (págs. 1 e A5)

Aliados políticos
Em seu gabinete no Centro Cultural Banco do Brasil, Lula falou sobre política externa: “O Irã não é o Iraque; eu acho que a Venezuela é uma democracia”.

Reeleição: “Nunca gostei de um segundo mandato. Achava que poderia ser um desastre.”

Maturidade: “Se eu ganho em 1989, ou fazia uma revolução, ou caía no dia seguinte.”

Peso do Estado: “O governo tem de ser regulador, mas também o indutor de investimentos.”

Paulo Octávio fica no governo do DF
Com a carta de renúncia pronta, o governador em exercício do DF, Paulo Octávio, afirmou ontem que permanecerá no cargo, à espera de uma posição do STF. Ele disse que foi aconselhado pelo presidente Lula. O Planalto negou e Octávio voltou atrás. A Câmara Legislativa abriu processo de impeachment contra José Roberto Arruda. (págs. 1 e A10 e A11)

BNDES pode ter R$ 40 bi para financiar máquinas
O governo estuda injetar até R$ 40 bilhões do Tesouro para renovar a linha de crédito subsidiada do BNDES para compra e exportação de bens de capital. A linha foi criada em 2009 para enfrentar a crise, e a Fazenda avalia que ela eleva a taxa de investimento industrial. (págs. 1 e B1)

Irã prepara carga nuclear para mísseis, afirma AIEA
Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica avalia que o Irã está desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. Se confirmada, a acusação prova que o programa nuclear iraniano tem fins militares, diferentemente do que vem afirmando Teerã. (págs. 1 e A12)


Assassino de João Hélio é solto e ganha proteção
Envolvido na morte do menino João Hélio, de 6 anos, arrastado por 6 km após roubo de carro no Rio em 2007, E. L., de 18 anos, foi libertado e incluído em programa de proteção a adolescentes ameaçados de morte. Na época do crime, ele era menor. L. e a família receberam novas identidades. (págs. 1 e C3)

Classe alta sabe menos sobre vacinas
Pobres se interessam mais pelos efeitos da imunização, diz estudo. (págs. 1 e A18)

Notas e informações

A Rússia endurece com o Irã
Pela primeira vez, Moscou se alinhou com o Ocidente na condenação ao Irã. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Paulo Octávio, o vice, diz que sai mas fica
Sob pressão por todos os lados, o governador interino do DF, Paulo Octávio (DEM), convocou a imprensa para apresentar em grande estilo sua renúncia, mas no meio do caminho mudou de ideia. Embora o partido pressione por sua saída, haja pedidos de impeachment tramitando na Câmara Legislativa e as investigações da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora o incluam, Paulo Octávio acabou desistindo, mesmo depois de avisar a aliados que renunciaria. Após aparecer ao lado de 30 assessores no Palácio do Buriti, afirmou que aguardaria decisão do STF sobre uma intervenção federal no governo de Brasília. (pág. 1 e País, pág. A6)

Proteção a assassino de João Hélio causa indignação
Ezequiel Lima, de 18 anos, um dos assassinos do menino João Hélio, a quem arrastou por quilômetros com um carro, está solto e sob proteção oficial após cumprir três anos de pena socioeducativa. A liberdade e o benefício causaram indignação, não só pela barbárie do crime mas por Ezequiel ter tentado matar um agente e fugir da instituição. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Intercâmbio para exterior, um negócio em expansão
Empresas de intercâmbio que operam no Brasil preveem crescimento de 40% no número de pessoas que buscam estudo ou trabalho temporário no exterior. No ano passado, cerca de 90 mil brasileiros viajaram com o objetivo de, principalmente, aperfeiçoar um segundo idioma. Eventos que reúnem agências de intercâmbio esperam receber um público 25% maior que o de 2009. (pág. 1 e Economia, pág. A17)

Mossad: hora das explicações
Inglaterra, Alemanha, França e Irlanda exigem explicações de Israel sobre os passaportes falsos usados no assassinato de um dirigente do Hamas em Dubai, crime atribuído ao Mossad. Onze membros do comando que assassinou Mahmoud Abdel Raouf al-Mabhouh tinham passaportes britânicos e irlandeses; além de um francês e um alemão. (pág. 1 e Internacional, pág. A20)


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Correio Braziliense

Manchete: Ele jurou sair... Desistiu e ficou. Até quando?

Em apenas algumas horas, Paulo Octávio irritou o presidente Lula, contrariou a cúpula do DEM, desorientou aliados governistas e surpreendeu a todos os que esperavam a renúncia. Após dar sinais claros, pela manhã, de que se afastaria do GDF, anunciou à tarde que continua à frente do Buriti enquanto a Justiça não se pronunciar sobre a prisão de Arruda. Paulo Octávio tenta sensibilizar os meios políticos a fim de obter apoio. Mas, investigado no escândalo da propina, tem dificuldade em montar um governo, está minado na Câmara Legislativa e é rejeitado pelo partido. Para evitar a expulsão do Democratas, vai entregar o pedido de desfiliação. (págs. 1 e 25 a 27)

Câmara acolhe pedidos de impeachment
Por unanimidade nas duas votações, a Comissão de Constituição e Justiça aceitou os pedidos de impeachment contra José Roberto Arruda e Paulo Octávio. Aliados são maioria na comissão especial que vai analisar ações contra o governador afastado. (págs. 1 e 29)

Wilson Lima posou de governador
Uma hora antes do discurso de Paulo Octávio, o presidente da Câmara já contava com a renúncia do governador em exercício. Às 16h, em entrevista ao Correio, Lima antecipou as primeiras medidas de sua administração e até cogitou morar na residência oficial do GDF, em Águas Claras. (págs. 1 e 28)

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Valor Econômico

Manchete: Países em crise na Europa devem a bancos US$ 3,4 tri

Os bancos internacionais têm uma exposição gigantesca de US$ 3,4 trilhões ao grupo de países europeus com maior vulnerabilidade fiscal e que ameaçam a zona do euro - Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália, os chamados Piigs, na sigla em inglês. A cifra inclui bônus dos governos, dívidas de empresas e até empréstimos pessoais. Os dados do Banco Internacional de Compensações (BIS) indicam que, embora as atenções dos investidores estejam focadas na Grécia e em Portugal, a exposição da banca é muito maior na Itália, Irlanda e Espanha.

O risco de calote provoca especulações de qual seria a perda potencial dos bancos envolvidos nesses países. Dados consolidados obtidos pelo Valor mostram que a banca internacional tem exposição de US$ 298 bilhões na Grécia, a maior parte de instituições alemãs. Na Itália, ela chega a US$ 1,196 trilhão; na Espanha, a US$ 944 bilhões e na Irlanda, a US$ 710 bilhões. Por sua vez, a exposição dos bancos em Portugal é de US$ 252 bilhões, a menor do grupo. (págs. 1, C1 e EU&Fim de semana)

Tijolo por tijolo
A força “excepcional” da demanda interna pode levar o Brasil a um crescimento de 7% neste ano, acredita o economista Jim O'Neill, do Goldman Sachs, criador do conceito do Bric. (págs. 1 e A2)

FMI agora elogia controle de capitais
Economistas do Fundo Monetário Internacional reverteram a antiga oposição da entidade aos controles de capital e sugeriram que os países usem impostos e regulamentação para moderar a vasta movimentação de recursos da atualidade, para que não motivem o surgimento de bolhas e outras calamidades financeiras. O Fundo declarou que mercados emergentes com controles tiveram melhor desempenho durante a crise mundial.

A recomendação é a demonstração mais importante de apoio do Fundo às iniciativas de controle de capitais e também uma reversão dos conselhos que dava aos países em desenvolvimento apenas três anos atrás. O FMI sempre defendeu o fluxo livre de capitais como condição para o livre comércio e para que esses paises prosperassem. (págs. 1 e C1)

AB InBev, eficiente e mal-amada pelos belgas
Da estação de trem no centro de Leuven, na Bélgica, pode-se ver as nuvens de fumaça de uma das mais modernas e eficientes fábricas da AB InBev, maior companhia de cerveja do mundo, indicando que a produção está a todo vapor. Dentro da fábrica, a tensão continua viva. Persiste uma dura confrontação entre a empresa dirigida por brasileiros e os funcionários belgas, numa mistura de choque cultural e processo de reestruturação.

Durante duas semanas, em janeiro, os trabalhadores bloquearam as entradas às fábricas em Leuven, Liège e Hoegaarden, exigindo o abandono de um plano para cortar 10% dos 8 mil empregados da AB InBev na Europa Ocidental. Paralisaram a produção inclusive da Stella Artois, marca que rende mais de US$ 3 bilhões anuais em vendas. Os sindicatos mobilizaram políticos e abriram sites de boicote na internet. No 15º dia, a empresa retirou seu plano de demissões. (págs. 1 e B4)

Quase 17 mil empresas no Brasil já importam da China
Em apenas quatro anos, o número de empresas brasileiras que compram produtos chineses cresceu 135%. No ano passado, 16,8 mil companhias instaladas no país importaram artigos da China, sejam bens de consumo, insumos ou máquinas. Isso significa que cinco em cada dez importadores brasileiros compraram produtos do país asiático em 2009. Junto com a pulverização, cresceu o número de grandes importadores - em 2005, só 12 empresas compravam mais de US$ 50 milhões dos chineses, número que passou para 41 em 2009.

O perfil de quem mais importa da China também traz novidades. A maioria continua sendo empresas de tecnologia, mas as varejistas começam a despontar como grandes clientes. (págs. 1 e A5)

SP rebate estudo sobre política fiscal
A Secretaria da Fazenda de São Paulo rebateu estudo do Banco Santander sobre a evolução das contas públicas paulistas, entre 2006 e 2009, que aponta trajetória semelhante à da política fiscal da União, com o aumento dos gastos correntes respondendo pela maior parte da expansão das despesas não financeiras. A Fazenda contesta a conclusão do banco de que a “fria realidade dos números” não mostraria um regime fiscal diferenciado em São Paulo e, com isso, não confirmaria a avaliação de que o governador José Serra (PSDB) seria mais duro na questão fiscal do que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Segundo a Secretaria, a soma dos investimentos com inversões financeiras respondeu por 93,3% do aumento das despesas primárias no período. Na União, esse percentual seria de 35,8%. (págs. 1 e A11)

Polo financeiro exige liberalização do câmbio
O projeto Omega, que pretende transformar São Paulo em centro financeiro internacional, prevê a criação de um mercado de moedas no país, a liberalização do câmbio e a internacionalização do real. O plano, que vem sendo elaborado pelo setor privado, seria implementado em cinco etapas, todas dependentes de decisões do governo. Técnicos do Banco Central estudam as propostas, que ainda não chegaram formalmente à diretoria.

As entidades que lideram o projeto - BM&FBovespa, Febraban e Anbima - avaliam que, sem as mudanças propostas, o plano de criar um polo regional financeiro no Brasil, com aspirações globais, não funcionaria ou ficaria muito aquém do pretendido. Entre as sugestões em estudo está a possibilidade de que bancos estrangeiros abram contas exclusivas em instituições brasileiras autorizadas a operar com câmbio. (págs. 1 e C8)

Empregos em alta
Em janeiro, a economia brasileira acrescentou 181,4 mil pessoas à força de trabalho formal do país, o melhor resultado para o mês na série histórica iniciada em 1992. Nos últimos 12 meses, foram preenchidas 1,2 milhão de vagas. (págs. 1 e A4)

Nova chance
Empresas privadas, companhias estatais e governos estaduais ampliam acordos para oferecer oportunidades de trabalho a presidiários e ex-detentos. (págs. 1 e A16)

Voos mais populares
O preço médio das passagens aéreas em voos domésticos no ano passado, de R$ 321,28, foi o mais baixo em oito anos, segundo a Anac. No período, a queda foi de 25,5%, descontada a inflação. (págs. 1 e B6)

Importados perdem incentivo
Governo altera a MP nº 472 e revoga isenção tributária a equipamentos, com similar nacional, destinados a projetos de refino de petróleo, petroquímicos e produção de fertilizantes a partir de gás natural. (págs. 1 e B8)

Cartões inauguram nova fase
Avanços tecnológicos e novas regras trarão maior concorrência à indústria de cartões no país, com expectativa de redução das taxas cobradas aos lojistas e melhores serviços para os usuários, diz Caffarelli, da Abecs. (pág. 1)

Pressão no açúcar
Brasil, Austrália e Tailândia acusam a União Europeia de derrubar os preços do açúcar - que caíram 10,3% desde 20 de janeiro - com o anúncio da exportação adicional de 500 mil toneladas do produto. (págs. 1 e B11)

Salmão mais caro
Afetada pelo vírus da Anemia Infecciosa do Salmão (AIS), a produção do pescado no Chile, segundo maior produtor mundial, atrás da Noruega, diminuiu 75% nos últimos dois anos. (págs. 1 e Bl2)

FAO sugere taxar pecuária
Estudo da FAO prevê que a produção mundial de carnes deve dobrar até 2050 e recomenda a taxação da atividade para reduzir os prejuízos causados ao ambiente. (págs. 1 e B12)

Porto seguro
Instabilidade da bolsa leva investidores a optar por fundos mais conservadores. Carteiras de curto prazo, DI e renda fixa já captaram R$ 19,4 bilhões no ano, até dia 11. (págs. 1 e D2)


Ideias
Claudia Safatle: BC caminha para incorporar a preocupação ambiental nas normas da política de crédito. (págs. 1 e A2)

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Jornal do Commercio

Manchete: Vendaval e apagão na Grande Recife
Ventos de até 51 km/h deixaram sem energia, ontem à tarde, áreas da capital, Olinda, Jaboatão, Camaragibe e São Lourenço. Até o fim da noite, ainda havia trechos sem fornecimento. Rede elétrica foi danificada pela queda de árvores e placas.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Política - De aqui a pouco, puquíssimo a onça vai beber água. Não passa das águas de março

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pediu sua candidatura ao governo de São Paulo e que o partido mantém interesse em fazer aliança com o PSB no Estado.
"O nome que ele [presidente Lula] sinalizou é o do Ciro Gomes", afirmou.

Mercadante não respondeu se sairá candidato a governador caso Ciro não seja o nome do partido para São Paulo, e afirmou que disputará novamente uma cadeira no Senado em 2010.

Apesar dos planos do PT de emplacar Ciro Gomes como candidato ao governo de São Paulo, o partido sustenta o discurso de que o deputado cearense tem o direito de se lançar candidato à Presidência da República.


 Dirceu solta o verbo


O ex-ministro José Dirceu afirmou que a possível candidatura de Ciro não vai desviar votos da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). "A Campanha de Dilma tem apoio da maioria dos partidos", disse Dirceu.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou nesta quinta-feira que vai trabalhar para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República sempre que for chamado.
Segundo Dirceu, seu apoio será feito às claras. "Já fui clandestino por dez anos. Meu tempo de clandestinidade já passou", disse.

O ex-ministro, afastado do comando do PT por causa do escândalo do mensalão, disse que sua imagem não vai tirar votos de Dilma, e que a ministra tem todos os requisitos para ser presidente.

Para Dirceu, o fato de ela não ser um quadro histórico do partido não enfraquece sua campanha. "Ela é de esquerda, é mulher e é política, tem todas as condições para ser candidata", disse.

Sobre Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência, Dirceu afirmou que também tem condições para ser presidente, mas precisa de voto e do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu falou a repórteres ao chegar ao 4º Congresso Nacional do PT, no centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O Congresso começou hoje, e a entrada de jornalistas ao auditório onde acontece o evento está vetada.

E Ciro não abandona a idéia de ser candidato.E não tem para os dois.

Na semana em que o PT irá lançar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial, o PSB vai usar o programa eleitoral de rádio e TV para tentar alavancar a candidatura do deputado Ciro Gomes ao Palácio do Planalto.

Nos dez minutos de programa, Ciro só irá dividir o tempo com os três governadores do partido --de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.

Apesar do destaque, Ciro não monopolizará as inserções nos Estados onde o PSB deverá lançar candidatura a governador. Pelo menos em sete Estados --incluindo São Paulo e Espírito Santo-- as entradas (distribuídas ao longo da programação) serão destinadas à promoção do candidato a governo.

Como as inserções têm maior impacto eleitoral, essa última chance de Ciro poderia ser prejudicada.
Num contraponto à candidata petista, vendida como de continuidade, Ciro irá se apresentar como capaz de aprimorar o governo Lula.

Ao dar espaço para Ciro, o PSB aposta num crescimento capaz de influenciar na decisão do presidente Lula, que ainda resiste em lançar dois candidatos da sua base de apoio.

"O programa todo vai ser apresentado pelo Ciro. Ele tem destaque, é o nosso pré-candidato à Presidência. Vamos fazer o que todos os partidos fizeram, dar espaço para nossa liderança", disse o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Em nota ontem, a própria assessoria de Ciro disse que o programa iria "confirmar" sua candidatura à sucessão presidencial. O movimento foi emblemático porque a assessoria não costuma divulgar os passos do deputado federal.

O PSB definiu com o presidente Lula um prazo até março para a decisão sobre o futuro de Ciro. Preocupa os socialistas, mesmo os que defendem a postulação à Presidência, o fato de o deputado não ter conquistado apoios entre os demais partidos, o que deixaria o PSB isolado. Neste cenário, a candidatura é inviável, dizem.

Lula poderia ajudar a atrair esses apoios, caso se convença do argumento de socialistas de que Ciro pode ajudar a tirar votos do tucano José Serra e, num segundo turno entre PSDB e PT, ele pode ser um apoio importante. A definição do PSDB sobre quem será o seu candidato também é um senão para o partido, uma vez que Ciro não disputaria se o nome tucano fosse outro.

Sequestro de crianças - Caso não esclarecido, mesmo assim presos são libertados

Sem esclarecer o caso, norteamericanos são libertados e retornam aos Estados Unidos.


Oito dos 10 missionários americanos acusados de sequestrar crianças no Haiti desembarcaram na madrugada desta quinta-feira em Miami, depois que tiveram a libertação determinada por um juiz haitiano.


Um funcionário do Aeroporto Internacional de Miami informou que o grupo chegou por volta da meia-noite local e seguiu para um hotel.

Os missionários, libertados na tarde de quarta-feira por um juiz haitiano, deixaram Porto Príncipe em um voo militar americano.

Os outros dois missionários envolvidos no caso continuam detidos em Porto Príncipe porque o juiz pretende investigar o que motivou uma viagem anterior ao Haiti, antes do terremoto de 12 de janeiro, segundo o advogado dos americanos, Aviol Fleurant.

Os americanos, missionários batistas que integram a organização New Life Children's Refuge, do estado de Idaho (noroeste dos Estados Unidos), foram detidos no mês passado quando tentavam cruzar, sem autorização, a fronteira com a República Dominicana com 33 supostos órfãos haitianos.

Depois de tomar conhecimento que algumas crianças tinham pais, os advogados dos batistas afirmaram que eles não tinham a intenção de cometer um crime, apenas desejavam agir com generosidade e ajudar em meio à catástrofe no Haiti, que provocou pelo menos 217.000 mortes.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pará - Vou a qualquer lugar público de Belém sem risco de levar ovo na cara. Ex-Prefeito Edimilson Rodrigues

Leia trechos da Entrevista ao Ex-Prefeito Edimilson Rodrigues, militante histórico do PT, hoje no PSOL, Partido que dirige Heloisa Helena.

Primeiro petista a administrar a capital paraense, Edmilson Rodrigues está de volta à cidade depois de cinco anos morando em São Paulo, onde começou -e está a prestes a concluir - o doutorado na área de Geografia Humana. Uma das principais lideranças do PSOL no Estado, Rodrigues não sai candidato desde 2006, quando disputou o governo do Estado. Nas eleições municipais do ano passado resistiu aos apelos e, apesar de aparecer bem colocado em todas as pesquisas de intenção de voto, não disputou a prefeitura de Belém, alegando que precisava se dedicar aos estudos. Neste ano, contudo, o ex-prefeito estará novamente na arena eleitoral.

Edmilson Rodrigues foi um dos fundadores do PT do Pará. Pelo partido, foi deputado estadual e eleito prefeito. Em outubro de 2005, contudo, deixou a legenda que, segundo ele, havia abandonado o sonho socialista. Ajudou então a fundar o Psol, legenda da ex-senadora vereador em Maceió (AL), Heloísa Helena.

Em entrevista as repórteres Rita Soares e Aline Brelaz, Edmilson fala da conjuntura nacional e critica o governo da ex-colega de partido, Ana Júlia Carepa, que foi sua vice na prefeitura de Belém. Mas garante: ainda não sabe qual cargo disputará.

P: O senhor está voltando para a política?

R: Não estou voltando, porque na verdade nunca saí. O ser humano é essencialmente político.

P: Vou refazer então a pergunta: o senhor está voltando para a política partidária?

R: Da política partidária eu também nunca saí. O que ocorreu é que passei por uma fase de transição. Depois de um quarto de século ajudando a construir o PT. Infelizmente o PT dos meus sonhos, abandonou os sonhos. Eu continuo sonhando. Continuo socialista. Por isso, decidimos – eu e alguns companheiros do Brasil todo, que continuam aceitando que a humanidade tem direito a um futuro digno e feliz, embarcar num novo partido que é o PSOL, um partido novo, mas que já nasce grande e nesse sentido estamos ajudando a construir esse novo instrumento de luta.
P: Nas próximas eleições essa bancada poderá se manter e crescer ou o senhor acha que o partido vai encolher?

Na política sempre há possibilidade de crescimento. Nós ainda não sabemos como a conjuntura vai caminhar. Lidar com a reeleição do Lula [o presidente Luiz Inácio Lula da Silva] era uma coisa, numa conjuntura em que há todo um investimento para trabalhar. A imagem da candidata que o Lula apóia é bem diferente. Ela [a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata petista à presidência] não é um Lula de saias.

P: Em 2010 o senhor vem candidato a quê, deputado estadual, federal ou ao governo?

R: Eu cheguei a Belém já de volta e tenho ouvido a militância do PSOL em particular, mas também muitos companheiros do PT - não a direção, mas militantes que modéstia à parte me amam- que vêm me dizer que a experiência do meu governo foi a melhor experiência que Belém já teve, e que por isso eu tenho que voltar. Ouço isso muito de muita gente. Pedi um tempo para refletir porque o PSOL está desenvolvendo alguns estudos e algumas pesquisas importantes. Precisamos conhecer alguns dados.

P: O senhor não sabe então a que vai ser candidato?

R: Tem a possibilidade grande, devido essa demanda que é emocionante para qualquer ser humano, de nós assumirmos a tarefa de representação pública política

P: O senhor está falando como candidato ao governo...

R: Estou dizendo que sou uma referência. Isso é inquestionável. Ainda vamos conversar nacionalmente. Em março vai ter uma conferência com a intenção de debater as candidaturas que temos. Tem muita gente boa no PT. Muitos me apóiam Não a cúpula, mas a militância, que tem como refêrencia um PT que já não existe mais, e tem certa dificuldade de aceitar essa mudança. É muito difícil de aceitar pra quem está construindo há 30 anos um partido perceber que ele já não existe mais.

Leia a entrevista completa no Diário do Pará

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Combate à fome e superação da pobreza e muito mais


Recentemente assisti uma palestra do Ministro Patrus Ananias (Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS), que comanda, no Governo Federal, as ações do combate à fome e do desenvolvimento social. Em auditório lotado, ele falou de forma simples, mas muito convincente, passo a passo de todas as políticas que envolvem seu ministério, parecia um padre falando de obras divinas, transformadas em política pública pelo governo federal. Percebia-se, na fala do Ministro, a profunda convicção no trabalho que realiza e do convencido que ele está dos resultados até aqui já alcançados. As estatísticas também ajudam. Apenas no combate a fome, mais de 60 milhões de cidadãos brasileiros beneficiados e que hoje conseguem comer e novos chefes do lar podem levar seus filhos à escola.

É claro que isso não é só o que o MDS faz, como parte das suas atribuições, é um conjunto de outras ações interligadas com o combate a Fome. Famílias abandonadas, crianças em perigo, problemas de marginalidade, combate às drogas e apoio a crianças afetadas pelas drogas, programas de apoio a adultos maiores, ações interligadas com os programas de habitação do governo, do emprego, etc.
Isso não pode ser apenas continuidade do governo passado.

Qualquer cidadão medianamente informado sabe que, se em certa medida, alguns programas são continuidade, a imensa maioria são a marca do governo atual. Na realidade, muito do que se faz em política e ruptura e continuidade, ou “destruição criadora”, como dizem os economistas. Entretanto, vale a pena ressaltar que essas ações do MDS têm ampliado e aprofundado enormemente as obras sociais, não apenas do governo passado, já que realiza obras que nunca antes tinham sido feitas, na sua forma e profundidade, como são realizadas hoje.

Isso é um fato. Não é apenas mais do mesmo, é muito mais e melhor e em uma direção ao campo social muito marcante.

Ouvi ao Ministro Patrus e me deu a impressão de estar lendo um dos livros do Amartya Sen, Desenvolvimento como Liberdade, -obra pela qual foi laureado com o prêmio Nobel de economia em 1998- e pelas suas propostas de política pública, para o combate à pobreza. Sem dúvida que a obra do prêmio Nobel, serviram de inspiração para as diretrizes e ações que o Ministro Patrus tem adotado no MDS.

Como aponta Amartya Sen, "a pobreza deve ser vista como privação de capacidades básicas em vez de meramente como baixo nível de renda, que é o critério tradicional de identificação da pobreza", mas ele ressalta também, que a renda baixa é claramente uma das causas principais da pobreza, já que a falta de renda pode ser uma razão primordial da privação de capacidade de uma pessoa.

A idéia de que a pobreza é simplesmente escassez de renda está razoavelmente estabelecida na literatura tradicional sobre o tema. Nesse sentido, qualquer estudo sobre a pobreza começará com o indicador de renda para explicar o problema. Entretanto, existem argumentos que vão além da renda e são os "meios" de uso geral ("direitos, liberdades e oportunidades, renda e riqueza e as bases sociais do respeito próprio") e que devem ser parte de uma política pública se pretendemos fechar o círculo da inclusão social nos próximos anos.

Merece destaque essa relação entre a renda e as capacidades dos indivíduos já que essa relação é notadamente afetada por fatores como idade (muito jovens ou idosos), condições epidemiologias, climáticas e, fundamentalmente, a localização ou territorialidade. Esta última se faz importante para o Brasil, no contexto das obras do PAC, devido à implantação dos grandes projetos previstos, que criarão efeitos econômicos, sociais, educacionais dos mais diversos, nas regiões onde serão implantados (Belo Monte e outros, obras do Pre-sal e tantas outras previstas no PAC).

Daí a importância das políticas públicas para dar caráter de Estado aos programas de superação da pobreza e integração produtiva com inclusão social. Com as ações até aqui realizadas, o MDS e outros órgãos do Governo Federal, já têm atendido aos beneficiários da Bolsa Família (MDS), as micro e pequenas empresas (SEBRAE) e os micro empreendedores (MIDIC).

Acredito que no futuro próximo um dos desafios importantes do desenvolvimento social deveria ser "fechar o círculo" da inclusão para dar cobertura institucional aos segmentos sociais que não se encontram ainda plenamente cobertos, como são os trabalhadores por conta própria, oferecendo formação e preparação para integrar-se de forma estável à produção, a produção familiar, o trabalhador autônomo e outras tantas formas que constituem o universo do mercado informal que, em muitos casos (municípios das regiões Norte e Nordeste) chega a representar mais de 95% da força de trabalho local. Política Pública para garantir os avanços do desenvolvimento.

Além do desafio da inclusão social, e premente e imperiosa a necessidade de esta inclusão produtiva e social ocorra de forma sustentável. Daí mais uma vez o caráter estratégico da política pública, enquanto coordenadora de ações que percebam a região ao invés das áreas de influências desses projetos.