sexta-feira, 9 de março de 2012

Falta coordenação política ao Planalto. Erro do governo, pensar que os outros são todos amadores

A falta de coordenação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso foi um dos principais motivos da recusa do nome de Bernardo Figueiredo para a direção-geral da ANTT. Há insatisfação em todos os partidos, especialmente no PMDB, que além de perder espaço no ministério perdeu a interlocução privilegiada que teve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especial na segunda metade do segundo mandato.

Apesar dos sorrisos, cafezinho quente e amabilidades, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) não corresponde às expectativas dos líderes partidários, principalmente do PMDB, que tem a maior bancada no Senado. Na Câmara, ela não conhece os deputados e suas necessidades. É provável que os líderes governistas tenham evitado uma nova derrota do governo na votação do Código Florestal, adiada de ontem para a próxima semana - por recomendação dos líderes; Ideli queria votar "na marra", mesmo sem que a negociação com os ruralistas tenha ainda chegado a bom termo - os demais líderes acreditam que ainda é possível isolar os mais radicais dos ruralistas.

Há muito barulho na Câmara, mas quem fere é o Senado. A sorte de Figueiredo parecia selada na noite de segunda-feira, 5, num jantar que reuniu na casa da senadora Roseana Sarney, em Brasília, os principais caciques do PMDB no Senado. Além da anfitriã, estavam seu pai, José Sarney, os ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Wellington Moreira Franco (SAE), o líder da bancada, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente em exercício do partido, Valdir Raupp (PMDB-RO).

O assunto foi a relação do PMDB com o governo, que todos os presentes julgaram que piorou - e muito - depois da troca de guarda no Palácio do Planalto, no início de 2011. Além de o PMDB ter ficado menor no governo Dilma em relação aos ministérios de que dispunha no governo Lula, mudou também a qualidade da relação que Sarney e Renan mantêm com a Presidência da República: formal, com Dilma, de ir ao Palácio, após um aviso telefônico, à época de Lula.

À diferença dos deputados, senadores como Renan Calheiros logo compreenderam que era inútil, contraproducente enfrentar Dilma Rousseff e preferiram trabalhar em silêncio, como é de hábito da bancada. Ao invés do barulho dos deputados, a tática preferida dos senadores é recusar nomes indicados pelo presidente, quando a bancada está insatisfeita - o indicado perde o emprego, o presidente é ferido em sua autoridade e o país, a rigor, não perde nada.

No jantar, ficou claro que os senadores em breve mandariam um recado de sua insatisfação. Para os presentes, não ficou claro que seria a recusa de Bernardo Figueiredo para dirigir a ANTT, mas a expectativa era que fosse algo nos termos do que já havia acontecido quando Lula indicou o nome do ex-deputado Luiz Salomão para a ANP.

Valor Econômico - 
Por Raymundo Costa | De Brasília

UFPA - NOVOS EDITAIS PARA APOIO À PESQUISA


Fórum de Pós-Graduação lança novos editais de apoio à pesquisa


Mais de mil bolsas de mestrado e doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e mais de mil bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) devem ser disponibilizadas pela Universidade Federal do Pará para professores e alunos da Instituição, ao longo de 2012. Essa é a expectativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp). Os números foram divulgados durante o Fórum de Pós-Graduação, ocorrido nesta quarta-feira, 7, no auditório da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores Deliberativos (Sege) da UFPA.
Além da previsão de bolsas, a Propesp lançou quatro novos editais durante o Fórum. Todos os editais estarão disponíveis a partir desta quinta-feira, 8, no site da Propesp.
Os editais lançados são: o da segunda edição do Prêmio Professor Benedito Nunes, concedido à melhor tese defendida no período de novembro de 2009 a dezembro de 2011, nas áreas de Comunicação, Artes, Humanidades e Filosofia; o do Programa de Apoio à Realização de Eventos (Paev), que viabiliza a realização de eventos na Universidade; o do Programa Institucional de Apoio à Produção Acadêmica (Piapa), que apoia o comparecimento de pesquisadores da UFPA a eventos científicos no País e no exterior, para a apresentação de trabalhos; e o do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), que visa à concessão de bolsas de pesquisa a estudantes de graduação da UFPA.
Durante o evento, também foram apresentados números referentes aos resultados obtidos em 2011 e novas diretrizes da política de pós-graduação para 2012.
Pós-Graduação em números – Com 26 cursos de doutora-do, a UFPA titulou, em 2011, 125 novos doutores (em 2009, haviam sido 52). Atualmente, a Instituição conta com quase 1.200 alunos de doutorado, o que indica que, em breve, estará formando cerca de 300 doutores por ano. Ainda na comparação de dados, em 2011, no mestrado, a UFPA contabilizou 2.352 alunos matriculados, enquanto esse número , em 2009, era de 1.859 alunos. Já os titulados no mestrado, em 2011, somaram 719, enquanto se formaram 374 novos mestres pela UFPA, em 2009.
Entre outras conquistas da pós-graduação na UFPA, registra-se o aumento na oferta de cursos de mestrado e doutorado. Em 2009, eram 59 cursos em funcionamento; em 2011, foram 78. O ano de 2012 já soma 80 cursos de pós-graduação em atividade, quatro deles em campi do interior do Estado, como o recém-aprovado Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PPGDTAM), que está com inscrições abertas no Campus de Marabá (saiba mais aqui).
Evento – Participaram do Fórum o reitor da UFPA, Carlos Maneschy; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), Emmanuel Tourinho; o diretor executivo da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), professor Sinfrônio Brito; e os coordenadores de cursos de pós-graduação da UFPA.
O diretor executivo da Fadesp ressaltou a importância da parceria da UFPA com a Fundação. “Este ano, estamos renovando a parceria entre a Universidade e a Fadesp. Antes, os alunos vinham pedir, individualmente, o apoio financeiro para suas pesquisas. Agora, em conjunto com a Propesp, os alunos que pleiteiam bolsa podem obtê-las dentro de critérios, por meio dos editais.”
O reitor Carlos Maneschy  agradeceu o esforço dos coordenadores pelos resultados obtidos no ano passado e destacou o reconhecimento da pós-graduação da UFPA como uma das melhores do Norte do Brasil. O pró-reitor Emmanuel Tourinho também parabenizou os coordenadores de cursos pelos resultados positivos. “Mesmo com as dificuldades que são comuns às universidades em construção, tivemos um grande desempenho e, com certeza, este ano, não será diferente,” afirmou o pró-reitor.
Foram divulgadas, ainda, as datas do treinamento para o acesso ao novo Portal de Periódicos da Capes. Os coordenadores dos cursos de pós-graduação serão treinados entre os dias 14 e 15 de março.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação ressaltou, também, a importância do Projeto Capes WEB TV, uma nova plataforma da Instituição, pela qual os coordenadores poderão divulgar informações gerais sobre os cursos de pós-graduação, como matrícula, editais, entre outras.
Texto: Helder Ferreira e Jéssica Souza
Fotos: Karol Khaled

quinta-feira, 8 de março de 2012

Seicom e Sefa fiscalizarão a atividade mineral no Pará

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 08/03/2012 às 19:45

As atividades minerais serão acompanhadas e fiscalizadas em conjunto pela Seicom e Sefa, visando o desenvolvimento do setor

A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) firmou com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) um acordo de cooperação técnica, visando um intercâmbio de informações e o desenvolvimento de ações conjuntas para controlar, acompanhar e fiscalizar todo o processo de pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento dos recursos minerais em território paraense.

Para viabilizar o intercâmbio, será instalado um sistema de cadastro, que será consultado pelas duas secretarias, com informações das empresas do setor mineral. O acordo, no entanto, resguarda o sigilo fiscal dos contribuintes e não excede a área de atuação da Sefa.

À Secretaria da Fazenda cabe fornecer à Seicom todas as informações necessárias à validação e ao desenvolvimento do Cadastro Estadual de Controle das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Acompanhamento de Recursos Minerários (Cerm), além da instalação e recolhimento da Taxa de Controle para a atividade.

A Sefa também enviará à Seicom dados sobre as atividades de treinamento e capacitação dos gestores dos municípios que exploram a mineração, com o objetivo de aproveitar esse potencial mineral e transformá-lo em desenvolvimento para a região.

Conforme o acordo, a Seicom será responsável pelo monitoramento da produção mineral e aproveitamento dos recursos, por meio do cadastro das atividades do setor. “A cooperação é de grande importância para o Estado, por dar eficiência às políticas públicas e evitar a duplicidade de esforços, uma vez que o foco da Sefa é a arrecadação, enquanto o da Seicom é o aumento da produção, geração de emprego e renda”, explicou a secretária adjunta da Seicom, Maria Amélia Enríquez.

A Seicom também alertará a Sefa sobre irregularidades nas informações recebidas e no recolhimento de tributos por contribuintes cadastrados no Cerm.

A coordenação, o planejamento e a avaliação de desempenho do acordo serão feitos por uma comissão mista, composta por oito integrantes, quatro de cada secretaria. “É importante termos um instrumento de cadastro, para que haja o intercâmbio de informações, sem o trâmite burocrático e, por vezes, demorado”, acrescentou a secretária.


Texto:
Douglas Dinelly - Seicom
Fone:  / (91) 8134-6617
Email: douglasdinelli@hotmail.com

A revolução pacífica e silenciosa que mudou o país. Do blog do Zé Dirceu, que fala por experiência própria

Não é nem revolução, nem silenciosa. Foram um conjunto de poíticas sociais de carater populista que se são retiradas do Orçamento da União, todos voltam a ser como antes. 
Não é silenciosa porque se gastou muitíssimo dinheiro em cacarear as ditas políticas sociais do Programa Bolsa Família. 
 Veja abaixo o artigo do José Dirceu, que sim entrou na classe A depois de incursionar "a fundo" em negócios em Portugal. 
 
A revolução pacífica e silenciosa que mudou o país.
Publicado em 08-Mar-2012
Os dados são da Fundação Getulio Vargas: nos próximos dois anos 12,5 milhões de pessoas entrarão na classe C e 6,5 milhões vão chegar às classes A e B. É o que estima o seu Centro de Políticas Sociais, que acaba de publicar o estudo “De Volta ao País do Futuro”.

Calcula a Fundação que as classes A e B, somadas, vão crescer 29,3% até 2014. E esse crescimento será bem superior ao previsto para a classe C, de 11,9%.

O economista Marcelo Neri, coordenador do levantamento, resume: “Daqui a pouco, vamos estar falando da nova classe AB como se fala hoje da nova classe C”, afirma ele. O estudo tem por base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Transformação contou com muitos partidos e lideranças

Os dados da pesquisa da FGV só comprovam a verdadeira revolução silenciosa, pacífica e democrática que fizemos no país. Foi uma ação que reuniu Lula, o PT e todos aqueles que acreditaram num novo projeto. Principalmente os partidos e as lideranças que apoiaram Lula - e depois Dilma - sem os quais não seria possível aprovar, no Congresso Nacional, todas as mudanças que fizeram possível ao Brasil deixar de ser o país do futuro e entrar no século XXI com uma das maiores nações e uma das maiores economias.

Somos hoje uma das maiores democracias do mundo, não apenas do ponto de vista político, mas, também, do social.
 

Carvalho diz que governo consultou indígenas sobre Belo Monte

BRASÍLIA – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que os indígenas foram devidamente consultados pelo governo antes da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ele admitiu que o governo Dilma Rousseff "tem erros", mas não tem "complexo de culpa".

Wilson%20Dias%2FAbr   
Gilberto Carvalho participou hoje de seminário sobre a convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho.
Na abertura de um seminário sobre a convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata de consultas dos países aos povos indígenas em questões que lhes afetam, o ministro disse que “houve uma consulta, que pode não ter sido perfeita”.
Carvalho ponderou, no entanto, que na interpretação do governo brasileiro a convenção “não é vinculante”, e não impede a continuidade de obras caso haja reclamação das comunidades.  E afirmou que o governo “não pensa que o desenvolvimento se dá a qualquer preço”, mas não abrirá mão de grandes obras de infraestrutura.
“Esse governo sabe que tem falhas, que tem erros. Esse governo reconhece muitos de seus erros. Agora, esse não é um governo que tem complexo de culpa”, disse Carvalho.
Nesta semana, um relatório de uma comissão da OIT criticou o governo brasileiro por não ter consultado a população local na construção de Belo Monte, o que violaria a convenção 169 da organização, à qual o Brasil aderiu em 2003.
(Yvna Sousa | Valor)

Governo quer promover mudanças no relatório da Lei Geral da Copa. Até a emissão de carteiras passa pela ótica dos partidos, é grana para o caixa dois da UNE

BRASÍLIA – O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que pediu mudanças no relatório da Lei Geral da Copa, que deve ser votado na próxima quarta-feira. O parlamentar disse que o governo quer alterar os pontos que tratam da emissão de carteira de estudante e dos descontos para ingressos dos idosos.

O texto de Vicente Cândido diz que as identidades estudantis devem ser emitidas “exclusivamente” pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, pelos Diretórios Centrais de Estudantes das Instituições de Ensino Superior, pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, e uniões estaduais e municipais de estudantes universitários ou secundaristas.

O governo quer que não haja essa exclusividade, que favorece a UNE, entidade ligada historicamente ao PC do B e que está próxima do governo Dilma Rousseff. Vaccarezza disse que sugeriu a Cândido que o texto preveja a “prioridade” a essas instituições. “Eu acho importante reforçar as entidades estudantis. Mas se você obrigar carteira a ser de entidade, aí você nem vai ter o prioritariamente”, disse, numa referência à possível rejeição desse artigo do projeto pelos parlamentares.

O líder também quer alterar o ponto do texto que veta a meia-entrada para os idosos nos pacotes turísticos e permitir o desconto também nessa modalidade de venda. A intenção é que o Estatuto do Idoso valha também nesses casos.

Vaccarezza reconheceu que a liberação da venda de bebidas alcoólicas na Copa de 2014 será o ponto de maior embate na votação da semana que vem, mas afirmou que o governo vai apoiar o relatório de Cândido. Isso porque esse foi um ponto do acordo do governo brasileiro com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) quando o país foi escolhido para receber o megaevento. “Tudo que foi acordado para ter a Copa no Brasil, nós vamos cumprir. Se você faz um acordo para trazer a Copa e não cumpre, fica mal”, disse.

(Daniela Martins / Valor)

'Governo vive momento tenso', diz Carvalho sobre base aliada

 A fome de poder é autoflagelante 

O governo vive um momento tenso na relação com a base aliada, afirmou o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, durante cerimônia de abertura de um seminário sobre a Convenção da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em Brasília.

Para Carvalho, a derrota no Senado ontem, quando foi rejeitada a recondução de Bernardo Figueiredo para a diretoria-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), significa que será preciso fazer uma análise cautelosa sobre a situação atual.

Dilma 'lamenta' rejeição de indicado para ANTT, afirma porta-voz
Após derrota, governo pede adiamento de votação de diretores da ANTT
Rejeição a indicado de Dilma vai além de rebelião do PMDB
Peemedebistas se juntarão à oposição em 12 Estados
 
"A relação com a base, com o parlamento requer que não se tenha cabeça quente, reações imediatas e que se analise com cuidado cada um dos processos". E completou: "nossas relações com os partidos são duráveis e passam por momentos tensos, este é um momento tenso", disse.
Alan Marques - 23.ago.11/Folhapress
Carvalho diz que momento entre base e governo é tenso
Carvalho diz que momento entre base e governo é tenso
 
ENTENDA
Em votação secreta, o nome de Figueiredo foi rejeitado por 36 votos contrários à sua indicação, 31 favoráveis e uma abstenção. A rebelião foi conduzida, em especial, pelo PMDB. Depois de deputados do partido assinarem manifesto com críticas e cobranças ao governo, parte da bancada no Senado decidiu usar a indicação de Figueiredo para revelar a insatisfação --e aproveitaram a votação secreta da indicação, que permite as dissidências sem eventuais retaliações do governo.

Além da questão política, parte da base era favorável à derrubada da recondução do diretor da ANTT por ele ser acusado de uma série de irregularidades --entre elas a suspeita de que teve ações de empresas privatizadas na época em que presidiu a Associação de Empresas Ferroviárias do Brasil.

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi um dos articuladores da derrubada da indicação. Com acusações contra Figueiredo, Requião mobilizou a bancada peemedebista para derrubar o nome do diretor. Na reunião da bancada esta semana, o senador fez um apelo aos colegas de partido para que rejeitassem a indicação.

"Vamos impedir que a nossa presidenta, no Dia Internacional da Mulher, caia nessa armadilha de entregar para o cabrito o cuidado da horta. O senhor Bernardo Figueiredo é completa e absolutamente inadequado pelos interesses que ostensivamente defende. A indicação será um desastre terrível para a base de apoio do governo federal nas próximas eleições", disse Requião.
Aliado de Dilma, o senador Pedro Taques (PDT-MT) fez um duro discurso contra a indicação de Figueiredo. "Sou contra a sua indicação. Ele é incompetente. Não existe princípio da presunção da inocência quando as leis falam em reputação ilibada."
Com informações de GABRIELA GUERREIRO, DE BRASÍLIA



quarta-feira, 7 de março de 2012

Penso, logo existo

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Friedrich Nietzsche

terça-feira, 6 de março de 2012

Missão da ONU visita o Brasil para preparar a conferência Rio+20


Uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) começou hoje (5) visita oficial ao Brasil para discutir detalhes da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro, em junho. A missão de 20 pessoas é liderada pelo secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang.

Os representantes da ONU reuniram-se com integrantes do Comitê Nacional de Organização (CNO) da Rio+20. O CNO é chefiado pelo ministro Laudemar Aguiar, do Itamaraty. As reuniões de trabalho, fechadas à imprensa, ocorreram no Hotel Golden Tulip, na praia de Copacabana.
Segundo a assessoria do CNO, estão sendo discutidos os detalhes logísticos da organização do evento, que envolvem desde temas como segurança, trânsito, hospedagem, montagem de auditórios, até questões como instalações e serviços para atendimento à imprensa internacional e brasileira.

Amanhã (6), está prevista visita da missão ao Centro de Convenções Riocentro, na zona oeste da capital fluminense, escolhido para sediar a conferência oficial. Sha Zukang deverá encontrar-se também amanhã com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

No dia 7, a missão deverá deslocar-se para Brasília, onde se reunirá no dia seguinte com parlamentares brasileiros do Comitê de Relações Exteriores do Senado. Durante o encontro, serão abordados os preparativos políticos e logísticos para a conferência e os caminhos para o desenvolvimento sustentável.

Na sexta-feira (9), Sha Zukang e os integrantes da missão têm reunião com os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Por: Alana Gandra
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Rivadavia Severo

Os benefícios econômicos da conservação florestal

Estudos científicos têm buscado conhecer melhor as formas de uso e extração sustentável dos recursos naturais e abundantes da floresta amazônica, tendo como foco a manutenção da floresta em pé, o desenvolvimento econômico e a valorização do conhecimento sociocultural.

Neste sentindo, um grupo de pesquisadores ligado ao Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) coordenado pelo pesquisador PhD Britaldo Soares Filho, vem realizando estudos para avaliar a rentabilidade de diversas cadeias produtivas na Amazônia, como forma de subsidiar políticas públicas e ampliar o conhecimento científico da região. Um desses estudos, recentemente publicado na revista Environmental Conservation, enfoca o potencial de concessões de castanha-do-Brasil, em Madre de Dios, no Peru.

Intitulado por “Economic benefits of forest conservation: assessing the potential rents from Brazil nut concessions in Madre de Dios, Peru, to channel REDD+ investments” (Benefícios econômicos da conservação florestal: avaliação da renda potencial de concessões de castanha do Brasil em Madre de Dios, Peru, para fins de canalizar investimentos de REDD+), o artigo publicado aborda o modelo de produção da castanha-do-Brasil, fonte de renda de diversas comunidades da Amazônia, avaliando a produtividade e lucros potenciais das concessões de castanha em Madre de Dios, sob três cenários de processamento e gestão (castanha com casca, descascada e descascada e certificada).

De acordo com o artigo, a castanha-do-Brasil possui mercado internacional consolidado, provendo uma relevante renda às populações rurais e não rurais que a coletam. No Departamento de Madre de Dios, em torno 67% da renda familiar vem de concessões castanheiras que ocupam 12 % da sua área total, com mais de 800 concessões.

A comercialização deste fruto sem qualquer beneficiamento ou certificação reduz o potencial de sua rentabilidade, em torno de 0,40 dólares por kg. Com o processo de certificação ou beneficiamento simples com a retirada da casca da amêndoa, a rentabilidade por quilograma de produto passa para 2,60 dólares.

O artigo elaborado por pesquisadores da UFMG/CSR (Felipe Nunes, Britaldo Soares Filho, Renzo Giudice, Hermann Rodrigues e Rafaella Silvestrini), University of California (Maria Bowman) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Elsa Mendoza), é similar ao estudo realizado, pelos mesmos, no Estado do Acre, Brasil, especificamente nas reservas Chico Mendez e Cazumbá Iracema, no região Leste do Estado, qual foi publicado no IX Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, com analise do potencial da castanha no Estado do Acre, Brasil.

Segundo o coordenador da pesquisa, Britaldo Soares, o trabalho representa um exemplo prático para implementação de REDD +. “Foram avaliadas as rendas potenciais de concessões de castanheiras em diferentes cenários de manejo e estimados os investimentos necessários para melhoria da cadeia produtiva da castanha de com casca, para sem casca e certificada. O estudo também indica que esses recursos poderiam ser canalizados através de programa REDD+, haja vista o papel central dessas concessões na redução do desmatamento em Madre de Dios”, destaca o coordenador.

Referência completa do artigo: FELIPE NUNES, BRITALDO SOARES-FILHO, RENZO GIUDICE, HERMANN RODRIGUES, MARIA BOWMAN, RAFAELLA SILVESTRINI and ELSA MENDOZA. Economic benefits of forest conservation: assessing the potential rents from Brazil nut concessions in Madre de Dios, Peru, to channel REDD+ investments. Environmental Conservation, Available on CJO 2012 doi:10.1017/S0376892911000671.

Por: Julie Messias
Fonte: IPAM