DE SÃO PAULO
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em
entrevista publicada ontem
pelo jornal "ABCD Maior"
que Dilma Rousseff será a
candidata do PT à Presidência da República em 2014.
"Não tem como esconder,
embora ela não possa, e nem
deva falar, mas Dilma será a
candidata do PT em 2014. Dilma vai mudar a cara do Brasil
para muito melhor", disse.
Segundo ele, Dilma "vai
lançar o programa de combate à miséria absoluta, onde
fará um pente fino para descobrir quais são os pobres
que ainda não foram atendidos" em sua gestão.
Lula disse ainda que Dilma "sabe tanto, ou até mais
que eu, do caminho que deverá trilhar para acabar com
a pobreza e miséria".
Até aqui, ele repetia que a
candidatura de Dilma à reeleição seria o caminho natural, mas não apresentava a
questão como fechada.
Lula escolheu o "ABCD
Maior" para dar a sua primeira entrevista exclusiva a um
jornal brasileiro desde que
passou a faixa presidencial a
Dilma, em janeiro.
A publicação é ligada ao
Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC, onde ele iniciou a
carreira política. Parte da entrevista foi ao ar na véspera
pela TVT, do sindicato.
O "ABCD Maior" é dirigido
por Celso Horta, ex-assessor
do prefeito de São Bernardo,
Luiz Marinho (PT).
Lula não precisou responder a perguntas sobre temas
incômodos, como a concessão de passaportes diplomáticos a seus filhos e o julgamento do mensalão.
Em trecho transmitido pela TVT, ele disse que o PT governará o país por 20 anos.
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Governo amplia controle de agências
Novos cargos para o comando dos órgãos reguladores serão entregues a profissionais mais alinhados com a presidente Dilma Rousseff
BRASÍLIA - As agências reguladoras vão começar a ganhar um perfil mais alinhado com a presidente Dilma Rousseff ainda neste ano. As indicações para os cargos em aberto já foram iniciadas pelo Palácio do Planalto. Até o fim do ano, o comando de órgãos reguladores importantes, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estarão sob nova gestão.As indicações políticas não estão completamente vetadas pelo novo governo, mas os partidos alinhados terão de encontrar, entre seus apadrinhados, pessoas com conhecimento técnico efetivo para entrarem na disputa pelos cargos. A orientação foi repassada por Dilma a todos os ministros nos primeiros dias do seu governo.
A ANP sofrerá as maiores mudanças. O órgão vem operando com quórum mínimo, já que dois dos quatro assentos da diretoria estão vagos há alguns meses. No início do mês, o governo encaminhou ao Senado as indicações de Florival Carvalho e Helder Queiroz para ocupar os cargos em aberto.
Carvalho já trabalha na ANP como superintendente de Planejamento e Pesquisa e é filiado ao PCdoB de Pernambuco. Queiroz é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, integrante do núcleo de Energia do Instituto de Economia. Em dezembro, será a vez de trocar a direção-geral da ANP, com o fim do segundo mandato de Haroldo Lima, também ligado ao PCdoB.
Racha. Na Anatel, a escolha do indicado à quinta vaga no Conselho Diretor do órgão já gerou um racha no PT. De um lado, o ex-ministro José Dirceu tenta emplacar o nome de Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, irmão do líder do partido na Câmara, Paulo Teixeira. Do outro, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) luta para colocar no órgão regulador Luiz Prado, ex-integrante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O comando-geral da Anatel deve ser trocado em novembro, quando se encerra o mandato do ex-ministro Ronaldo Sardenberg. Na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a presidência está sendo exercida interinamente pelo diretor Carlos Eduardo Peregrino desde que Solange Vieira deixou o cargo, no mês passado.
As agências reguladoras têm como finalidade regular e fiscalizar as atividades de setores como energia elétrica, telecomunicações, petróleo, recursos hídricos, mercado de comunicação, planos e seguros de saúde suplementar, mercado de fármacos e vigilância sanitária, aviação civil e transportes terrestres.
Foram criadas na década passada para regular e fiscalizar a atuação de empresas privadas que assumiram funções antes exercidas pelo Estado. Embora vinculadas aos ministérios do respectivo setor, as agências reguladoras devem ser independentes.
Herança bendita: Capacidade de oferecer milagres
Pimentel acredita que Foxconn investirá R$ 12 bilhões e criará 100 mil empregos no Brasil
O ministro da Indústria e do Comércio, Fernando Pimentel, disse nesta quarta-feira, 20/04, durante entrevista ao programa "Bom Dia Ministro", da NBR TV, que se criou uma "certa seleuma" com relação aos números anunciados pela Foxconn de investimentos no Brasil, durante a visita da presidenta Dilma Rousseff à China. "Isso é um processo longo, a empresa não vai chegar aqui do dia para a noite e contratar 100 mil pessoas", disse Pimentel, lembrando que os chineses projetam esse investimento para um período de cinco anos.
Mas deixou claro que acredita ser "perfeitamente possível que a Foxconn complete seu programa de investimentos ( R$ 12 bilhões) e chegue aos números que anunciou" não entrando, porém, no mérito de que oficialmente a empresa não confirmou nem desmentiu essas informações. Na realidade, elas partiram do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que também viajou com a presidenta Dilma à China.
Pìmentel também jogou no dúbio com relação aos locais ondes esses investimentos serão feitos. Lembrou que os contatos do governo não se restringiram à Foxconn. Disse ser possível que pelo menos uma delas (Foxconn, Huawei e ZTE) resolva se instalar no Pólo Industrial de Manaus, assunto que não foi até agora cogitado por nenhuma das companhias.
Mudando de tema, defendeu as Lan Houses, que acabaram de ter um projeto de Lei de regulmentação aprovado pela Câmara, mas que ainda falta passar pela análise no senado. A entrevista do ministro Fernando Pimentel foi concedida a uma cadeia nacional de rádio formada pelo programa de rádio "Bom Dia, Ministro", produzido pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
CDTV do portal Convergência Digital reproduz os principais trechos da entrevista referentes ao setor de Tecnologia.
Comentário do Blog que conhece a máquina por dentro.
Percebe-se falta de foco na política econômica do
governo da presidenta Dilma. Lula terminou seu governo prometendo grandes
investimentos (cerca de 2 trilhões de reais eram os investimentos pactuados
pelos órgãos de financiamento, no PAC1 e PAC2), alguns compromissos seriam
assumidos pela iniciativa privada. Caso concreto Belo Monte, mas agora, o
Governo será o principal investidor da obra. Igual panorama no Trem Bala.
Essa obra sairá extremamente cara, se comparados os preços internacionais. Já foi postado neste mesmo Blog um cálculo que mostra que o custo por km do trem chinês está sendo de $ 2.250.000 (dólares) o km e o nosso vai ficar em $ 43.750.000 (dólares) o km.
Essa obra sairá extremamente cara, se comparados os preços internacionais. Já foi postado neste mesmo Blog um cálculo que mostra que o custo por km do trem chinês está sendo de $ 2.250.000 (dólares) o km e o nosso vai ficar em $ 43.750.000 (dólares) o km.
A
realidade de hoje é uma diminuição enorme de investimentos produtivos e grande
parte da política pública está voltada, não para dar um novo impulso à economia
e sim para frear o sobreaquecimento da economia.
Não
está claro o discurso desenvolvimentista da presidenta e o discurso dos
responsáveis pela política monetária, industrial e de inovação. Esses setores
não dialogam, não conversam. Mais ainda, eles têm posturas diferentes em quanto
aos principais eixos da política econômica. Resultado Zero avanço.
Quais
os mecanismos de política econômica e financeira utilizados?
- Basicamente a política monetária. Resultado, alta de juros, encarecimento do crédito, ruim para quem quer investir.
- Taxa de cambio, valorização do Real. Já dizia um economista que a inflação aleija, mas o câmbio mata. Resultado, golpe mortal na indústria nacional, perda total de competitividade, desindustrialização, que, unida a uma tendência global de “reprimarização” das economias emergentes, nós colocam novamente no século em que éramos simples exportadores de matérias primas.
Há um problema na condução da política
econômica, industrial, de inovação e sua relação com a política monetária.
Falta musculatura aos líderes do
governo nesse item. Fora do Tombini, Mantega (e sua equipe técnica), além do
Luciano Coutinho (excelente), o resto é fraco. Pimentel foi um prefeito é só. Com
falta de visão de conjunto da política econômica não tem um discurso afinado
com os outros setores. Pimentel cometeu um dos erros mais graves de uma
liderança, se rodeou de pessoas também fracas e só alguns estão dando um bom
retorno, o resto, desprezível.
Meu pai sempre me disse, " te
rodeis de pessoas mais competentes do que tu, assim tu terás para onde correr".
Isso não foi feito por alguns ministros que estão aí. Depois de serem derrotados
em eleições, receberam como prêmio de consolação um presente e foi o melhor
presente. Isso a Presidenta esqueceu, prêmio de consolação é aquele que sobra
dos presentes e não os melhores.
Outro ministro fraco é o
Mercadante. Também recebeu o melhor premio de consolação e deu no que deu.Esse será tema de outra postagem.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Vale também para o Pará?
Em Ouro Preto, Minas Gerais A Presidenta Dilma mais uma vez prometeu.
Em seu discurso, o governador Anastasia realçou semelhanças, digamos, mais apropriadas.
O pupilo de Aécio Neves cobrou do governo federal a revisão do modelo tributário do setor de mineração.
Chamou
de “injusto” o sistema atual. Como o ouro já foi apropriado por
Portugal, o governador ocupou-se do minério de ferro. É retirado do solo
mineiro, segundo ele, sem retribuições ao Estado.
“Mesmo o principal tributo estadual, o ICMS, não incide quando este produto é exportado”, disse o governador.
Anastasia
aproveitou a ocasião para recordar a Dilma o apoio que ela dera à
revisão da sistemática de cobrança de royalties da mineração.
Hoje, Minas recebe entre 0,2% e 3% do faturamento líquido das mineradoras, dependendo do tipo de produto. O Estado quer mais.
Em
resposta, Dilma repisou a promessa: “Mais uma vez externo aqui o meu
compromisso com o envio do marco regulatório do setor de mineração...”
“...Não
é justo, nem tampouco contribui para o desenvolvimento do Brasil, que
os recursos minerais do país sejam daqui tirados e não haja a devida
compensação”.
Além
de morder, Anastasia teve a delicadeza de assoprar. Injetou nos fetejos
da Inconfidência uma homenagem às mulheres mineiras.
Leia as manchetes de hoje dos principais jornais do país
VALOR ECONÔMICO
- Arrecadação amplia superávit fiscal.
- Mercado vira e prevê alta de apenas 0,25 ponto na Selic.
- Em busca do novo modelo econômico.
- IOF maior faz ressurgir o leasing.
- Megacampanha marca a oferta do Magazine Luiza.
FOLHA DE S.PAULO
- Como FHC, Lula quer atrair nova classe média.
- 'Renovação' em Cuba fica nas mãos de Raúl, 79, e Ramón, 80.
- Gasolina sobe 4,7% e pressiona meta de inflação.
- Síria acaba com lei de emergência depois de 48 anos.
- Sé é a região da cidade com mais acidentes fatais.
O ESTADO DE S.PAULO
- MP permite mais capital estrangeiro em aéreas.
- Migração para SP cai e reduz crescimento da população.
- Cresce número de mortes de motociclistas.
- Lei Maria da Penha é usada para punir gay.
- Minha Casa derruba mata nativa no AM.
O GLOBO
- País tem mais 100 empresas notificadas por biopirataria.
- Empresas lavam dinheiro na Rocinha.
- Médicos: plano contra drogas é lento demais.
- Corinthians perde Adriano por 5 meses.
- Velha guarda fará reformas em Cuba.
(Valor)
- Arrecadação amplia superávit fiscal.
- Mercado vira e prevê alta de apenas 0,25 ponto na Selic.
- Em busca do novo modelo econômico.
- IOF maior faz ressurgir o leasing.
- Megacampanha marca a oferta do Magazine Luiza.
FOLHA DE S.PAULO
- Como FHC, Lula quer atrair nova classe média.
- 'Renovação' em Cuba fica nas mãos de Raúl, 79, e Ramón, 80.
- Gasolina sobe 4,7% e pressiona meta de inflação.
- Síria acaba com lei de emergência depois de 48 anos.
- Sé é a região da cidade com mais acidentes fatais.
O ESTADO DE S.PAULO
- MP permite mais capital estrangeiro em aéreas.
- Migração para SP cai e reduz crescimento da população.
- Cresce número de mortes de motociclistas.
- Lei Maria da Penha é usada para punir gay.
- Minha Casa derruba mata nativa no AM.
O GLOBO
- País tem mais 100 empresas notificadas por biopirataria.
- Empresas lavam dinheiro na Rocinha.
- Médicos: plano contra drogas é lento demais.
- Corinthians perde Adriano por 5 meses.
- Velha guarda fará reformas em Cuba.
(Valor)
Grande arma do Governo Federal - Política monetária...
Já disse o Velho economista que sirviu a todos os governos, da ditadura e da democracia, Delfim Neto.
"Inlfação aleja, mas câmbio mata"
Mais política monetária no Banco Central.
"Inlfação aleja, mas câmbio mata"
Mais política monetária no Banco Central.
BRASÍLIA - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) decidiu elevar a taxa de juros básica Selic em 0,25 ponto
percentual, para 12,0% ao ano, sem viés.
A decisão, porém, não foi unânime. Dois diretores queriam um ajuste de meio ponto. O comentário do comitê foi o seguinte:
"Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu elevar a taxa Selic para 12,0% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pelo aumento da taxa Selic em 0,50 p.p.
Considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que ora envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que, neste momento, a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012."
Desta forma, o Copom reduz o ritmo de reajuste anunciado nas reuniões de 19 de janeiro e 2 de março, quando a taxa avançou meio ponto em cada reunião. Antes disso, foram três reuniões em que a Selic ficou estável em 10,75%, em 1º de setembro, 20 de outubro e 8 de dezembro de 2010.
A próxima reunião do Copom ocorrerá nos dias 7 e 8 de junho.
(Azelma Rodrigues | Valor)
A decisão, porém, não foi unânime. Dois diretores queriam um ajuste de meio ponto. O comentário do comitê foi o seguinte:
"Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu elevar a taxa Selic para 12,0% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pelo aumento da taxa Selic em 0,50 p.p.
Considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que ora envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que, neste momento, a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012."
Desta forma, o Copom reduz o ritmo de reajuste anunciado nas reuniões de 19 de janeiro e 2 de março, quando a taxa avançou meio ponto em cada reunião. Antes disso, foram três reuniões em que a Selic ficou estável em 10,75%, em 1º de setembro, 20 de outubro e 8 de dezembro de 2010.
A próxima reunião do Copom ocorrerá nos dias 7 e 8 de junho.
(Azelma Rodrigues | Valor)
CRIA CORVOS
Sindfisco quer auditoria em contas do Estado
Charles Alcantara,Ex Chefe da Casa civil do Governo da Ana Julia, Ex militante e fundador do Partido dos Trabalhadores, Coordenador da equipe de transição do Governo PT. Hoje presidente do SINDFISCO-PA.Uma pessoa séria, responsável e ética, é obvio que não é a figura essa, mas assim é vista por alguns dos seus ex companheiros. Alcantara, como dirigente do Sindicado dos Servidores do Fisco do Pará, quer as contas claras e está certíssimo.
O Sindicato dos Servidores do Fisco
Estadual do Pará (Sindfisco-PA) sugeriu ao secretário de Estado da
Fazenda, José Tostes Neto, a realização de uma auditoria na dívida ativa
do Estado na gestão petista, entre os anos de 2009 e 2010.
O objetivo é estudar o crescimento dos créditos tributários para comprovar se o Estado, em 2010, conseguiu recuperar R$ 200 milhões em créditos tributários para justificar o pagamento dos cerca de R$ 27 milhões feitos pela Sefa à empresa Assets Alicerce Assessoria Empresarial Ltda., que ficava com
R$ 0,14 de cada real arrecadado (ou 14% do total de créditos recuperados) junto a contribuintes inadimplentes.
Charles Alcantara, presidente do sindicato, considerou o caso grave e, de cara, aponta a primeira irregularidade: a função arrecadadora não pode ser delegada a um ente privado, já que é uma atividade exclusiva de Estado. “Sem falar que o contrato, feito por inexigibilidade, é leonino, destinando 14% do que foi arrecadado para a empresa privada. Analisando o que foi pago, o Estado teria que ter arrecadado R$ 200 milhões apenas no ano passado, que acho difícil de ter ocorrido”, justifica.
O objetivo é estudar o crescimento dos créditos tributários para comprovar se o Estado, em 2010, conseguiu recuperar R$ 200 milhões em créditos tributários para justificar o pagamento dos cerca de R$ 27 milhões feitos pela Sefa à empresa Assets Alicerce Assessoria Empresarial Ltda., que ficava com
R$ 0,14 de cada real arrecadado (ou 14% do total de créditos recuperados) junto a contribuintes inadimplentes.
Charles Alcantara, presidente do sindicato, considerou o caso grave e, de cara, aponta a primeira irregularidade: a função arrecadadora não pode ser delegada a um ente privado, já que é uma atividade exclusiva de Estado. “Sem falar que o contrato, feito por inexigibilidade, é leonino, destinando 14% do que foi arrecadado para a empresa privada. Analisando o que foi pago, o Estado teria que ter arrecadado R$ 200 milhões apenas no ano passado, que acho difícil de ter ocorrido”, justifica.
Leia a reportagem completa o Diário do Pará
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Empresário industrial está menos otimista em abril, diz CNI
SÃO PAULO - Diante do aumento da inflação e da queda
nas expectativas de crescimento, os empresários industriais estão menos
otimistas. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário
Industrial (ICEI), calculado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), que em abril recuou pelo terceiro mês consecutivo. O indicador
somou 59,7 pontos, uma queda de 0,8 ponto em relação a março. Foi a
primeira vez desde julho de 2009 que o índice ficou abaixo dos 60
pontos.
Depois de perder 7,2 pontos desde abril de 2010, o ICEI fechou abril no mesmo patamar de sua média histórica. O indicador varia de zero a cem, e valores acima de 50 pontos sinalizam otimismo.
De acordo com o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, após o pico de janeiro de 2010, quando o índice da confiança do empresário industrial atingiu 68,7 pontos, a tendência era de acomodação entre 60 e 65 pontos. “Nós não esperávamos que a queda continuasse neste ano”, explicou. “A inflação está corroendo o poder de compra e as medidas do Banco Central visam reduzir a demanda”, afirmou, explicando que, como consequência, os empresários tendem a conter investimentos e acreditar menos no crescimento econômico.
O índice da confiança do empresário relativo às condições atuais de seus negócios e da economia nacional caiu de 52,1 pontos em março para 50,5 em abril, no limite do pessimismo. Em relação às expectativas futuras, a confiança permanece alta, com indicador em 64,3 pontos. Porém, houve queda significativa frente às expectativas de abril de 2010, quando a medição foi de 69,7 pontos. Para Fonseca, se as condições continuarem piorando, a tendência é que a confiança nas expectativas futuras diminua ainda mais.
O setor da indústria extrativa foi o único que obteve alta no índice de confiança (de 61,9 para 63,1 na variação mensal). De acordo com Fonseca, a causa disso é a elevada demanda internacional por commodities, especialmente petróleo e minério de ferro. “O preço alto compensa a valorização cambial”, afirmou.
Já a confiança do empresário da indústria de transformação teve queda significativa em abril, chegando a 58,1 pontos. Em março o índice marcava 59,0 e, em abril do ano passado, 65,7. Os industriais do couro e da madeira são os menos otimistas, com índices de 49,6 e 50,3 respectivamente. “Esse é um setor que compete muito com as exportações e tem dificuldades por causa disso”, disse Fonseca.
A pesquisa foi feita entre 31 de março e 14 de abril, com 1957 empresas (1072 pequenas, 601 médias e 284 grandes).
Depois de perder 7,2 pontos desde abril de 2010, o ICEI fechou abril no mesmo patamar de sua média histórica. O indicador varia de zero a cem, e valores acima de 50 pontos sinalizam otimismo.
De acordo com o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, após o pico de janeiro de 2010, quando o índice da confiança do empresário industrial atingiu 68,7 pontos, a tendência era de acomodação entre 60 e 65 pontos. “Nós não esperávamos que a queda continuasse neste ano”, explicou. “A inflação está corroendo o poder de compra e as medidas do Banco Central visam reduzir a demanda”, afirmou, explicando que, como consequência, os empresários tendem a conter investimentos e acreditar menos no crescimento econômico.
O índice da confiança do empresário relativo às condições atuais de seus negócios e da economia nacional caiu de 52,1 pontos em março para 50,5 em abril, no limite do pessimismo. Em relação às expectativas futuras, a confiança permanece alta, com indicador em 64,3 pontos. Porém, houve queda significativa frente às expectativas de abril de 2010, quando a medição foi de 69,7 pontos. Para Fonseca, se as condições continuarem piorando, a tendência é que a confiança nas expectativas futuras diminua ainda mais.
O setor da indústria extrativa foi o único que obteve alta no índice de confiança (de 61,9 para 63,1 na variação mensal). De acordo com Fonseca, a causa disso é a elevada demanda internacional por commodities, especialmente petróleo e minério de ferro. “O preço alto compensa a valorização cambial”, afirmou.
Já a confiança do empresário da indústria de transformação teve queda significativa em abril, chegando a 58,1 pontos. Em março o índice marcava 59,0 e, em abril do ano passado, 65,7. Os industriais do couro e da madeira são os menos otimistas, com índices de 49,6 e 50,3 respectivamente. “Esse é um setor que compete muito com as exportações e tem dificuldades por causa disso”, disse Fonseca.
A pesquisa foi feita entre 31 de março e 14 de abril, com 1957 empresas (1072 pequenas, 601 médias e 284 grandes).
TAXA DE INOVAÇÃO DAS ESTATAIS FEDERAIS
RIO - As empresas estatais federais fecharam
2008 com uma taxa de inovação de 68,1%. Das 72 companhias analisadas
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49
implementaram produtos ou processos novos ou substancialmente
aprimorados entre 2006 e 2008.
Os dados constam da Pesquisa de Inovação nas Empresas Estatais Federais 2008, divulgada hoje, e mostram que a fatia de empresas inovadoras ficou acima dos 38,6% verificados para empresas industriais e dos serviços selecionados no âmbito da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2008), excluídas as estatais federais.
As estatais federais gastaram R$ 5,6 bilhões nas atividades de inovação em 2008, o que representa 1,7% do faturamento de cerca de R$ 330 bilhões. O estudo mostra que as inovações das estatais federais foram baseadas especialmente na realização de atividades contínuas de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Segundo a pesquisa, mais da metade das estatais federais enfrentou obstáculos à inovação em 2008. Os dois principais foram a dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações e a rigidez organizacional, cada um deles citado por 64,3% das estatais federais, percentual superior aos mencionados pelas empresas da Pintec em geral (32,4% e 31,4%, respectivamente), cujo principal obstáculo foram os elevados custos da inovação, apontado por 73,1% das empresas investigadas.
Esta é a primeira pesquisa do IBGE que analisa apenas as estatais federais, além de setores que nunca tinham sido estudados pelo instituto. O estudo engloba as atividades econômicas de eletricidade e gás; construção; comércio; transporte, armazenagem e correio; atividades financeiras, de seguros e serviços selecionados; atividades imobiliárias; atividades profissionais, científicas e técnicas; atividades administrativas e serviços complementares; e outras atividades de serviços.
Entre as 49 estatais inovadoras, 37 tinham mais de 500 pessoas ocupadas. A inovação apenas em processo predominou em 33,3% das estatais inovadoras, enquanto 30,6% delas inovaram em produto e processo e 4,2% apenas em produto.
“Trata-se de um comportamento diferente do observado pelas empresas em geral da Pintec 2008, em que as inovações em produto e processo predominaram em 17,2% das inovadoras”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Dentre as estatais federais inovadoras, 27,8% realizaram inovação de produto para o mercado nacional e 29,2% implementaram processo novo direcionado ao mercado interno, percentuais superiores aos registrados para as empresas em geral (4,4% e 2,4%, respectivamente). De acordo com o IBGE, isso ocorre porque grande parte das estatais federais são as únicas produtoras de um bem e/ou as únicas a oferecer determinado serviço.
Entre as atividades empreendidas para inovar, destacaram-se as de P&D, que, desenvolvidas internamente, representaram 42,9% nas estatais contra 11,9% no âmbito da Pintec 2008; já a aquisição externa ficou em 34,7% entre as estatais frente a 4,2% para as empresas da Pintec 2008. Nas estatais inovadoras, cerca de 10 mil pessoas se envolveram nesta atividade, 53% com ensino superior, sendo 27% com pós-graduação.
Dos R$ 5,6 bilhões investidos pelas estatais em inovação, o gasto em P&D interno foi de R$ 3,5 bilhões. Das 19 inovadoras que investiram em P&D interno, 17 desenvolveram a atividade continuamente, o equivalente a 89%, percentual superior aos 72% da Pintec.
Todas as estatais inovadoras apontaram ao menos um impacto proveniente da inovação como relevante, em especial a melhoria da qualidade dos produtos (83,7%), o aumento da flexibilidade de produção (83,7%) e o aumento da capacidade produtiva (75,5%), estes últimos diretamente ligados à produtividade. Em seguida, aparecem a manutenção (69,4%) e a ampliação (61,2%) da participação da empresa no mercado, considerado o menos importante (46,9%).
(Rafael Rosas | Valor)
Os dados constam da Pesquisa de Inovação nas Empresas Estatais Federais 2008, divulgada hoje, e mostram que a fatia de empresas inovadoras ficou acima dos 38,6% verificados para empresas industriais e dos serviços selecionados no âmbito da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2008), excluídas as estatais federais.
As estatais federais gastaram R$ 5,6 bilhões nas atividades de inovação em 2008, o que representa 1,7% do faturamento de cerca de R$ 330 bilhões. O estudo mostra que as inovações das estatais federais foram baseadas especialmente na realização de atividades contínuas de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Segundo a pesquisa, mais da metade das estatais federais enfrentou obstáculos à inovação em 2008. Os dois principais foram a dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações e a rigidez organizacional, cada um deles citado por 64,3% das estatais federais, percentual superior aos mencionados pelas empresas da Pintec em geral (32,4% e 31,4%, respectivamente), cujo principal obstáculo foram os elevados custos da inovação, apontado por 73,1% das empresas investigadas.
Esta é a primeira pesquisa do IBGE que analisa apenas as estatais federais, além de setores que nunca tinham sido estudados pelo instituto. O estudo engloba as atividades econômicas de eletricidade e gás; construção; comércio; transporte, armazenagem e correio; atividades financeiras, de seguros e serviços selecionados; atividades imobiliárias; atividades profissionais, científicas e técnicas; atividades administrativas e serviços complementares; e outras atividades de serviços.
Entre as 49 estatais inovadoras, 37 tinham mais de 500 pessoas ocupadas. A inovação apenas em processo predominou em 33,3% das estatais inovadoras, enquanto 30,6% delas inovaram em produto e processo e 4,2% apenas em produto.
“Trata-se de um comportamento diferente do observado pelas empresas em geral da Pintec 2008, em que as inovações em produto e processo predominaram em 17,2% das inovadoras”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Dentre as estatais federais inovadoras, 27,8% realizaram inovação de produto para o mercado nacional e 29,2% implementaram processo novo direcionado ao mercado interno, percentuais superiores aos registrados para as empresas em geral (4,4% e 2,4%, respectivamente). De acordo com o IBGE, isso ocorre porque grande parte das estatais federais são as únicas produtoras de um bem e/ou as únicas a oferecer determinado serviço.
Entre as atividades empreendidas para inovar, destacaram-se as de P&D, que, desenvolvidas internamente, representaram 42,9% nas estatais contra 11,9% no âmbito da Pintec 2008; já a aquisição externa ficou em 34,7% entre as estatais frente a 4,2% para as empresas da Pintec 2008. Nas estatais inovadoras, cerca de 10 mil pessoas se envolveram nesta atividade, 53% com ensino superior, sendo 27% com pós-graduação.
Dos R$ 5,6 bilhões investidos pelas estatais em inovação, o gasto em P&D interno foi de R$ 3,5 bilhões. Das 19 inovadoras que investiram em P&D interno, 17 desenvolveram a atividade continuamente, o equivalente a 89%, percentual superior aos 72% da Pintec.
Todas as estatais inovadoras apontaram ao menos um impacto proveniente da inovação como relevante, em especial a melhoria da qualidade dos produtos (83,7%), o aumento da flexibilidade de produção (83,7%) e o aumento da capacidade produtiva (75,5%), estes últimos diretamente ligados à produtividade. Em seguida, aparecem a manutenção (69,4%) e a ampliação (61,2%) da participação da empresa no mercado, considerado o menos importante (46,9%).
(Rafael Rosas | Valor)
Várias da política
PSDB-MG Sem fusão
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ontem que o seu partido não pretende se fundir ao DEM. Segundo ele, é preciso que as duas siglas continuem juntas para as eleições municipais de 2012. "Nós achamos que esse é o momento de anteciparmos as coligações e identificarmos: onde o DEM for mais forte, vamos de democratas. Onde o PSDB for mais forte, vamos de PSDB, mesmo se for necessário que haja intervenções nacionais", afirmou o senador após reunião com o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e secretário-geral da sigla, deputado Rodrigo de Castro (MG). Para Aécio, as duas siglas devem se coligar em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes, onde existe a possibilidade de segundo turno.Ficha Limpa
O PPS protocolou ontem uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e sua aplicação nas eleições de 2012. O partido quer que a norma atinja fatos anteriores à sanção, que ocorreu em junho do ano passado. O PPS alega que as sanções impostas pela lei não são punição, apenas novas regras de elegibilidade que precisam ser seguidas. O processo foi distribuído ao ministro Luiz Fux. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também está preparando documento semelhante. Segundo a OAB, sua ação deve ficar pronta depois do feriado da Semana Santa.Conselho de Ética
O Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem, por unanimidade, oito requerimentos relacionados ao caso da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM. Um dos requerimentos convida Barbosa a prestar depoimento. Como o colegiado não tem o poder de convocar, ele pode não comparecer. O relator do caso, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que a presença do delator do mensalão do DEM é importante para poder confrontar as informações do caso com a defesa apresentada de Jaqueline.Desfiliação cresce e PSDB vai à Justiça para tentar reaver mandatos
Vandson Lima | De São Paulo
O vereador Souza Santos anunciou ontem, no plenário da Câmara Municipal
de São Paulo, o seu pedido de desfiliação do PSDB. Com isso, chega a
seis o número de baixas na bancada de 13 integrantes do partido.
"Sofremos uma perseguição odiosa e um processo desses não tem volta. Se é
assim, prefiro sair", disse o vereador.
A saída de Souza Santos chegou a ser anunciada junto com a dos outros dissidentes. O vereador recebeu um telefonema do governador Geraldo Alckmin, o que adiou em um dia sua saída. "A gente conversa sempre, estive com ele na última campanha. Mas diante de fatos como esses, a permanência é difícil", observou.
Júlio Semeghini, deputado federal e novo presidente do diretório municipal, diz que o PSDB não aceitará a debandada passivamente: "Vamos à Justiça pedir os mandatos". Outra medida será pedir à Câmara Municipal o vídeo no qual tucanos fariam fortes críticas aos vereadores. A gravação é o trunfo dos dissidentes para manter seus mandatos: "Vou abrir a fita para todos, sem edição, sem cortes. Vamos jogar às claras. Se foram ofendidos, deviam tomar posição contra as pessoas, não contra o partido, que está sendo exposto".
Semeghini alega que, ao contrário do que dizem os vereadores, foi oferecido a eles espaço na estrutura partidária: "Adiamos a formação da executiva para construir um acordo. Está registrado em duas atas de reunião". Ao vereador Adolfo Quintas, outro que pode deixar o PSDB, já foi oferecida a secretaria-geral.
Com a saída de Santos, a bancada do PSDB fica reduzida a sete vereadores. Na segunda-feira, deixaram o PSDB os vereadores José Police Neto, que preside a Câmara Municipal, Dalton Silvano, Juscelino Gadelha, Gilberto Natalini e Ricardo Teixeira.
Para o secretário-geral do PSDB, César Gontijo, é natural que haja divergências dentro de um partido "grande e plural": "Não existe quem manda. Existem posições majoritárias. Quem não respeita sente desconforto", avaliou.
Já o prefeito Gilberto Kassab atribuiu a atitude dos vereadores às questões partidárias internas. "[O racha no PSDB] é uma questão interna de partido político que vive uma crise", declarou.
Alckmin adotou um tom pacificador e minimizou a saída dos vereadores. Disse confiar no trabalho de Julio Semeghini para reestruturar o diretório e rechaçou a ideia de revanchismo de seus pares contra o grupo de vereadores que apoiou a candidatura de Kassab à Prefeitura de São Paulo, em 2008. "A maioria tem que ser respeitada, esse é o princípio da democracia. As pessoas nunca falam os reais motivos nesses casos", disse o tucano logo depois da assinatura de 167 contratos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
O governador também acenou para o DEM, que deve ser contemplado com uma secretaria nos próximos dias. A exoneração a pedido do ex-secretário João Sampaio foi publicada ontem no "Diário Oficial do Estado". O nome mais cotado para a vaga é o deputado federal Rodrigo Garcia, ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, que era tido como aliado do prefeito Gilberto Kassab.
Ao permanecer no DEM, Garcia ganhou prestígio na legenda e foi indicado para presidir o diretório estadual. Com a desfiliação do vice-governador Guilherme Afif Domingos, para fundar o PSD, o DEM pleiteia seu espaço na administração do Estado.
(Com agências noticiosas)
A senadora contava com a renovação da direção da sigla, controlada pelo presidente nacional do PV, deputado federal José Luiz Penna (SP), mas a Executiva Nacional marcou a convenção apenas para o próximo ano. Durante a campanha presidencial, muitos apoiadores de Marina não ingressaram no partido e a candidata conseguiu que eles participassem de atos partidários, como a reunião do diretório que optou pela neutralidade no segundo turno da eleição.
"Conseguimos quase 20 milhões de votos, quebramos o plebiscito que existia e trabalho para que o partido faça jus ao movimento que suscitou", afirmou a ex-senadora. Marina ficou em primeiro lugar na eleição presidencial em Belo Horizonte, com 40% dos votos, virtualmente sem palanque: seu candidato a governador, o então deputado federal José Fernando Aparecido, na casa de quem chegou a se hospedar durante a campanha, ficou com somente 4%.
Em sua visita a Belo Horizonte, Marina estava acompanhada apenas de José Fernando e de seu candidato a vice-governador no ano passado, o vereador Leonardo Mattos. Não estavam nenhum dos seis deputados estaduais da sigla, entre eles Délio Malheiros, que é pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, disputando a vaga com o próprio José Fernando. Marina já esteve em Fortaleza, Vitória, São Paulo e Rio promovendo reuniões como a de ontem.
A ex-senadora não quis comentar a hipótese de fundar um novo partido, caso permaneça isolada dentro do PV. Mas insatisfeitos com o PT e o PSOL, sobretudo da ala ligada à Igreja Católica, estão tentando convencer Marina a se lançar nesta empreitada.
A saída de Souza Santos chegou a ser anunciada junto com a dos outros dissidentes. O vereador recebeu um telefonema do governador Geraldo Alckmin, o que adiou em um dia sua saída. "A gente conversa sempre, estive com ele na última campanha. Mas diante de fatos como esses, a permanência é difícil", observou.
Júlio Semeghini, deputado federal e novo presidente do diretório municipal, diz que o PSDB não aceitará a debandada passivamente: "Vamos à Justiça pedir os mandatos". Outra medida será pedir à Câmara Municipal o vídeo no qual tucanos fariam fortes críticas aos vereadores. A gravação é o trunfo dos dissidentes para manter seus mandatos: "Vou abrir a fita para todos, sem edição, sem cortes. Vamos jogar às claras. Se foram ofendidos, deviam tomar posição contra as pessoas, não contra o partido, que está sendo exposto".
Semeghini alega que, ao contrário do que dizem os vereadores, foi oferecido a eles espaço na estrutura partidária: "Adiamos a formação da executiva para construir um acordo. Está registrado em duas atas de reunião". Ao vereador Adolfo Quintas, outro que pode deixar o PSDB, já foi oferecida a secretaria-geral.
Com a saída de Santos, a bancada do PSDB fica reduzida a sete vereadores. Na segunda-feira, deixaram o PSDB os vereadores José Police Neto, que preside a Câmara Municipal, Dalton Silvano, Juscelino Gadelha, Gilberto Natalini e Ricardo Teixeira.
Para o secretário-geral do PSDB, César Gontijo, é natural que haja divergências dentro de um partido "grande e plural": "Não existe quem manda. Existem posições majoritárias. Quem não respeita sente desconforto", avaliou.
Já o prefeito Gilberto Kassab atribuiu a atitude dos vereadores às questões partidárias internas. "[O racha no PSDB] é uma questão interna de partido político que vive uma crise", declarou.
Alckmin adotou um tom pacificador e minimizou a saída dos vereadores. Disse confiar no trabalho de Julio Semeghini para reestruturar o diretório e rechaçou a ideia de revanchismo de seus pares contra o grupo de vereadores que apoiou a candidatura de Kassab à Prefeitura de São Paulo, em 2008. "A maioria tem que ser respeitada, esse é o princípio da democracia. As pessoas nunca falam os reais motivos nesses casos", disse o tucano logo depois da assinatura de 167 contratos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
O governador também acenou para o DEM, que deve ser contemplado com uma secretaria nos próximos dias. A exoneração a pedido do ex-secretário João Sampaio foi publicada ontem no "Diário Oficial do Estado". O nome mais cotado para a vaga é o deputado federal Rodrigo Garcia, ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, que era tido como aliado do prefeito Gilberto Kassab.
Ao permanecer no DEM, Garcia ganhou prestígio na legenda e foi indicado para presidir o diretório estadual. Com a desfiliação do vice-governador Guilherme Afif Domingos, para fundar o PSD, o DEM pleiteia seu espaço na administração do Estado.
(Com agências noticiosas)
Marina investe em filiações para romper isolamento
A candidata derrotada do PV à Presidência, ex-senadora Marina Silva, afirmou ontem pouco antes de receber o título de cidadã honorária de Belo Horizonte que um dos objetivos das reuniões que está promovendo com seus aliados pelo Brasil é colaborar para uma "ampla campanha de filiação". Com a adesão de seus aliados, Marina espera reverter o quadro de isolamento que enfrenta hoje dentro do partido.A senadora contava com a renovação da direção da sigla, controlada pelo presidente nacional do PV, deputado federal José Luiz Penna (SP), mas a Executiva Nacional marcou a convenção apenas para o próximo ano. Durante a campanha presidencial, muitos apoiadores de Marina não ingressaram no partido e a candidata conseguiu que eles participassem de atos partidários, como a reunião do diretório que optou pela neutralidade no segundo turno da eleição.
"Conseguimos quase 20 milhões de votos, quebramos o plebiscito que existia e trabalho para que o partido faça jus ao movimento que suscitou", afirmou a ex-senadora. Marina ficou em primeiro lugar na eleição presidencial em Belo Horizonte, com 40% dos votos, virtualmente sem palanque: seu candidato a governador, o então deputado federal José Fernando Aparecido, na casa de quem chegou a se hospedar durante a campanha, ficou com somente 4%.
Em sua visita a Belo Horizonte, Marina estava acompanhada apenas de José Fernando e de seu candidato a vice-governador no ano passado, o vereador Leonardo Mattos. Não estavam nenhum dos seis deputados estaduais da sigla, entre eles Délio Malheiros, que é pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, disputando a vaga com o próprio José Fernando. Marina já esteve em Fortaleza, Vitória, São Paulo e Rio promovendo reuniões como a de ontem.
A ex-senadora não quis comentar a hipótese de fundar um novo partido, caso permaneça isolada dentro do PV. Mas insatisfeitos com o PT e o PSOL, sobretudo da ala ligada à Igreja Católica, estão tentando convencer Marina a se lançar nesta empreitada.
Valor Econômico
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