terça-feira, 17 de março de 2009

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (II) - Extrativismo in the Amazon - the challenges of sustainability

Aqui já foram discutidos alguns dos desafios do extrativismo como parte de um modelo de sustentabilidade da Amazônia. O papel do extrativismo para um processo de sustentabilidade ficou claro. Agora se discutem também alguns dos pontos fracos do extrativismo.
Argumentos contrários ao extrativismo.

Para a economia neoclássica, mantendo o atual padrão tecnológico do extrativismo vegetal, essa atividade fatalmente será extinta, resultando em enormes dificuldades para a sobrevivência das comunidades e de seu hábitat. Esta é a principal hipótese da economia neoclássica. Reforçando esses argumentos, destaca-se que a domesticação (cultivo), a descoberta de substitutos sintéticos, a expansão da fronteira agrícola, o crescimento da população e da demanda (variáveis diretamente relacionadas com a dinâmica do extrativismo), direcionam esse sistema de produção para o desaparecimento em médio e longo prazo desse modelo, defendido hoje por mais e mais pessoas. Assim, a proposta das reservas seria inviável.

Visto desde o ponto de vista da economia convencional, do mercado, os economistas neoclássicos estão totalmente certo.

A economia convencional registra que nos últimos 60 anos, houve uma profunda mudança na economia extrativa, na qual a Amazônia estava inserida desde os primórdios de sua ocupação. Vários desses ciclos extrativos se expandiram, estagnaram ou desapareceram. Outros, estimulados por políticas públicas, tentam renascer novamente, “cujos seguidores acreditam que serão permanentes”.

Dessa forma, “a economia amazônica tem sido uma sucessão de ciclos extrativos: cacau, seringueira, pau-rosa, guaraná, castanha, babaçu, madeira, pesca, caça, entre outros. Com a implantação do Programa Grande Carajás, em 1980, a economia da Amazônia mudou do extrativismo vegetal para o extrativismo mineral”. Assim, se destacam dois tipos de extrativismo: 1) o de coleta, que conserva a floresta em pé, e 2) o extrativismo por extração ou desmatamento (aniquilamento), em que a planta objeto do interesse econômico é destruída.
Veja mais aqui: ENRÍQUEZ,G. (2008).

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