sábado, 21 de abril de 2012

Governo ignora cientistas em debates importantes
















Justamente agora que o Brasil atingiu a 13ª posição na produção científica mundial, aumentou a quantidade de universidades federais e o número de pesquisadores, o país deu um "tiro no pé" reduzindo em 22% os recursos federais para ciência, diz a biomédica Helena Nader.
A biomédica Helena Nader na SBPC

Para a presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), o governo erra ao ignorar o que a ciência nacional tem a dizer nos debates públicos sobre temas importantes, como o novo Código Florestal ou a conferência Rio+20.
Folha - Na semana passada a presidente Dilma afirmou que os cientistas deveriam ser avaliados também por patentes, além de produção científica. O que a sra. pensa disso?
Helena Nader - A universidade até pode fazer patente, mas esse não é o seu papel. O grande produtor de patentes deve ser a iniciativa privada. A Capes [Coordenação de Pessoal de Nível Superior] hoje pontua programas de pós-graduação com patentes. Mas querer que a universidade se responsabilize por patentes é um erro, mesmo que sejam feitas em parcerias com empresas. Essas parcerias ainda são muito frágeis.
Por que são frágeis?

As leis são problemáticas e deixam o cientista em uma posição vulnerável. Há problemas na interpretação das leis, como a Lei do Bem [de 2005, que trata prioritariamente de pesquisa em empresas]. Hoje, um professor com dedicação exclusiva em uma universidade pode, pela legislação, dedicar um dia por semana para um projeto em parceria com uma empresa. Mas isso pode causar problemas no Ministério Público, que entende que ele está deixando de fazer pesquisa e ensino. O professor concursado pode colocar em risco a carreira dele. Precisamos de uma legislação mais clara.

O Código Nacional de Ciência e Tecnologia, que tramita no congresso desde setembro do ano passado, resolveria isso?
Essa proposta é fantástica. Mas o texto ainda está sendo aprimorado [o texto compila leis atuais ligadas à pesquisa, relacionadas por exemplo à importação e compra de equipamentos]. A questão é que no Brasil as empresas multinacionais quase não fazem ciência, diferentemente do que acontece na Índia e na China. O Brasil precisa ter mais pesquisa e desenvolvimento nas empresas.

Mas as empresas costumam alegar que falta mão de obra para fazer pesquisa no Brasil.
Houve um aumento grande no número de cientistas nos últimos 20 anos, mas ainda não foi suficiente. No entanto, aqui temos cientistas de primeira. Nós não existíamos como ciência pesada há 20 anos! Isso aconteceu nas universidades e nos institutos de pesquisa. E não adianta dizer que os cientistas das universidades são voltados à ciência básica [produção do conhecimento] e não à ciência aplicada [que gera produtos e inovações] porque essa polarização é fictícia. As duas formas de pesquisa se complementam.

A SBPC tem se manifestado recorrentemente em relação ao corte de 22% de recursos federais à ciência. Houve algum retorno do governo?
Por enquanto, nada. Só se essa resposta estiver sendo formulada agora, enquanto estamos conversando (risos). E os números dos cortes ainda serão piores. Se o PIB (Produto Interno Bruto) crescer, a porcentagem destinada à ciência ficará menor ainda. O "PAC da Ciência" previa 1,8% para ciência em 2015. Isso não vai acontecer. Nós tiramos o chapéu quando o presidente Lula criou universidades federais. Essas instituições têm professores com, no mínimo, doutorado. Agora que a ciência tem força, nós cortamos o dinheiro?

A SBPC também tem brigado para alterar o texto do Código Florestal, que deve ser votado na semana que vem. Os cientistas estão sendo ouvidos?
Os cientistas não são ouvidos pelo governo porque não temos uma "bancada de cientistas" no Congresso, como têm os ruralistas. A ciência nacional cresceu e se fortaleceu, temos pesquisadores sendo disputados por instituições de pesquisa respeitadas em todo o mundo. Agora os cientistas deveriam ser ouvidos. Nós temos uma proposta para o Código Florestal, assim como temos um material que levaremos para discussão na Rio+20. Deveríamos ser mais ouvidos.

 Eduardo Knapp/Folhapress
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO



sexta-feira, 20 de abril de 2012

Biodiversidade em Pauta.


PROJETO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE É LANÇADO NO SENADO
“O conhecimento seguro sobre a nossa biodiversidade é fundamental para a estruturação de uma economia verde. Não se pode explorar aquilo que não se conhece”, sustentou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, no lançamento do Projeto do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). A iniciativa foi lançada, nesta terça-feira (17), em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal. A iniciativa objetiva garantir o uso de dados sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros na elaboração e na implementação de políticas, facilitando e integrando a informação sobre o tema na tomada de decisão e nos processos de desenvolvimento de políticas públicas. Conta com US$ 28 milhões (US$ 20 milhões do MCTI e US$ 8 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente, o GEF, na sigla em inglês), conforme destacou Raupp. O propósito é consolidar a infraestrutura, os instrumentos, as ferramentas e a tecnologia necessários para qualificar, reunir e disponibilizar online e gratuitamente a informação de biodiversidade contida em coleções de recursos biológicos do país, além de fortalecer as capacidades institucionais para garantir a atualização dos dados e o desenvolvimento de produtos e serviços.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI
TEFÉ VAI GANHAR USINA DE CASTANHA DO BRASIL
 
O primeiro passo para a construção da Usina de Beneficiamento da Castanha do Brasil já foi dado: orçamento de máquinas e equipamentos. Agora, um estudo de viabilidade econômica, feito pela Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ) vai apontar a necessidade de instalação da Usina no município. Hoje, Tefé (situada a 575 quilômetros de Manaus) está no ranking dos municípios que mais se destacam com a produção da castanha do Brasil. Por safra (novembro a abril) são produzidas, em média, 800 toneladas do produto, o equivalente a 12 mil hectolitros. Mais de mil agricultores familiares estão envolvidos com a cultura considerada principal, no que se refere ao setor extrativista. A Usina faz parte do interesse dos governos estadual e municipal e busca o fortalecimento das cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade. O espaço que também vai beneficiar os extrativistas dos municípios vizinhos é aguardado com muita expectativa na região. E promete melhorar a vida dos coletores e das famílias deles. Geração de emprego, estabilidade no preço da castanha refletem a esperança de quem tem dificuldade em vender a produção no preço que realmente é válido, por conta do atravessador.

Fonte: Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas -IDAM
MAPA AUTORIZA INSCRIÇÃO DE 23 ESPÉCIES EM CADASTRO OFICIAL
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 19 de abril, a Instrução Normativa nº 9, que autoriza a inscrição de 23 espécies frutíferas no Registro Nacional de Cultivares – RNC. O cadastro tem como finalidade habilitar as espécies e cultivares para o sistema produtivo formal, permitindo a produção, o beneficiamento e a comercialização. De acordo com a Coordenação de Sementes e Mudas, como são variedades silvestres e exóticas de domínio público, é responsabilidade do MAPA inscrever sem a necessidade de mantenedor, pois essas culturas já se encontram em processo de exploração. Entre as plantas que poderão ser inscritas no RNC estão uva japonesa, groselha, umbu ou cajá, atemóia, jamelão, amora-preta e jambo. Sem a inscrição das no RNC, os produtores tinham dificuldades para comercializar suas mudas nos estabelecimentos comerciais e observar os parâmetros de qualidade e identidade. A IN permite incluir as espécies no cadastro nacional de cultivares, habilitando-as no Sistema Nacional de Sementes e Mudas, legalizando os cultivos para a produção formal.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
PROGRAMA PILOTO DE PATENTES VERDES JÁ ESTÁ FUNCIONANDO
 
No combate às mudanças climáticas globais, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) também irá dar a sua contribuição. Desde o dia 17 de abril, o Instituto está realizando o programa piloto de patentes verdes, no qual o prazo de exame destes pedidos de patentes, relacionados às tecnologias limpas, cairá para menos de dois anos. O piloto será limitado a depósitos nacionais (residentes ou não residentes) e a 500 solicitações concedidas. Com o programa, o INPI atenderá a dois objetivos: identificar as tecnologias verdes e estimular o licenciamento destas, levando a inovação para quem precisa dela. De acordo com o programa, podem ser consideradas patentes verdes as tecnologias verdes referentes as seguintes categorias: energias alternativas, transporte, conservação de energia, gerenciamento de resíduos e agricultura. Para participar do programa, a partir do dia 17, o interessado deverá entregar formulário específico ao INPI e pedir exame e publicação antecipada (se ainda não o tiver feito).

Fonte: Portal PROTEC

BC da China tem no horizonte novo relaxamento da política monetária


SÃO PAULO - O banco central da China indicou que está no horizonte um novo relaxamento da política monetária, como mais cortes na taxa de depósito compulsário para bancos comerciais a fim de garantir a liquidez adequada no sistema financeiro. A informação foi divulgada pela Xinhua, agência chinesa de notícias.

Nos próximos meses, segundo a Xinhua, a autoridade monetária da China deve ajustar a liquidez bancária e tomar ações "focadas" ao considerar o fluxo de capital estrangeiro, a demanda de capital e fatores especiais de curto prazo.

"Vamos continuar a implementar uma política monetária prudente e ajustar as medidas, quando necessário, para guiar a expansão de crédito de maneira apropriada e estável", reportou a agência chinesa citando um representante do Banco Popular da China.

Esse funcionário acrescentou que o BC vai fornecer, no momento adequado, apoio de liquidez para companhias financeiras que enfrentem problemas de recursos porque deram assistência a pequenas empresas e a indústrias ligadas ao setor agrícola.

No primeiro trimestre deste ano, a economia chinesa cresceu 8,1%, abaixo das previsões de alguns economistas, que esperavam uma expansão de 8,4%, e o banco central deve acelerar o afrouxamento em suas políticas no restante do ano.

No fim de março, o BC disse que a liquidez do sistema bancário era "ampla"; no segundo trimestre, cerca de 800 bilhões de yuans e devem fluir no mercado, o que significa que a oferta de liquidez vai ficar relativamente alta.

 Por Juliana Cardoso | Valor

Já quer entrar em campo - Lula retoma comando da campanha do PT em SP

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou o comando da campanha do PT no Estado de São Paulo. Ontem, Lula reuniu-se com o presidente do diretório estadual do partido, deputado Edinho Silva, para se informar dos entraves da legenda no Estado, as alianças nas principais cidades e mapear onde os petistas têm chance de vencer na eleição deste ano. Por diversas vezes, o ex-presidente disse que "não vê a hora" de entrar na campanha eleitoral e prometeu participar em breve de eventos na capital e em Campinas.

O encontro, de cerca de uma hora, foi no Instituto Lula, na capital, no fim da tarde de ontem.
O presidente do IPEA e pré-candidato do PT em Campinas, Márcio Pochmann, também participou da reunião. O PT aposta na candidatura de Pochmann para tentar minimizar o desgaste enfrentado com a cassação, no ano passado, do prefeito eleito em 2004, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), e do vice, Demétrio Vilagra (PT), suspeitos de praticar irregularidades na prefeitura. Dr. Hélio teve apoio de Lula e do ex-ministro José Dirceu.

No encontro, Lula se comprometeu a participar da campanha de Pochmann. Campinas, cidade considerada como prioridade pelo PT, é a terceira maior cidade de São Paulo, com Orçamento estimado em R$ 3,5 bilhões.

O ex-presidente disse que, se pudesse, entraria "amanhã" nas campanhas eleitorais, mas precisa de mais alguns dias para se recuperar do tratamento contra um câncer na laringe. No mês passado, exames indicaram a remissão total da doença. "[Lula] disse várias vezes que não vê a hora de entrar na campanha. Quer fazer logo atividades [eleitorais]", disse Edinho.

Lula deve mergulhar na pré-campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. No encontro, o ex-presidente disse que quer participar em breve de um novo evento público ao lado de Haddad. No sábado, dividiram um palanque em São Bernardo do Campo. Na ocasião, Lula reforçou a pré-candidatura do prefeito Luiz Marinho, que tenta a reeleição.

Haddad ainda é pouco conhecido na capital e registrou 3% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Neste mês, intensificou sua exposição em meios de comunicação e aumentou os eventos em bairros.

G-20 vai ampliar base de empréstimos do FMI em US$ 430 bilhões

SÃO PAULO -  O G-20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo – divulgou nesta sexta-feira um comunicado no qual o grupo se compromete a ampliar a base de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em mais de US$ 430 bilhões, para aumentar o poder de fogo do Fundo e evitar um contágio da crise na Europa.

Os novos recursos prometidos pelo G-20 vão ampliar a capacidade de empréstimo do Fundo para US$ 700 bilhões, segundo o comunicado.

“Existem firmes compromissos para aumentar os recursos disponíveis ao FMI em mais de US$ 430 bilhões, além do aumento da quota sob a reforma de 2010”, diz o documento divulgado ao fim do encontro dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G-20.

Segundo a nota, os recursos do FMI não serão destinados a uma região específica e estarão disponíveis a todos os países-membros do órgão multilateral.

Brasil, Rússia, Índia e China - que compõem os Brics - vão contribuir com novos recursos ao FMI, mas o grupo ainda não está preparado para colocar um número sobre essa contribuição, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

“A posição unânime dos Brics é dar suporte... aumentar os fundos do FMI, mas não vamos divulgar os montantes que iremos contribui”, disse Mantega aos repórteres ao final do encontro dos ministros das Finanças e dos presidentes dos bancos centrais do G-20, em Washington.
“Nós condicionamos esta ajuda [aos membros do FMI] à conclusão da reforma das quotas, para que nós, mercados emergentes, possamos ter mais representação. Isso está no comunicado”, disse Mantega.

Os Brics vão continuar a negociar com o FMI e o grupo espera alcançar uma decisão no próximo encontro do G-20 no México, nos dias 18 e 19 de junho.

O ministro brasileiro disse que a Europa tem feito o suficiente para construir sua muralha de proteção - fundos de resgate para evitar o contágio da crise da dívida -, mas que a zona do euro precisa agora estimular o crescimento econômico.
(Suzi Katzumata | Valor, com Dow Jones Newswires)

ALEPA - Sessão debate modelo sustentável


Os governos estaduais e municipais na Amazônia estão à frente da União no combate às causas das mudanças climáticas, como o desmatamento, por exemplo, de acordo com o presidente da Fundação Amazônica de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa), Mário Ribeiro.

Esta e outras discussões foram travadas quinta-feira (19), durante a sessão especial que debateu um modelo de desenvolvimento que inclua as sociedades modernas e tradicionais da Amazônia, visando a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável a partir da economia verde. Este será o foco do documento a ser elaborado pelo parlamento estadual paraense, a partir das propostas debatidas na sessão, que reuniu parlamentares, representantes das instituições de ensino e pesquisa do Estado do Pará, da sociedade civil organizada, além de membros do conselho e da federação dos economistas e da administração estadual.

A sessão requerida pela deputada estadual Simone Morgado (PMDB) serviu para juntar as propostas, que serão incluídas no documento final elaborado pelo Executivo estadual e que integrará a Carta da Amazônia, documento sobre a posição dos nove Estados da Amazônia Legal na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que acontece em junho, no Rio de Janeiro.

Ribeiro afirma que o grande desafio dos povos da Amazônia é dizer que querem ser brasileiros, de fato, ser incluídos nas ações federais de desenvolvimento que, segundo ele, não chegam por aqui. O prefeito do município de Bragança, Edson Oliveira, corroborou com a postura do presidente da Fapespa, alegando que 80% da região do salgado paraense agoniza com o desmatamento porque as políticas públicas ambientais são ínfimas. Nesta região, afirma Oliveira, apenas um técnico do ICMbio (Instituto Chico Mendes) atua na fiscalização e ainda sem parceria com as ações estaduais.

INTEGRAÇÃO
“É preciso um grande esforço de integração para outro modelo de desenvolvimento. Temos que sair dos entraves institucionais”, alertou a economista e professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luciana Nogueira. Ela lembrou que a Eco 92, conferência ambiental ocorrida também no Rio de Janeiro, foi um evento histórico, que conseguiu definir novos compromissos dos países, se constituindo em um marco regulatório da questão ambiental mundial.

Porém, a Rio+20 corre sério risco de se transformar em um mero espaço de debates não vinculantes, segundo a professora, porque o tema economia verde no contexto da erradicação da pobreza, definida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), ainda é muito contestado por grupos que defendem o conceito de meio ambiente como foco principal do modelo de desenvolvimento.

Na visão da economista paraense Maria Amélia Enriquez, secretária adjunta de Indústria e Mineração, não há lógica no conceito de desenvolvimento em que as pessoas vivem no verde, mas subdesenvolvidas. Ela lembrou que o Pará tem mais de 50% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, o que significa o dobro da média nacional. Portanto, é crucial um modelo de política ambiental e econômica que inclua essa massa nas políticas públicas, especialmente através da educação.

“O Pará precisa avançar nas discussões para ter elementos em uma rodada de negociação”, alega a secretária. Para ela, o Brasil tem que ir preparado para negociar na Rio+20, porque os países ricos sabem bem o que querem. (Diário do Pará)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

SEMINÁRIO - ECONOMIA VERDE E SUSTENTABILIDADE NO PARÁ


Data 19 de abril de 2012 - Assembléia Legislativa do Estado
8:00 – 8:15 - Credenciamento
08:15- 8:30 - Exposição no hall do Auditório sobre Economia Verde e Sustentabilidade
Moderador: Sindicato dos Economistas do Estado do Pará

 

Manhã 
SEMINÁRIO - ECONOMIA VERDE E SUSTENTABILIDADE NO PARÁ
Hora  Palestra  Palestrante 


8:30 -9:30
Abertura da Sessão Especial
Palestra Magna:
Economia Verde e erradicação da pobreza - novas estratégias de desenvolvimento sustentável


Luciana Togeiro de Almeida (Profª Dra.- UNESP)
9:30 -10:15O desenvolvimento do Pará na ótica do Programa de Municípios Verdes (PMV) Justiniano Neto (Secretário de Estado Extraordinário - Coordenador do PMV)
10:15-10:30Intervalo para café 
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10:30-11:15Economia verde no Pará – desafios e oportunidades para os setores produtivosMaria Amélia Enríquez (Secretaria de Estado Adjunta SEICOM, Profª Dra. UFPA/UNAMA)
11:15-12:00Ciência, Tecnologia e Inovação para a mudança de paradigma da Economia VerdeAlex Bolonha Fiúza de Melo (Secretário de Estado SECTI, Prof. Dr. UFPA)
12:00-12:45
Sessão de perguntas e respostas
Moderador
TARDE 
SETORES ECONÔMICOS EMERGENTES NA VISÃO DE UMA ECONOMIA VERDE 
14:30-15:15Serviços Ambientais como oportunidades de geração de negócios e renda. Palestrante Larissa Chermont (Profª Dra. UFPA)
15:15-16:00Biodiversidade e os desafios da Bioindústria no contexto da economia verde no Pará Gonzalo Vásquez Enríquez (Assessor Especial SEDIP – Prof. Dr. UFPA)
16:00-16:20Intervalo para Café
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16:20
Encerramento. Apresentação de performance teatral sobre Economia Verde e Sustentabilidade.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A quem tudo tem tudo le será dado e em dobro e a quem nada tem......


 Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, anuncia R$ 13,9 milhões para parques tecnológicos do RS
Em reunião com o governador do Rio Grande do Sul em Porto Alegre, ele anunciou o pagamento de emendas parlamentares de 2009 para os parques de Novo Hamburgo, Lajeado, Santa Cruz e Pelotas.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, reuniu-se com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, na sexta-feira (13), em Porto Alegre. Na ocasião, Raupp anunciou o pagamento de R$ 13,9 milhões referentes a emendas parlamentares de 2009 para os parques tecnológicos de Novo Hamburgo, Lajeado, Santa Cruz e Pelotas. Cada um deles irá receber cerca de R$ 3,5 milhões.

No intuito de alinhar as políticas entre as duas esferas de governo, Raupp entregou a Tarso um documento com as metas da União para o desenvolvimento do setor previstas pelo Ministério até 2015 e pediu apoio para fortalecer as ações, principalmente junto ao Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) no estado. Tarso garantiu apoio e destacou a importância da empresa pública federal, ligada ao MCTI, que busca o desenvolvimento de negócios inovadores no setor de microeletrônica.

Raupp também anunciou a aplicação de R$ 15 milhões na construção da primeira fase do Instituto de Semicondutores, em São Leopoldo, até o final do ano, em sua visita à Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). No local, ele conheceu a empresa HT Micron, primeira fábrica gaúcha de semicondutores em escala industrial.

Encontro com reitores - O secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, afirmou que este foi o primeiro contato público do ministro com as universidades do estado, representadas por cerca de 20 dos 25 reitores de instituições de ensino superior gaúchas. Prodanov destacou que a oportunidade serviu para mostrar que as políticas públicas estão afinadas com a União e que a consolidação do Rio Grande do Sul no setor ganhou força. "A expectativa se confirmou, já que tínhamos a aprovação do projeto do Instituto Tecnológico de Semicondutores da Unisinos [IT Chip]. Sem dúvida, um centro especializado em semicondutores é muito importante", disse Prodanov.

Segundo o ministro, as reivindicações da secretaria foram aprovadas por mérito. Ele aproveitou a oportunidade para destacar que todos os bons projetos terão inteiro apoio do governo. "A presidente Dilma Rousseff afirmou que não vão faltar recursos. O ministério, além de executar o orçamento, irá buscar recursos complementares também por outras vias", afirmou. Raupp ressaltou que, até o final do ano, deve ser anunciado um novo edital para fomento aos parques tecnológicos no Rio Grande do Sul.
(Secom RS)

domingo, 15 de abril de 2012

Novos números de desmatamento no País

Situação atípica no Mato Grosso está sendo investigada. Ibama e outros órgãos federais estão em campo desde o início do ano. Em três meses, foram embargados 7 mil hectares e aplicados R$ 49,5 milhões em multas.
O desmatamento na Amazônia Legal, identificado pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), caiu 48,2% em março deste ano frente ao mesmo mês de 2011, de 116 para 60 quilômetros quadrados. Na comparação do período de agosto a março 2010/2011 com agosto a março de 2011/2012, o total da área desmatada ficou estável. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (5), em Brasília, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os números apontaram um pico de desmatamento no estado de Mato Grosso em fevereiro. De acordo com Izabella Teixeira, isso aconteceu porque a região ficou encoberta por nuvens de outubro de 2011 a janeiro de 2012. Com a redução da cobertura de nuvens em fevereiro, foi possível detectar os desmatamentos acumulados no período, que somaram 307 quilômetros quadrados. “Estamos pedindo à Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso para verificar legalidade desses desmatamentos”, afirmou a ministra.

Migração – O Ministério do Meio Ambiente (MMA) também verificará os motivos da elevação do desmatamento em Roraima. Segundo Izabella Teixeira, o aumento do desmatamento de 12 para 56 quilômetros quadrados no período de agosto/2011 a março de 2012 frente a igual intervalo em 2010/2011 pode estar relacionado à migração de atividade madeireira ou outras atividades econômicas para o Sul do estado. Nos demais estados da Amazônia Legal, ainda não é possível avaliar o desmatamento em virtude da grande cobertura de nuvens.

Os dados do Deter são fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fins de fiscalização. Esses dados são disponibilizados mensalmente no site do Inpe. A ministra destacou que agentes do Ibama em conjunto com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Chico Mendes, estão em campo desde 1º de janeiro intensificando a fiscalização. “Estamos mudando a estratégia, sem esperar virem dados do Deter para agir”, disse. Do início de 2012 até 16 de março, o Ibama embargou 7 mil hectares e aplicou R$ 49,5 milhões em multas por desmatamento ilegal.

* Confira os relatórios mensais completos: http://www.obt.inpe.br/deter.
** Publicado originalmente na EcoAgência.
(EcoAgência)

Presidente já reduziu áreas protegidas em prol das hidrelétricas


A defesa da construção de hidrelétricas na Amazônia pela presidente Dilma Rousseff não se limita ao discurso como o feito anteontem no Planalto. Essa defesa impôs recentemente a redução de 1.032 quilômetros quadrados da área de cinco unidades de conservação na floresta, abrindo caminho para duas novas usinas. A medida provisória que muda limites de áreas de proteção foi editada discretamente em janeiro e tem de ser aprovada pelo Congresso até o último dia de maio.

Anteontem, a presidente acusou a oposição à construção de hidrelétricas de “fantasiosa”. A pouco mais de dois meses de sediar a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a presidente reagiu a pressão de ambientalistas que veem retrocesso na área ambiental e reafirmou a busca de acordos para combater o aquecimento global e a pobreza: “Ninguém numa conferência dessas também aceita, me desculpem, discutir a fantasia”.


A presidente havia pedido pressa nas providências para construção das usinas de São Luiz do Tapajós e de Jatobá, no Pará. A primeira dessas usinas é a maior do Complexo Tapajós, com potência de 6.144 MW (megawatts), mais do que metade da gigante Belo Monte. O governo quer que essa usina entre em operação em novembro de 2016.

Texto que acompanha a medida provisória diz que, após a inundação da área do reservatório da usina, o governo deverá aumentar unidades de conservação ou criar novas áreas de proteção para compensar a perda imposta a cinco áreas. A redução nessas unidades equivale a quase 70% do tamanho da cidade de São Paulo.

O Ministério do Meio Ambiente estuda a criação de uma estação ecológica de mais de quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo, que ganhará o nome de Alto Maués, no Amazonas. O projeto enfrenta resistências no Estado por conta da exploração de madeira na região.

Mas é apontado como a principal opção para compensar a redução imposta pelas usinas hidrelétricas do Tapajós. A área abriga a maior concentração de primatas conhecida no mundo, de acordo com informações do Instituto Chico Mendes.

(Ecodebate, 09/04/2012) publicado pela IHU On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização da informação.