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domingo, 11 de abril de 2010

Qialidade de vida - O Brasil real e o Afeganistão


SÃO PAULO - Informa a ONU: "Os indicadores do Brasil em saneamento básico são, na área urbana, inferiores aos de países como Jamaica, República Dominicana e Territórios Palestinos ocupados". Sim, é isso que você leu: pior do que na Palestina ocupada.

Acrescenta a ONU: "O Brasil rural amarga índices africanos. O acesso a saneamento básico adequado é inferior ao registrado entre camponeses de nações imersas em conflitos internos, como Sudão e Afeganistão". Sim, Afeganistão. É esse o Brasil que vai às urnas dentro de seis meses. O Brasil real, que não aparece nem no discurso do governismo nem apareceu no de José Serra, principal candidato oposicionista. Serra fala, aliás, em avanços. Houve, como é óbvio.

Mas não cabe um conformismo medíocre, mesmo em áreas como a redução da pobreza (que também houve). Vejamos a propósito o que diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em entrevista para a revista do Ipea: "A classe A e B são pessoas que ganham mais de R$ 4.000, e R$ 4.000 não é propriamente uma renda extraordinária. Agora imagine que os outros todos ganham menos de R$ 4.000. Então, a maioria está lá na classe C, D e E. São mais de 50% a 60% da população.

É pouco importante saber se é 60% ou 70%, porque é um número tão grande..." Pulemos para educação e desigualdade. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios trabalhados pela Unicamp mostram que, no nível médio de ensino, estão na escola 75% dos jovens que pertencem ao grupo dos 20% mais ricos, contra apenas 25% dos garotos do andar de baixo. É pedir demais que a campanha eleitoral se concentre em como reduzir (de preferência eliminar) a aberração que é o Brasil ser a oitava economia do planeta e o 75º país em desenvolvimento humano?

Clovis Rossi
Folah de São Paulo. 11/04/2010

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SOCIEDADE DE RISCO - Alagoas. Agressão e ameaças a médicos levam hospital que trata gripe suína a pedir reforço policial



Já tenho afirmado em trabalhos e artigos que hoje vivemos em um mundo fora de controle, em que não há nada seguro além da incerteza. A crise que afeta o conjunto da sociedade moderna produz uma “sociedade de risco”. Trata-se de expressão adotada para referir-se às incertezas não-quantificáveis e aos riscos que não podem ser mensurados. Nesse sentido, a sociedade de risco é a expressão maior das “incertezas fabricadas”.

Essas “verdadeiras” incertezas, reforçadas por rápidas inovações tecnológicas e respostas sociais aceleradas, estão criando uma nova paisagem de risco global. A poluição moderna assume também um caráter global na sociedade de risco como uma ameaça de grandes conseqüências.


Um exemplo local de esse fenómeno é o que está acontecendo na saúde como consequência da Gripe Suína.

Veja detalhes da notícia.

A direção do Hospital Escola Hélvio Auto, que é referência no tratamento da gripe suína em Alagoas, pediu reforço policial na unidade para conter confusões entre pacientes e servidores

A gota d'água aconteceu na noite da última sexta-feira (7). Inconformada por não ser solicitado o exame confirmatório de gripe suína, a mãe de uma criança com possíveis sintomas da doença agrediu a médica de plantão dentro do consultório. "Era um caso simples, a criança estava bem e a médica não viu necessidade de pedir exame. A mulher era uma pessoa instruída, de nível superior, mas se revoltou e puxou o estetoscópio do pescoço da profissional e provocou um corte nela. As pessoas precisam saber que seguimos um protocolo do Ministério da Saúde, que é nacional", explica Luciana.

Além da agressão, pelo menos outros quatro casos graves de ameaças foram relatados à direção do hospital por médicos nos últimos dias. "Os profissionais também estão sofrendo com a grosseria dos pacientes e familiares. São pessoas sem informações, que saem revoltados com o atendimento. Outro dia uma pessoa nos telefonou e, ao ser informada que deveria procurar uma unidade de saúde, perguntou se seria atendida se chegasse armada ao local. São casos absurdos", alega.

Leia na íntegra no UOL
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