quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sangue no olho

Convocação de Ideli mostra descontentamento, diz ex-ministro da Pesca

BRASÍLIA - Ex-ministro da Pesca, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse nesta quarta-feira que a convocação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pela Câmara é uma demonstração de “descontentamento” de “alguns setores da base aliada” com o governo.

Sucessor de Ideli no Ministério da Pesca, Luiz Sérgio comparou a convocação da ministra à de Miriam Belchior (Planejamento), aprovada em março pela Comissão de Trabalho. Não é, segundo ele, um “caso com essa ou aquela ministra”, mas uma “expressão de descontentamento”. “O importante é saber diagnosticar onde ele está”, declarou, em referência ao descontentamento.

Nesta manhã, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara aprovou a convocação da ministra em razão da suposta vinculação entre a compra de 28 lanchas de uma empresa que doou R$ 150 mil à campanha de Ideli ao governo de Santa Catarina em 2010. A convocação foi aprovada por oito votos a sete. Deputados de PMDB, PP e PR deram votos pela convocação. Ainda não há data para o depoimento.

O contrato de aquisição das lanchas, alega a ministra, foi fechado antes de ela virar ministra da Pesca. Mas se transformou em alvo de suspeita porque a Intech Boating, empresa que venceu a licitação para fornecer as embarcações, fez a doação ao diretório do PT-SC, fonte de 80% da campanha de Ideli ao governo do Estado. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou diversas irregularidades na operação.

Ministro entre junho de 2011 e fevereiro de 2012, Luiz Sergio avalia que a compra das 28 lanchas “foi mal feita”,  mas a ministra Ideli não teria “nenhuma relação” com o caso. A operação de compra, criticada pelo TCU, ocorreu na gestão do então ministro Altemir Gregolin (PT-SC).

(Yvna Sousa / Valor)

domingo, 8 de abril de 2012

A pergunta que não quer calar. Por que a NATURA não instalou seu Centro Pesquisa no Pará?

Natura inaugura Centro de Conhecimento em Manaus

Empresa anuncia abertura de um Centro de Conhecimento, que concederá bolsas para pesquisadores interessados em descobrir insumos provenientes da floresta

O pará tem a maior universidade da Amazônia, a maioria dos pesquisadores da Amazônia estão no Pará, a UFPA conta com recursos para a implantação e ampliação de laboratórios para contribuir com as pesquisas.

Mas o que aconteceu?. 

Pesquisas em laboratório, que já acontecem na sede em São Paulo, também serão feitas aqui em Manaus, por meio de parcerias (Divulgação)

A empresa Natura confirmou para o próximo mês de julho a inauguração em Manaus de um centro de investimento, tecnologia e inovação científica. O Centro de Conhecimento, como foi batizado, atuará como agência de fomento, concedendo bolsas para pesquisadores que queiram desenvolver estudos sobre insumos derivados de produtos amazônicos. Os resultados das pesquisas serão aplicados à cadeia produtiva da empresa.

Com a iniciativa, a Natura quer aumentar de 10% para 30% o seu consumo de insumos produzidos na região e, até 2020, envolver entre 10 mil e 12 mil famílias agroextrativistas na cadeia produtiva. Nos próximos oito anos, a empresa também planeja movimentar recursos de até R$ 1 bilhão. Esta movimentação envolve a cadeia de fornecimento de matéria-prima, passando por contratação de serviços locais, tecnologia e certificação de ativos. A informação da inauguração do Centro, cuja sede será localizada no bairro Nossa Senhora das Graças (zona Centro-Sul), foi dada pelo diretor de ações de relacionamentos da Natura, Rodolfo Guttila.

Em entrevista exclusiva ao jornal A CRÍTICA, o executivo afirmou que o modelo desenvolvido será o Sistema de Inovação Aberta, no qual o campo de inovação é aberto a parcerias locais. Neste primeiro momento, a Natura pretende recrutar oito pesquisadores locais de instituições com as quais já firmou um Termo de Cooperação: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Embrapa e Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). “Vai começar relativamente pequeno, mas (o Centro de Conhecimento) irradiará por toda a região amazônica e outros países. Teremos o espaço físico pronto, com toda a rede interligada. Teremos a sede, mas usaremos as estruturas das universidades e do CBA. Trabalharemos com bolsas e com apoios a projetos”, disse Gutilla. Até 2020, a empresa quer envolver aproximadamente mil pesquisadores em uma rede que se expandirá de Manaus para outros Estados e países. As ações de incentivo à pesquisa e inovação terão foco nos seguintes temas: Cultura e sociedade; Conservação e biodiversidade; Florestas e agricultura; e Design de produtos e processos.

Em busca de inovação
A Natura já investe em inovação e pesquisa, com mais de 300 doutores e pós-doutores nas áreas de farmácia, biologia, botânica, entre outras especializações. Com a abertura do Centro, seu projeto é abrir o campo de inovação em cosméticos e apostar em uma nova linha de produtos, com o objetivo de abreviar os resultados.

Geração de negócios
A abertura do Centro em Manaus faz parte do programa “Amazônia”, lançado em 2011 pela Natura. Segundo informações divulgadas pela empresa, a iniciativa busca criar oportunidades de negócios a partir de ciência, inovação e empreendedorismo, com foco no uso sustentável de produtos e serviços da sociobiodiversidade. Na primeira etapa, de 2011 a 2013, o foco é a expansão no segmento de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, por meio de investimentos em ciência, tecnologia, inovação e estruturação de cadeias produtivas na região amazônica.

Até 2020, o programa movimentará um volume de negócios de aproximadamente R$ 1 bilhão. “O Centro de Conhecimento é fundamental dentro da estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação do programa Amazônia. A partir dele serão coordenadas as redes de pesquisa que fomentaremos na região, em conexão com instituições nacionais e internacionais para tornar a Amazônia um grande polo mundial de tecnologia e negócios sustentáveis em sociobiodiversidade”, afirma Victor Fernandes, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Natura.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Para diretor do Banco Mundial, taxa mineral é tendência entre países



O Liberal 06/04/2012

Paulo de Sá esteve em Belém e se reuniu com o vice-governador


O governador do Estado
em exercício, Helenilson
Pontes, esteve em reunião
na manhã de ontem, com o
representante de Petróleo,
Gás e Minérios do Banco
Mundial, Paulo de Sá. Entre
os assuntos discutidos, está
a possível criação de investimentos
no setor mineral e
de produção, além de cursos
e programas de formação,
que surgirão de futuras parcerias
entre as duas entidades.
Durante a reunião Paulo
de Sá afirmou que o Pará
é um dos focos de estudo do
Banco Mundial, devido ao
grande potencial mineral
do estado.
“O Pará é uma grande potência
mineral, sem dúvida.
O desafio é fazer que a população
se beneficie desse
desenvolvimento mineral”,
afirma o representante, que
está em Belém com a sua
equipe para estudar o potencial
econômico do Estado.
Paulo de Sá destacou o
apoio que o Banco Mundial
possui de quase 50 países
no mundo, e ressalta que
“será um grande prazer
também estabelecer uma
parceria duradoura com o
Estado do Pará”.
Paulo de Sá falou ainda
da iniciativa do Executivo
de taxar a extração do minério.
“Há um movimento
mundial para aumentar a
carga fiscal do sistema mineral,
porque a maior parte
dos regimes fiscais não estava
preparada para captar
esses lucros extraordinários
que foram gerados pelo
grande aumento dos preços
das commodities.
Este movimento
é generalizado em todos
os grandes países, para
ter uma maior partilha das
receitas fiscais entre a Federação
e os Estados”, destaca.
Helenilson Pontes acredita
que o Pará está no caminho
certo para os investimentos
e parcerias com o
Banco Mundial. “Estamos
interessados numa parceria
com o Banco para desenvolver
e reforçar políticas
públicas que possam beneficiar
a sociedade local.
Nesta audiência, fizemos
um convite ao Banco para,
em parceria com o governo,
elaborar um programa de
formação para discussão
da mineração e energia no
Estado”, explica o governador
em exercício.
A reunião, que aconteceu
no Centro Integrado
de Governo, também conta
com a presença do secretário
Especial de Desenvolvimento
Econômico e Incentivo
à Produção, Sidney
Rosa, a secretária adjunta
de Indústria, Comércio e
Mineração, Maria Amélia
Enríquez, o secretário de
Estado de Indústria, Comércio
e Mineração, Davi Leal, o
reitor da UFPA, Carlos Maneschy
e o assessor da Secretaria
Especial de Desenvolvimento
Econômico e Incentivo
à Produção (Sedip),
Gonzalo Enriquez.


De Belém para o mundo. Dono da Vinha Tamaya rettwitea blog que recomendou vinho.

De Belém para o mundo.
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Lyoto Machida. Uma grande figura do esporte, exemplo para milhares de jovens paraenses que precisam uma referência de ética e de esforço pessoal para alcançar sucesso.

 
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terça-feira, 3 de abril de 2012

Visita da Diretoria do Banco Mundial responsável pelo gerenciamento da política mineral da instituição

CONVITE ESPECIAL
A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração – SEICOM, do Governo do Estado do Pará, receberá a visita da Diretoria do Banco Mundial presidida pelo Dr. Paulo de Sá que é o responsável pelo gerenciamento da política mineral do Banco. A visita objetiva estreitar parcerias internacionais a fim de contribuir para que o setor mineral seja um vetor de autêntico desenvolvimento do Estado do Pará em bases sustentáveis.
Neste sentido, a SEICOM tem a honra de lhe convidar a participar da palestra "Panorama da Mineração Mundial: tendências e desafios", a ser proferida pelo Sr. Paulo de Sá, Chefe da Divisão de Mineração, Óleo e Gás do Banco Mundial.
A palestra acontecerá no dia 04 de abril (quarta-feira), no horário de 17h00 às 20h00, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas, Campus Profissional da UFPA, Rua Augusto Corrêa, nº01.

Agradecemos o seu comparecimento, ao tempo em que recomendamos o cumprimento estrito do horário da convocatória.

Veja e ouça aqui a 9ª Sinfonia de Beethoven com Orchestra e Coro de 10 mil japoneses.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Diretor do Banco Mundial visita Belém do Pará.


CONVITE ESPECIAL

A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração – SEICOM, do Governo do Estado do Pará, receberá a visita da Diretoria do Banco Mundial presidida pelo Dr. Paulo de Sá que é o responsável pelo gerenciamento da política mineral do Banco. A visita objetiva estreitar parcerias internacionais a fim de contribuir para que o setor mineral seja um vetor de autêntico desenvolvimento do Estado do Pará em bases sustentáveis.
Neste sentido, a SEICOM tem a honra de lhe convidar a participar da palestra "Panorama da Mineração Mundial: tendências e desafios", a ser proferida pelo Sr. Paulo de Sá, Chefe da Divisão de Mineração, Óleo e Gás do Banco Mundial.
A palestra acontecerá no dia 04 de abril (quarta-feira), no horário de 17h00 às 20h00, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas, Campus Profissional da UFPA, Rua Augusto Corrêa, nº01.

Agradecemos o seu comparecimento, ao tempo em que recomendamos o cumprimento estrito do horário da convocatória. 

Diretor do Bird defende proibição de registro de terras em nome de desmatadores


O novo Código Florestal precisa prever, claramente, o impedimento de registro e aquisição de terras por produtores que cometeram crimes ambientais no país, se quiser efetivamente servir de instrumento para reduzir o desmatamento ilegal e o comércio ilegal de madeira. A opinião é do diretor de Operações para o Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial (Bird) , Mark Lundell, que defende que a nova lei siga exemplos como o do Programa Terra Legal, na Amazônia.

“O programa, basicamente, mandou um sinal muito claro a quem está pensando em desmatar: ele nunca vai conseguir o título de propriedade de terra. Acho que, com esse sinal, a fronteira está fechando e não vai ter como legalizar as ocupações feitas nos últimos anos, porque [o desmatador] não terá retorno financeiro”, avaliou.

O Terra Legal foi criado há três anos, combinando ações de regularização fundiária e combate à grilagem em 43 municípios do Amazonas, Maranhão, Pará, de Mato Grosso, Rondônia e Roraima, considerados campeões do desmatamento no Brasil.

Para Lundell, essa foi uma das medidas que contribuiram para a redução de quase 70% do desmatamento no país. O diretor do Bird ainda aponta outras medidas adotadas pelo governo brasileiro, como a decisão Conselho Monetário Nacional que cortou o acesso a financiamentos para pecuaristas que não demonstraram conformidade com leis ambientais.
De 2006 até hoje, o desmatamento no Brasil caiu, na média anual, de 2,5 milhões de hectares para 600 mil hectares. Apesar disso, o Banco Mundial divulgou um estudo que alerta para o problema no mundo inteiro.

De acordo com o relatório Justiça para as Florestas, em todo o mundo, os lucros da extração ilegal de madeira variam entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões ao ano. O Bird ainda aponta que a atividade ilegal impede que países emergentes recebam cerca de US$ 5 bilhões em impostos e royalties. Segundo o estudo, parte desses recursos é usado em práticas corruptas envolvendo autoridades.

Lundell acredita que esse problema está sendo vencido no Brasil. Segundo ele, o estudo faz referência, no caso brasileiro, a fatos ocorridos no passado em Mato Grosso, “onde, também, nos últimos dois anos, o desmatamento caiu bastante”. Também disse que o governo brasileiro demonstrou que não tem problemas com a aplicação de recursos nessas ações, mas que precisa investir mais em planejamento. Lundell acredita que a ampliação do Cadastro Ambiental Rural pode colaborar para que sejam atingidos melhores resultados.

“Tem que ter programas federais que ajudem os estados a se estruturar para implementar o Cadastro Ambiental Rural com foco, principalmente, no Cerrado e na Amazônia. Sem o cadastro é difícil saber quem desmatou ilegalmente. Os sistemas atuais identificam o desmatamento, mas não têm como mostrar quem fez e em qual propriedade foi feito o desmatamento”, explicou.

Por: Carolina Gonçalves
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Vinicius Doria

domingo, 1 de abril de 2012

....Silêncios denunciam imprensa no caso Demóstenes....

Pior do que o sensacionalismo, é o sensacionalismo seletivo, que só explora vícios de quem incomoda
Demóstenes Torres é promotor de justiça. Foi Procurador Geral da Justiça em Goiás e secretário de segurança do mesmo Estado.

No Senado, é reputado como um homem da lei, que a conhece como poucos. Além de um impiedoso líder da oposição, é vanguarda da moralidade e está constantemente no ataque às corrupções alheias. A mídia sempre lhe deu muito destaque por causa disso.

De repente, o encanto se desfez.

O senador da lei e da ordem foi flagrado em escuta telefônica, com mais de trezentas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, de quem teria recebido uma cozinha importada de presente.

A Polícia Federal ainda apura a participação do senador em negócios com o homem dos caça-níqueis e aponta que Cachoeira teria habilitado vários celulares Nextel fora do país para fugir dos grampos. Um deles parou nas mãos de Demóstenes.

Há quase um mês, essas revelações têm vindo à tona, sendo a última notícia, um pedido do senador para que o empresário pagasse seu táxi-aéreo.

Mesmo assim, com o potencial de escândalo que a ligação podia ensejar, vários órgãos de imprensa evitaram por semanas o assunto, abrandando o tom, sempre que podiam.

Por coincidência, são os mesmos que se acostumaram a dar notícias bombásticas sobre irregularidades no governo ou em partidos da base, como se uma corrupção pudesse ser mais relevante do que outra.

Encontrar o nome de Demóstenes Torres em certos jornais ou revistas foi tarefa árdua até para um experiente praticante de caça-palavras, mesmo quando o assunto já era faz tempo dominante nas redes sociais. Manchetes, nem pensar.

Avançar o sinal e condenar quando ainda existem apenas indícios é o cúmulo da imprudência. Provocar o vazamento parcial de conversas telefônicas submetidas a sigilo beira a ilicitude. Caça às bruxas por relações pessoais pode provocar profundas injustiças.

Tudo isso se explica, mas não justifica o porquê a mesma cautela e igual procedimento não são tomados com a maioria dos "investigados" - para muitos veículos da grande mídia, a regra tem sido atirar primeiro, perguntar depois.

Pior do que o sensacionalismo, no entanto, é o sensacionalismo seletivo, que explora apenas os vícios de quem lhe incomoda. Ele é tão corrupto quanto os corruptos que por meio dele se denunciam.

Todos nós assistimos a corrida da grande imprensa para derrubar ministros no primeiro ano do governo Dilma, manchete após manchete. Alguns com ótimas razões, outros com acusações mais pífias do que as produzidas contra o senador.

Não parece razoável que um órgão de imprensa possa escolher, por questões ideológicas, empresariais ou mesmo partidárias, que escândalo exibir ou qual ocultar em suas páginas. Isso seria apenas publicidade, jamais jornalismo.

Durante muito tempo, os jornais vêm se utilizando da excludente do "interesse público" para avançar sinais na invasão da privacidade ou no ataque a reputações alheias.

A jurisprudência dos tribunais, em regra, tem lhes dado razão: para o jogo democrático, a verdade descortinada ao eleitor é mais importante do que a suscetibilidade de quem se mete na política.

Mas onde fica o "interesse público", quando um órgão de imprensa mascara ou deliberadamente esconde de seus leitores uma denúncia de que tem conhecimento?

O direito do leitor, aquele mesmo que fundamenta as imunidades tributárias, o sigilo da fonte e até certos excessos de linguagem, estaria aí violentamente amputado.

Porque, no fundo, se trata mais de censura do que de liberdade de expressão.

Do Blog. 

 Sem Juízo, por Marcelo Semer