sábado, 27 de setembro de 2014

Cantata Santa Maria de Iquique (completa: 40 minutos)

"Correção dolorosa" no Brasil é quase inevitável, diz editorial do FT


GENEBRA - Para alguns mercados emergentes como Brasil, Turquia e África do Sul, a alta inflação, excesso de empréstimos no exterior e agora desvalorização da moeda significam que uma 'dolorosa correção' é quase inevitável com ou sem elevação dos juros nos Estados Unidos no ano que vem.

É o que diz em editorial o jornal Financial Times, leitura obrigatória da elite economica global, destacando que nem todas as economias emergentes estão prontas para um futuro cenário de menos liquidez externa.

O jornal nota que havia sinais de que uma melhor política macroeconômica tinha preparado vários emergentes para a crise financeira. Com amplas reservas internacionais e reforço da credibilidade da autoridade monetária, vários países foram capazes de atravessar bem a crise.

Infelizmente, diz o editorial, cinco anos mais de financiamento externo barato encorajaram uma farra de empréstimos que elevaram os déficits fiscal e das contas correntes.

Exemplifica que esta semana o Brasil, que se beneficiou bastante da alta de preços de matérias-primas, sinalizou que iria usar US$ 1,5 bilhão de seu fundo soberano para cobrir um 'gap' no orçamento.

O jornal conclui que uma correção dolorosa em países como Brasil, Turquia e África do Sul é quase inevitável. E que pressões inflacionárias deixam pouco espaço para afrouxar a política monetária doméstica e contrabalançar a alta dos juros globalmente.

Considera que, junto com a 'desapontadora gestão macroeconômica', pouquíssimos países aproveitaram a situação até agora para implementar reformas estruturais, e assim atacar o pobre ambiente para negócios, melhorar infraestruturas inadequadas e reestruturar indústrias ineficientes.

Os que pelo menos prometeram isso, como o México, são uma raridade, nota o FT. O editorial observa que 'nem todo exportador de commodities é um Brasil ou uma África do Sul'. E exemplifica que Colômbia e Peru usaram o período de bonança para aumentar a poupança e reduzir a dívida pública.

Para o jornal, os mercados emergentes como um todo enfrentam o mais difícil situação desde o recuo da crise financeira global. Mas vê uma ponta de esperança, no caso de investidores e formulares de políticas no futuro tratarem classes de ativos e grupos econômicos de maneira mais discriminada do que tem feito até agora.

Por Assis Moreira | Valor

ORMNews - Ibope: Simão Jatene vence no 1º turno

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Morre, aos 86 anos, o pesquisador Hildebrando Pereira da Silva

Um dos mais importantes cientistas brasileiros na área de doenças tropicais, Luiz Hildebrando Pereira da Silva, morreu na noite de quarta-feira, dia 24, em São Paulo, aos 86 anos. Pesquisador extremamente rigoroso e de intensa preocupação social, Hildebrando é considerado referência no conhecimento e tratamento da malária. "Foi um batalhador, um socialista, um exemplo não só de prática clínica, mas de profundo envolvimento com a problemática da saúde no Brasil", diz Erney Camargo, professor titular do Departamento de Parasitologia da USP e amigo de Hildebrando há mais de 50 anos.


PIB dos EUA ganha força e avança 4,6% no 2º trimestre após revisão




SÃO PAULO - (Atualizada às 10h23) A economia dos Estados Unidos expandiu-se a uma taxa anualizada de 4,6% no segundo trimestre deste ano, conforme dados finais sobre o desempenho econômico no período. É o maior avanço em mais de dois anos.

A leitura preliminar anterior dava conta de um crescimento de 4,2%. Vale notar que, nos três primeiros meses de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA teve contração de 2,1%, influenciado pelo inverno rigoroso no país.

A aceleração no ritmo de crescimento reflete uma melhoria nos investimentos dos negócios, que tiveram avanço a uma taxa anualizada de 9,7% no segundo trimestre, e nas exportações, que subiram 11,1%. Anteriormente, essas taxas foram estimadas em 8,1% e 10,1%, respectivamente.

O gasto do consumidor, que responde por cerca de dois terços da atividade econômica, cresceu a uma taxa anualizada de 2,5%, sem mudança.

Por Valor, com agências internacionais

Menção a tesoureiro em escândalo da Petrobras derruba arrecadação do PT


Problema de caixa A citação do tesoureiro João Vaccari Neto na Operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras, abriu uma crise na arrecadação eleitoral do PT. Dirigentes contam que as doações à cúpula do partido “despencaram”, o que tem reduzido o fluxo de dinheiro para candidatos em todo o país. Desde que foi vinculado ao escândalo na estatal, Vaccari está “fora de combate”, segundo aliados. Empresários que costumam financiar campanhas também ficaram mais cautelosos.

Cordão sanitário A campanha de Dilma Rousseff sofre impactos, mas mantém uma estrutura independente de arrecadação. No entanto, tem faltado dinheiro a comitês montados para promovê-la em diversos Estados.

Cobertor curto A seca é mais grave em regiões onde o PT patina, como São Paulo, Rio e Paraná. Sem arrecadar o suficiente por conta própria, vários candidatos a governador devem terminar as eleições com dívidas milionárias.

Tá difícil Terceira colocada na disputa paranaense, Gleisi Hoffmann sofre para fechar contas. Já pediu ajuda ao partido, mas não recebeu o que precisava. “A estrutura da campanha ficou comprometida”, reclama um aliado.

Porta da rua Lindberg Farias, que amarga a quarta posição no Rio, já dispensou parte da equipe de propaganda. Agnelo Queiroz, terceiro no Distrito Federal, tem atrasado o salário de assessores.

Bico fechado Procurado via assessoria do PT, Vaccari não se manifestou. Ele foi citado por Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras preso no Paraná. No início do mês, disse nunca ter tratado de dinheiro com o delator.

Trem parador O PT se desdobra para atender os quatro candidatos ao governo do Rio que apoiam Dilma. A sigla estuda fazer a presidente sair do carro quatro vezes em carreata na semana que vem para abraçar separadamente cada aliado.

uol,com.br

Leonardo Boff fala sobre Marina Silva

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Gilberto Gil - Marinar vou eu

Diálogos com Charles Alcântara Ex PT e ex Chefe da Casa Civil da ex-governadora Ana Julia.


Charles Alcantara
47 min ·
Ex coordenador da Rede de Sustentabilidade no Pará.

Pergunta que não quer calar, resposta que não quer falar.
Em janeiro de 2013, cerca de 30 pessoas reuniram-se com Marina, em São Paulo, ocasião em que foi tomada a decisão de criação da Rede. Eu estava lá, entre os 30.
No dia 16 de fevereiro de 2013, em Brasília, aconteceu o ato de fundação da Rede. Eu também estava lá.
Participei de todas as discussões que antecederam e que resultaram na criação da Rede; integrei a primeira coordenação nacional da nova sigla e fui o primeiro porta-voz da Rede no Pará.
Quando me afastei da Rede (em outubro de 2013), não havia posição debatida e tomada sobre política econômica e tampouco havia essa abordagem obscurantista sobre corrupção e sobre “governo dos bons”.
Se alguém puder, que me responda:
Com base no que está escrito no programa de governo e no que está sendo dito por Marina, no que consiste, afinal, a nova política???


34 min · Curtir


Gonzalo V. Enríquez Charles Alcantara A nova política consiste em atuar de forma limpa e transparente e não se rodear dos bandidos que são parte da base aliada do Lula/Dilma. Veja bem, o povo elege antes de tudo uma nova liderança e não apenas quem mostra um programa detalhado de governo, se for programa Dilma não se elege já que ainda não apresentou nada, só frases e tópicos, falta o programa, apesar de terem 12 minutos na TV, conta apenas dois da Marina. A nova política vai ser considerar mais as alianças dos políticos que não tenham compromisso com a corrupção, isso é o que Brasil reclama. A nova política é contar com um congresso menos construído pelas quadrilhas que dominam hoje a base parlamentar da Dilma.

 Por exemplo, tirar os Sarney, os Barbalhos (aliado e paradigma do PT no Pará), tirar de vez a família Calheiros das alianças políticas e colocar políticos do PMDB que são modelos de ética e honestidade, isso é ruim?, indicar ministros, mais pela competência técnica que pelo caudal de apoio politico que ofereçam, esse apoio político virá depois, naturalmente, para constituir uma nova base aliada que represente uma nova política. Agora é pouco menos que infantil pedir para uma candidata que diga quais serão seus políticos quando ainda nem o primeiro turno foi realizado. Dilma tem programa? cadé?, vai tirar o Mantega e qual é p novo ministro?, e os banqueiros no governo Dilma foram ruins? Henrique Meireles, dono do Bank of Boston, foi ruim?.Dilma só pode ser contra um BC independente, uma vez que seu governo notoriamente lançou mão de mais pressão sobre o Banco Central para “segurar” os juros do que fez o próprio Lula, durante oito anos (2003-2011) — que conferiu credibilidade à política econômica de seu governo que a sucessora está longe de alcançar.

O problema está na imensa hipocrisia contida nos ataques de Dilma a Marina. Pois fui justamente seu ainda hoje ministro da Fazenda, Guido Mantega, quem, como principal assessor para assuntos econômicos do então candidato Lula, viu-se durante a campanha presidencial de 2002 incumbido de estudar in loco, na Europa, como funcionam os bancos centrais que, por lei, gozam de independência, sejam de que partido forem os respectivos governos. 

Amigo, em termos gerais, a nova política vem aí, mas é preciso todos contribuir nessa nova oportunidade que o Brasil terá com Marina Silva. Uma nova janela de oportunidade que também teremos para a Amazônia, que não seja vista como parte do modelo de crescimento do resto do Brasil. O problema do PT e de muitos que apesar de terem saído do Partido dos Trabalhadores, consiste na dificuldade de absorver, de incorporar novas teorias, diferentes daquelas, já caducas teorias do materialismo histórico, do pensamento cartesiano, mesmo  que supõe que somente teremos uma sociedade mais desenvolvida quando as forças produtivas evoluam e o capitalismo seja superado.

Finalmente Charles, vc que acompanhou o governo da Ana Julia e do Lula Dilma, os  Programas de Governo foram cumpridos?



Neo petistas



Da coluna Claudio Humberto. O Liberal. 

domingo, 21 de setembro de 2014

Campanha de Dilma teme que mau desempenho no Sudeste comprometa reeleição

PAINEL - FOLHA


Calcanhar de Aquiles
O núcleo da campanha de Dilma Rousseff (PT) teme que o mau desempenho no Sudeste comprometa sua reeleição. Hoje Marina Silva (PSB) venceria na região por 57% a 43% dos votos válidos no segundo turno, uma vantagem de cerca de 7 milhões de votos. Para tentar reduzir o prejuízo, a presidente vai intensificar a presença nos três Estados mais populosos do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Somando o Espírito Santo, o Sudeste concentra 43% do eleitorado brasileiro.

Teto baixo Nas simulações de primeiro turno do Datafolha, Dilma não consegue chegar aos 30% das intenções de voto no Sudeste desde abril, quando o candidato do PSB ainda era Eduardo Campos. Nas últimas três pesquisas, estacionou em 28%.

Já foi melhor Em 2010, a petista abriu uma frente de de 1,5 milhão de votos sobre José Serra (PSDB) na região Sudeste. Em válidos, o placar do segundo turno foi de 52% a 48% para a petista.

Ex-reduto A primeira eleição da presidente foi turbinada por uma vantagem de 11 milhões de votos no Nordeste, onde ela massacrou Serra por 71% a 29%. Agora sua diferença para Marina é mais modesta: 57% a 43%.

Plim-plim Depois de esnobar o convite para o “Jornal da Globo”, Dilma parece ter mudado de atitude com a emissora líder de audiência. Ela marcou uma gravação hoje para o “Bom Dia Brasil”.

Autoajuda Vice de Aécio Neves (PSDB), Aloysio Nunes usa o próprio exemplo ao sustentar que a chapa ainda pode ir ao segundo turno: “Sou a prova viva de que viradas de última hora acontecem”.
Azarão em 2010, ele foi o senador mais votado de São Paulo.


Surrealismo A duas semanas da eleição, o site de Aécio ganhou uma inusitada galeria de arte. A seção inclui obras abstratas, e os quadros têm nomes como “Carnaval em Veneza” e “Noitada”.

Sem nocaute O comitê de Marina contabiliza feridas, mas considera que ela conseguiu ficar de pé depois de três semanas sob intensa pancadaria do PT. “É claro que os ataques fizeram efeito. O que importa é que ela resistiu”, afirma o coordenador Walter Feldman.

Bilhete na mão O ex-deputado diz não ter medo da recuperação esboçada por Aécio. Para ele, a ex-senadora já está no segundo turno. “Sobra muito pouco tempo. E não me parece que ele tenha mais forças para reagir.”

Chimarrão nela O Sul é onde Marina aparece mais frágil, em empate técnico com Aécio. Gaúcho, o vice Beto Albuquerque (PSB) fará uma imersão na região. Ele visitará os três Estados e organizará um comício com a ex-senadora em Porto Alegre.

Eu sozinha A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que também é coordenadora do comitê marineiro, omite o nome do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) em sua propaganda. Márcio França, seu colega de bancada, é vice na chapa do tucano.

Gosto amargo Na terça-feira, José Sarney passou com Michel Temer em frente a um comitê do candidato do PC do B ao governo do Maranhão, Flávio Dino. “Olha só, Michel. Aqui tinha uma foto enorme da Dilma, mas ele tirou quando a Marina subiu. Esse é o candidato que o PT apoia”, disse o ex-presidente.

Tal pai… A governadora Roseana Sarney (PMDB) avisou à cúpula do partido que a campanha de Lobão Filho à sua sucessão sofreu abalo após as revelações de Paulo Roberto Costa. O ministro Edison Lobão (Minas e Emergia), pai do candidato, foi citado pelo delator do escândalo de corrupção na Petrobras.