quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SOCIEDADE DE RISCO - Alagoas. Agressão e ameaças a médicos levam hospital que trata gripe suína a pedir reforço policial



Já tenho afirmado em trabalhos e artigos que hoje vivemos em um mundo fora de controle, em que não há nada seguro além da incerteza. A crise que afeta o conjunto da sociedade moderna produz uma “sociedade de risco”. Trata-se de expressão adotada para referir-se às incertezas não-quantificáveis e aos riscos que não podem ser mensurados. Nesse sentido, a sociedade de risco é a expressão maior das “incertezas fabricadas”.

Essas “verdadeiras” incertezas, reforçadas por rápidas inovações tecnológicas e respostas sociais aceleradas, estão criando uma nova paisagem de risco global. A poluição moderna assume também um caráter global na sociedade de risco como uma ameaça de grandes conseqüências.


Um exemplo local de esse fenómeno é o que está acontecendo na saúde como consequência da Gripe Suína.

Veja detalhes da notícia.

A direção do Hospital Escola Hélvio Auto, que é referência no tratamento da gripe suína em Alagoas, pediu reforço policial na unidade para conter confusões entre pacientes e servidores

A gota d'água aconteceu na noite da última sexta-feira (7). Inconformada por não ser solicitado o exame confirmatório de gripe suína, a mãe de uma criança com possíveis sintomas da doença agrediu a médica de plantão dentro do consultório. "Era um caso simples, a criança estava bem e a médica não viu necessidade de pedir exame. A mulher era uma pessoa instruída, de nível superior, mas se revoltou e puxou o estetoscópio do pescoço da profissional e provocou um corte nela. As pessoas precisam saber que seguimos um protocolo do Ministério da Saúde, que é nacional", explica Luciana.

Além da agressão, pelo menos outros quatro casos graves de ameaças foram relatados à direção do hospital por médicos nos últimos dias. "Os profissionais também estão sofrendo com a grosseria dos pacientes e familiares. São pessoas sem informações, que saem revoltados com o atendimento. Outro dia uma pessoa nos telefonou e, ao ser informada que deveria procurar uma unidade de saúde, perguntou se seria atendida se chegasse armada ao local. São casos absurdos", alega.

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