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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Incongruência filosófica




Os seres humanos são as únicas criaturas da terra que reivindicam um Deus, e as únicas que atuam como se não o tivessem.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Você nasceu Gay?


Um pouco de lenha à fogueira


Silas Malafaia: ninguém nasce gay


O evangélico Silas Malafaia rebateu, através de carta enviada por e-mail à redação de A TARDE, nesta terça-feira, 5, os argumentos usados em vídeo pelo biólogo, mestre em genética e doutorando na Universidade de Cambridge (Inglaterra), Eli Vieira, postado na internet como resposta às declarações polêmicas do pastor feitas ao programa de entrevistas De Frente com Gabi, da apresentadora Marília Gabriela, no último domingo, dia 3. As declarações de Malafaia causaram uma onda de protestos nas redes sociais, por conta do teor homofóbico das falas do religioso.


O vídeo de Eli Vieira, por sua vez, foi publicado como resposta ao apelo do deputado federal Jean Wyllys (Psol - RJ), que também por meio das redes sociais, no próprio domingo, conclamou os "homens e mulheres da ciência a não se calarem ante a estupidez fundamentalista e o cinismo dos exploradores comercias da fé!"



No texto, o pastor evangélico diz estar enviando "sua resposta ao doutorando em Genética". Confira a íntegra da carta do pastor Silas Malafaia:
"Minha resposta ao doutorando em Genética, que me parece estar defendendo a sua causa na questão da homossexualidade:

Toda a argumentação que ele apresenta é apenas suposição científica, sem prova real, e tremendamente questionada pela própria Genética. É igual à Teoria da Evolução, uma argumentação científica que não pode ser provada.

Não existe ordem cromossômica homossexual, só de macho e fêmea. Então, pseudodoutor, não existe uma prova científica de que alguém nasce homossexual, apenas conjecturas.
Dados de pesquisas americanas:

86% dos homens homossexuais já se apaixonaram ou tiveram relação com mulheres; 66% das mulheres homossexuais já se apaixonaram ou tiveram relações com homens. Como alguém nasce homossexual se já teve relação heterossexual? Isso é uma piada!

46% dos homens homossexuais já sofreram abuso por homens. A pesquisa é mais estarrecedora ao mostrar que 68% dos homens homossexuais só se identificaram com o homossexualismo após o abuso.
Se o rapaz metido a doutor em Genética quiser saber mais, leia o livro Nascido gay?, do Dr. John S. H. Tay, que tem mestrado em Pediatria e dois doutorados: um em Genética e outro em Filosofia, e analisou 20 anos de pesquisas sobre o assunto.

Mais uma para o pseudodoutor sobre os gêmeos monozigóticos, que são idênticos geneticamente: 35% desse tipo de gêmeo que é homossexual, o seu irmão gêmeo é heterossexual. Logo, conclui-se que geneticamente não se nasce homossexual, e o fator externo, do ambiente, é fundamental para determinar isso. Preferência aprendida ou imposta. Ou todos teriam de ser homossexuais ou todos teriam de ser heterossexuais no caso de gêmeos monozigóticos.

[Algumas fontes de pesquisas do livro citado: TOMEO, M. E.; TEMPER, D. I.; ANDERSON, S. Kotler D. Archives of Sexual Behavior [Registros sobre comportamento sexual], outubro de 2011; 30(5):535-41 ; STODDAR, J. P.; DIBBLE, S. L.; FINEMAN, N. "Sexual and physical abuse: a comparison between lesbians and their heterosexual sisters", in: Journal Of Homosexuality, 56(4):407-20, 2009.]
A verdade é esta: ninguém nasce gay. Não existe prova científica, apenas teorias científicas."

domingo, 6 de maio de 2012

Pressão por renúncia de líder católico aumenta por atuação em inquérito secreto sobre abuso sexual de religiosos.



Está crescendo a pressão pela renúncia do líder da Igreja Católica na Irlanda, cardeal Sean Brady, depois de sérias acusações feitas contra ele em um documentário da televisão BBC sobre sua atuação em um inquérito secreto sobre abuso sexual de religiosos.

Sobreviventes dos abusos, importantes m
inistros, padres, advogados canônicos, editoriais de jornais, oficiais de polícia, grupos de direitos humanos e o chefe da maior instituição de caridade infantil do país estavam entre os que pediram que o cardeal se demitisse na quinta-feira por causa de seu fracasso, 37 anos atrás, em relatar evidências condenatórias contra o reverendo Brendan Smyth. Essa omissão permitiu que Smyth continuasse abusando de crianças durante pelo menos mais 13 anos.

Smyth, que morreu na prisão, foi condenado nos anos 1990 e admitiu ter molestado e estuprado cerca de cem crianças na Irlanda e nos EUA.

Falando no Parlamento, o vice-primeiro-ministro Eamon Gilmore descreveu as revelações do programa da BBC como "mais um episódio terrível de fracasso de membros graduados da Igreja Católica em proteger as crianças", e disse que na sua opinião o cardeal deveria renunciar por não ter relatado as acusações às autoridades.

"Eu acho que é função do governo e do Estado elaborar nossas leis e garantir que essas leis sejam aplicadas a todos, quer pertençam a uma igreja ou não", disse Gilmore. "É minha opinião pessoal que qualquer pessoa que não enfrente a escala do abuso que vimos neste caso não deve deter uma posição de autoridade."

O primeiro-ministro Enda Kenny, que fez um discurso notável no ano passado denunciando a interferência do Vaticano nas investigações de abuso sexual de religiosos na Irlanda, disse que o cargo que ele detém o impede de pedir a renúncia do cardeal, mas na quarta-feira ele disse que o primaz deveria "refletir" sobre o conteúdo do programa da BBC.

O vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte, Martin McGuinness, um católico devoto, descreveu a situação como "muito grave" e comentou a decisão do cardeal de permanecer: "Falando pessoalmente, acredito que ele deveria refletir sobre a sabedoria de sua posição, que fará muitos católicos se perguntarem se alguma coisa deve ser feita pela liderança da Igreja Católica para tocar as mudanças que muitos consideram necessárias, em um momento tão triste para todos", ele disse.

O apelo para que Brady renuncie foi repetido por Fergus Finlay, o principal executivo da instituição de caridade infantil Barnardo, que disse que o cardeal tinha a "responsabilidade moral" de acompanhar o que havia escutado e "romper fileiras se descobrisse que nada foi feito".

Sam Adair, um dos abusados por Smyth depois de 1975, contou à televisão nacional da Irlanda RTE: "A questão é que esse homem era um advogado canônico hábil e importante, altamente remunerado e procurado, e promovido ao mais alto nível da Igreja Católica Romana na Europa. Ele era um hábil advogado canônico, e não um notário".

Adair referia-se à constante insistência do cardeal de que seu papel na investigação interna da igreja em 1975 foi de um secretário, e que ele tinha cumprido seu dever ao transmitir a seu superior transcrições precisas das reuniões com crianças que alegaram abusos.

No entanto, o documentário da BBC, que foi exibido na terça-feira, apresentou documentos manuscritos referentes a um desses interrogatórios envolvendo Brendan Boland, um jovem de 14 anos que se apresentou para acusar Smyth, em que Brady, ainda não um prelado, se descrevia como tendo sido "despachado para investigar a queixa", provocando acusações de que ele tinha maior responsabilidade do que admitiu.

"A documentação da entrevista com Brendan Boland, assinada em sua presença, claramente me identifica como o 'notário' ou 'secretário'", disse o cardeal em uma declaração em resposta ao programa. "Qualquer sugestão de que fui algo mais que um notário no processo de registrar o depoimento de Boland é falsa e enganosa."

Brady disse que se "sentia traído" ao saber quase duas décadas depois que as anotações que ele passou à frente não levaram a atos de seus superiores, deixando aberto o caminho para que Smyth abusasse de numerosas outras crianças, incluindo as citadas durante a entrevista por Boland.

Boland, hoje com 51 anos, disse ao programa da BBC que Smyth tinha continuado a abusar dele e de outro menino que ele havia citado depois que o denunciou em 1975. Boland também disse ao programa que apesar do fato de ele ter dado seus nomes e endereços à equipe de investigação - incluindo Brady -, a irmã do outro menino e seus quatro primos foram posteriormente vítimas de abuso por Smyth nos 13 anos seguintes, e seus pais não foram informados sobre o perigo que ele representava para seus filhos.

Citando fontes internas do Vaticano, "The Irish Times" disse que a hierarquia da Igreja Católica não tinha apetite para que Brady renunciasse.

"A última coisa que a Santa Sé quer agora é que uma importante figura da igreja, o primaz de toda a Irlanda, seja forçado a renunciar por causa de seu envolvimento em um 'incidente' de abuso sexual 37 anos atrás", diz a reportagem. "Se isso ocorresse, viria exatamente às vésperas do Congresso Eucarístico Internacional em Dublim no mês que vem."

Smyth, um dos mais famosos pedófilos religiosos da Irlanda, foi transferido de paróquia em paróquia por toda a ilha durante 40 anos, deixando em seu rastro uma trilha de acusações. Ele foi preso pela primeira vez em um caso de abuso sexual em 1994 na Irlanda do Norte. Ao ser solto em 1997, foi imediatamente extraditado para a República Irlandesa, onde foi condenado a mais 12 anos, depois de se declarar culpado em 74 acusações de ataque indecente e sexual.

Ele morreu aos 70 anos, tendo cumprido menos de um ano da sentença.

sábado, 24 de setembro de 2011

Bispo Edir Macedo. Lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.



A Justiça Federal em São Paulo abriu ação penal para investigar Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), e mais três pessoas por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. A denúncia é do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), que também havia acusado o grupo de estelionato e falsidade ideológica, mas essas denúncias foram recusadas.

Além de Edir Macedo, foram denunciados o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva (que foi detido com R$ 10 milhões no Aeroporto de Brasília, em 2005), o bispo da Iurd Paulo Roberto Gomes da Conceição e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa. A denúncia foi oferecida no último dia 12. o MPF informou que irá recorrer em relação às denúncias não aceitas. A Justiça Estadual de São Paulo já aceitara denúncia contra o fundador e líder da igreja neopentecostal em 2009, mas o processo foi encaminhado à Justiça Federal devido à natureza dos crimes.

A nova denúncia do MPF usou elementos da acusação do Ministério Público paulista e incluiu informações novas, como a participação de doleiros no esquema criminoso. Outra diferença entre as denúncias é a redução do número de acusados, de dez para quatro. De acordo com a assessoria do MPF-SP, os seis suspeitos que ficaram fora da acusação do MPF continuam sendo investigados pela Polícia Federal.

De acordo com o procurador Sílvio de Oliveira, o grupo cometia estelionato contra os fiéis da Iurd, oferecendo “falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela igreja”.

O procurador só denunciou crimes ocorridos entre 1999 e 2005, uma vez que foi só em 1998 que o crime de lavagem de dinheiro passou a integrar o ordenamento jurídico brasileiro. No entanto, ele citou vários episódios anteriores a esse período para explicar a estruturação do grupo e como o esquema foi montado.

sábado, 23 de outubro de 2010

Discurso do Allende sobre ser ou não ser cristão - qualquer referência ao Brasil é mera coincidência

Sempre a história nós permite encontrar inspiração para falar com o povo. 


 


Confissiones de um Militante da esquerda Paraense

É com tristeza eu ver que dediquei 20 anos de minha vida à um projeto quer se degenera a cada dia. Tenho dito. (Edir Veiga).

Eleições no Brasil: a esquerda caiu no pragmatismo desvairado

A experiência internacional européia dos partidos sociais democratas e trabalhistas no poder experimentou um caminho análogo. Todos os partidos transformaram-se progressivamente de partidos de massas em partidos de mobilização eleitoral. A luta pela transformação social se transmutou em luta pelo controle de parcela do poder de Estado, ou seja, governos e parlamentos.

O "envelhecimento" destes atores partidários redundou no cochilo frente à emergência de uma nova agenda pública, a partir da década de 1970, temas como: questões ambientais globais e locais, direitos humanos, liberdade opção sexual, questões culturais, artísticas, ética na política, etc. Esta agenda passou "desapercebida" pelos partidos da esquerda tradicional.

Ancorados nesta nova agenda pública, não captadas pelos partidos, emergiu organizações da sociedade civil que canalizaram toda esta nova agenda sócio-ambiental- cultual, fazendo emergir o poderoso movimento do terceiro setor, que ao ganharem musculatura, testemunharam a mudança do papel dos partidos políticos para uma dimensão meramente relacionada à institucionalidade estatal.

No Brasil o PT conheceu a conquista de governos estaduais e federal e experimentou a mais fantástica alteração objetiva em sua forma de ver o mundo, a política e as relações com o aparelho de Estado. Num curto espaço de tempo, de 15 anos, o PT trocou a negação total de alianças com partidos de centro e chegou a se aliar até com partidos da direita ideológica.

O PT vem se estatizando a passos largos, os movimentos sociais influenciados pelo PT, perdeu seus principais quadros, que viraram parlamentares, assessores ou governantes. Enquanto isso, estes mesmos movimentos sociais, dirigidos por líderes poucos expetimentados e despreparados foi progressivamente manietado peloa direção política emanados dos governos.

O debate entre meios e fins ou entre filosofia e política foi esquecido. A adesão completa à institucionalidade do sistema eleitoral e partidário foi total. Em nome de conquistar governos e parlamentos adentrou-se ao tortuoso caminho do financiamento de campanhas, para não depender do empresariado, muitos governantes e parlamentares foram flagrados no famoso caixa 2. Muitos líderes renomados foram fulminados em escândalos públicos.

As lideranças partidárias cometem, a cada dia, pecados mortais contra a marca PT. Até com "inimigos" históricos e recentes aparecem abraçados no palaque eletrônico (TV), a exemplo do que ocorreu com Almir Gabriel no Pará, ou com Collor em Alagoas.

Assim o PT caiu no pragmatismo mais deslavado, abandonou seu compromisso histórico com uma ética republicana e se comporta eleitoralmente com os partidos tradicionais, pagando formiguinhas, bandeirolas e boca de urna.

sábado, 10 de outubro de 2009

Círio: Séculos de uma história de amor e devoção a Maria - Feliz Círio








A devoção a Nossa Senhora de Nazaré no Pará começou em 1700, quando o caboclo Plácido encontrou uma imagem da Virgem no igarapé Murutucu - onde hoje é a travessa 14 de Março, em Belém. Levou a imagem para casa, mas, misteriosamente, ela retornou ao local onde foi encontrada. O fato se repetiu várias vezes e Plácido decidiu construir uma pequena capela no lugar do achado, onde milhares de viajantes e romeiros vinham em busca de graças e milagres da santa.

Mas foi somente nove décadas depois que tanta devoção deu origem ao Círio de Nazaré. A procissão foi realizada pela primeira vez como pagamento de uma promessa. Era 8 de setembro de 1793, uma quarta-feira. Naquele ano, o governador português Francisco Coutinho, impressionado com as romarias à ermida de Nazaré, decidiu organizar uma festa pública para divulgar essa devoção. Toda a população do interior foi convidada para uma grande feira, onde as pessoas iriam expor seus produtos da lavoura, além de participar de um fascinante evento religioso.

Às vésperas da festa, o governador adoeceu. Prometeu à Virgem que se melhorasse iria buscar a imagem na ermida para levá-la até o Palácio do Governo, onde faria celebrar uma missa. Em seguida, a traria de volta em romaria. Recuperado, o governador cumpriu sua promessa e assim se iniciou uma das maiores procissões religiosas do mundo, nas ruas de Belém.

Até o início do ano 1900, a grande procissão acontecia em setembro. Hoje, é realizada no segundo domingo de outubro. O percurso também era diferente, pois inicialmente saía da capela do Palácio do Governo em direção à ermida no Igarapé Murutucu.

Em 1882, o bispo Dom Macedo Costa decidiu que o ponto de partida seria a Catedral. As ruas de Belém não eram asfaltadas e viravam grandes atoleiros com as cheias da baía de Guajará, que banha parte da cidade, em especial a área onde passa a procissão. Por causa disso, a Berlinda com a imagem da santa era puxada por bois, que precisavam do reforço de uma corda num desses atoleiros.

No século XX, os bois foram retirados da procissão porque começaram a oferecer risco para os fiéis que acompanhavam a imagem, mas a corda permaneceu e se tornou um dos principais símbolos da festa de Nazaré.

O percurso já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história.

Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

terça-feira, 17 de março de 2009

A voz da igreja é a voz de Deus. Segue a polêmica pelas declarações do arcebispo do KKK

La voce della Chiesa è la voce di Dio. Ne consegue la controverse dichiarazioni del arcivescovo di KKK

O presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Rino Fisichella, criticou no domingo no jornal da Santa Sé o arcebispo brasileiro José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe e os médicos que praticaram o aborto em uma menina de 9 anos grávida de gêmeos depois de ser violada por seu padrasto.
Em um artigo publicado em "L'Osservatore Romano", Fisichella critica a postura de Cardoso e defende os médicos. "São outros os que merecem a excomunhão e nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e que a ajudaram a recuperar a esperança e a confiança", escreve, dirigindo-se à menina.
Segundo o arcebispo italiano, o padrasto que violou a menina é quem deveria ter sido excomungado. A menina, ele escreve, "deveria ser em primeiro lugar defendida", e "antes de pensar na excomunhão era necessário e urgente proteger sua vida inocente e devolvê-la a um nível de humanidade do qual nós, homens da Igreja, devemos ser peritos protetores e mestres".
Em todo caso, Fisichella justifica o mecanismo da excomunhão em caso de aborto e concentra suas críticas na posição do arcebispo. "O aborto não-espontâneo sempre foi e continua sendo condenado à excomunhão, que é automática. Não era necessário, na nossa opinião, tanta urgência em dar publicidade a um fato que ocorre de maneira automática.

"CredibilidadeA notícia chegou aos jornais "só porque o arcebispo de Olinda e Recife se movimentou apressadamente para declarar a excomunhão", diz Fisichella, acrescentando que, com o confronto entre o governo brasileiro e a Igreja Católica, "se ressentiu a credibilidade de nossa instrução, que para muitos pareceu insensível, incompreensível e privada de misericórdia".Giovanni Battista Re, estreito colaborador do papa Bento 16 e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, declarou ao jornal "La Stampa" que "o verdadeiro problema é que os gêmeos concebidos eram pessoas inocentes, que tinham o direito inegável à vida".O presidente Lula somou-se aos protestos:
"Lamento que um bispo da Igreja Católica tenha um pensamento tão conservador como esse". Mas Sobrinho não cedeu: "Não me arrependo (...). É meu dever alertar a população para que tenha temor às leis de Deus".