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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Analistas reveem preço do minério para US$ 40 em 2016




O mercado termina 2015 mais pessimista em relação às perspectivas do minério de ferro para o ano que vem. Bancos e consultorias estão revendo as projeções dos preços para a commodity em 2016 e em horizonte mais à frente (2017 e 2018). Os analistas preveem um preço médio próximo de US$ 40 por tonelada em 2016 para o minério com 62% de teor de ferro colocado na China. A estimativa representa queda de 20% em relação aos cerca de US$ 50 por tonelada estimados anteriormente por diversos bancos.

A maior cautela de analistas e investidores tem como pano de fundo o difícil momento vivido pelas mineradoras, inclusive as grandes (Vale, Rio Tinto e BHP) em um ambiente marcado por sobre oferta da commodity no mercado internacional, demanda fraca na China e preços em queda. Desde 2011, os preços do minério de ferro caíram cerca de 80% e situam-se hoje na faixa dos US$ 40 por tonelada no mercado à vista da China, o grande consumidor de matérias-primas minerais e metálicas. O minério de ferro, assim como o carvão metalúrgico, e os metais (cobre, níquel) são usados como insumos na produção de aço.



No atual cenário, novos cortes na produção de minério de ferro são importantes para garantir um maior equilíbrio entre oferta e demanda, abrindo espaço à frente para alguma recuperação nos preços, dizem analistas. Mas as estimativas para 2016 não são encorajadoras uma vez que o fechamento de capacidades de produção deve praticamente compensar a entrada em operação de novas minas.

Há estimativas de que o fechamento de minas deva atingir volumes entre 50 milhões e 60 milhões de toneladas no ano que vem, incluindo capacidades de maior custo na China e produtores menores ("juniors companies") na Austrália, além do efeito da exaustão global ("depletion") de minas antigas em operação. Ao mesmo tempo, pode haver aumento na oferta global da ordem de 60 milhões a 70 milhões de toneladas garantida pelas mineradoras australianas Roy Hill, RioTinto e BHP, estimou em relatório a corretora Itaú BBA.

"Precisamos ver mais capacidades de produção saindo do mercado. Mas a pergunta é: em que nível de preço essas capacidades vão deixar o mercado?", disse Laura Brooks, analista sênior da consultoria britânica CRU. A empresa está revendo estimativas, mas considera que o preço da commodity poderá ficar em um patamar médio entre US$ 35 e US$ 45 por tonelada no ano que vem. A lógica é que com o preço abaixo de US$ 40 por tonelada mais minas devem sair do mercado, o que ainda não se materializou. "Isso nos deixa mais cautelosos", disse Laura.

Segundo ela, se for considerado um preço médio de US$ 35 por tonelada no ano que vem, 80% do minério de ferro negociado no mercado transoceânico ainda vai gerar caixa. "Muitos produtores são vulneráveis aos atuais níveis de preços, mas como trata­se de um mercado concentrado e os grandes produtores operam com baixo custo significa que as 'majors' [Vale, BHP, Rio Tinto e inclusive a também australiana FMG] operam com geração positiva de caixa mesmo com o minério a US$ 35 por tonelada", disse Laura.

Na visão da CRU, os preços do minério de ferro caíram a níveis suficientemente baixos para acionar respostas pelo lado da oferta. A consultoria afirmou que a Anglo American deve reduzir a produção da mina de Kumba, na África do Sul, em 10 milhões de toneladas no ano que vem. A australiana BC Iron, por sua vez, vai parar a mina de Nullagine, na Austrália. Em contraste, a Roy Hill, da bilionária Gina Rinehart, fez os primeiros embarques de minério de ferro adicionando novos volumes a um mercado 21/12/2015 Analistas reveem preço do minério para US$ 40 em 2016 | Valor Econômico http://www.valor.com.br/empresas/4365572/analistas­reveem­preco­do­minerio­para­us­40­em­2016 2/2 sobreofertado.

A maior cautela de bancos e consultorias em relação ao mercado de minério de ferro considera uma desaceleração na demanda da China por matérias­primas. Esse movimento é resultado de uma menor produção de aço esperada para o ano que vem pelas siderúrgicas chinesas. Nesse ambiente, o minério de ferro e o carvão metalúrgico permanecem como as commodities mais expostas a novas baixas, disse o Credit Suisse em relatório. O banco projetou que no segundo semestre do ano que vem a cotação do minério de ferro pode bater em US$ 35 por tonelada.

Ao mesmo tempo, o banco previu recuperação nos preços no primeiro semestre de 2016, quando as cotações podem voltar provisoriamente a US$ 50 por tonelada em movimento impulsionado pela redução dos estoques já no fim deste ano e por questões sazonais ­ a demanda por aço da construção civil na primavera chinesa. Mas no segundo semestre do ano que vem os preços devem voltar a cair considerando a sobreoferta da commodity, uma produção sazonal de minério de ferro mais forte e uma fraca produção de aço no mundo.

O Credit Suisse foi uma das instituições financeiras que reduziram suas projeções para os preços das commodities, incluindo o minério de ferro. O banco prevê que na média de 2016 o minério com 62% de teor de ferro colocado na China possa ficar em US$ 41 por tonelada, em média, ante uma projeção anterior de US$ 46 por tonelada, também em média (ver tabela).

Outros bancos também cortaram suas projeções para a commodity no ano que vem: o Itaú BBA reduziu sua estimativa de US$ 50 para US$ 40 por tonelada considerando um maior fornecimento de minério de ferro pela Austrália, a redução na produção chinesa de aço e o recente aumento dos estoques da matéria­prima nos portos chineses. Santander, Bradesco, HSBC e Goldman Sachs são outros bancos que reviram suas projeções para o minério de ferro para patamares médios entre US$ 40 e US$ 50 por tonelada no ano que vem.

O mau humor do mercado em relação às perspectivas para o minério de ferro é expressa também em uma pesquisa que a Goldman Sachs fez com investidores na conferência global do banco sobre metais e mineração, em Nova York, no começo do mês, da qual participaram 32 empresas. Os investidores foram perguntados sobre qual é o preço médio que esperam para o minério de ferro colocado na China em 2016 em comparação aos preços registrados na ocasião no mercado à vista chinês, na faixa de US$ 45 por tonelada. Para a maioria dos entrevistados (58%), o preço médio da commodity deve ficar em patamar entre US$ 40 e US$ 50 por tonelada no ano que vem. Apenas 6% projetaram preço entre US$ 50 e US$ 60 por tonelada na média de 2016.


Boa parte dos entrevistados (41%) previu que a produção de aço na China vai cair mais de 2% no ano que vem. O crescimento chinês é por sua vez a maior preocupação da maioria dos entrevistados (64%) em 2016. O Goldman Sachs prevê que os preços caíam para US$ 44 por tonelada em 2016 e para US$ 40 por tonelada em 2017.

Por Francisco Góes | Do Rio VAOR

domingo, 27 de setembro de 2015

Política Mineral


Atraso no Marco Mineral prejudica o Pará. Arrecadação com mineração deve subir. Declaram, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Energia e Mineração e a Secretária Adjunta. 





sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Energia e mineração, regime perverso


O governador afirmou que o regime fiscal nos setores da energia e minério, é “perverso” para os Estados produtores, embora estratégico e benéfico para o Brasil. 


Em uma conversa franca com técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta quinta-feira (17), no auditório do órgão, o governador Simão Jatene fez uma análise do atual cenário do país e falou sobre os desafios que a gestão pública tem para conseguir superar a série de entraves econômicos e fiscais que hoje estão postos, seja para a União, seja para os Estados e municípios. O debate fez parte do projeto “Sexta da Integração”, que todo mês convida alguma autoridade dos órgãos jurisdicionados pelo TCE.

“Só vamos conseguir caminhar na direção que a sociedade aspira quando entendermos que precisamos estar juntos no esforço de dar densidade a algo que chamo de capital único, que nada mais é do que o conjunto de valores que definem como uma sociedade vive. Essa é a pior crise dos últimos 23 anos, porque além de econômica e fiscal, ela também é política e moral. Estou absolutamente convencido de que nosso maior desafio é repensarmos e discutirmos sobre direitos e deveres. Precisamos recuperar, antes de tudo, nossos valores que foram perdidos nas más práticas de gestão e de governo”, defendeu Simão Jatene.

O governador criticou ainda a forma como questões importantes para o país vêm sendo tratadas pelos partidos de forma geral. Com exemplo, Jatene citou a discussão pela nova alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e reiterou que não concorda com a forma de condução nas negociações. “Parece que no final das contas é cada um querendo se salvar e querendo garantir a sua parte do bolo, mas a questão é não como que partidos, empresas ou governos se salvam, e sim como que o país se salva. E para isso, qualquer tipo de ajuste não pode ser apenas mais um, ele tem que ser capaz de nos aproximar do caminho que queremos”, afirmou.

Reduções – Ao falar sobre a situação do Pará diante da crise, Simão Jatene ressaltou que o Estado não está isento dos efeitos causados pela recessão e que, apesar de conseguir apresentar resultados acima dos nacionais e da maioria dos Estados brasileiros, vem sofrendo cortes ao longo dos anos que tiveram que ser superados pelo desempenho da receita própria. Com dados, o governador demonstrou que o aumento na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi decisivo para manter o equilíbrio das contas do Estado e dos municípios, diante da instabilidade das receitas transferidas.

O governador informou que, entre 2008 e 2012, R$ 190 bilhões deixaram de ser distribuídos pela União aos fundos federais em função da desoneração fiscal. Fora as reduções nas transferências do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Além disso, o Fundo de Estímulo à Exportação (FEX) também deixou de ser transferido em 2014, o que gerou um déficit de mais R$ 1,9 bilhão aos Estados. “Para se ter uma ideia de como a crise avança, prefeitos de dezenas de municípios paraenses informam que não receberam o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) este mês”, acrescentou.

Mudanças – Ao final do encontro, Jatene propôs mudar o quadro a partir de um novo olhar sobre o modelo tributário incidente sob as matizes econômicas, especialmente energia e minério, cujo regime fiscal, na avaliação do governador, é “perverso” para os Estados produtores, embora estratégico e benéfico para o Brasil. Para o governador, a crise oportuniza mudanças profundas que, a cada dia, são mais necessárias, devido ao esgarçamento do pacto federativo, que o longo dos anos tem punido os Estados exportadores ao não gerar recompensas. Em contrapartida, esses estados contribuem significativamente para o equilíbrio da balança comercial.

O governador lembrou que em 1939, mesmo após a grande crise da borracha, o Pará ocupava o sétimo lugar no ranking de Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil. Sete décadas depois de exploração dos recursos naturais, especialmente de minério e dos recursos hídricos, o Estado está no 22° lugar. “A verdade é que temos ajudado a financiar o país às custas da nossa pobreza. Quando comparamos os dados, vemos que a exploração dos nossos recursos ao longo desse tempo é proporcional a queda da nossa renda per capita. Isso foi necessário para o país por um tempo, mas ainda hoje continuamos a não sermos recompensados”, frisou.

Diálogo – O presidente do TCE, Luís Cunha, destacou o caráter técnico do encontro. “Há oito anos iniciamos a nossa caminhada no sentido de nos aproximarmos dos nossos jurisdicionados e da sociedade em geral. Esse projeto é, sem dúvida, mais um grande avanço neste sentido. Acredito esse encontro nada mais é do que uma reunião de trabalho e, justamente por isso, é muito gratificante que o governador tenha aceitado de pronto o convite. É a primeira vez que vejo a autoridade máxima do Estado vim até a nossa sede para este tipo de conversa e não para alguma solenidade. Apesar de novo, acredito que chegamos ao ápice do que imaginamos para o projeto”, disse.

O governador fez questão de agradecer pelo convite do tribunal. “Somos todos seres humanos e sei que erramos, mas quero pedir a ajuda de vocês para que possamos caminhar no sentido certo. Não estamos condenados nessa crise, mas é preciso um esforço coletivo. A sociedade não aceita mais financiar um país quebrado, que corresponde com uma prestação de serviços que não atende as próprias expectativas da sociedade. Por isso, nos ajudem a não errar e a lutarmos pelas grandes causas do Brasil e do Pará”, finalizou Jatene.

Amanda Engelke
Secretaria de Estado de Comunicação
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 17/09/2015 16:30:00

sexta-feira, 13 de março de 2015

Sedeme defende investimentos sociais em municípios mineradores





Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 13/03/2015 10:49:00


A secretária adjunta de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Maria Amélia Enriquez, participou do lançamento do 4º Anuário Mineral do Pará - Mineração com Responsabilidade Social / A vida é nossa maior riqueza", de iniciativa do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral), na noite desta quinta-feira, 12, no Espaço São José Liberto. Ela também representou o titular da secretaria, Adnan Demachki, e o próprio governador do Estado, Simão Jatene, na sessão especial realizada pela manhã na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em alusão ao Dia da Mineração, transcorrido nesta quinta.

Maria Amélia destacou a qualidade dos minérios do solo paraense, a importância do segmento minerário para a balança estadual e a necessidade de crescentes investimentos na área de responsabilidade social para melhoria da qualidade de vida das comunidades impactadas com a atividade extrativa minerária. O vice-governador Zequinha Marinho também prestigiou o evento, realizado no Espaço São José Liberto.

"A mineração responde por cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado e a perspectiva é de que este percentual aumente nas próximas décadas. O setor enfrenta uma baixa conjuntura, no momento. O minério de ferro, que é o nosso carrro-chefe, chegou em 2008 e 2009 a U$180 dólares a tonelada, hoje a tonelada do ferro está a U$ 57 dólares. Mas, o diferencial é que os projetos de Carajás - no município de Parauapebas, sudeste paraense - suportam esse baque na volatividade dos preços por que têm competitividade singular no mercado, devido aos componentes únicos, no que se refere à qualidade, quantidade e o teor das jazidas do Pará''.

Maria Amélia Enriquez destacou que a mineração chega em lugares remotos, nos quais, muitas vezes, as condições sociais não são boas, e alinhadas às políticas públicas do Governo, as empresas podem ter um papel transformador da realidade local. "Muitos grupos que estão se instalando, a exemplo da Alcoa (Juruti, oeste paraense), Votorantim, Belo Sun, já assumem a condicionante de manter um Fundo de Desenvolvimento, reservando uma parte de seus recursos para investimentos no social. Mas é necessário que esta ação esteja alinhada com a política pública do Governo Estadual'', enfatizou a economista.

No Pará, o setor da mineração emprega 20 mil pessoas de forma direta. Estima-se que cada posto de trabalho gere de um a dois empregos indiretos e diversas pequenas empresas. Maria Amélia Enriquez frisa a necessidade cada vez maior da qualificação da mão de obra local para o acesso a ocupações mais rentáveis, bem como a certificação das empresas. Um trabalho que já vem sendo desenvolvido pelo Sebrae Pará, parceiro institucional do Governo do Estado. O programa Territórios com Mineração, promovido em parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedeme) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), também é uma ferramenta estratégica no fortalecimento da gestão pública de municípios mineradores do Estado, entre outros benefícios proporcionados para a região.

A quarta edição do Anuário Mineral do Pará destacou as ações de responsabilidade social das empresas mineradoras. "É bom que o Anuário aborde esse tema. A empresa que está na ponta tem de ter sim responsabilidade de chamar para si o compromisso com a melhoria dos indicadores sociais do Estado'', concluiu a secretária adjunta da Sedeme, Maria Amélia.
Andrea Lia Amazonas
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Empresário da mineração cumprimenta à SEICOM pelo trabalho em bem do desenvolvimento


Minha cara Secretaria Profª Maria Amélia,
É uma honra para mim participar do processo de desenvolvimento do Estado do Para
Acredito nos seus governantes!
Meus respeitos a todos os Paraenses de Bem!
Parabéns à SEICOM!!




A SEICOM fez a diferença na vitoria do Simão Jatene Izabela Jatene Ana Jatene em diversos municípios mineradores do Estado. Dentre os mais importantes Itaituba e São Miguel do Guamá foram exemplos, em outros, mesmo perdendo, no segundo turno recuperou importantes votos, em Parauapebas, Canaã dos Carajás e outros. Veja aqui a equipe da SEICOM no Bairro de Jurunas dia sábado 25/10/14, um dia antes da eleição, uma grande virada que amarelou, depois da caminhada da SEICOM.
Dado curioso, nessa mesma manhã do sábado, candidato Jatene realizou a caminhada no bairro de Jurunas e encontrou o Governador e as duas equipes se somaram na caminhada.

Aí estão a Secretária da SEICOM, A Chefe do Gabinete da Secretária, Verônica, o Fernando, técnico, o japonês mais paraense que conheci, o Ambrósio, que não sabe comer com  pauzinhos japoneses (Hashi). Atrás da Secretária Maria Amelia Enríquez a sua ex-secretária de casa, Rosa Maria, mora no Jurunas e que a raiz da campanha virou líder comunitária do Bairro. Rosa Maria coordenou uma equipe de mais de 20 pessoas que todo dia fez campanha no bairro.
Esses detalhes da virada do Jatene poucos conhecem, mas já estão no Blog do  Enríquez Gonzalo V. Enríquez 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Deu no Repórter 70

Matéria que tinha sido noticiada no "Blog do Enríquez" e no site da SEICOM foi reproduzida pelo Repórter 70, hoje no Jornal "O Liberal". 

Gentileza que se agradece. 


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Secretária da SEICOM, Pará entrevistada na CNN



Nesta sexta-feira (30), a Secretária Maria Amélia Enríquez (Seicom) concedeu entrevista à CNN/Chile, falando sobre a importância do Estado do Pará conhecer com mais detalhes a experiência do Chile sobre a formalização de pequenas empresas da mineração. O estabelecimento de uma parceria entre Chile e Pará para um intercâmbio técnico, visando o desenvolvimento de territórios com mineração também foi pauta do diálogo.

Na viagem, a Secretária foi recebida pelo Vice-Ministro de Minas do Chile, Ignácio Moreno Fernando, que propôs a realização de um Termo de Cooperação Técnica visando parceria para temas de interesse comum.

Leia mais detalhes em breve acompanhando o site e a fan-page da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração - Seicom.
Matéria de Andréa Lia (SEICOM)

Maria Amélia junto com o Vice-Ministro de Minas do Chile, Ignácio Moreno Fernando


domingo, 11 de maio de 2014

Agenda Positiva para o desenvolvimento do Estado do Pará

Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Secretaria de Indústria Comércio e Mineração e UFPA/UNIVERSITEC - Agenda positiva para o desenvolvimento do Estado do Pará

Depois de Lançar o Plano de Mineração a SEICOM intensifica suas parcerias com diversos órgãos de desenvolvimento do Estado para promover ações de capacitação de melhoramento da qualidade de vida e promover um avanço na gestão dos recursos minerais do Estado, bem como promover a diversificação da exploração dos recursos naturais, intensificando as cadeias produtivas.

Uma última ação tem sido a realização de cursos nos municípios que compõem o Consórcio Tapajós. Integrada pelos municípios de Novo Progresso, Prefeitura de Itaituba, Prefeitura de Jacareacanga, Prefeitura de Trairão,

O começo de tudo. 

Nesse contexto a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), motivada pelo Consórcio Tapajós, iniciou um ciclo de Diálogos para Elaboração da Agenda de Desenvolvimento Territorial para o Tapajós. O objetivo é contribuir com o processo de desenvolvimento dos municípios dessa Região, tendo em vista o intenso dinamismo econômico que os principais eixos produtivos - logístico, minerário, energético e do agronegócio – provocarão naquele território. Esses eixos, além de impactar a região, trazem a possibilidade de promover o desenvolvimento socioeconômico e ambiental, desde que haja um adequado preparo nos municípios, tanto para propor ações que minimizem as externalidades, quando para maximizar as oportunidades e melhor orientar as prioridades de atuação.
Foi assim que se iniciou a realização de cursos em diferentes áreas, que promovam o desenvolvimento da região. Dentre eles a capacitação para captação de recursos, prestação de contas e os cursos de Planejamento Estratégico para gestores e secretários municipais da região de TAPAJÓS.

DIÁLOGO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA AGENDA PRÓ-DESENVOLVIMENTO
O sucesso dos cursos de Planejamento Estratégico para gestores e secretários municipais, realizados em parceria do Governo do Estado com Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) por meio da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA/UNIVERSITEC, se reflete na ativa participação da SEICOM/UNIVERSITEC, nos diverso cursos realizados em todas as regiões de integração do Estado, Abrangendo municípios do Sul, Sudeste e Oeste do Pará. 

São diversos os cursos que ser realizam, conforme programação do TCM, entretanto o mais recente e de grande importância foi o curso que teve foco no Consórcio Tapajós, realizado em Itaituba, Pará. 

Curso de Planejamento Estratégico Operacional para gestores e secretários de municípios. 

Veja alguns tópicos das disciplinas de Planejamento Estratégico para gestores e secretários municipais. 

Ementa da Disciplina.
  1. Análise das principais tendências internacionais sobre economia, população, educação, meio ambiente e tecnologia.
  2. Análise e Visão Estratégicas da econômica paraense, com ênfase em municípios.
  3. Planejamento estratégico. Histórico, importância, principais conceitos.
  4. Gestão Estratégica – Planejamento estratégico, cenários prospectivos.
  5. Metodologias e etapas do planejamento estratégico, Grumbach, BSC Balance Scorecard, Planejamento Situacional, etc.
6.      Formulação de um plano estratégico. Análise de cenários, modelo SWOT.

O consorcio Tapajós está integrado por municípios que são principalmente de base mineral. Novo
Progresso, Prefeitura de Itaituba, Prefeitura de Jacareacanga, Prefeitura de Trairão

Nessa região o Governo do Estado está focando diversas ações, além de capacitação, está prevista a construção de escolas, um hospital de média complexidade 

Fotos de alunos e professores 
Fotos de alunos e professores nas aulas de planejamento no consórcio Tapajós, Itaituba, Pará. 









domingo, 9 de março de 2014

Comitiva visita Serra Pelada amanhã


Mina de ouro

Objetivo é assegurar que garimpeiros não sofram com falência de exploradora

Brasília

RAFAEL QUERRER

Da Sucursal

Em comitiva liderada pelo deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) visitará Serra Pelada amanhã, pela manhã, para assegurar que os garimpeiros vinculados à Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) não sejam prejudicados por eventualidades provocadas pela falência do grupo canadense Colossus Minerals Inc.. A comitiva será composta pelo deputado federal Domingos Dutra (SDD-MA), pelo promotor de justiça Hélio Rubens, pelo geólogo Nivaldo Pimenta e por um representante da Secretaria de Indústria Comércio e Mineração do Estado do Pará (Seicom). Um dos objetivos centrais é garantir que o primeiro contrato firmado entre a Colossus e a Coomigasp seja cumprido. Segundo esse documento, os garimpeiros teriam direito a 49% dos lucros da mineração mecanizada em Serra Pelada e a empresa exploradora, 51%. Antes de quebrar, a Colossus teria modificado o acordo e redividido os lucros em 75% e 25%, respectivamente, segundo denúncias dos garimpeiros.

De acordo com o deputado Arnaldo Jordy, os acionistas da Colossus já estariam negociando com uma outra empresa a participação no projeto de mineração junto à Coomigasp. "Eles já investiram US$ 450 milhões aqui e estão se organizando para não perder esse dinheiro. Eles já entraram em contato com outra empresa com experiência em exploração de minérios, mas ainda não divulgaram o nome do grupo. Estamos aguardando para fazer as devidas averiguações. Viemos aqui para conversar com os garimpeiros, com o pessoal que restou na Colossus e com o interventor da Coomigasp, Marcus Alexandre, para que o primeiro contrato firmado seja cumprido e para que esse povo, que trabalhou muito em Serra Pelada, não perca seu direito a esse dinheiro, em nenhuma hipótese", explicou o parlamentar.

O grupo de visitantes também negociará para que o Banco do Brasil disponibilize contas personalizadas aos garimpeiros, com segurança avançada, para evitar fraudes no repasse do dinheiro aos trabalhadores. "Nós queremos encerrar essa novela toda e impedir mais desgraças nas vidas dessas pessoas. Elas merecem ser recompensada pela contribuição que já deram", disse o deputado. "Todos os garimpeiros deverão receber, sempre, 49% dos lucros, de acordo com o que estava estipulado no contrato. Isso deve começar em seis meses, depois que a mina começar a ser explorada", completou.

O Liberal. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Exemplo para o minério paraense


Indonésia proíbe exportação de minerais brutos, mas permite remessas da Freeport

Objetivo é forçar os mineiros a processar os materiais no mercado interno


JACARTA - A Indonésia proibiu exportações de minerais brutos no domingo, mas provavelmente irá permitir que gigantes da mineração Freeport McMoRan Copper and Gold e Newmont Mining Corp continuem a enviar bilhões de dólares de cobre ao exterior. A nação do sudeste asiático é o maior exportador mundial de minério de níquel, estanho refinado e carvão térmico e abriga a quinta maior mina de cobre e a pricipal mina de ouro.

A proibição tem como objetivo impulsionar o retomada de longo prazo da Indonésia a partir de sua riqueza mineral, forçando os mineiros a processar seus minérios no mercado interno. Mas as autoridades temem que um corte de curto prazo na receita estrangeira possa ampliar o déficit em conta corrente, que minou a confiança dos investidores e prejudicou a moeda rúpia.

- A partir de meia-noite de 12 de janeiro de 2014, o minério bruto definitivamente não pode ser exportado - disse o ministro de Minas e Energia, Jero Wacik, a jornalistas logo após uma reunião com o presidente e ministros.

No entanto, em uma de suas maiores decisões de política econômica desde que assumiu o cargo há quase 10 anos, o presidente Susilo Bambang Yudhoyono aprovou um regulamento de última hora que provavelmente vai aliviar o impacto da proibição em grandes mineradoras como Freeport e Newmont.

- Não só Freeport e Newmont, mas temos 66 empresas que disseram que vão construir fundições ... essas (empresas) vão ter a chance de exportar minerais processados - disse Wacik. - O ministério da energia, mais tarde, dará mais detalhes sobre os níveis de concentrado permitidos.

A maioria das empresas que deverá sentir o impacto da proibição são pequenas mineradoras nacionais, que são cerca de centenas, que não podem se dar ao luxo de investir centenas de milhões de dólares necessários para construir uma fundição.

Os embarques de minério totalizaram 10,4 bilhões de dólares em 2012, ou cerca de 5 por cento do total das exportações da Indonésia, de acordo com o Banco Mundial.

A incerteza sobre a proibição forçou o maior produtor de cobre da Indonésia, Freeport, a deter as exportações até que o governo proporcione clareza sobre que minerais podem ser exportados, disse um representante do sindicato à Reuters.

Reuters

sábado, 7 de setembro de 2013

Indústria do Pará lidera avanço no País

Produção no Estado registra 3% frente ao mês de junho

Em julho deste ano, a produção industrial do Pará registrou o avanço mais expressivo do País (3%), frente ao mês anterior. A variação é da série livre de influências sazonais e a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, período em que acumulou ganho de 9,2%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou expansão de 3,0% na passagem dos trimestres encerrados em junho e julho, acelerando o ritmo de crescimento frente ao mês anterior (1,6%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal, que avalia 14 estados brasileiros.

Na comparação contra iguais períodos do ano passado, o setor industrial paraense mostrou variação positiva de 0,4% em julho de 2013, interrompendo uma sequência de cinco resultados negativos neste tipo de confronto, e queda de 8,6% no índice acumulado dos primeiros sete meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,9% em julho de 2013, mostrou retração menos intensa do que a observada em junho último (-6,5%).

A indústria paraense avançou 0,4% em julho de 2013 na comparação com igual mês do ano anterior, sustentada pelo crescimento em apenas duas das seis atividades investigadas. O maior impacto positivo sobre a média global foi observado na indústria extrativa (4,6%), seguido por alimentos e bebidas (12,2%), impulsionados, especialmente, pela maior produção de minérios de ferro, no primeiro ramo, e refrigerantes, crustáceos congelados e farinha de trigo, no segundo. Por outro lado, o resultado negativo mais relevante veio da atividade de celulose, papel e produtos de papel (-42,9%), pressionada pela menor fabricação de celulose, decorrente sobretudo da paralisação técnica para reforma do parque industrial em importante empresa do setor.

No índice acumulado de janeiro-julho de 2013, o setor industrial paraense apontou recuo de 8,6% frente a igual período do ano anterior, com quatro dos seis ramos investigados assinalando queda na produção. As contribuições negativas mais relevantes foram observadas nos setores extrativo (-8,0%) e de metalurgia básica (-10,1%), pressionados especialmente pela redução na produção de minérios de ferro e de alumínio, no primeiro ramo, e de óxido de alumínio, no segundo. Vale citar ainda o impacto negativo vindo de celulose, papel e produtos de papel (-35,2%), influenciado em grande parte pela menor fabricação de celulose. Por outro lado, o resultado positivo mais importante foi registrado pelo setor de minerais não-metálicos (4,1%).

A produção industrial de julho apresentou queda em relação a junho em nove dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. O recuo mais acentuado foi registrado em São Paulo, onde a produção teve recuo de 4,1%. A retração da indústria paulista foi a mais intensa desde setembro de 2011 (5,4%). Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve alta de 0,2%, contribuindo para o crescimento acumulado de 2,5% em 2013 sobre 2012. Nos últimos doze meses, a produção do setor subiu 1%.
O Liberal 07/09/2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Seicom encerra oficinas para o Plano de Mineração do Pará


Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 05/09/2013




O Estado do Pará é o segundo maior produtor de bens minerais do Brasil, responde por 6% das exportações nacionais e aproximadamente 70% do saldo comercial brasileiro, que foi de US$ 17 bilhões em 2011 e US$ 13,5 bilhões em 2012. A mineração e a indústria de transformação mineral somam ainda 15% do Produto Interno Bruto e colaboram com 3,5% dos empregos formais gerados do estado.

Para debater alternativas que tornem o setor uma plataforma de desenvolvimento sustentável para o estado, a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Pará (Seicom) realizou, nesta quinta-feira (5), a 13ª oficina para o Plano Estadual de Mineração (2013-2030), que teve como tema “Política Estadual e Modelo de Governança para Mineração no Pará”, no Centro Integrado de Governo, em Belém.

A última das oficinas para o Plano Estadual de Mineração reuniu alguns dos mais expressivos atores do segmento mineral no Pará. A ideia do ciclo de palestras foi abordar assuntos que vão da geologia à transformação mineral, com o objetivo de priorizar objetivos e definir ações e metas efetivas para a política mineral no estado.

"O Governo Federal não está fazendo uma gestão eficiente e o Pará acaba penalizado por esta situação. Isso precisa mudar. E uma das ações do governador Simão Jatene para ajudar no desenvolvimento do estado foi a recriação da Seicom. O trabalho estratégico desenvolvido por esta secretaria vem sendo importante para os projetos do governador", informou o titular da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa.

A expansão do Arranjo Produtivo Local (APL) de gemas e joias, em Itaituba e Parauapebas; os Grupos de Trabalho (GTs) de insumos minerais para a agricultura, petróleo e gás, agregados de uso direto na conservação; o adensamento de valor às cadeias minerais, com estudos de cadeias produtivas do cobre, níquel, manganês, alumínio, ferro, caulim e ouro são algumas das realizações da Seicom, desde sua recriação há quase dois anos. "Estas são ações que já deveriam estar ainda mais avançadas do que estão agora, não fosse o período de quatro anos de interrupção das atividades da Seicom, entre 2007 e 2011. Mas estamos nos empenhando para dar todo o apoio para desenvolver o Pará", informou Maria Amélia Enríquez.

Participaram da 13ª oficina para o Plano Estadual de Mineração (2013-2030), além da Seicom, representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pará (Secti), Vale, Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Pará) e outros órgãos públicos e particulares.                                                                                                                   

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Secretária Adjunda da SEICOM no Senado Federal



MARCO REGULATÓRIO DE MINERAÇÃO

Ciclo de Painéis no Senado Federal


A Profª da UFPA e Secretária de Estado Adjunta da SEICOM, Maria Amélia Enríquez,Participará de Debate no Senado Federal, dia 08/08/2013, Quarta Feira, no Canal do Senado, a partir das 07:30h.

Inicia-se no próximo dia 05 de agosto no Senado Federal um Ciclo de Painéis sobre o Novo Marco Regulatório de Mineração promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura, com transmissão ao vivo pela TV Senado. A coordenação do ciclo foi feita pelo Prof. Valdecir de Assis Janasi, e terá a participação de Professores do Instituto de Geociências da USP:

05 de agosto de 2013, 18h00
O Marco Regulatório da Mineração
Palestra do Ministro de Minas e Energia, Dr. Edson Lobão

07 de agosto de 2013, 07h30

Painel 1 - Tema: Modernização da Legislação Mineral

Apresentação dos paineis pelo Prof. Valdecir de Assis Janasi, 
Palestrantes:  
Profª Dra. Maria Amélia Enríquez, Secretária de Estado Adjunta da SEICOM, Pará
José Fernando de Coura - IBRAM e Elmer Prata Salomão. 


12 de agosto de 2013, 18h00
Painel 2 - Tema: Caminhos para o Desenvolvimento do Potencial Mineral Brasileiro
Apresentação da palestra “O Potencial Mineral Brasileiro” pelo Prof. Caetano Juliani, seguida de palestras de Onildo João Marini, Mario Ernesto Giroldo Valério e Álvaro Toubes Prata

19 de agosto de 2013
Painel 3 – Tema: A Mineração no Brasil: Diretrizes gerais para Regulação e Fomento
Palestras de Paulo Guilherme Galvão, Manuel Barretto da Rocha Neto (a confirmar) e Carlos Vilhena.

Veja algumas das publicações da Maria Amélia.






 



sábado, 20 de julho de 2013

Empresário bem sucedido da era LULA/DILMA, viveu às costas de incentivos fiscais para produzir commodities.

"Se pudesse voltar atrás, não recorreria ao mercado"

Filho de Eliezer Batista que se enriqueceu aproveitando seus cargos nos governos da ditadura, continuou sua carreira amparado nos governos Lula/Dilma, com recursos do BNDES para desenvolver empresas de commodities, nos setores da mineração e petróleo.

Esta tem sido o eixo do desenvolvimento brasileiro nos últimos 10 anos, basear seu crescimento na produção de commodities, o que tem feito do Brasil um país campeão da reprimarização da economia.

VEJA o artigo do Playboy Batista.

Eike: “Continuo acreditando na OGX e estamos reinventando a companhia”

Ao longo dos últimos meses, decidi que não me pronunciaria sobre a avalanche que se abateu sobre minha vida privada e principalmente sobre meus negócios. Mudei de ideia nos últimos dias diante da grande insistência de amigos próximos e alguns de meus executivos. Venho a público então submeter à reflexão aspectos que têm passado em branco quando se analisa minha trajetória empresarial.

Eu me tornei um empreendedor ainda no início dos anos 80, quando me aventurei no garimpo da Amazônia. Aprendi bastante em regiões de fronteira, ambientes hostis à atividade produtiva, enormes dificuldades de toda ordem para transportar equipamentos, surtos de malária que me obrigaram a substituir equipes inteiras da noite para o dia, o desafio de extrair minério em locais quase inacessíveis e meu próprio questionamento em torno das possibilidades de êxito diante das adversidades que se apresentavam. Acabei por me tornar proprietário de minas em diversos países e decidi estabelecer-me em definitivo no Brasil e me desfazer das participações que detinha na área de mineração.

Muitas vezes as pessoas imaginam que surgi do nada, em meio a uma febre desenfreada de aberturas de capital, e que surfei na onda de um mercado em alta que, sem qualquer razão aparente, me ofereceu um cheque em branco com algumas dezenas de bilhões para que eu pudesse brincar de empreender. Nestes últimos anos aprendi muito, errei e acertei em diversos projetos contribuindo para geração de riqueza para terceiros, para mim e principalmente para investidores. Se algum dia mereci a confiança do mercado, foi porque havia uma trajetória de mais de 30 anos de muito trabalho, desafios superados, sucesso e uma capacidade comprovada de cumprir compromissos.

Como entendo que a OGX está na origem da crise de credibilidade que se abateu sobre meu nome e que acabou por turvar as realizações e conquistas de empresas como MPX, MMX e LLX, começo por ela.

O que aconteceu desde que ficou claro que a OGX não estaria apta a apresentar os resultados que um dia pareceu possível alcançar? Eu me tornei de repente um aventureiro inconsequente que arregimenta recursos para seu próprio benefício e não se importa se entregará o que havia anunciado? Hoje é difícil lembrar, mas a OGX foi construída por algumas das cabeças coroadas por décadas de serviços prestados a empresas de renome. Eu não investi na indústria do petróleo sem me cercar daqueles que eu e o mercado entendíamos estar entre os mais capacitados profissionais com que se podia contar. Ao arrematar os campos que arrematou, a expectativa em torno da OGX era altíssima. Esta mesma expectativa parecia uma irrelevância diante dos prognósticos que recebi de diversas empresas independentes no mercado do petróleo. Uma delas foi a DeGolyer & MacNaughton (D&M). De acordo com um relatório divulgado em 2011, auditado por empresas independentes de renome internacional, a OGX possuiria recursos aproximados de 10,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (incluídos recursos contingenciais e prospectivos). Meu corpo técnico me reafirmava, dia após dia, a mesma coisa. Minhas empresas eram auditadas por três das maiores agências de risco do mundo, e nunca uma delas veio a mim ou a público alertar que não era bem assim.

Evidentemente, eu estava extasiado com as informações que me chegavam. Podia tê-las guardado para mim? Não, eu era o controlador de uma companhia de capital aberto e o que fiz foi compartilhar todo aquele esplendor e respectivos desafios com o mercado, além dos riscos envolvidos e chances de sucesso neste negócio de tão alto risco.

Tive ofertas para vender fatias expressivas ou mesmo o controle da OGX a partir de um valuation de 30 bilhões de dólares. Há dois anos, coloquei mais um bilhão de dólares do meu bolso na companhia. Eu perdi e venho perdendo bilhões de dólares com a OGX. Alguém que deseja iludir o próximo faz isso a um custo de bilhões de dólares? Se eu quisesse, poderia ter realizado uma venda programada de 100 milhões de dólares por semestre ao longo de 5 anos. Eu teria embolsado 5 bilhões de dólares e ainda assim permaneceria no controle da OGX. Mas não o fiz. Quem mais perdeu com a derrocada no valor da OGX foi um acionista: Eike Batista. Ninguém perdeu tanto quanto eu, e é justo que assim seja. Eu investi em um negócio de risco. É injusto e inaceitável, por outro lado, ouvir que induzi deliberadamente alguém a acreditar num sonho ou numa fantasia. Quem mais acreditou na OGX fui eu. Continuo acreditando e por isso estamos, nestes últimos meses, reinventando a companhia. Não desistirei deste desafio.

A OGX tem sido alvo de todo tipo de movimento especulativo, com vendas a descoberto no mercado e vazamentos de informações (falsas ou verdadeiras) numa escala sem precedentes e totalmente irresponsável. Muita gente ganhou dinheiro com a OGX por conta de toda esta excessiva especulação. Muitos também têm perdido dinheiro assim.

Sou solidário com os investidores que acreditaram na OGX em sua origem e que me honraram com sua confiança naquele momento ou mesmo depois, quando parecia que a companhia entregaria resultados de grande magnitude. O que posso dizer a essas pessoas é que acreditei neste cenário tanto quanto elas. Investi e continuo investindo quase todo meu patrimônio, tempo e dedicação na OGX e nas demais empresas X. E lamento profundamente não ver confirmados os prognósticos de consultorias de renome, auditados por agências de idêntico renome e referendados por executivos de renome.

Sou um otimista incorrigível em relação a meu país, a meus negócios e às pessoas que me cercam. Ao longo de minha atividade empresarial, os êxitos e conquistas superaram largamente fracassos e erros. Mas os fracassos aconteceram e eu nunca os escondi. Tive experiências mal sucedidas com a fabricação de jipes, com uma empresa concebida para concorrer com os Correios, com algumas minas fora do Brasil das quais tive de abrir mão por fatores diversos. Mas eu nunca deixei de ser transparente, pagar ninguém e nem de honrar meus compromissos. Sempre mirei atividades de alto risco com possibilidades de elevados retornos para parceiros e acionistas. Mineração é uma atividade de risco. Extração de petróleo é uma atividade de alto risco. As promessas de retorno são elevadas, num caso e noutro, mas o risco é grande. Isso jamais foi escondido, faço questão de pontuar novamente.

Mais do que ninguém, me pergunto onde errei. O que deveria ter feito de diferente? Uma primeira questão talvez esteja ligada ao modelo de financiamento que escolhi para as empresas. Hoje, se pudesse voltar no tempo, não teria recorrido ao mercado de ações. Eu teria estruturado um private equity que me permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos 10 anos cada companhia. E todas permaneceriam fechadas até que eu estivesse seguro de que havia chegado o momento de abrir o capital. Nos projetos que concebi, o tempo se revelou fator de estresse vital para a reversão de expectativas sobre companhias que ostentam resultados amplamente satisfatórios e possuem ativos valiosos.

Nos casos de MPX, MMX e LLX, a depreciação do valor de mercado é claramente incompatível com o que têm a oferecer. Estes últimos investimentos que efetuei tiveram como importante motivação contribuir para um Brasil mais competitivo, estruturado logisticamente e capaz de proporcionar um futuro melhor para o conjunto de sua população. A MPX possui a maior carteira de projetos licenciados do país. Ela se tornou modelo no conceito de térmicas ao longo da costa e gera hoje 2 mil megawatts, o suficiente para alimentar a cidade do Rio de Janeiro. Em pleno cenário de crise energética, foi dito publicamente por um membro da Aneel que, graças à MPX, não haveria apagão ou racionamento de energia. A MMX já produz 7 milhões de toneladas anuais de minério de ferro e conta com um ativo de importância estratégica vital, o Porto do Sudeste. Graças a ele será possível extrair minério de ferro de Minas Gerais e exportar a partir do quadrilátero ferrífero com ampla repercussão para a logística e para a balança comercial. A LLX conta com o Porto do Açu, polo industrial para os setores de petróleo e para o transporte de cargas em geral e a granel. É um porto-indústria que revela, em escala crescente, sua capacidade de atrair novas parceiras para sua retroárea de aproximadamente 90 km2. Dentre as empresas que já se instalaram ou estão se instalando no Açu, estão Technip, National Oilwell Varco (NOV), BP, GE, Wartsila e Vallourec, todas grandes corporações internacionais que acreditam nos meus negócios e no Brasil.

As pessoas ainda comentam que sou o cara do papel, do power point. Por que não visitam o Porto do Açu? Por que não visitam o Porto do Sudeste? Por que não visitam as plantas da MPX? É justamente o oposto do que se tem falado: sou o cara da economia real, que, mesmo com muitos obstáculos, coloca as coisas de pé. No pico das obras de meus empreendimentos, 30 mil pessoas estavam empregadas tornando concreto o que até então eram apenas sonhos. Isso é papel? Trinta mil pessoas em atividade? Eu realmente gostaria que todos os que duvidam de minha capacidade de entregar pudessem visitar o Porto do Sudeste e o Porto do Açu e as térmicas da MPX já em operação. É um convite que gostaria de fazer a todos. São empreendimentos para o Brasil, para o futuro do país. Meu sentimento é de que, em pouco tempo, as pessoas vão olhar para trás e pensar que pude oferecer minha contribuição ao desenvolvimento do sistema logístico brasileiro. Coloquei 2 bilhões de dólares do meu bolso na construção de um estaleiro por acreditar nas encomendas da OGX. No total, investi mais de 4 bilhões de dólares em recursos próprios nas empresas X.

Tomei a decisão de reestruturar o controle das companhias. Faço isso com a certeza de que tenho um legado a deixar ao país, e não abrirei mão de colaborar na condição de acionista relevante em cada companhia. Honrarei todos os meus compromissos. Não deixarei de pagar um único centavo de cada dívida que contraí. Acredito no meu país e nunca desistirei de investir recursos próprios em ativos que contribuem para toda a sociedade.

Eu me enxergo e continuarei a me enxergar como um parceiro do Brasil. Acho que cumpri esse papel ao conceber e entregar projetos que terão uma importância crucial nas próximas décadas. Falhei e decepcionei muitas pessoas, em especial por conta da reversão de expectativas da OGX. Esta reversão contaminou todo o Grupo X e acarretou um déficit de credibilidade com o qual nunca me deparei em minha trajetória. Mas o fato é que fui tão surpreendido quanto cada um de meus investidores, colaboradores e todo o mercado. Esta é a verdade. Hoje me sinto frustrado por não ter sido capaz de entregar o que eu mesmo esperava nos casos da OGX e da OSX, esta última concebida em parte para oferecer suporte à primeira em suas atividades. Mas acredito que a OGX reestruturada se tornará um player relevante no setor em que atua, assim como confio numa OSX redimensionada a partir de um novo cenário.

Sempre agi de boa-fé e sempre o farei. Acho que era isso o que mais gostaria de dizer e que, assim espero, sintetiza meu percurso empresarial nos últimos cinco anos. Com minha estrutura de capital equacionada, continuarei a empreender e tenho convicção de que ainda vou gerar riqueza novamente e deixar um país melhor com estes ativos que criei do zero. Eu talvez faça isso agora sem o mesmo peito aberto de antes. Talvez tenha confiado demais em pessoas que não mereciam esta confiança, ainda que no final a responsabilidade seja toda minha. Com certeza eu também não me submeteria à exposição pública excessiva de tempos recentes, da qual me arrependo sobretudo por haver exposto igualmente minha família e meus amigos a uma curiosidade indesejada.

O orgulho de erguer do nada tantas empresas em tempo tão curto me colocou no centro do palco e eu me vi como o porta-voz de um novo empreendedor, que não tem vergonha de expor suas conquistas e mostrar que é possível gerar riqueza e ao mesmo tempo contribuir com o desenvolvimento do país. Tenho consciência de que fui um símbolo para as pessoas, a representação de um Brasil que prospera, que dá certo e está preparado para desempenhar um papel de preponderância global. A destruição de valor dos meus negócios colocou por terra talvez o sonho de muita gente que acreditou na possibilidade de partir do zero e se tornar um empreendedor de sucesso. Espero que elas procurem enxergar o que deu certo em minha trajetória e peço que esperem alguns anos para uma avaliação mais definitiva do que terei sido capaz de construir com o apoio dos que acreditaram e dos que ainda acreditam em mim. Houve muitos acertos e eles ficarão mais evidentes em tempo não tão longo. Não me refiro apenas aos negócios propriamente ditos. Nestes últimos cinco anos, apoiei causas de naturezas diversas, que me levaram a investir centenas de milhões de reais próprios em projetos de interesse público e social ou mesmo de caráter humanitário, principalmente na Cidade do Rio de Janeiro, o que hoje é esquecido por muitos. Isso eu faria e farei novamente se estiver a meu alcance.

Nos últimos meses, meu obituário empresarial tem ocupado as páginas de blogs, jornais e revistas. Só posso dizer que me vejo muito longe deste Eike aposentado. Tenho 57 anos e muita energia para arregaçar mangas e tirar do papel novos projetos. Sou um empreendedor brasileiro, acredito no que faço, amo meu país. A cada dia, minha cabeça fervilha com ideias novas, que nascem do nada e tomam forma aos poucos. Eu me alimento desta capacidade de sonhar e de realizar. Empreender está no meu sangue, no meu DNA. É minha fonte inesgotável de energia e de vida.

O empresário Eike Batista é presidente e controlador do grupo EBX