domingo, 27 de maio de 2012

Pós-graduação obtida por brasileiros no Mercosul poderão ter reconhecimento automático

A medida consta do Projeto de Lei 1981/2011, de autoria do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que recebeu, nesta terça-feira (22), parecer favorável da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), durante reunião presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Os títulos de pós-graduação obtidos por brasileiros em instituições de ensino superior dos demais países do Mercosul - Argentina, Paraguai e Uruguai - poderão ter reconhecimento automático, para o exercício de atividades de docência e pesquisa. O parecer apresentado ontem é o primeiro passo da tramitação do projeto, que agora será analisado por duas comissões - Educação e Cultura, e Constituição, Justiça e Cidadania - e pelo Plenário da Câmara dos Deputados. Em seguida, a proposta tramitará no Senado.

Como observou em seu voto favorável o relator ad hoc do projeto, deputado José Stedile (PSB-RS), a regulamentação atualmente em vigor do Acordo de Admissão de Títulos e Graus Universitários do Mercosul determina que apenas professores e pesquisadores estrangeiros que trabalham no Brasil têm reconhecimento automático dos diplomas obtidos nos demais países do bloco.

O projeto determina a aplicação do mesmo princípio para os brasileiros, que ainda hoje precisam submeter seus diplomas aos procedimentos estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

"A proposição estende esse reconhecimento, no Brasil, a brasileiros que tenham obtido diploma em outros países do Mercosul e acrescenta sua utilidade para fins de concursos públicos, equiparando tais certificados, para efeito de posicionamento na carreira e no salário do detentor, àqueles regularmente obtidos em instituição de ensino superior brasileira", afirmou Stedile.

(Agência Senado)

Banco Goldman Sachs prevê investir US$ 40 bilhões em energia verde



O gigante de Wall Street, o banco de investimentos Goldman Sachs, prevê investir US$ 40 bilhões em energia renovável durante a próxima década, anunciou um porta-voz da companhia nesta quinta-feira (24).

“Estamos ampliando nosso compromisso de longo prazo para apoiar as energias renováveis destinando um orçamento de US$ 40 bilhões em financiamento e investimento de capital na próxima década a empresas que incentivarem a tecnologia limpa alternativa”, explicou, Michael Duvally, o porta-voz da companhia.

O banco, que destacou a grande oportunidade que representam este tipo de projeto nos mercados emergentes, busca financiar e investir em projetos relacionados com energia solar e eólica e em biocombustíveis, entre outros.

“Este objetivo reafirma nosso compromisso de satisfazer as necessidades de nossos clientes nesse âmbito, assim como de exercer um papel de catalizador neste importante mercado”, completou.

O Goldman Sachs, que tem uma equipe dedicada a investir em tecnologias limpas e energias renováveis, financiou US$ 4,8 bilhões e participou de investimentos de mais de US$ 500 bilhões nesse setor durante o ano passado.

“Espera-se que a indústria da tecnologia limpa seja um mercado de crescimento rápido, que nós pensamos que se encontra em um momento crucial em termos de expansão de tecnologias que ajudarão a diversificar as fontes de energia e a melhorar o meio ambiente”, esclareceu Duvally. (Fonte: G1)

Coisa de franceses, relatada por um amigo peruano


História que corre em Paris há muitos anos....

Consta que, certa noite, anos atrás, um homem entrou com a namorada no restaurante Lucas Carton, em Paris, e pediu uma garrafa de "Mouton Rothschild", safra 1928. O sommelier, em vez de trazer a garrafa para mostrar ao cliente, traz o decanter de cristal cheio de vinho e, depois de uma mesura, serve um pouco no cálice para o cliente provar. O cliente, lentamente, leva o cálice ao nariz para sentir o aroma, fecha os olhos e cheira o vinho. Inesperadamente, franze a testa e, com expressão muito irritada, pousa o copo na mesa, comentando rispidamente:

- Isto aqui não é um Mouton de 1928!

O sommelier assegura-lhe que é. O cliente insiste que não é. Estabelece-se uma discussão e, rapidamente, cerca de 20 pessoas rodeiam a mesa, incluindo o chef de couisine e o gerente do hotel, que tentam convencer o intransigente consumidor de que o vinho é mesmo um Mouton de 1928. De repente, alguém resolve perguntar-lhe como sabe, com tanta certeza, que aquele vinho não é um Mouton de 1928.

- O meu nome é Phillippe de Rothschild, diz o cliente modestamente, e fui eu que fiz esse vinho.

Consternação geral. O sommelier então, de cabeça baixa, dá um passo à frente, tosse, pigarreia, bagas de suor escorrem da testa e, por fim, admite que serviu na garrafa de decantação um Clerc Milon de 1928, mas explica seus motivos:

- Desculpe, mas não consegui suportar a idéia de servir a nossa última garrafa de Mouton 1928. De qualquer forma, a diferença é irrelevante. Afinal, o senhor também é proprietário dos vinhedos de Clerc Milon, que ficam na mesma aldeia do Mouton. O solo é o mesmo, a vindima é feita na mesma época, a poda é a mesma e o esmagamento das uvas se faz na mesma ocasião, o mosto resultante vai para barris absolutamente idênticos. Ambos os vinhos são engarrafados ao mesmo tempo. Pode-se afirmar que os vinhos são iguais, apenas com uma pequeníssima diferença geográfica.

Rothschild, então, com a discrição que sempre foi a sua marca, puxa o sommelier pelo braço e murmura-lhe ao ouvido:

- Quando voltar para casa esta noite peça à sua esposa ou namorada para se despir completamente. Escolha dois orifícios do corpo dela muito próximos um do outro e faça um teste de olfato. Você perceberá a sutil diferença que pode haver numa pequeníssima distância geográfica.

JÁ COMEÇOU ERRADO


Entrevista ao Candidato do PT à Prefeitura Municipal. Mais um que só pensa em obras, obras com muita visibilidade. Diário do Pará, Domingo, 27 de maio, 2012. Página A-14.



A proposta do Candidato Alfredo Costa, resolver o problema do trânsito, é o que está mais caótico, aos olhos dos motoristas. O caos oculto de Belém, Alfredo Costa não visualiza.



Veja as sugestões de campanha do Blog. Aproveitando as informações do IBGE sobre alguns itens da infraestrutura das principais metrópoles brasileira, acima de 1 milão de habitantes. 


Sugestões de campanha:

1. Reduzir a vergonhosa situação de calamidade em que se encontra o esgoto a céu aberto que supera os 45%. Belém a cidade mais porca das principais metrópoles brasileiras.

2. Continuar com a promessa de plantar UM BILHÃO DE ÁRVORES! que Ana Julia Carepa não cumpriu. Assim, Belém deixaria de ser a cidade que ocupa a ultrajosa colocação de metrópole menos arborizada, dentre as principais cidades do Brasil.

3. Realizar um projeto de reciclagem de lixo, que tire a cidade de Belém dessa infamante situação de ser a cidade com maior acumulo de lixo a céu aberto do Brasil. Por favor, sem contratar empresas fantasmas, nem trazer de São Paulo um pacote super faturado.

4. Ruído, Barulho. Dar o exemplo com a sua própria campanha e não utilizar trios eléctricos para a propaganda eleitoral. sugestão: O candidato podia dar uma escapada a algumas cidades da América Latina e apreender como são as campanhas eleitorais nessas cidades. E outubro são as eleições municipais no Chile, e lá "ricos e pobres" são proibidos de usarem trios elétricos, sujar paredes, pendurar cartazes nos fios da rede elétrica, etc. Poderia ajudar para desenhar uma proposta mais civilizada de conquistar votos. Entretanto, se o PT já conta com 35% dos votos dos militantes, com Lula, Dilma, os ministros do PT e é o maior partido de esquerda da América latina, não deveria preocupar-se tanto em realizar essa frenética campanha, ele já está eleito. 

Esclarecimento necessário: o PT era de esquerda, o PT é de esquerda só quando está na oposição, quando está no governo vira o PRI, Partido Revolucionário Institucional (do México), que permaneceu 70 anos no poder, com a mesma filosofia de conservar o poder, sem grandes propostas diferenciadas de governança.

5. Atuar fortemente na educação municipalizada, tirando a cidade de Belém da lista das cidades mais sujas, menos educada (no amplo sentido), barulhenta, etc. etc.

Se o PT consegue realizar o 10% de cada item, pode ficar tranqüilo que será eleito.

Caro Alfredo Costa, ser ribeirinho, ser pobre e ser filho de pai desempregado, não garante sua condição de honestidade, competência e capacidade de liderar um projeto de cidade, que seja diferente a esse continuísmo que está aí.


A ideia central de uma liderança pública, que pretenda se identificar com os princípios básicos da governança estratégica, é criar destino e cultivar esperanças nos habitantes de Belém. e isso não foi feito até agora por nenhum político paraense
.


Logo, logo o desmentido. Antes da matéria estar na rua


Jobim nega pressão de Lula em julgamento do mensalão


O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão, usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira. Reportagem da revista "Veja" publicada neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o julgamento em 2012 é "inconveniente" e oferecido ao ministro proteção na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso", reagiu Jobim, questionado pelo Estado. "O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão", reiterou.

Segundo a revista, Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse "perplexo" com as "insinuações" do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com Demóstenes da capital alemã, supostamente pago por Cachoeira.

Ele teria manifestado preocupação com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encerrar o voto revisor do mensalão em junho, e adiantado que acionaria o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Carmen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.

Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões "genéricas", "institucionais". E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou "Veja". "Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos", assegurou.

Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: "Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer". Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que intercedesse junto a Carmen Lúcia: "Não fui procurado e não creio que o ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse respeito".

sábado, 26 de maio de 2012

Será que as empresas são tão inovadoras quanto dizem?

Na sua empresa há inovação? Praticamente todas diriam que sim.

O termo é usado a torto e a direito por empresas. É um modo de mostrar que estão na vanguarda, seja lá do que for: da tecnologia, da medicina, dos salgadinhos, dos cosméticos. É um tal de exibir diretores de inovação, equipes de inovação, estratégias de inovação. Há até "dia" da inovação.
Não significa, no entanto, que a empresa esteja realmente inovando em alguma coisa. Nada disso: embora o termo remeta a uma transformação monumental, o progresso sendo descrito volta e meia é bem ordinário.

Como outros motes popularíssimos no passado — "sinergia", "otimização" —, a inovação corre o risco de virar um clichê. Se é que já não virou.

"A maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimento onde não há", diz Clayton Christensen, professor da Faculdade de Administração Harvard e autor de "O Dilema da Inovação", de 1997.

Uma busca em informes de resultados anuais e trimestrais apresentados à agência reguladora do mercado aberto nos Estados Unidos, a SEC, revela que empresas citaram alguma variação do termo "inovação" 33.528 vezes no ano passado, alta de 64% em relação a cinco anos antes.

Mais de 250 livros com o termo "innovation" no título foram lançados nos últimos três meses — a maioria na seção de administração, segundo pesquisa na Amazon.com.

A definição do termo varia muito dependendo de quem estiver respondendo. Para Bill Hickey, diretor-presidente da Sealed Air Corp., significa inventar algo que não existia antes, como o plástico-bolha da empresa.

Para o presidente da Ocean Spray Cranberries Inc., Randy Papadellis, significa transformar um artigo como a casca de uma fruta — no caso, cranberry, ou mirtilo —, que antes ia para o lixo, numa guloseima, como os doces Craisins.

Para o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pfizer Inc., Mikael Dolsten, é pegar um produto que já existe e aplicá-lo a outro público, como uma vacina para bebês que também se prova eficaz em idosos.

Scott Berkun, autor de "Mitos da Inovação" — um livro de 2007 que alerta para a diluição do termo —, diz que o que a maioria das pessoas chama de inovação não passa, na verdade, de um "produto muito bom".

Berkun prefere reservar a palavra a inventos capazes de transformar uma civilização —como a eletricidade, a imprensa, o telefone e, mais recentemente, talvez o iPhone.

Hoje consultor de inovação, Berkun aconselha clientes a banir a palavra da empresa.

"É uma palavra camaleônica [usada] para ocultar a falta de substância", diz.

Para Berkun, a popularização do termo inovação remonta à década de 1990, época da bolha da internet e do lançamento de Dominando a Dinâmica da Inovação, de James M. Utterback, e do livro de Christensen.

O termo seduz empresas estabelecidas por conotar algo ágil e bacana, como seriam uma empresa nova e seus criadores, explica.

Nem sempre empresas de tecnologia são as que mais abusam do termo. A Apple Inc. e a Google Inc. usaram a palavra inovação 22 vezes e 14 vezes, respectivamente, nos últimos relatórios anuais. Junto com elas vieram Procter & Gamble Co. (22 vezes), Scotts Miracle-Gro Co. (21) e Campbell Soup Co. (18).

A febre da inovação fez nascer toda uma indústria de consultoria. Empresas do ranking das cem maiores da revista "Fortune" pagam a consultores de inovação entre US$ 300.000 e US$ 1 milhão para a colaboração em um único projeto, o que pode chegar a US$ 1 milhão e US$ 10 milhões ao ano, estima Alex Kandybin, consultor de estratégia de inovação da Booz & Co.

Além disso, quatro de cada dez executivos dizem que sua empresa hoje tem um diretor de inovação, de acordo com um estudo recente do fenômeno divulgado no mês passado pela consultoria Capgemini.

Os resultados, baseados numa sondagem pela internet de 260 executivos do mundo todo, além de 25 entrevistas mais detalhadas, sugerem que o título pode ser mera "propaganda".

A maioria dos executivos admitiu que sua empresa ainda não tem uma estratégia de inovação clara para respaldar o posto.

Jeff Semenchuk, que em agosto virou o primeiro diretor de inovação da Hyatt Hotels Corp., diz que seu cargo não tem nada de "enrolação".

A cadeia de hotéis fez uma sondagem recente com centenas de hóspedes e concluiu que "estamos todos basicamente presos ao passado", diz ele em alusão ao setor.

Semenchuk dirige iniciativas experimentais em oito hotéis recentemente destacados como "laboratórios" no mundo todo. Entre os projetos: um processo no qual um recepcionista com um iPad em punho vai ao aeroporto receber o hóspede e dar início ao seu registro.

A palavra inovação de nova não tem nada. O primeiro registro do termo, que vem do latim "innovatus" (renovação, mudança), em um documento impresso data do século 15, diz Robert Leonard, presidente do programa de linguística de Universidade Hofstra, nos EUA.

Com a aceleração do ciclo de produtos em empresas, a palavra passou a significar não só fazer algo novo, mas fazê-lo com mais rapidez, diz ele.

A fabricante de sopas enlatadas Campbell, por exemplo, diz que está tentando levar novidades — novos sabores de sopa, novos molhos — ao mercado mais depressa do que as concorrentes. "Hoje em dia, uma ideia pode ser imitada com muito mais rapidez", diz o vice-presidente e gerente-geral da empresa, Darren Serrao.

Para Christensen, há três tipos de inovação: a inovação na eficiência, pela qual o mesmo produto é feito a um custo menor, como a automatização da consulta ao cadastro de crédito de alguém; a inovação sustentadora, que converte um produto já bom em algo ainda melhor, como o carro híbrido; e a inovação de ruptura, que transforma coisas caras e complexas em algo simples e mais acessível, como a migração do mainframe para o microcomputador.

Para a empresa, o maior potencial de crescimento reside na inovação de ruptura, diz. Christensen observa que as demais modalidades poderiam muito bem ser chamadas de progresso comum — e normalmente não criam mais empregos nem negócios.

Como a inovação de ruptura pode levar de cinco a oito anos para dar frutos, diz ele, muita empresa perde a paciência.

Para a empresa é bem mais fácil, acrescenta o autor, apenas dizer que está inovando. "Todo mundo está inovando, pois qualquer mudança virou inovação".

Usuários inveterados admitem que já estão cansando do termo inovação.

Hickey, da Sealed Air, diz que a empresa vem usando o termo em informes ao mercado pelo menos desde a década de 1980. E que está considerando suspender seu uso.

E o que entraria no lugar? "Inventivo".

"Inventivo é estado de espírito; inovação é uma coisa", explica. "Vamos abrir caminho".

(Colaborou Melissa Korn.)


WSJ Americas

Em Altamira - Blog do BACANA


Zé Geraldo não será candidato a prefeito de Altamira.
Ontem o pessoal do PT falou com o PMDB.
Mas Claudomiro do PSB pode levar a melhor e ter o apoio dos vermelhos
.

Pelo bem de Altamira....

Dilma faz 12 vetos e 32 alterações no Código Florestal



Dos 84 artigos do Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados, 12 trechos foram vetados pela presidente Dilma Rousseff.

O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira em entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, com os ministros Izabella Teixeira, do Meio Ambiente; Mendes Ribeiro, da Agricultura; e Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário; além de Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União.

A decisão de Dilma foi tomada após duas semanas de reuniões diárias e longas com ministros, autoridades e técnicos do governo. O texto aprovado pela Câmara, em 25 de abril, por 274 a 184 votos, fez mudanças significativas no substitutivo do Senado, defendido pelo governo.

A presidente fez um total de 32 alterações ao texto: 14 recuperam o texto aprovado pelo Senado, 13 representam ajustes ou adequações de conteúdo do projeto de lei e cinco dispositivos novos foram incluídos.

Entre os pontos vetados estão as duas principais polêmicas, a possibilidade de anistia a quem desmatou ilegalmente e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs), presentes no artigo 61.

A recomposição de APP será feita de acordo com o número de módulos fiscais que a propriedade possui, variando a recomposição de 5 a 100 metros a partir das margens dos rios. Mesmo que tenham a mesma área, as propriedades poderão ter que recompor extensões diferentes, uma vez que dependerá da largura dos rios - maior ou menor que 10 metros.

A decisão de Dilma será publicada no Diário Oficial de segunda-feira, juntamente com uma Medida Provisória que será editada para cobrir o “vácuo legislativo” que resultará dos vetos.

Na manhã desta sexta, a presidente já se reuniu com os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, José Pimentel (PT-CE), e no Congresso, Eduardo Braga (PMDB-AM), pedindo que eles se mobilizem para garantir a aprovação da proposição.

(Tarso Veloso, Yvna Sousa e Fernando Exman / Valor)



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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Prato que se come frio


Collor acusa procurador-geral de 'atuação criminosa' no caso Cachoeira

BRASÍLIA - O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou, em discurso no plenário nesta sexta-feira, 25, que a resposta por escrito enviada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, à CPI do Cachoeira comprova, de maneira "cabal", crime de prevaricação. Quarta-feira à noite, Gurgel afirmou à comissão que a Operação Monte Carlo demonstrou correção ao segurar, em 2009, uma investigação que apontava o envolvimento de parlamentares com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

A Monte Carlo, deflagrada no final de fevereiro pela Polícia Federal, revelou, na avaliação de Gurgel, indícios para pedir a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Demóstenes Torres e três deputados federais - elementos que não havia há três anos, quando recebeu a Operação Vegas.

Para Collor, a omissão do chefe do Ministério Público de não levar adiante a Vegas materializa o crime de prevaricação e, no mínimo, constitui ato de improbidade administrativa por não ter cumprido prazos previstos em lei para lidar com uma investigação.

O senador disse que se Gurgel não tinha indícios contra pessoas de foro privilegiado, ele tinha as alternativas de pedir diligências, buscar mais informações, arquivar o caso em 15 dias, segundo o Código de Processo Civil, ou devolver o caso para a Justiça de primeira instância. Collor disse que a atuação do procurador-geral foi "criminosa".

"O fato é que o senhor Roberto Gurgel nada sobrestou; ao contrário, omitiu-se ou prevaricou, falhou com a verdade, ao afirmar a necessidade de se retomarem as interceptações telefônicas e outras diligências", afirmou. "No engavetamento da Operação Vegas, sem as formalidades legais, ou seja, com despacho de arquivamento, o procurador agiu de forma criminosa, já que um membro do Ministério Público que atua em qualquer entrância ou instância tem de agir nos estritos limites da legalidade", disse.

No discurso, Collor lembrou que os delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo disseram que as duas investigações, ao contrário do que afirmou Gurgel, não tem ligações entre si. O senador já apresentou pedidos de convocação do procurador-geral e da mulher dele, a subprocuradora Cláudia Sampaio. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a subprocuradora disse que o MP tomou em conjunto com a PF a decisão de "segurar" a operação Vegas.


UFOPA CONTESTA DENÚNCIAS DO PT.