terça-feira, 17 de março de 2009

UFPA cria primeira graduação da Amazônia em Biotecnologia - UFPA the Amazonian establishing the first graduate in Biotechnology

O segundo curso, já que o primeiro foi criado na UFAM - Universidade Federal do Amazonas.

Quem deseja ingressar na UFPA tem uma nova opção. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade (CONSEPE) aprovou a criação do primeiro curso de Biotecnologia sediado na Amazônia. As 30 vagas serão ofertadas em um Processo Seletivo Especial (PSE). O lançamento do edital está previsto para o mês de abril e o concurso deve acontecer nos meses de maio e junho.
A Biotecnologia é uma ciência antiga que caminha lado a lado com o futuro. Os processos fermentativos para a produção de vinhos e produtos derivados do leite, como manteiga, queijo e iogurte, o descobrimento da penicilina e de sua ação antibacteriana ou o desenvolvimento de insulina a partir de bactérias em laboratório para o tratamento de diabéticos são exemplos de pesquisas e descobertas da área, ou seja, são situações em que as células e moléculas atuam em benefício do homem.
O diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA (ICB), José Luiz Martins, explica o que é a Biotecnologia. “Os tecnólogos estudam como produzir moléculas ou isolar substâncias para gerar produtos que sejam úteis para a humanidade”, esclarece o futuro coordenador da Faculdade de Biotecnologia.
Leia mais: http://www.ufpa.br

A casa da mãe Joana

Até madereiros peruanos invadem as florestas na amazônia.

Veja como é fácil desmatar no Brasil:

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) começou a realizar na semana passada ações contra o desmatamento, a caça e contra a invasão de madeireiros peruanos as terras brasileiras.

De acordo com o superintendente do órgão no Acre, Anselmo Forneck, a fiscalização foi iniciada no Juruá, chegando à Ponta do Abunã e à Boca do Acre.

"A ideia é voltarmos para Feijó, Tarauacá, verificando o rio Purus e a faixa de fronteira para impedir a invasão de madeireiros peruanos", falou o gestor.

Anselmo Forneck informou que as atividades estão sendo desenvolvidas de acordo com um planejamento realizado na sexta-feira que acabou sendo batizada de Arco Verde.
"Teremos as primeiras respostas referentes às fiscalizações a partir desta quarta-feira", informou o superintendente.

Dentro do calendário do Ibama acriano, está o apoio ao mesmo órgão de Rondônia que planeja uma operação ainda maior contra o desmatamento.
Durante a operação, o órgão pretende utilizar aviões e helicópteros para observações aéreas, além de garantir suporte aéreo para o transporte de fiscais para áreas isoladas.

O trabalho contará com o apoio de 14 ministérios, incluindo o do Trabalho e Emprego, que oferecerá auxílio-desemprego a pessoas que ficarem desempregadas com o possível fechamento de algumas empresas ilegais.
http://www.amazonia.org.br

PARECE, MAS NÃO TUDO É RUIM PELO PARÁ

Para quem esteve na origem da criação e implantação da Incubadora da UFPA (PIEBT) é uma enorme satisfação receber notícias como esta. Quando começamos com a implantação da incubadora, poucos acreditavam no nosso projeto.

Tinha alguns que até torciam contra, achavam que era uma empresa de fundo de quintal. Pensar na possibilidade de aproveitar comercialmente a biodiversidade não era motivo de preocupação pelos órgaõs do governo do estado. Mas, ninguém é profeta na sua terra....E foi primeiro fora do Pará onde recebemos os primeiros incentivos, da FINEP, das próprias instituições de C&T, de fora do Estado. Assim, a Incubadora foi crescendo e sendo conhecida nacional e internacionalmente. Por lá passaram as empresas: Chamma da Amazônia, Ervativa, Gota de Mel, Brasmazon, Chocolates da amazônia. Todas elas ganharam prêmios de Inovação Tecnológica da FINEP. Ainda há outras que continuam incubadas e esta Amazon Dreams que está também atuando no mercado internacional.

Parabens para a Incubadora e para os que ainda continuam acreditando na biodiversidade como insumo da sustentabilidade da Amazônia.

O Pará pode ser o primeiro Estado brasileiro a exportar antioxidantes naturais purificados para o mundo. A empresa Amazon Dreams, incubada na Universidade Federal do Pará (UFPA), desenvolveu uma tecnologia inovadora, que permite extrair isoladamente os agentes antioxidantes presentes em plantas naturais da Amazônia para ser utilizados em produtos da indústria cosmética e alimentícia. No próximo dia 18, a empresa vai assinar um contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para comercializar o produto em larga escala.

A Amazon Dreams é uma das 50 empresas do país - e a primeira empresa da região Norte - a ser contemplada pelo Fundo Criatec de Capital Semente - uma iniciativa inovadora do BNDES e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para investimentos de Capital de Risco no Brasil. O fundo conta com R$ 100 milhões para todo o país, com possibilidade de investir entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões num único projeto, na tentativa de levar a empresa ao Mercado de Capitais (Bolsa de Valores).

“A empresa submeteu o processo para aprovação, passou por um criterioso processo de seleção e agora recebemos a resposta positiva do BNDES de financiar o produto. A formalização do contrato será no dia 18. Para nós, é muito importante, porque a empresa é formada por ex-alunos da UFPA, que desenvolveram a tecnologia na incubadora, mas não tem capital na mão para entrar na indústria desta forma. Com o investimento do Criatec, vamos encurtar prazos para lançar o produto no mercado”, afirmou o professor da UFPA, Hervé Rogez, que participa da coordenação do projeto.

Diferencial - O grande diferencial do produto criado no Pará, a partir de plantas naturais abundantes da região - como o açaí, o muruci e o ingá -, é o processo de purificação a que os agentes antioxidantes são submetidos. “Hoje, os produtos antioxidantes naturais que são vendidos vêm com muitos extratos. Graças à tecnologia desenvolvida aqui, isolamos o princípio ativo, conseguindo assim um grau de pureza dos antioxidantes de 75%, o que ainda não foi conseguido em nenhum outro lugar do Brasil. A utilização de antioxidantes naturais tem grande mercado, principalmente na Europa, mas poucas empresas fazem isso”, explicou.

O princípio ativo antioxidante de plantas é muito disputado no mercado cosmético e alimentício, principalmente por conter elementos essenciais para retardar o envelhecimento da pele e na prevenção de doenças cardiológicas, inflamatórias e cancerígenas.

A pesquisa começou a ser desenvolvida na UFPA em 2002 e deve começar a produzir os primeiros produtos já a partir de abril. Os antioxidantes naturais das plantas serão comercializados na forma de pó em tonéis de 20 litros exclusivamente para a indústria. “A capacidade produtiva é de 200 kg por mês. E já temos encomendas até o final do ano, inclusive, em maio, teremos uma reunião na Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) com empresários de outros Estados interessados neste tipo de produto”, afirmou Rogez.

O fundo Criatec, instituído no ano passado, tem cinco núcleos em todo o Brasil, um deles no Pará, escolhido pelos investimentos do Governo do Estado, por meio da Sedect, em ciência, tecnologia e inovação: a meta é investir R$ 440 milhões no quadriênio 2007-2010.
Texto: Irna Cavalcante - Sedect

PESSOAS INCONVENIENTES


Por por Pedro Luso de Carvalho 9Blog do quadrantes)

Todos nós conhecemos uma ou mais pessoas que estão sempre prontas a dar-nos conselhos, embora não tenhamos a intenção de recebê-los; para que comecem as sessões de aconselhamento, basta um simples comentário sobre este ou aquele assunto, feito por quem não está preparado para defender-se do inconveniente assédio; essa situação é agravada pelo fato de que essas pessoas acreditam que ouviremos atentamente as suas recomendações e que as cumpriremos, o que certamente não vai ocorrer.
À primeira vista o incômodo que causam esses conselheiros compulsivos pode parecer de pouca importância, e que com paciência poderemos ouvir tudo o que têm a dizer, e que logo tudo passará; mas, infelizmente, isso não ocorrerá; somente param de falar depois de terem dito tudo o que, para eles, deve ser dito ‘para o nosso bem’; damo-nos conta, no entanto, a certa altura da ‘conversa’, que nossa paciência sumiu, e que a ansiedade passou a ser o nosso sentimento predominante; pior ainda, sentimo-nos desesperados por desconhecermos um meio eficaz para administrar essa situação, e, então, somos tomados de incontrolável fúria, que só não transparecerá com esforço sobre-humano, se tivermos força para isso..
Depois de tantos aborrecimentos, de noites insones, do uso de calmantes para amenizar a fúria da qual fomos acometidos quando estávamos na frente de um deles, que insistia que ficássemos atentos às suas opiniões, agarrando-nos pelo colarinho para evitar nossa distração, e dizendo que gosta de falar olhando nos olhos de quem o ouve, a alternativa que temos é a adoção de medidas preventivas contra esse abominável assédio, como, por exemplo, colocar os seus nomes num pequeno caderno, que fique ao nosso alcance para que possamos identificá-los; o passo seguinte é a fuga do algoz, que está à nossa espreita qual uma serpente pronta para o bote..
Essa medida preventiva contra a ação desses aconselhadores não pode ficar restrita ao caderno no qual constam os seus nomes, já que outros tantos, que ainda não conhecemos, andam por aí sôfregos à procura de alguém para dar a sua ‘sábia’ orientação de vida, para dizer o que devemos fazer nesta ou naquela situação; e, pobre de nós se tentarmos convencê-los que devem deixar que cada um resolva os seus problemas nos limites de suas possibilidades: premidos pela incontrolável compulsão de aconselhar, doença que pensam tratar-se de qualidade de caráter, dão início a uma interminável explicação sobre os motivos que os levam a ter esse comportamento em relação às pessoas que o cercam, concluindo que devemos saber ouvir os bons conselhos, sem falar no diagnóstico que poderão fazer sobre nossa saúde mental.

DO EXTRATIVISMO AO ECOLOGISMO DOS POBRES

Segundo Martínez Alier, autor do livro: Ecologismo dos Pobres, o movimento ecologista ou ambientalista global permanece dominado por duas correntes principais: a do culto ao silvestre (ou do "mundo selvagem") e de forma mais enfática, pelo credo da "ecoeficiência". Não obstante, uma terceira corrente, conhecida como "justiça ambiental", "ecologismo popular" ou "ecologismo dos pobres" está em crescimento no mundo, como uma das correntes do ecologismo.

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (I I I) - Extrativismo in the Amazon - the challenges of sustainability

COMARURDS/COMARU. Foto: G. Enríquez, 2007.
A análise convencional ressalta que o setor extrativo é formado por um ciclo econômico que abrange três fases distintas:

Na primeira fase verifica-se um intenso crescimento na extração, estimulada pelo crescimento da demanda, com a transformação dos recursos naturais em recursos econômicos. Na segunda fase, o limite da capacidade produtiva é alcançado e não há mais possibilidade de se aumentar a oferta, por causa dos estoques disponíveis e do aumento no custo da extração, uma vez que as melhores áreas tornam-se cada vez mais difíceis de acessar.
Na terceira fase, inicia-se o processo de declínio na extração, por causa da sobreexploração decorrente do aumento na demanda, o que pode induzir o início de plantios domesticados, desde que a tecnologia de domesticação, iniciada nos quintais e nas instituições de pesquisa, esteja disponível e seja economicamente viável. A expansão da fronteira agrícola, a criação de novas alternativas econômicas, o aumento da densidade demográfica, o processo de degradação, o aparecimento de produtos substitutos são também fatores indutores desse declínio.

Quanto à extração de recursos naturais renováveis na Amazônia, os que discutem o extrativismo, destacam que a domesticação (cultivo), a descoberta de substitutos sintéticos para a borracha, a expansão da fronteira agrícola, o crescimento da população e da demanda (variáveis diretamente relacionadas com a dinâmica do extrativismo) direcionam esse sistema de produção para o desaparecimento a médio e longo prazo. Dessa forma, a proposta das reservas baseada nessa economia seria inviável.

Em síntese, a análise conclui que as reservas extrativistas e o extrativismo em geral representam uma proposta de preservação da miséria. As RESEX, assim, seriam incapazes de incorporar progresso técnico; teriam uma inadaptabilidade natural a um sistema de alta escala de produção ou, ainda, de impossibilidade de gerar uma rentabilidade média compatível com os padrões estabelecidos na região.
ENRÍQUEZ, 2007

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (II) - Extrativismo in the Amazon - the challenges of sustainability

Aqui já foram discutidos alguns dos desafios do extrativismo como parte de um modelo de sustentabilidade da Amazônia. O papel do extrativismo para um processo de sustentabilidade ficou claro. Agora se discutem também alguns dos pontos fracos do extrativismo.
Argumentos contrários ao extrativismo.

Para a economia neoclássica, mantendo o atual padrão tecnológico do extrativismo vegetal, essa atividade fatalmente será extinta, resultando em enormes dificuldades para a sobrevivência das comunidades e de seu hábitat. Esta é a principal hipótese da economia neoclássica. Reforçando esses argumentos, destaca-se que a domesticação (cultivo), a descoberta de substitutos sintéticos, a expansão da fronteira agrícola, o crescimento da população e da demanda (variáveis diretamente relacionadas com a dinâmica do extrativismo), direcionam esse sistema de produção para o desaparecimento em médio e longo prazo desse modelo, defendido hoje por mais e mais pessoas. Assim, a proposta das reservas seria inviável.

Visto desde o ponto de vista da economia convencional, do mercado, os economistas neoclássicos estão totalmente certo.

A economia convencional registra que nos últimos 60 anos, houve uma profunda mudança na economia extrativa, na qual a Amazônia estava inserida desde os primórdios de sua ocupação. Vários desses ciclos extrativos se expandiram, estagnaram ou desapareceram. Outros, estimulados por políticas públicas, tentam renascer novamente, “cujos seguidores acreditam que serão permanentes”.

Dessa forma, “a economia amazônica tem sido uma sucessão de ciclos extrativos: cacau, seringueira, pau-rosa, guaraná, castanha, babaçu, madeira, pesca, caça, entre outros. Com a implantação do Programa Grande Carajás, em 1980, a economia da Amazônia mudou do extrativismo vegetal para o extrativismo mineral”. Assim, se destacam dois tipos de extrativismo: 1) o de coleta, que conserva a floresta em pé, e 2) o extrativismo por extração ou desmatamento (aniquilamento), em que a planta objeto do interesse econômico é destruída.
Veja mais aqui: ENRÍQUEZ,G. (2008).

segunda-feira, 16 de março de 2009

EL SALVADOR - UM DIA VOLTAREMOS E SEREMOS MIL

Um fantasma recorre América Latina,o fantasma da justiça e da esperança.

Uma esquerda que ressurge do fundo das demandas e anseios populares do continente. Foram muitos os mortos, assassinatos, cárceres, exílio e destruição da cidadania, e do País, para chegar finalmente a coroar a vitória, pela via pacífica, de uma das mais longas lutas de resistência da América latina. O Salvador, o "Pulgarcito" assim chamado pelo seu tamanho, conta com pouco mais de 7 milhões de habitantes e será mais um país governado pela esquerda em Centro América, o outro país da mesma região é Nicaragua, governado pelo Frente Sandinista de Lebertação Nacional.

Depois de décadas de guerrilhas, luta militar, clandestina, luta política aberta. O Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional se consolida como a primeira força política do País, elegendo o jornalista Maurício Funes, candidato à presidência do Salvador pela esquerdista Frente Farabundo Marti para a Libertação Nacional (FMLN), é o novo presidente do país. Com mais de 90% das urnas apuradas, Funes tem 51,27% dos votos contra 48,73% do candidato direitista Rodrigo Ávila, da Aliança Republicana Nacionalista (Arena).

domingo, 15 de março de 2009

PENSAMENTO DE RUI BARBOSA

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus. O homem chega a desanimar-se da virtude, a rir da honra, e ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa

CIÊNCIA - Mapeamento de genes ligados diretamente ao infarto

Com o avanço dos estudos, será possível identificar pessoas com mais chances de sofrer ataques cardíacos e atuar na prevenção. Mais informações em UOL Ciência e Saúde.
Leia aqui: http://cienciaesaude.uol.com.br/

Assista aqui: