SÃO PAULO - Diante do aumento da inflação e da queda
nas expectativas de crescimento, os empresários industriais estão menos
otimistas. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário
Industrial (ICEI), calculado pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), que em abril recuou pelo terceiro mês consecutivo. O indicador
somou 59,7 pontos, uma queda de 0,8 ponto em relação a março. Foi a
primeira vez desde julho de 2009 que o índice ficou abaixo dos 60
pontos.
Depois de perder 7,2 pontos desde abril de 2010, o ICEI
fechou abril no mesmo patamar de sua média histórica. O indicador varia
de zero a cem, e valores acima de 50 pontos sinalizam otimismo.
De
acordo com o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca,
após o pico de janeiro de 2010, quando o índice da confiança do
empresário industrial atingiu 68,7 pontos, a tendência era de acomodação
entre 60 e 65 pontos. “Nós não esperávamos que a queda continuasse
neste ano”, explicou. “A inflação está corroendo o poder de compra e as
medidas do Banco Central visam reduzir a demanda”, afirmou, explicando
que, como consequência, os empresários tendem a conter investimentos e
acreditar menos no crescimento econômico.
O índice da confiança do
empresário relativo às condições atuais de seus negócios e da economia
nacional caiu de 52,1 pontos em março para 50,5 em abril, no limite do
pessimismo. Em relação às expectativas futuras, a confiança permanece
alta, com indicador em 64,3 pontos. Porém, houve queda significativa
frente às expectativas de abril de 2010, quando a medição foi de 69,7
pontos. Para Fonseca, se as condições continuarem piorando, a tendência é
que a confiança nas expectativas futuras diminua ainda mais.
O
setor da indústria extrativa foi o único que obteve alta no índice de
confiança (de 61,9 para 63,1 na variação mensal). De acordo com Fonseca,
a causa disso é a elevada demanda internacional por commodities,
especialmente petróleo e minério de ferro. “O preço alto compensa a
valorização cambial”, afirmou.
Já a confiança do empresário da
indústria de transformação teve queda significativa em abril, chegando a
58,1 pontos. Em março o índice marcava 59,0 e, em abril do ano passado,
65,7. Os industriais do couro e da madeira são os menos otimistas, com
índices de 49,6 e 50,3 respectivamente. “Esse é um setor que compete
muito com as exportações e tem dificuldades por causa disso”, disse
Fonseca.
A pesquisa foi feita entre 31 de março e 14 de abril, com 1957 empresas (1072 pequenas, 601 médias e 284 grandes).
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