Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
domingo, 18 de abril de 2010
O mundo da Net - A liberdade na Internet por Hillary Rodham Clinton
Alberto muito obrigado, não só para a sua introdução, mas para o tipo de liderança que você e seus colegas têm sobre esta importante instituição. É um prazer estar aqui no Newseum. Esta instituição é um monumento à algumas de nossas liberdades mais preciosas e agradeço a oportunidade de discutir como essas liberdades se aplicam aos desafios do século XXI.
Embora eu não possa ver tudo isso no palco e isso me dá a luz em seus olhos e você está no escuro, mas eu sei que aqui muitos amigos e ex-colegas. Gostaria de agradecer Charles Overby, o diretor-executivo do Fórum da Liberdade aqui no Newseum, o senador Richard Lugar eo senador Joe Lieberman, meus ex-colegas no Senado ambos votaram para aprovar a Lei de La Voz, o que refere-se ao empenho do Congresso e do povo americano com a liberdade na Internet um compromisso que ultrapassa as fronteiras partidárias e ramos do governo.
Devo dizer também que estão aqui senadores Sam Brownback e Ted Kaufman, e Rep. Loretta Sanchez, e muitos representantes do corpo diplomático: embaixadores, encarregados de negócios, e os participantes no nosso Programa de Visitantes Internacionais Liderança pela liberdade na Internet da China Colômbia, Irã, Líbano e da Moldávia. Também gostaria de agradecer o apoio de Walter Isaacson, presidente do Instituto Aspen, recentemente nomeado para o Conselho de Governadores da Radiodifusão (Broadcasting Board of Governors) e, naturalmente, fundamental para apoiar o trabalho sobre a liberdade na Internet que o Instituto Aspen foi desempenho.
Haiti como um preâmbulo
Embora este seja um importante discurso sobre uma questão importante, em primeiro lugar eu gostaria de falar brevemente sobre o Haiti. Nos últimos oito dias, o povo do Haiti e as pessoas ao redor do mundo se uniram para enfrentar uma tragédia de enormes proporções. Nosso continente tem sofrido a sua quota de tantas dificuldades, mas há poucos precedentes em situações como a que estamos vendo em Port au Prince. As redes de comunicação têm desempenhado um papel crítico em nossa resposta. Claro que foram danificadas e destruídas, em muitos lugares. Nas primeiras horas após o terremoto que trabalhar com parceiros no setor privado para definir a campanha de mensagens de texto "Haiti", para utilizadores de telemóvel em os E.U. para doar aos esforços do relevo através de mensagens de texto. Esta iniciativa demonstrou a generosidade do povo americano e até agora arrecadou mais de US $ 25 milhões para os esforços de recuperação.
As redes de informação também têm desempenhado um papel crítico no campo. Quando eu estava com o Presidente Préval, no sábado, em Port au Prince, uma de suas prioridades era para ter comunicações operacionais. Membros do governo não poderiam se comunicar, ou o que restou deles, com as ONG, os nossos líderes civis, nossos líderes militares, foram severamente afetadas. A comunidade de tecnologia criou mapas interativos para ajudar a identificar as necessidades e os recursos são direcionados a estes. Na segunda-feira uma equipe E.U. de busca e salvamento retirados dos escombros de um supermercado para uma criança de sete anos de idade e duas mulheres que tinham enviado uma mensagem de texto pedindo ajuda. Estes exemplos são manifestações de um fenômeno muito mais amplo.
A disseminação das redes de informação está criando um novo sistema nervoso do planeta. Quando alguma coisa acontece no Haiti ou em Hunan, o resto de nós quando soubemos deste está ocorrendo, e através de pessoas reais, e também podemos responder no tempo é realmente o que está acontecendo. Norte-americanos que querem ajudar depois do desastre e da menina presa no supermercado estão ligados de forma que eles não poderiam imaginar há um ano ou uma geração atrás. O mesmo princípio se aplica a quase toda a humanidade hoje. Enquanto estamos aqui sentados, ou você, ou qualquer de seus filhos pode ter ferramentas que usamos todos os dias e encaminhar o diálogo para bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Em muitos aspectos, as informações nunca passou tão livremente. Há mais maneiras de divulgar mais idéias para mais pessoas do que em qualquer outro momento na história. Mesmo em países autoritários redes de informação ajudam as pessoas a descobrir novos fatos e pedir mais responsabilidade dos governos.
Viajando na China
Durante sua visita à China em novembro, por exemplo, o presidente Obama teve uma reunião na prefeitura de tipo em que tinha um componente online, de forma a enfatizar a importância da Internet. Em resposta a uma pergunta enviada pela Internet defendeu o direito do povo ter livre acesso à informação e disse que a informação flui mais livremente, mais forte se tornam as sociedades. Ele falou sobre como o acesso às informações ajuda os cidadãos a exigir a responsabilização dos seus governos, para gerar novas idéias, estimular a criatividade eo empreendedorismo. A crença em E.U. esta verdade fundamental é o que me traz aqui hoje.
Devido a este aumento sem precedentes na conectividade também devemos reconhecer que essas tecnologias não são uma bênção para si mesmos.
Essas ferramentas também estão explorando alguns para prejudicar o progresso da humanidade e dos direitos políticos. Nós usamos o aço para construir hospitais, mas também para construir armas, podemos utilizar a energia nuclear para fornecer eletricidade de uma cidade, mas também para destruí-la, e, da mesma forma moderna de redes de informação e tecnologia que podem ser utilizados para apoiar ou ou pior. As mesmas redes que ajudam a organizar os movimentos de liberdade também permitem Al Qaeda espalhar o ódio e incitar a violência contra os inocentes. Tecnologias com potencial para abrir o acesso ao governo e promover a transparência também pode ser desviado pelos governos para esmagar a dissidência ea negação dos direitos humanos. Acesse o artigo completo da Secretária de Estado E.U. América do Norte Hillary Rodham Clinton, onde trata de temas como os limites da liberdade, os excluídos dos benefícios da internet, a segurança e o terrorismo e as propostas para a modernidade, dentre outros temas Acesse Aqui
Aqui em Brasília: A lama continua e a corrupção é empossada - Em Belém a prática da baixaria revela as "boas práticas da política paraense"
Correio.
Minutos após ser eleito o novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB) garantiu que não será candidato ao cargo nas eleições de outubro. Rosso, que fica à frente do executivo local até 31 de dezembro, afirmou também que garantirá a continuidade das obras pela cidade e dedicará investimentos à saúde, segurança e educação. "Nas primeiras semanas vamos manter as máquinas funcionando e rever as despesas com os comissionados. Nós vamos mostrar pro STF e para a PGR que a intervenção não é necessária", afirmou.
Para evitar a intervenção federal, Rosso disse que fará um governo suprapartidário. "Para isso, quanto maior esforço dos parlamentares melhor. Até os juristas estão com a dificuldade de saber a dimensão da intervenção", justifica. Rosso falou ainda sobre corrupção, e garantiu esforços para a festa do aniversário de 50 anos da capital, na próxima quarta-feira (21/4).
Corrupção
"Enquanto houver denúncia vamos apurar. Essa votação é única na história do DF. E não é a votação de um deputado isolado, e sim da população. Na eleição indireta, prevista pela Constituição, os deputados são os representantes da população".
Cinquentenário
"Já fui informado que existem dificuldades técnicas no planejamento das comemorações dos 50 anos de Brasília. Tenho algumas medidas, mas não gostaria de antecipar, quero conversar primeiro com os partidos que assinaram a carta de Brasília. É preciso ver os problemas. Eu tenho uma opinião, mas não posso adiantar se está garantido ou não. Se depender da gente vai ter festa".
Roriz
"Não tenho absolutamente nenhum problema de falar que fui secretário no governo Roriz, pelo contrário. Nós vamos deixar Brasília com uma auto-estima elevada, não será o governo do Rogério Rosso, nem uma continuidade."
O Novo Governo. (Coluna Cláudio Humberto).
A Câmara Legislativa do Distrito Federal acaba de eleger o ex-presidente da Codeplan Rogério Rosso para o cargo de governador tampão. Ele ficará no cargo até 31 de dezembro e sua vice-governadora é a deputada Ivelise Longhi, ambos do PMDB. Revelado para a política pelo ex-governaor Joaquim Roriz (PSC), de quem foi protegido, no governo Arruda Rosso ocupava a presidência da Codeplan, cargo confiado por Roriz ao ex-policial Durval Barbosa, que montou na instituição um esquema de suborno a políticos denunciado pela Operação Caixa da Pandora, da Polícia Federal. Rogério Rosso não teve seu nome envolvido em esquema de corrupção, muito embora figura como co-reu em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal contra o ex-chefe Arruda. Rosso venceu a disputa já no primeiro turno, há instantes, com 13 dos 24 votos. O petista Antônio Ibañez ficou em segundo com seis votos, seguido pelo atual governador interino, Wilson Lima (PR), com quatro.
Cenários paraenses e a movimentação do Jader Barbalho.Blog do Observatório eleitoral.
Nos últimos dias o cenário político paraense tem fervilhado. Mário Couto, o Senador, "destilou" mais uma vez sua fúria sobre a governadora Ana Júlia e recebeu na mesma "dose" uma resposta de alto teor etílico do PT. Os blogs e observadores políticos criticaram a baixiaria das réplicas e tréplicas, querendo um nível menos baixo para os debates que realmente interessam ao povo paraense.
Também foi muito explorada a nomeação de Élida Braz pelo governo do Estado, sendo espalhada para diversos veículos nacionais que a divulgaram. Nesse mesmo instante, o governo se esforçava em atrair investidores para a cadeia do aço no Pará, o que não ganhou tanta repercussão quanto a nomeação. Uns dizem que a ação contra Élida foi preconceituosa. Outros disseram que o governo deveria ter explicado melhor as funções da nomeada. Para muitos, foi um erro político sua nomeação pela história controversa de Élida e de seu esposo e ex-vereador, André Kaveira.
O blog da Ana Célia - A perereca da vizinha e outra vozes blogueiras fizeram comentários bastante interessantes sobre o fato, comparando a outros casos semelhantes ou muito mais graves ocorridos na história recente da política paraense e que não foram divulgados por serem governantes homens.
O Observatório Eleitoral acredita que o Pará terá muitas dificuldades para alcançar esse palanque único. O PMDB deverá ter candidato próprio ao governo. E Jader é o nome.
E ele tem pavimentado muito bem essa situação. Seus veículos de comunicação não têm dado folga ao governo do Estado, fazendo denúncias sucessivas e levantando sempre assuntos negativos em suas manchetes, enfraquecendo Ana Júlia perante seus milhares de leitores. Usam muito bem a força que sabem que dispõem. Já fizeram isso também com Duciomar, enfraquecendo-o ao ponto do prefeito de Belém decidir não se expor a eleição majoritária.
Amigo do Peito. Quem pode pode e quem não pode...Blog do Helder.
Entre o público presente na inauguração do Restaurante Popular estiveram diversas autoridades federais, estaduais e municipais. Foram tantas e, para não cometer o pecado de esquecer algum nome, registro a presença do ministro chefe das Relações Institucionais do governo Federal Alexandre Padilha, em nome de quem agradeço a todos pela participação e por esse gesto de atenção para com Ananindeua. E, mais uma vez, por falar no ministro Padilha, este, em seu discurso, fez questão de lembrar que há não muito tempo atrás, quando Lula enfrentou uma das maiores crises de seu governo, os amigos do presidente podiam ser contados nos dedos de uma mão. Entre esses amigos, relatou Padilha, estava o deputado federal Jader Barbalho. “Esse gesto o presidente não esquece e não vai esquecer jamais”, disse o ministro ao deputado Jader.
Leia mais sobre esses preparativos para a grande decisão das alianças na política paraense no Blog do Observatório Eleitoral e no Blog do Enriquez Aqui
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Biodiversidade - CNPq libera acesso à fauna e floresta para pesquisar o patrimônio genético
Os pesquisadores já podem solicitar autorização de acesso ao patrimônio genético brasileiro, ou seja amostras de espécies animais e vegetais do país, anunciou o CNPq --Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico --nesta quinta-feira (8).
Após a fase de testes, a instituição colocou no ar o formulário on-line próprio para as solicitações. A ação integra o Sistema de Autorização de Acesso ao Patrimônio Genético, desenvolvido especificamente para esta finalidade. No entanto, essa é uma fase de pesquisa que trata apenas da análise do material, em geral em laboratório. Antes disso, é preciso fazer a coleta do material, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente --há formulário próprio para isso.
O acesso à biodiversidade brasileira e aos seus recursos genéticos é um problema histórico para os cientistas, o que atrapalha muito as pesquisas, segundo eles. Licenças chegam a demorar 2 anos para sua emissão. Projeto A autorização do CNPq será concedida às instituições que realizam pesquisas nas áreas biológicas e afins, mediante a apresentação de projeto de pesquisa que descreva as atividades de acesso e de remessa das amostras de componentes do patrimônio genético brasileiro.
O projeto deverá ser coordenado por pesquisador com experiência no assunto. As orientações para solicitar a autorização e preenchimento do formulário on-line estão em página específica do site do CNPq. Para gerenciar a nova atribuição, o CNPq criou a Coordenação do Sistema de Autorização de Acesso ao Patrimônio Genético, vinculada à Diretoria de Programas Temáticos e Setoriais. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail apg@cnpq.br ou telefone 0/xx/61/2108-4024.
Após a fase de testes, a instituição colocou no ar o formulário on-line próprio para as solicitações. A ação integra o Sistema de Autorização de Acesso ao Patrimônio Genético, desenvolvido especificamente para esta finalidade. No entanto, essa é uma fase de pesquisa que trata apenas da análise do material, em geral em laboratório. Antes disso, é preciso fazer a coleta do material, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente --há formulário próprio para isso.
O acesso à biodiversidade brasileira e aos seus recursos genéticos é um problema histórico para os cientistas, o que atrapalha muito as pesquisas, segundo eles. Licenças chegam a demorar 2 anos para sua emissão. Projeto A autorização do CNPq será concedida às instituições que realizam pesquisas nas áreas biológicas e afins, mediante a apresentação de projeto de pesquisa que descreva as atividades de acesso e de remessa das amostras de componentes do patrimônio genético brasileiro.
O projeto deverá ser coordenado por pesquisador com experiência no assunto. As orientações para solicitar a autorização e preenchimento do formulário on-line estão em página específica do site do CNPq. Para gerenciar a nova atribuição, o CNPq criou a Coordenação do Sistema de Autorização de Acesso ao Patrimônio Genético, vinculada à Diretoria de Programas Temáticos e Setoriais. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail apg@cnpq.br ou telefone 0/xx/61/2108-4024.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Previsível - Justiça suspende leilão e licença de Belo Monte
Do UOL Notícias
Em São Paulo
A Justiça Federal determinou hoje a suspensão da licença prévia da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o cancelamento do leilão, marcado para a próxima terça (20). A liminar foi concedida pelo juiz Antonio Carlos de Almeida Campelo em ação civil pública do Ministério Público Federal.
Segundo o juiz, há “perigo de dano irreparável” se comprovado que já há irregularidades na licitação, como alega o MPF. “Resta provado, de forma inequívoca, que o AHE Belo Monte explorará potencial de energia hidráulica em áreas ocupadas por indígenas que serão diretamente afetadas pela construção e desenvolvimento do projeto”, diz o juiz na decisão. Além de suspender a licença prévia e cancelar o leilão, o juiz ordenou que o Ibama se abstenha de emitir nova licença, que a Aneel se abstenha de fazer novo edital e que sejam notificados o BNDES e as empresas Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Vale do Rio Doce, J Malucelli Seguradora, Fator Seguradora e a UBF Seguros.
A notificação, diz o juiz, é “para que tomem ciência de que, enquanto não for julgado o mérito da presente demanda, poderão responder por crime ambiental”. As empresas também ficam sujeitas à mesma multa arbitrada contra a Aneel e o Ibama em caso de descumprimento da decisão: R$ 1 milhão, a ser revertido para os povos indígenas afetados. O MPF aguarda ainda julgamento de outro processo, da semana passada, em que questiona irregularidades ambientais na licença concedida a Belo Monte.
Belo Monte está planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, com 11,2 mil megawatts de potência instalada, com garantia física de 4.571 megawatts médios. O projeto enfrentou por décadas resistência de populações indígenas e de ambientalistas, que condenam o empreendimento. A expectativa é que a usina entre em operação em 2015 (1ª fase) e 2019 (2ª fase).
Em São Paulo
A Justiça Federal determinou hoje a suspensão da licença prévia da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o cancelamento do leilão, marcado para a próxima terça (20). A liminar foi concedida pelo juiz Antonio Carlos de Almeida Campelo em ação civil pública do Ministério Público Federal.
Segundo o juiz, há “perigo de dano irreparável” se comprovado que já há irregularidades na licitação, como alega o MPF. “Resta provado, de forma inequívoca, que o AHE Belo Monte explorará potencial de energia hidráulica em áreas ocupadas por indígenas que serão diretamente afetadas pela construção e desenvolvimento do projeto”, diz o juiz na decisão. Além de suspender a licença prévia e cancelar o leilão, o juiz ordenou que o Ibama se abstenha de emitir nova licença, que a Aneel se abstenha de fazer novo edital e que sejam notificados o BNDES e as empresas Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Vale do Rio Doce, J Malucelli Seguradora, Fator Seguradora e a UBF Seguros.
A notificação, diz o juiz, é “para que tomem ciência de que, enquanto não for julgado o mérito da presente demanda, poderão responder por crime ambiental”. As empresas também ficam sujeitas à mesma multa arbitrada contra a Aneel e o Ibama em caso de descumprimento da decisão: R$ 1 milhão, a ser revertido para os povos indígenas afetados. O MPF aguarda ainda julgamento de outro processo, da semana passada, em que questiona irregularidades ambientais na licença concedida a Belo Monte.
Belo Monte está planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, com 11,2 mil megawatts de potência instalada, com garantia física de 4.571 megawatts médios. O projeto enfrentou por décadas resistência de populações indígenas e de ambientalistas, que condenam o empreendimento. A expectativa é que a usina entre em operação em 2015 (1ª fase) e 2019 (2ª fase).
terça-feira, 13 de abril de 2010
Meio Ambiente - Tribo na Amazônia quer garantir futuro com projeto de carbono
Uma etnia indígena da Amazônia brasileira quer ser pioneira na elaboração de um projeto de redução de carbono para financiar o seu desenvolvimento de forma sustentável.
Os Surui, que detêm a posse da reserva Sete de Setembro, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, querem receber recursos para manter a floresta de pé, e aplicar o dinheiro em um plano de desenvolvimento capaz de garantir pelo menos meio século de sobrevivência da etnia.
A reserva, homologada em 1983, tem uma área total de cerca de 248 mil hectares, dos quais 243 mil ainda estão preservados. A idéia é que a etnia se comprometa a evitar o desmatamento dentro desta área e, em troca, receba recursos oriundos da não-emissão de CO2 na atmosfera.
Para saber quanto carbono deixará de ser emitido, técnicos do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesan) estão fazendo um estudo do estado de degradação da área e de como ela poderia ser recuperada a partir da adoção de atividades sustentáveis.
O modelo deve ficar pronto até o fim de junho. A partir dele, um plano deve ser desenvolvido até setembro.
A atividade econômica na reserva já deixou uma marca de degradação na terra. O primeiro contato com o homem branco, em 1969, fez a população cair de 5 mil habitantes para em torno de 250 pessoas. As doenças e os conflitos com os madeireiros ilegais levaram à escassez dos recursos.
Sem fonte de renda, muitos indígenas fizeram acordos para explorar a madeira ao redor de suas aldeias. Outros arrendaram terras para a pecuária ou para o plantio do café. Uma situação que perdurou até há poucos anos. "O território está relativamente conservado, mas a tendência para o futuro é de que, sem nenhum projeto, aumente a área desmatada", explica o coordenador do estudo de campo, Gabriel Carrero.
"Nosso trabalho hoje é entrar na terra indígena para procurar essas áreas de degradação e avaliar o grau de degradação.
"A pesquisadora do Idesan Claudia Vitel diz que a definição desta variável permitirá estimar quanto carbono poderia deixar de ser emitido até 2050 a partir de atividades sustentáveis que podem "afetar a cobertura da terra no futuro". British Broadcasting Corporation
http://www.bbc.co.uk/
Pablo Uchoa
Veja a reportagem completa Aqui
Os Surui, que detêm a posse da reserva Sete de Setembro, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, querem receber recursos para manter a floresta de pé, e aplicar o dinheiro em um plano de desenvolvimento capaz de garantir pelo menos meio século de sobrevivência da etnia.
A reserva, homologada em 1983, tem uma área total de cerca de 248 mil hectares, dos quais 243 mil ainda estão preservados. A idéia é que a etnia se comprometa a evitar o desmatamento dentro desta área e, em troca, receba recursos oriundos da não-emissão de CO2 na atmosfera.
Para saber quanto carbono deixará de ser emitido, técnicos do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesan) estão fazendo um estudo do estado de degradação da área e de como ela poderia ser recuperada a partir da adoção de atividades sustentáveis.
O modelo deve ficar pronto até o fim de junho. A partir dele, um plano deve ser desenvolvido até setembro.
A atividade econômica na reserva já deixou uma marca de degradação na terra. O primeiro contato com o homem branco, em 1969, fez a população cair de 5 mil habitantes para em torno de 250 pessoas. As doenças e os conflitos com os madeireiros ilegais levaram à escassez dos recursos.
Sem fonte de renda, muitos indígenas fizeram acordos para explorar a madeira ao redor de suas aldeias. Outros arrendaram terras para a pecuária ou para o plantio do café. Uma situação que perdurou até há poucos anos. "O território está relativamente conservado, mas a tendência para o futuro é de que, sem nenhum projeto, aumente a área desmatada", explica o coordenador do estudo de campo, Gabriel Carrero.
"Nosso trabalho hoje é entrar na terra indígena para procurar essas áreas de degradação e avaliar o grau de degradação.
"A pesquisadora do Idesan Claudia Vitel diz que a definição desta variável permitirá estimar quanto carbono poderia deixar de ser emitido até 2050 a partir de atividades sustentáveis que podem "afetar a cobertura da terra no futuro". British Broadcasting Corporation
http://www.bbc.co.uk/
Pablo Uchoa
Veja a reportagem completa Aqui
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Tecnologia - FACEBOOK uma história recente de sucesso
Mark Zuckerberg começou o site de rede social Facebook, em 2004, a partir de seu dormitório na Universidade de Harvard. Inicialmente disponível apenas para estudantes de Harvard como um diretório de informações pessoais e fotos, o site Internet eventualmente expandido para outras faculdades da Ivy League, escolas de ensino médio e, em seguida o público em geral.
Em setembro de 2009, o Facebook teve mais de 300 milhões de usuários ativos em todo o mundo - ter dobrado sua base de usuários em apenas oito meses. Facebook é o site mais traficada a nível mundial quarto, de acordo com dados compilados pela Alexa Internet. É inscrever-se quase um milhão de novos membros por dia. watcher mercado Nielsen Online divulgou em junho de 2009, que o tempo total gasto no site de redes sociais cresceu de 1,7 bilhões de minutos em abril de 2008 para 13,9 bilhões minutos em abril de 2009, tornando-se a rede social top em termos de quantidade de tempo que os usuários gastam no site.
Tornou-se um fenómeno global, como mais de 70 por cento dos seus membros vivem fora dos E.U.A.. Registro Facebook é gratuito, necessitando apenas de um endereço de e-mail.
Os membros usam o site para manter contato com amigos, conhecer pessoas com interesses comuns, jogar, compartilhar fotos, links e vídeos, bate-papo ao vivo e transferência de dinheiro. Mesmo que o Papa está ativo no Facebook, oferecendo um aplicativo chamado "O papa encontra você no Facebook". Facebook teve a sua quota de controvérsias, com maior freqüência sobre suas políticas de privacidade e, em alguns bairros, por seu ativismo. Por exemplo, os membros têm usado para organizar protestos, como a mobilização de milhões de pessoas ao redor do mundo em 2008, a marcha contra as práticas dos rebeldes das FARC na Colômbia. Facebook tem, por vezes, foi banido por países como a Síria eo Irã.
Os desenvolvedores têm construído mais de 52.000 aplicativos para o Facebook como "Name That Tune" ou "Poker Palace", com centenas acrescentados a cada dia. Para explorar o mercado da publicidade online, a empresa lançou em novembro de 2007 Facebook Ads, que permite às empresas para construir seus próprios campanhas publicitárias online. Zuckerberg diz que Facebook já trabalha com mais de 70 por cento dos 100 maiores anunciantes em os E.U. É muito dinheiro que está rolando. Cerca de US$ é o faturamento do site.
Veja a reportagem completa no site do The Economist Aqui
domingo, 11 de abril de 2010
Qialidade de vida - O Brasil real e o Afeganistão
SÃO PAULO - Informa a ONU: "Os indicadores do Brasil em saneamento básico são, na área urbana, inferiores aos de países como Jamaica, República Dominicana e Territórios Palestinos ocupados". Sim, é isso que você leu: pior do que na Palestina ocupada.
Acrescenta a ONU: "O Brasil rural amarga índices africanos. O acesso a saneamento básico adequado é inferior ao registrado entre camponeses de nações imersas em conflitos internos, como Sudão e Afeganistão". Sim, Afeganistão. É esse o Brasil que vai às urnas dentro de seis meses. O Brasil real, que não aparece nem no discurso do governismo nem apareceu no de José Serra, principal candidato oposicionista. Serra fala, aliás, em avanços. Houve, como é óbvio.
Mas não cabe um conformismo medíocre, mesmo em áreas como a redução da pobreza (que também houve). Vejamos a propósito o que diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em entrevista para a revista do Ipea: "A classe A e B são pessoas que ganham mais de R$ 4.000, e R$ 4.000 não é propriamente uma renda extraordinária. Agora imagine que os outros todos ganham menos de R$ 4.000. Então, a maioria está lá na classe C, D e E. São mais de 50% a 60% da população.
É pouco importante saber se é 60% ou 70%, porque é um número tão grande..." Pulemos para educação e desigualdade. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios trabalhados pela Unicamp mostram que, no nível médio de ensino, estão na escola 75% dos jovens que pertencem ao grupo dos 20% mais ricos, contra apenas 25% dos garotos do andar de baixo. É pedir demais que a campanha eleitoral se concentre em como reduzir (de preferência eliminar) a aberração que é o Brasil ser a oitava economia do planeta e o 75º país em desenvolvimento humano?
Clovis Rossi
Folah de São Paulo. 11/04/2010
Três construtoras confirmam interesse em participar de leilão de Belo Monte
OAS e Serveng confirmaram que negociam a formação de um consórcio.
Na quinta-feira (8), a Queiroz Galvão também havia informado interesse.

Na quinta-feira (8), a Queiroz Galvão também havia informado que participou da chamada pública feita pela Eletrobrás para formar parcerias com as estatais, mas ainda não fechou a entrada em nenhum consórcio.
Outra empreiteira que também estuda o leilão de Belo Monte é a Mendes Júnior.
Mas a empresa destaca que só baterá o martelo sobre o assunto na segunda-feira (12).
Juntas, essas construtoras podem formar o novo consórcio que o governo tanto quer para garantir competição à disputa pela terceira maior hidrelétrica do mundo, depois que Odebrecht e Camargo Corrêa desistiram do projeto.
Projeto para usina hidrelétrica depende de licença ambiental prévia. Custo é estimado em R$ 16 bi
Leia a mátéria completa no G1 da globo.com Aqui
Da Agência Estado
PSDB e PT mapeiam fraquezas de adversário
Menos de duas semanas depois de deixarem seus cargos - de ministra da Casa Civil e de governador de São Paulo -, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) e os respectivos partidos já começaram a mapear as fragilidades um do outro. O objetivo é transformá-las em ferramentas da campanha.
Os dois principais candidatos ao Planalto estão envolvidos em uma espécie de laboratório de testes para ver qual crítica funciona melhor e deve ser adotada para produzir maior efeito eleitoral.
Em 2006, o PT foi bem sucedido no segundo turno da campanha presidencial. Conseguiu imprimir nos tucanos e no seu candidato, Geraldo Alckmin, a marca de "privatistas". Apesar dos resultados positivos das privatizações - principalmente no setor de telecomunicações -, o carimbo aplicado por Lula e pelo PT passou a ideia de que os adversários queriam "desmontar o Estado". Chegaram a divulgar que o PSDB havia se preparado para vender a Petrobrás, Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Na campanha, os tucanos não conseguiram desfazer essa imagem nem apresentaram discurso capaz de neutralizar a crítica. A candidatura de Alckmin desidratou tanto que ele teve no segundo turno menos votos do que no primeiro - 39,9 milhões contra 37,5 milhões de votos.
A reboque de Lula. Do lado do PSDB, o mapa recomenda que se explore a fragilidade da liderança de Dilma, exibindo-a como candidata dependente e sempre a reboque do presidente Lula.
Apesar do mensalão mineiro, envolvendo tucanos, e do mensalão do DEM do Distrito Federal, o PSDB avalia que petistas têm passivo crítico por causa dos escândalos dos sanguessugas e dos aloprados, além do próprio mensalão.
A meta é minar a imagem de ministra organizadora e boa gestora de projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criticado pela lentidão. Isso provaria que ela não dispõe da experiência administrativa necessária para comandar o País.
Do lado petista, os aliados de Dilma querem carimbar Serra como "anti- Lula". Ou seja, ressaltar que o grupo do ex-governador sempre foi contrário às medidas implantadas por Lula. Com isso, esperam neutralizar o discurso de Serra, apresentando-se como melhor opção para "dar continuidade" ao atual governo.
O PT não desistiu de comparar o governo Lula e o de Fernando Henrique Cardoso, para colar Serra na gestão do ex-presidente. Nessa linha, Dilma deu o tom da estratégia, comparando os rivais a "lobos em pele de cordeiros". "Sempre que discutimos propostas e apresentamos caminhos temos de apresentar também as diferenças. Estamos caracterizando o que é o nosso projeto e o que é o da oposição. Se não tem projetos, isso tem que ficar claro", disse a ministra durante sua passagem por Ouro Preto. Ela tratou como "lobos em pele de cordeiros" quem "criticava até ontem e hoje não critica mais."
Críticas à parte, o PT se preocupa com os erros de Dilma ao se movimentar sem companhia de Lula. Na tentativa de aproximação com o governador Antônio Anastasia, candidato do PSDB ao governo de Minas, irritou o aliado PMDB, que lançou Hélio Costa. E Minas, com mais de 14 milhões de eleitores, é considerado ponto estratégico demais na campanha para ser colocado em risco. Irritado, o senador chegou a dizer que poderia apoiar Serra.
Túmulo de Tancredo. A oposição ganhou munição extra para bombardear Dilma quando ela visitou o túmulo do presidente Tancredo Neves, durante sua visita a Minas. Para aliados de Serra, ela teria demonstrado mero oportunismo político, uma vez que o PT foi contra a eleição de Tancredo, em 1985, e expulsou os deputados que defenderam a candidatura. PSDB, DEM e PPS soltaram nota criticando o ato de Dilma.
Líder do PSDB na Câmara, o deputado João Almeida (BA) não perdeu a chance para tentar passar a imagem que Dilma precisa da carona de políticos carismáticos para crescer eleitoralmente. "A candidata carente de biografia já não se satisfaz mais com o uso do prestígio de Lula", disse. "Agora, avança na popularidade dos outros, até de quem já faleceu, como ao visitar o túmulo de Tancredo." Segundo ele, o povo mineiro "não entende tamanho cinismo de dona Dilma".
Marcelo de Moraes e Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
Os dois principais candidatos ao Planalto estão envolvidos em uma espécie de laboratório de testes para ver qual crítica funciona melhor e deve ser adotada para produzir maior efeito eleitoral.
Em 2006, o PT foi bem sucedido no segundo turno da campanha presidencial. Conseguiu imprimir nos tucanos e no seu candidato, Geraldo Alckmin, a marca de "privatistas". Apesar dos resultados positivos das privatizações - principalmente no setor de telecomunicações -, o carimbo aplicado por Lula e pelo PT passou a ideia de que os adversários queriam "desmontar o Estado". Chegaram a divulgar que o PSDB havia se preparado para vender a Petrobrás, Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Na campanha, os tucanos não conseguiram desfazer essa imagem nem apresentaram discurso capaz de neutralizar a crítica. A candidatura de Alckmin desidratou tanto que ele teve no segundo turno menos votos do que no primeiro - 39,9 milhões contra 37,5 milhões de votos.
A reboque de Lula. Do lado do PSDB, o mapa recomenda que se explore a fragilidade da liderança de Dilma, exibindo-a como candidata dependente e sempre a reboque do presidente Lula.
Apesar do mensalão mineiro, envolvendo tucanos, e do mensalão do DEM do Distrito Federal, o PSDB avalia que petistas têm passivo crítico por causa dos escândalos dos sanguessugas e dos aloprados, além do próprio mensalão.
A meta é minar a imagem de ministra organizadora e boa gestora de projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criticado pela lentidão. Isso provaria que ela não dispõe da experiência administrativa necessária para comandar o País.
Do lado petista, os aliados de Dilma querem carimbar Serra como "anti- Lula". Ou seja, ressaltar que o grupo do ex-governador sempre foi contrário às medidas implantadas por Lula. Com isso, esperam neutralizar o discurso de Serra, apresentando-se como melhor opção para "dar continuidade" ao atual governo.
O PT não desistiu de comparar o governo Lula e o de Fernando Henrique Cardoso, para colar Serra na gestão do ex-presidente. Nessa linha, Dilma deu o tom da estratégia, comparando os rivais a "lobos em pele de cordeiros". "Sempre que discutimos propostas e apresentamos caminhos temos de apresentar também as diferenças. Estamos caracterizando o que é o nosso projeto e o que é o da oposição. Se não tem projetos, isso tem que ficar claro", disse a ministra durante sua passagem por Ouro Preto. Ela tratou como "lobos em pele de cordeiros" quem "criticava até ontem e hoje não critica mais."
Críticas à parte, o PT se preocupa com os erros de Dilma ao se movimentar sem companhia de Lula. Na tentativa de aproximação com o governador Antônio Anastasia, candidato do PSDB ao governo de Minas, irritou o aliado PMDB, que lançou Hélio Costa. E Minas, com mais de 14 milhões de eleitores, é considerado ponto estratégico demais na campanha para ser colocado em risco. Irritado, o senador chegou a dizer que poderia apoiar Serra.
Túmulo de Tancredo. A oposição ganhou munição extra para bombardear Dilma quando ela visitou o túmulo do presidente Tancredo Neves, durante sua visita a Minas. Para aliados de Serra, ela teria demonstrado mero oportunismo político, uma vez que o PT foi contra a eleição de Tancredo, em 1985, e expulsou os deputados que defenderam a candidatura. PSDB, DEM e PPS soltaram nota criticando o ato de Dilma.
Líder do PSDB na Câmara, o deputado João Almeida (BA) não perdeu a chance para tentar passar a imagem que Dilma precisa da carona de políticos carismáticos para crescer eleitoralmente. "A candidata carente de biografia já não se satisfaz mais com o uso do prestígio de Lula", disse. "Agora, avança na popularidade dos outros, até de quem já faleceu, como ao visitar o túmulo de Tancredo." Segundo ele, o povo mineiro "não entende tamanho cinismo de dona Dilma".
Marcelo de Moraes e Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
sábado, 10 de abril de 2010
Política - O Brasil e a política pós Lula
Em análise de perspectivas para a campanha e as eleições de outubro, o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro vê razões para preocupação.
Para o historiador e cientista político Luiz Felipe de Alencastro, os cenários políticos que podem emergir das urnas, em outubro, contêm elementos preocupantes, seja quem for o vencedor. Michel Temer, como eventual vice-presidente de Dilma Rousseff, tenderia a comandar um PMDB fortalecido demais, a ponto de comprometer o poder da presidente.
Quanto a José Serra, Alencastro entende que o ex-governador de São Paulo, embora tenha "muita experiência" e seja "um grande líder", tem "um problema sério", derivado da dificuldade de formular uma proposta que se diferencie de políticas que se mostraram bem-sucedidas no governo Lula. Essa situação pode trazer certo conforto para a candidata do PT, mas está aí outro motivo de inquietação", pois "não é sadio para país nenhum a ausência de alternância política".
Tendo acompanhado de perto a formação dos novos partidos, nos anos 1980, Alencastro conhece a dinâmica interna das principais legendas. No PT, vê o risco de transformação do lulismo no varguismo que o partido combateu em sua origem. Já o PSDB pode ficar circunscrito a São Paulo, enquanto a direita passa por um processo de radicalização semelhante ao dos republicanos nos Estados Unidos.
Sobre Serra: "Tem muita experiência, é um grande líder, mas, com a expectativa em torno de seu nome, vai fazer o quê no governo? Exilado em 1968, Alencastro, então estudante da Universidade de Brasília, foi recebido na França pelo economista Celso Furtado e Raul Ryff, secretário de Imprensa do governo João Goulart. Na Europa, completou a graduação, o mestrado e o doutorado, antes de voltar ao Brasil para lecionar na Unicamp.
Titular da cadeira de História do Brasil na Sorbonne desde 2001, o autor de "O Trato dos Viventes" [Companhia das Letras, 2000] conversou com o Valor num café próximo de sua residência parisiense.
A seguir, trechos da entrevista.
Valor: A revista "The Economist" fez uma matéria de capa sobre o Brasil, dizendo que o futuro chegou para o país do futuro. O sr. compartilha desse otimismo?
Luiz Felipe de Alencastro: Até a oposição compartilha desse otimismo. Dentro e fora do país há um consenso favorável sobre a economia brasileira, sobretudo com a entrada da China no mercado mundial, com uma forte demanda por matérias-primas. O lado negativo é que o comércio externo fica parecido com o que era no século XIX. Há um risco nessa divisão internacional do trabalho que vai se criando, em que o Brasil vira exportador de matérias-primas novamente.
Sobre a candidata do PT: "O real da Dilma são o Bolsa Família, o PAC (...), mas acho problemático ela não ter a experiência de um mandato eletivo" Luiz Felipe de Alencastro: Até a oposição compartilha desse otimismo. Dentro e fora do país há um consenso favorável sobre a economia brasileira, sobretudo com a entrada da China no mercado mundial, com uma forte demanda por matérias-primas. O lado negativo é que o comércio externo fica parecido com o que era no século XIX. Há um risco nessa divisão internacional do trabalho que vai se criando, em que o Brasil vira exportador de matérias-primas novamente.
Valor: E a perspectiva política?
Alencastro: O que me assusta é a ideia de ter Michel Temer como vice-presidente. Ele é deputado há décadas e foi presidente da Câmara duas vezes. Controla a máquina do PMDB e o Congresso à perfeição. Vai compor chapa com uma candidata que nunca teve mandato e é novata no PT. O presidencialismo pressupõe um vice discreto, porque ele é eleito de carona, para trazer alianças e palanques. Aos trancos e barrancos, instaurou-se um sistema presidencialista que tem dado certo no Brasil. O fato de haver dois turnos, associado à integração do vice na chapa do presidente, deu estabilidade ao sistema. Foi assim com Fernando Henrique e Marco Maciel. Foi assim com Lula e José de Alencar. Dilma e Temer formam uma combinação inédita: uma candidata até então sem mandato associada a um político cheio de mandatos e dono do PMDB, que é o maior partido do Brasil, mas nunca elegeu um presidente e vai com sede ao pote. O PMDB pode estabelecer um vice-presidencialismo, com um papel de protagonista que seria descabido.
Leia a entrevista completa no Valor Econômico Aqui
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