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terça-feira, 26 de abril de 2011

A onda é mudar

 Dilma transfere Conselhão para o comando de Moreira Franco

A presidente Dilma Rousseff anuncia, hoje, durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a transferência do Conselhão para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, sob o comando do ministro Wellington Moreira Franco (PMDB). A SAE fica agora com o Ipea e o CDES como instituições de pesquisas, análises, estudos e debate sobre as grandes questões nacionais e o planejamento de longo prazo.

O decreto com a mudança foi publicado no "Diário Oficial" de hoje. Dilma cumpre uma promessa feita ao PMDB durante a transição quando convidou Moreira Franco para integrar o governo. Indicado para o Executivo por sua ligação com o vice-presidente Michel Temer, Moreira Franco só aceitou ser ministro da SAE se a secretaria - considerada esvaziada pelos pemedebistas - incorporasse o Conselhão e a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Alguns integrantes do Conselhão resistiam à mudança, temendo que a alteração deixasse o fórum mais distante da Presidência da República - até ontem ele era vinculado à Secretaria de Relações Institucionais (SRI), uma esfera política, de coordenação com os partidos da base aliada no Congresso. O PT também era contra a alteração, pois o Conselhão foi uma criação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 para reunir empresários, sindicalistas e representantes da sociedade civil organizada, e ficando na Secretaria de Relações Institucionais permaneceria sob a direção do PT: a articulação política atualmente é comandada por um ministro petista - Luiz Sérgio.

Nesta primeira reunião do Conselhão, além de anunciar a mudança, Dilma também vai reforçar a decisão de conduzir uma batalha no governo contra a inflação. Ontem, após tomar a vacina contra gripe no posto médico do Palácio do Planalto, a presidente afirmou que o governo não vai se desmobilizar nessa batalha. "O governo tem uma imensa preocupação com a inflação, e todas as nossas atenções vão estar voltadas ao combate à inflação", afirmou Dilma.

O tema do Conselhão na reunião de hoje será "diálogo para um novo ciclo de desenvolvimento". Dilma vai mostrar aos empresários que as medidas tomadas até o momento foram importantes, mas que elas não vão derrubar a economia, como temem alguns especialistas. Ontem pela manhã, Dilma e Guido Mantega tiveram uma longa reunião, de uma hora e meia, para definir a apresentação que o governo fará aos integrantes do CDES. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também deve fazer uma curta intervenção.

Segundo pessoas próximas à presidente, o discurso de Dilma apontará não apenas as medidas tomadas até o momento, mas as perspectivas de investimentos que o governo pretende consolidar nos próximos anos. Tanto o Planalto quanto a equipe econômica apostam em uma reversão de expectativas nos próximos meses. Amparam-se em números que consideram positivos, como o crescimento do superávit primário e a redução das despesas públicas nos primeiros quatro meses de gestão Dilma.

A avaliação é de que não existem problemas fiscais de curto prazo, o que permite um planejamento mais tranquilo. O governo não estranhou a decisão do Copom na semana passada - criticada pelo mercado, que esperava uma medida mais incisiva - que aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros para 12%.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mineração - Novo marco regulatório

Secretaria de Assuntos Estratégicos defende novo marco regulatório da mineração

Agência Brasil
Publicação: 22/02/2010

Rio de Janeiro - O secretário de Assuntos Estratégicos, ministro Samuel Pinheiro Guimarães, defendeu nesta segunda-feira (22/2) o novo marco regulatório da mineração, que está em discussão no governo e deverá incentivar a exploração de minas no país, em determinado período após a concessão.

"Estuda-se um novo código, novas normas, para que efetivamente sejam explorados os recursos e não fiquem ali como uma reserva de valor", afirmou Guimarães, após participar, no Rio, de seminário sobre o Bric (grupo de países formado pelo Brasil e pela Rússia, Índia e China.

Há cerca de 15 dias, o ministro de Minas Energia, Edison Lobão, disse à imprensa que o governo busca uma formar de retomar as minas que não forem exploradas em curto espaço de tempo, mas "sem rasgar contratos".

De acordo com Lobão, o marco da mineração, elaborado por seu ministério, deve seguir o modelo adotado para o petróleo, no qual constam prazos para o início da exploração e da produção.

O ministro de Assuntos Estratégicos também lembrou que o novo código para o setor de mineração pode causar disputas por royalties (compensações financeiras paga pelas empresas produtoras), assim como ocorre para o petróleo.

"Os estados alegam que há municípios no Brasil que recebem royalties do petróleo sem que tenha ocorrido impacto sequer ambiental", destacou Guimarães.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Projeto de Desenvolvimento - Mais Estado ou menos Estado ou o Estado necessário

Planalto manda PT tirar viés estatizante do programa de Dilma


Ordem é para deixar claro no texto que ela manterá política econômica, com câmbio flutuante e metas de inflação

Vera Rosa, BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, não gostaram do tom do documento intitulado A Grande Transformação, que contém as diretrizes do programa de governo petista. Lula e Dilma avaliaram que o texto passa a imagem errônea de que um governo chefiado pela ministra representará uma guinada à esquerda e terá caráter estatizante. Não foi só: querem agora que o PT deixe claro no programa que Dilma manterá os fundamentos da política econômica, como câmbio flutuante, metas de inflação e ajuste fiscal.

O incômodo do presidente e da pré-candidata do PT em relação ao conteúdo do documento - que será apresentado no 4.º Congresso Nacional do partido, de 18 a 20 deste mês, em Brasília - foi transmitido ontem pelo Planalto aos integrantes da Executiva Nacional petista. Dilma reclamou que nem mesmo viu o texto, obtido pelo Estado e publicado na edição do último dia 5, e ficou surpresa com a repercussão negativa da proposta.

Ancorada pelo mote de um novo "projeto nacional de desenvolvimento", a plataforma do PT prega maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF) para o setor produtivo.

Em reunião da coordenação de governo, na segunda-feira, Lula observou, porém, que já está fazendo isso. Para ele, a referência ao fortalecimento de estatais, do jeito que está no texto, pode criar confusão. Tanto o presidente como Dilma sempre dizem que o Brasil só conseguiu sair da crise mundial antes dos outros países por ter reforçado o papel dos bancos públicos.

"Se não tivéssemos esses bancos, não sei o que seria de nós", tem afirmado a ministra. Na avaliação do Planalto, no entanto, o documento petista pode dar a impressão equivocada de que a pré-candidata do PT defende a reestatização de empresas. A principal recomendação de Lula é para o PT "evitar marolas" no debate.

O temor do governo é que a oposição carimbe em Dilma, uma ex-guerrilheira, a pecha de esquerdista e autoritária. Além disso, a ministra considerou excessivamente genérico o eixo do documento que trata da saúde ("O SUS pode garantir um sistema universal de qualidade") e o tópico que diz ser necessário "aprofundar a transversalidade da política de direitos humanos". Para ela, faltou, ainda, abordar com mais consistência o tema da política industrial.

O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), admitiu que haverá mudanças na "forma" do texto, mas negou cobranças do governo. "Não temos essa interpretação de que estamos olhando pelo retrovisor", disse Berzoini, após discurso, no plenário da Câmara, em homenagem aos 30 anos do PT, completados ontem. "Gostamos do Estado aparelhado, mas isso não significa inchaço da máquina. E ninguém duvida que vamos preservar a gestão fiscal responsável. Quem quer mudar isso é o PSDB", rebateu.

Berzoini lembrou que a plataforma de Dilma passará pelo crivo dos aliados. Cotado para vice na chapa, o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), comentou, em conversa reservada, que o PMDB não aceitará "prato feito" do PT.

O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia - coordenador do programa - afirmou que o rascunho da plataforma de Dilma, "bastante preliminar", não provocou descontentamento. "Não deve haver confusão entre o debate do conteúdo substantivo e as interpretações que analistas podem fazer", insistiu Garcia. "As proveitosas observações ao texto preliminar foram levadas em conta na elaboração das versões subsequentes das diretrizes do programa, como é hábito no PT."

Estadão

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Plano Brasil 2022 - Mais e melhores recursos para superar a pobreza, Ministro Samuel Pinheiro (SAE)

“O benefício não pode ser só para aqueles que estão abaixo da linha da pobreza”

Cláudio Dantas Sequeira, ISTOÉ.
(entrevista completa)

Elaborar uma agenda de trabalho que sirva como atalho para o Brasil se tornar uma potência global em apenas duas décadas. Essa é a tarefa delegada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Há três meses, desde que assumiu o posto, ele divide sua rotina entre reuniões técnicas e viagens pelo País. O resultado de horas de estudos e negociações é um calhamaço de aproximadamente 200 páginas, batizado de Plano
Brasil 2020, a cuja sexta e última versão ISTOÉ teve acesso.

"Na área da saúde, temos que depender menos de medicamentos importados.
É uma questão de soberania, de segurança"

O documento, de caráter reservado, lista 150 metas e ações, inclusive mudanças de parâmetros do Bolsa Família, a expansão do número de salas de cinema e até a criação de uma “entidade estatal do esporte”. “É preciso ampliar o Bolsa Família. Não se pode contemplar apenas aqueles que estão abaixo da linha da pobreza”, diz. Essas e outras ideias demandam pesado investimento público, mas o ministro não está
preocupado. “Vamos financiar todas essas ações com a exploração do pré-sal”,
afirma.

Ex-secretário-geral do Itamaraty, onde travou algumas polêmicas batalhas por sua militância de esquerda, Guimarães, 70 anos, avisa que o “Plano” não tem cor partidária, mas pode ser usado pela ministra e pré-candidata Dilma Rousseff na campanha presidencial: “Mantenho a Casa Civil permanentemente informada.”

Istoé - O que é o Plano Brasil 2022?
Samuel Pinheiro Guimarães - Trata-se de um projeto de metas e ações estratégicas para guiar o  desenvolvimento do País. A data-limite é o aniversário de 200 anos da independência. Basicamente, pegamos os planos setoriais dos ministérios, identificamos os aspectos mais importantes e nos debruçamos sobre eles para consolidá-los. Todos os ministérios participam através de grupos de trabalho e a coordenação é feita pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, com apoio da Casa Civil e do Ipea. Já fizemos as reuniões técnicas e agora vou a cada ministro para debater as metas.

Istoé - E quais são as prioridades? De que metas estamos falando?
Samuel Pinheiro Guimarães - Os temas são variados, desde violência urbana e defesa até agricultura, cultura, comércio e política externa. No total, são cerca de 150 metas. Dentre as prioridades estão a diversificação e a ampliação substancial da produção nacional para conseguirmos cumprir uma previsão de crescimento anual entre 6% e 7% do PIB. Com esse ritmo, poderemos tornar o Brasil a 5ª potência mundial. Outra meta importante é promover firmemente a redistribuição de renda.

Istoé - Isso significa a ampliação de programas como o Bolsa Família?
Samuel Pinheiro Guimarães - Estamos criando um novo parâmetro. Consideramos que o rendimento-limite é muito baixo. Hoje, recebem o auxílio aquelas famílias com renda mensal de até R$ 140. Trata-se de um critério absoluto. Estamos examinando com o ministro Patrus Ananias a possibilidade de que o patamar seja relativo e contemple não só aqueles que estão abaixo da linha da pobreza. Quero dizer que vamos considerar a relação que existe entre os 10% mais ricos, que detêm 44% da renda nacional, e os 10% mais pobres, que têm só 1% da riqueza. Temos que reduzir essa desigualdade. Ainda estamos definindo a meta, mas certamente poderia significar um aumento de 30% a 40% do número de beneficiados pelo Bolsa Família. A isso se somará a garantia da regularidade do reajuste dos benefícios.

Istoé - Mas como financiar essa meta? A carga tributária atual já não é pesada demais?
Samuel Pinheiro Guimarães - Haverá uma nova fonte de receita com a exploração do pré-sal. Esses recursos abastecerão o fundo social do pré-sal. Também há um volume de despesas com a dívida pública que pode ser reduzido com a queda das taxas de juros, que hoje estão muito acima dos juros reais praticados em outros países. À medida que se reduzir isso com segurança, é possível liberar recursos para uma série de programas importantes.

Istoé - Alguns ministros defendem a criação de outros auxílios, como o “bolsa celular”. O sr. é a favor?
Samuel Pinheiro Guimarães - Não. Pessoalmente, acho que é preciso criar projetos que capacitem a população, que deem acesso ao cidadão que não tem banda larga, por exemplo. Como há uma disparidade de renda muito grande e a iniciativa privada só se dedica aos segmentos mais rentáveis, o Estado tem que assumir o papel de provedor de certos serviços. Isso passa por políticas de investimento, não só na indústria, mas na cultura, na saúde, na educação e no esporte. Uma das metas é incluir o Brasil entre as dez maiores potências esportivas do mundo, a partir dos Jogos Olímpicos de 2016.

Istoé - É uma meta ousada. Como pretende fazer isso?
Samuel Pinheiro Guimarães - Há várias medidas, como incentivar os investimentos no setor com políticas de renúncia fiscal. Mas, além disso, vamos criar uma entidade estatal de excelência no esporte, com a construção e modernização da infraestrutura esportiva. Também vamos instituir uma rede nacional de treinamento e um sistema nacional de avaliação do esporte, baseado nos dados do diagnóstico desportivo nacional. O esporte no Brasil será dividido em três níveis: o de base, nas escolas; o de atletas federados; e o de atletas de elite, com a criação de centros regionais de treinamento.

Istoé - Essa entidade estatal do esporte será uma "Esportebras"?
Samuel Pinheiro Guimarães - Acho que não. Será mais um organismo de coordenação e definição desses programas.

Istoé - Qual a meta para a cultura?
Samuel Pinheiro Guimarães - Queremos ampliar em 30% o número de salas de cinema no País. Hoje, os cinemas estão concentrados em apenas 9% dos municípios. Significa que em 4.500 municípios do País não há cinema.

Istoé - Podem dizer que é para passar o filme do Lula.
Samuel Pinheiro Guimarães - Naturalmente. O fato é que qualquer produtor pode fazer um filme sobre qualquer político, desde que a pessoa tenha uma vida interessante. Também vamos elevar em 50% o número de teatros e em 70% o de salas de espetáculo. Essas metas para o esporte e para a cultura sintetizam bem o papel que o Estado deve ter, seja como indutor da iniciativa privada, seja investindo diretamente. Um dia desses, tive a informação de que 500 municípios brasileiros não têm médicos. Então vamos pôr uma equipe médica em cada município, reduzir em 50% o déficit comercial do complexo industrial de saúde.

Istoé - Isso tem relação com a meta de diversificar a produção nacional?
Samuel Pinheiro Guimarães - Exatamente. Na área de saúde, temos que depender menos de medicamentos importados. É uma questão de soberania, de segurança. Vamos fazer isso com parcerias e transferência de tecnologia. Há todo um esforço na área da indústria de base, na metalurgia. Temos que parar de exportar commodities e agregar valor ao que exportamos. No campo, por exemplo, queremos dobrar a produção de grãos, e fazer o mesmo na pecuária, sem precisar entrar na Amazônia. Isso se faz com melhoramento genético dos rebanhos e das sementes. Em grande medida, torna necessária a ampliação da Embrapa, com a contratação de pesquisadores, melhoria da remuneração.

Istoé - A indústria de defesa está sendo contemplada no plano?
Samuel Pinheiro Guimarães - Estive em São José dos Campos, recentemente, tratando disso. Dentro da Estratégia Nacional de Defesa, vamos priorizar algumas metas como a de aumentar em 20% o efetivo das Forças Armadas, reposicionar 25% do contingente na Amazônia e no Centro-Oeste e elevar em 40% a capacidade operativa da FAB. Nesse ponto, estamos considerando, além da aquisição do primeiro lote de caças, a construção de 12 unidades de cargueiro KC-390. Também é prioridade a criação de duas esquadras da Marinha, uma no Norte/Nordeste e outra no Sudeste, com capacidade de propulsão
nuclear. Queremos instalar mais uma brigada de infantaria de selva e 28 batalhões de fronteira, transferir a brigada de paraquedistas para o centro do País e criar um sistema de defesa antiaérea.

Istoé - Na defesa, qual sua opinião sobre as parcerias tecnológicas?
Samuel Pinheiro Guimarães - Acho que a indústria de defesa tem um impacto muito grande no desenvolvimento tecnológico. Então é necessário dar condições de produção e estimular programas de transferência de tecnologia de produção. Não ir apenas ao mercado. Nesse sentido, os projetos que têm sido desenvolvidos, a compra dos helicópteros, do submarino e dos caças, são importantes.

Istoé - A política externa não precisa mudar?
Samuel Pinheiro Guimarães - Queremos manter o que foi conquistado durante o atual governo e ir além. Assegurar a participação do Brasil na tomada de decisões que afetem diretamente os interesses nacionais, especificamente o Conselho de Segurança. Queremos alcançá-lo antes de 2022. E dentre as ações previstas está a consolidação da presença brasileira em missões de paz e o aprofundamento do papel do País nas discussões de temas globais, como energia, mudança climática, comércio internacional e desarmamento.

Istoé - Mas o Itamaraty não cometeu uma série de erros?
Samuel Pinheiro Guimarães - Não é bem assim. Não acho que houve escorregões. Perdemos muitas disputas, e outros países também. Mas isso não afetou nossa capacidade de participação nesses organismos. Perder a eleição para diretor-geral da OMC não reduziu nossa influência nas discussões sobre comércio internacional. Um país que não compete, não ganha.

Istoé - Mas lançamos candidaturas sem o apoio necessário.
Samuel Pinheiro Guimarães - Essas divisões existem em todas as regiões. Na Ásia, o Paquistão e a Indonésia não aceitam a candidatura da Índia. A China também tem restrições sobre a participação do Japão. Na Europa, a Itália e a Espanha são contra a candidatura da Alemanha. Não há necessidade de unanimidade regional. O debate é permanente.

Istoé - Em Honduras, o sr. autorizou a entrada de Manuel Zelaya na embaixada e o Brasil saiu desgastado.
Samuel Pinheiro Guimarães - Nem sempre se consegue o que se quer. Não acredito que houve desgaste. No caso do Zelaya, tínhamos uma resolução unânime da ONU e outra da OEA condenando o golpe de Estado. Sairia desgastado quem apoiasse o golpe, e nós fomos contra. Eu pergunto: como Lula ganharia o título de estadista do ano, se tantas ações fossem tão equivocadas como se diz?

Istoé - O plano para 2022 vai inspirar o programa de governo da ministra Dilma
Rousseff?
Samuel Pinheiro Guimarães - Nós estamos trabalhando de forma a manter a Casa Civil permanentemente informada. Há plena interação. Pode ser que esses trabalhos sejam úteis na medida em que identificam metas prioritárias para quem estiver preparando o programa. Afinal, para que alguma coisa se realize em 2022, é preciso que algo seja feito entre 2011 e 2014. Mas ressalto que não se trata de um plano de um partido político. Trata-se de um plano para o Brasil. É por isso que, antes de entregá-lo no final de junho, vamos submetê-lo à consulta de ex-ministros, deputados e senadores, independentemente da cor partidária.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Projeto Brasil 2022 - Presidente Lula escreve em livro do ex-presidente espanhol "Iberoamérica 2020: Retos frente a la Crisis"


Recentemente foi lançado o Livro "Iberoamérica 2020: Retos frente a la crisis" da Editorial Siglo XXI, organizado por o ex-Presidente do Governo Espanhol, Felipe Gonzalez. O artigo do Lula é um dentre dos muitos outros escrito por líderes, ex-presidentes e intelectuais da América Latina.
"Desenvolvimento e Coesão Social" é o título do artigo. No artigo Lula explica os objetivos da política social do Brasil, onde ressalta o Programa de Bolsa Família que até hoje tem apoiado a mais de 11 milhões de famílias o que representa mais de 45 milhões de brasileiros. Destaca também os investimentos do Governo Federal na educação dos jovens de escassos recursos, que encontravam-se marginalizados do ensino superior. Com a criação da Bolsa Estudo hoje são beneficiados mais de 400 mil jovens com bolsas de estudos integrais e parciais em universidades privadas.
O artigo, interessante por ser um dos poucos publicados de autoria do Presidente, coloca ênfase nos principais programas socias do governo brasileiro, tais como a reforma agrária e as ações da agricultura familiar, a luta do governo contra a discriminação, o crescimento econômico sustentável e a diminuição da desigualdade, onde ressalta o crescimento do PIB  e seus efeitos na diminuição da desigualdade sociual, destacando-se a geração de novos empregos, o aumento da renda média anual ds brasileiros -que aumentou em 5,3% entre 2003 e 2006 e o salário mínimo -que teve um aumento de 53% até meados de 2008-, permitindo que mais de 20 milhões de brasileiros deixaram as classes D e E rumo à classe C, alcançando-se, em 2007, uma meta que até alguns anos parecia inalcançável: a classe média passou a representar à maioria da população brasileira.
Os novos desafios para Iberoamérica 2020, segundo Lula são a continuação do crescimento com a consolidação dos programas sociais, a ampliação dos programas de infra-estrutura, a questão energética, -com a exploração das novas reservas de petróleo. No âmbito regional destaca-se no artigo, que o compartilhamento das experiências bem sucedidas com os vizinhos é fundamental para conseguir difundir as externalidades positivas do crescimento econômico e avanços sociais. Dentre dessas experiências destacam-se a Bolsa Família, o combate a doenças como o HIV/AIDS e a questão dos biocombustíveis, dentre outros.
Finalmente  Presidente chama a uma solidariedade global, sendo este na realidade uma verdadeira marca do Lula e que deverá ser sua grande contribuição ao mundo no bicentenário da independência de muitos países de Iberoamérica.
Outros ex-presidentes escrevem também no livro do Felipe Gonzalez, dentre eles o ex-presidente Fernado Henrique Cardoso, com uma contribuição que vai precisamete no sentido oposto ao artigo do Presidente Lula. O ex-presidente ressalta a fragilides da democracia na América Latina e chama a atenção sobre uma nova onda populista na região. Diferentemente, o Lula destaca o processo de consolidação da democracia.

Exército confirma morte de 11 militares no Haiti; terremoto mata também Zilda Arns

O gabinete do senador Flávio Arns (PSDB-PR) confirmou nesta quarta-feira (13) que Zilda Arns morreu em missão no Haiti, país que sofreu um terremoto de 7 graus na escala Richter nesta terça-feira. O senador é sobrinho de Zilda Arns.



Zilda Arns, 75, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, estava em missão humanitária no país e está entre as vítimas do terremoto

UOL Notícias.

Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns era fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa. A Pastoral da Criança é um órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

A morte de Zilda Arns foi confirmada também pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC) ao UOL Notícias.

Além de Arns, morreram pelo menos quatro militares brasileiros que servem na força de paz da ONU no país caribenho, informou o Exército nesta quarta-feira.

O Brasil vai enviar US$ 10 milhões e 14 toneladas de alimentos ao Haiti. Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) vai decolar no final da manhã de hoje para Belém com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o embaixador brasileiro no Haiti Igor Kipman, que estava em Brasília aguardando autorização para seguir até Porto Príncipe.

Missão brasileira no Haiti
O Brasil tem 1.266 militares na Força de Paz da ONU, a Minustah, dos quais 250 são da engenharia do Exército.

O general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe do setor de comunicação social do Exército, disse a jornalistas que há grande número de militares brasileiros desaparecidos após o terremoto.

O Brasil, que lidera as tropas de paz da ONU no Haiti, participa da Minustah com 1.266 militares. O contingente total da missão é de 9.065 pessoas, sendo 7.031 militares, segundo dados de novembro.

*Com informações de Keila Santana, do UOL Notícias em Brasília, e das agências internacionais.


A política paraene e a teoria da complexide - Fala um caboclo de Igarapé. 

O ex Deputado e político paraense Parsifal Pontes, com sua brilhante lenguagem faz uma análise sobre a entrevista da Governadora Ana Julia no Programa Argumento de uma emissora de TVdo Estado. Gostei e postei!




A governadora Ana Júlia, no programa Argumento, concedeu, ontem, mais uma entrevista.

O mesmo enredo das outras intui que a governadora acredita na eficiência do dito de que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

Caboclo de igarapé, tenho visto muita pedra dura criar tanto limo que a água não mais bate: apenas passa.

Concordo, conceitualmente, com a governadora quando ela diz que trata o PMDB melhor que o governo passado.

Dialeticamente, todavia, devo discordar: se o PT trata “melhor” o PMDB, é sinal que o PSDB o teria tratado bem e o PT apenas melhorou a atenção.

Como o PSDB tratou mal o PMDB, fique claro que o PT apenas o tratou menos mal.

Semanticamente, a conclusão a que se chega é que o PMDB foi maltratado no governo que passou e continua sendo neste.

PSDB e PT se valeram da infantaria peemedebista e do prestígio do seu general para se encastelar no Palácio dos Despachos e depois, destarte as juras de apreço, cuspiram-lhe no rosto.

Quando rareia a saliva vêm oferecer lenços de seda para secar o cuspe. Ambos, portanto, ao PMDB, lembram aqueles versos do Augusto dos Anjos, para quem “o beijo é a véspera do escarro”.

A governadora também afirma, na sustentação da sua tese que de o PMDB deveria marchar com ela, que o partido “tem memória, foi desidratado no governo anterior”.

Ocorre que na política o momentum é avaliado de forma diversa daquela que Sir Isaac Newton o definiu para a física: nela não há a conservação do momento linear.

Traduzindo a equação: a memória do PMDB está mais próxima da raiva que o PT o tem causado agora do que daquela que o PSBD o causou antanho.

Não sinalizo, nesta asserção, que eu, como um militante peemedebista, defenda uma aliança com o PSDB.

Prefiro significar que o partido tem musculatura para disputar a eleição majoritária em cabeça de chapa, por possuir cabeças de pontes bem estruturadas.

A desinteligência do atual governo não conseguiu superar o desapreço com as alianças firmadas. O PMDB não deseja, não quer, e nunca aceitará ser tratado como uma tendência do PT.

Se o PT pretende governar só que dispute a eleição sem companhia. O PMDB deve desejar, se fizer alianças com quem quer que seja, fazer parte do governo, efetivamente implantando a sua política administrativa no devido espaço que lhe for destinado.

Parsifal Pontes


Quem decidirá a eleição no Chile?


Apos da última pesquisa de intenções de voto que dão ao candidato da direita chilena um triunfo por menos de um dígito, frente ao candidato da Concertação de centro direita, Eduardo Frei, surgiu o salvador da patria que pode dar uma reviravolta nas eleições do domingo 17, no Chile.

Marco Enríquez-Ominami, terceiro colocado no primeiro turno, que obteve mais de 20% dos votos, declarou se apoio a Frei, criticamente, manifestou que votará pelo candidato que o povo do Chile tinha dado um respaldo de 29%, sem mencionar o nome do Frei, Enríquez manifestou que as diferencias com a direita são irrecobciliáveis, por serem eles os continuadores da política pinochetista e responsáveis pelo assassinato de milhares de chilenos e do seu padre o lider da esquerda Miguel Enríquez, assassinado pela ditadura em 1974.

apesar do apoio a Frei Enriquez dize que "Frei e Pinhera representam o passado e não o futuro.

Assim, "não emprestaremos nossa ropa a ninguem para cubrir sua vergonha e contruiremos um partido moderno, programático, um partido deste século", manifestou.

"No hemos negociado nada y no negociaré nada (...). No quiero nada para mí. No me verán en cargo alguno en el próximo gobierno", afirmó, dejando claro que encabezará "una oposición constructiva, propositiva, firme, rigurosa, combativa, pensando en lo que sea mejor" para el país.

"Somos la tercera fuerza de Chile, no le prestamos ropa a nadie para cubrir sus vergüenzas y construiremos un partido programático, moderno, un partido de este siglo", añadió, recordando que para él tanto Piñera como Frei "son demasiado partícipes del oscuro pasado de Chile".

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Aqui no Chile - Os desafios para América Latina de 2022


Minha primeira saida em Santiago do Chile não foi  a um dos meus restaurante preferido do Bairro Bellavista (El Eládio), ou a visita acostumada ao Mercado Central, para deleitar-me com esses mariscais característicos, onde se pode desfrutar da famosa paila (panela) marinha, uma porção de “picorocos” (animal marinho de gosto diferente a qualquer fruto do mar), mariscal quente, ou os famosos "locos com mayo" o Congrio, todo acompanhado de um bom vinho branco (chamado pipenho, ainda não passou pela filtragem). Nada disso, o que fiz foi uma visita urgente à famosa Feira do Livro e depois à Livraria Antártica, onde gastei parte do meu salário na compra de alguns livros.

Um deles que recomendo sem muita paixão porque não traz grande novidade, entretanto é importante sua leitura para saber o que pensam os líderes da América Latina sobre os cenários para 2022: “Iberoamérica 2020, Retos ante la crisis”, (Editado por Felipe Gonzalez, ex-presidente espanhol).

Não poderia ser mais interessante, para quem está trabalhando na produção das metas para o Brasil 2022, caio como luva e aqui estou em café do Bairro Bellavista lendo algumas partes importantes do livro, onde escrevem os mais importantes homens públicos da América Latina (não os melhores teóricos).

Michelle Bachelet escreve: “queremos crescer para incluir e incluir para crescer”, o poeta e escritor mexicano, Carlos Fuentes, “sem educação não há desenvolvimento” e Felipe Gonzáles conclui: “agora a “mão invisível” reclama à política, exige ao Estado que intervenha para salvar o mercado”.

Do livro, destacam os textos, do Presidente Lula, sobre o desenvolvimento e coesão social; de Ricardo lagos, sobre a identidade global para um planeta global; da Presidenta da Argentina, sobre as potencialidades energéticas da América Latina; da Ministra Dilma Rousseff, sobre a Energia e o Brasil no contexto da América Latina; de Beatriz Paredes dirigente do PRI mexicano, sobre a difícil construção de uma institucionalidade democrática eficaz.

Não podia faltar o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, com suas vaguedades e generalidades sobre o populismo.

Em geral, o livro é um registro de propostas e promessas de políticos que procuram o futuro e dos que já foram. Interessante leitura, vale a pena.

Na próxima postagem darei umas dicas sobre onde ir, comer e ver em Santiago, Viña del Mar, Valparaíso, Con-Con, La Serena, Em fim lugares que são visita obrigada de quem quer realmente conhecer detalhes da cultura chilena.
Por enquanto,
Bom Natal!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Assuntos Estratégicos - Brasil 2022

O Projeto Brasil 2022 foi definido pelo Presidente Lula como uma das ações prioritárias a serem desenvolvidas pelo Governo Federal.

Os avanços já registrados no desenvolvimento devem continuar, aproveitando de forma planejada as externalidades positivas do crescimento econômico, para que daqui até a próxima década o desenvolvimento brasileiro registre, não apenas um índice físico e, sim, sobretudo, a ampliação do capital social, como parte integrante do novo ciclo do desenvolvimento do País.

Conforme aponta o Ministro Samuel Pinheiro o Brasil precisa analisar a situação atual de seu desenvolvimento e, sobretudo, definir seus objetivos para 2022. Isso implica também projetar a trajetória de outros países, para avaliar se reduziremos ou não a distância que nos separa dos países mais desenvolvidos.

Aliais, essa foi uma das mais importantes missões que o Presidente da República delegou ao novo Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães.

A importância do “Brasil 2022” não reside apenas nas possibilidades de crescimento econômico dos próximos anos, mas principalmente na consolidação dos resultados positivos já alcançados.

Recentemente até a Revista The Economist mostrou o que muitos sectores políticos brasileiros não queriam acreditar ou simplesmente ocultavam, que o Brasil já está conseguindo sair da crise criada pela especulação financeira do mundo desenvolvido, a exemplo dos países mais dinâmicos da Ásia (China, principalmente), e deve pensar de forma estratégica as ações dos próximos anos.

A mesma revista aponto, que o País deve estar preparado para não desperdiçar seus recursos naturais apenas como matéria prima; deve também estar preparado para agregar valor à produção de produtos agrícolas e minerais e, assim, tornar realidade algumas previsões que indicam a possibilidade de economia brasileira se tornar a quinta maior do mundo, superando a Grã-Bretanha e a França.

Ainda do ponto de vista internacional, o Brasil deve, daqui a 2022, realizar suas potencialidades nas relações com outros países emergentes, como os demais BRICs. O Brasil leva vantagem na comparação com os demais integrantes do grupo, pois tem uma democracia estável, não tem conflitos étnicos e religiosos internos, nem com seus vizinhos, atrai investimento estrangeiro e vem reduzindo as desigualdades profundas que há muito caracterizavam o País.

domingo, 29 de novembro de 2009

Aqui em Brasília - Potencial da biodiversidade é tema de seminário no IPEA - Transmissão ao vivo!


Especialistas e pesquisadores se reúnem para discutir a agenda ambiental, que ganha destaque com a proximidade da COP 15

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promove na terça-feira, 1° de dezembro, o seminário Potencialidades Econômicas da Biodiversidade Amazônica: Desafios e Oportunidades. O evento, promovido pela Coordenação de Meio Ambiente da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur), será transmitido ao vivo, para todo o Brasil, pelos sítios do Ipea (www.ipea.gov.br e www.agencia.ipea.gov.br).

Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 15), que será realizada em dezembro, na Dinamarca, especialistas e pesquisadores de universidades e de órgãos de governo discutirão temas como os programas e projetos voltados para a biodiversidade; as políticas públicas para a Amazônia; a concessão de florestas e distritos florestais sustentáveis; as alternativas sustentáveis para a geração de energia e a eficiência dos Fundos Constitucionais.

Participarão do seminário o presidente do Ipea, Marcio Pochmann; a diretora da Dirur, Liana Carleial; e o coordenador de Meio Ambiente, José Aroudo Mota, além de representantes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e dos ministérios do Meio Ambiente; da Ciência e Tecnologia e dos Transportes.

O evento está sendo realizado das 8h45 às 18 horas, no auditório do Ipea em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES, subsolo). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (61) 3315-5432 e (61) 3315-5100. As inscrições são feitas pelo e-mail eventos@ipea.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. .

Na abertura d eveto participou o ministro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães.
O inistr disse que a elaboração de uma nova doutrina para a Amazônia, seguindo determinação do Presidente da República, se fará com grande participação da inteligência da região, em pronunciamento durante a abertura do Seminário sobre Potencialidades Econômicas e Biodiversidade.

O ministro observou durante o seminário organizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), que o desafio atual é “preservar os biomas, sem transformá-los em santuários”, ao se referir a uma expressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de sua posse como Ministro.

Pinheiro Guimarães informou que o tema Amazônia ocupará também um lugar de destaque no Plano para 2022 que a Secretaria de Assuntos Estratégicos está elaborando para o ano em que se comemora o bicentenário da independência nacional.

O Seminário organizado pelo IPEA, às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, reúne especialistas e pesquisadores de universidades e de órgãos de governo para debater temas ligados ao desenvolvimento sustentável.

Os especialistas estão debatendo programas e projetos voltados para a biodiversidade; políticas públicas para a Amazônia; concessão de florestas e distritos florestais sustentáveis; alternativas sustentáveis para a geração de energia e a eficiência dos Fundos Constitucionais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Assuntos Estratégicos - Progressista, nacionalista e brasileiro.


Samuel Pinheiro Guimarães “representa o paradigma de uma vida plena, substantiva e dedicada aos ideais que ele professa”, disse hoje o deputado Raul Jungmann durante homenagem prestada ao ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Em seu discurso, Jungmann (PPS-PE) afirmou que a história da diplomacia brasileira, nos últimos 30 anos, não pode ser contada sem mencionar as contribuições do embaixador e escritor recentemente nomeado ministro de Estado.

No início da cerimônia, Samuel Pinheiro recebeu, do presidente da Comissão, Damião Feliciano (PDT-PB), a bandeira do Brasil. “Todos nós, deputados desta Comissão, ficamos muito felizes em lhe prestar esta justa homenagem”, disse. O requerimento foi proposto pelo deputado Nilson Mourão (PT-AC), “em razão dos relevantes serviços prestados pelo embaixador à Nação brasileira”.

O deputado federal Nilson Mourão agradeceu aos deputados por terem aprovado, por unanimidade, a iniciativa da homenagem. “É o reconhecimento do seu trabalho, embaixador, que orgulha o Brasil. Pela sua contribuição à diplomacia e como intelectual à construção da nacionalidade brasileira”, disse.

Ele ressaltou também a posição contrária tomada pelo ministro Samuel, enquanto embaixador, em relação à Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Segundo ele, as críticas do ministro na época mostraram que aderir à Alca seria lesivo ao desenvolvimento do país.

A quebra do protocolo na Câmara foi lembrada pelo deputado Severiano Alves (PMDB-BA), que afirmou que, desde 1995, nunca houve uma homenagem dentro da pauta do dia da Comissão de Relações Exteriores. O deputado aproveitou a ocasião para solicitar nova oportunidade de levar o ministro à Comissão, para conversar sobre a Estratégia Nacional de Defesa, documento produzido pela SAE, junto com o Ministério da Defesa, e aprovado pelo presidente Lula no início do ano.

O ministro Samuel Pinheiro agradeceu a iniciativa do deputado Nilson Mourão e a todos os deputados da Comissão por terem aprovado o requerimento e pelas palavras carinhosas dirigidas a ele. E fez um breve retrospecto da sua carreira profissional. “Minha experiência começou na Faculdade Nacional de Direito, quando tive o privilégio de ser secretário-geral do Movimento de Reforma, em 1958; um movimento progressista, de esquerda”, contou.

“Fui diretor da Sudene, vice-presidente da Embrafilme, trabalhei como economista em empresa privada, e tive a oportunidade de trabalhar, no Itamaraty, com pessoas como Azeredo da Silveira, Andrade Melo, Geraldo Holanda Cavalcanti, Paulo Tarso, Francisco Thompson Flores, entre muitos outros”, enumerou.

Samuel Pinheiro ressaltou a satisfação que vivenciou ao participar do processo de aproximação do Brasil com a Argentina, o que permitiu depois a formação do Mercado Comum do Sul (Mercosul). “Foi um dos momentos marcantes da minha carreira”, disse, citando, logo em seguida, sua participação, como lançador de um “movimento de conscientização da sociedade brasileira à não adesão do Brasil à Alca”, durante o governo de FHC.

O ministro da SAE falou ainda sobre a experiência de trabalhar, ao lado do embaixador Celso Amorim, no governo Lula, num momento de mudança da política externa brasileira, pela defesa da soberania nacional e solução pacífica de conflitos.

“Hoje temos uma política externa em que não precisamos pedir licença a ninguém. Nós é quem definimos com quem vamos manter nossas relações. Somos uma Nação maior de idade e eu participei, com orgulho, dessa mudança”, disse.

Para o ministro, a rodada de Doha não terminou ainda porque o Brasil não aceitou a posição dos países altamente desenvolvidos; porque defendeu seus interesses na Organização Mundial de Comércio (OMS).

Samuel Pinheiro aproveitou para pedir aos parlamentares que acompanhem de perto as negociações internacionais. “É muito importante essa participação porque, a partir do momento que as negociações tornam-se acordos internacionais, transformam-se em legislação”, explicou.

A atuação dos parlamentares do Congresso também foi solicitada pelo ministro nos projetos que serão desenvolvidos pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, solicitados pelo presidente Lula, para o Brasil de 2022. “Os senhores, como legítimos representantes do povo, função mais importante de nosso Estado, estão convidados a participar”, finalizou.

Leia mais no site da Secretaria de Assuntos Estratégicos Aqui

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Política - Quem está por tras do candidato próprio do PMDB? Pode uma coisa dessas?




"......Por trás da animosidade de Requião está um personagem recém-desembarcado desembarcado do governo Lula: o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger.

Demitiu-se da pasta de Assuntos Estratégicos para retomar a cadeira de professor de Harvard, nos EUA. Súbito, voltou a dar as caras no Brasil.

Mangabeira filiou-se ao PMDB e pôs-se a medir asfalto. Percorre o país como um mercador da terceira via. Fala para platéias de peemedebistas.

Esteve em Goiânia. Passou por Cuiabá. Há 15 dias, esteve na Curitiba de Requião. O governador levou-o à sede local do PMDB. Discorreu sobre programa de governo e candidato próprio.

Ao abrir o encontro, Requião perguntou aos pemedebês presentes: “Quem aqui [...] acredita que o partido deve ter um candidato à Presidência da República?”

Todos os braços que o rodeavam se ergueram. A cena pode ser conferida na foto lá do alto. “Maravilha!”, disse Requião. “Nós temos uma unanimidade...”

“...Por isso eu me entusiasmei quando o Roberto Mangabeira me ligou numa manhã dessas dizendo que estaria disposto a vir à Curitiba [...]”.

Mas e quanto ao nome do candidato? Embora frequentem o debate com cara de alternativas, Mangabeira e Requião dizem que isso é coisa para depois.

Primeiro o projeto. Depois o candidato. “Parece piada”, disse ao repórter um dirigente do PMDB que negocia o apoio a Dilma.

Um apoio que, para virar realidade, depende da aprovação da convenção nacional da legenda, marcada para junho de 2010.

Os votantes da convenção virão dos Estados. A turma pró-Serra tenta tocar fogo nos diretórios estaduais.

Num instante em que o time de Dilma apresenta o pré-acordo selado em Brasília como um extintor, Requião irrompe no palco munido de gasolina.

Sentindo o cheiro de queimado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, pede pressa ao PT.

Para evitar surpresas na convenção de junho, Henrique Alves, Dilma desde menino, quer acelerar o fechamento dos acordos estaduais entre PMDB e PT.

A caligrafia de Mangabeira Unger salpica no novo capítulo da guerra interna do PMDB uma pitada de ironia.

Mangabeira não é um noviço no partido. Jacta-se de ter sido um dos primeiros a assinar o documento de fundação do PMDB.

Contudo, entre a saída e a reentrada, Mangabeira revelou-se uma cintura com roldanas. Foi guru de Leonel Brizola, no PDT...

...Coordenou a primeira candidatura presidencial de Ciro Gomes, à época no PPS.

Como articulista de jornal, pespegou na gestão Lula a pecha de “governo mais corrupto da história”. Virou ministro de Lula. E agora, fora da Esplanada, conspira contra Dilma, a candidata do ex-chefe.

Leia a matéria completa no UOL NOTICIAS, no Blog de Josias de Souza Aqui

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Assuntos Estratégicos - Críticas ao Estado mínimo


Durante a posse, Lula também disse que não é possível um país sobreviver com um Estado mínimo. O presidente defendeu a secretaria, criada a pedido do vice-presidente José Alencar, do PRB, partido que indicou o novo ministro. Ele afirmou que um país não pode ser pensado apenas de quatro em quatro anos, quando se troca de presidente. Para ele, desta forma, um país não pode dar certo.

- É preciso pensar concretamente as coisas que nós precisamos fazer para tornar o Brasil moderno, tornar o Brasil avançado, sem aquela concepção atrasada de que o estado não tem um papel a cumprir no país - disse, completando:

- Se tem uma coisa extraordinária que esta crise econômica permitiu que aqueles que têm olhos, mas não queriam enxergar, passassem a enxergar é que não é possível um país sobreviver se o estado for débil e fraco, e o mercado, forte. Porque tem coisas que o mercado não sabe fazer, e tem coisas que o mercado não quer fazer.
De acordo com Lula, entre as tarefas que o novo ministro enfrentará será repensar a Amazônia.

- A questão da Amazônia não está muito bem pensada e elaborada. Nós não pensamos ainda uma doutrina sobre a utilização da Amazônia. Nós temos paixões pela Amazônia. Cada um de seu jeito

- sentenciou, embora Mangabeira tenha apresentado diversas propostas para o governo e ter sido escolhido para coordenar o Plano Amazônia Sustentável (PAS).
O presidente estimou que no ritmo em que o país vai, em 2016 será
a quinta maior economia do mundo, com possibilidade de se tornar a
quarta, por conta do petróleo encontrado no pré-sal, por exemplo.

SAE/PR

Assuntos Estratégicos - Pensar o Brasil de 2022, novo Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos , Samuel Pinheiro Guimaraes

Algumas das prioridades da SAE/PR, segundo Presidente Lula e o novo Ministro, deverão ser Pre-Sal, Amazônia, Defesa e a carteira de investimentos nas áreas estratégicas do Brasil de 2022




O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães tomou posse, agora há pouco, como novo ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Ele assume a pasta no lugar de Daniel Vargas, interino desde a saída do ex-ministro Roberto Mangabeira Unger, no início de julho.

Samuel Pinheiro era secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, segundo cargo na hierarquia do Itamaraty, desde o início do governo Lula, em janeiro de 2003.

Durante seu discurso de posse, o novo ministro da SAE agradeceu o voto de confiança do presidente Lula e disse que espera corresponder às expectativas. Samuel Pinheiro afirmou que dará continuidade ao trabalho desenvolvido pela Secretaria e que pretende trabalhar, em conjunto com todos os ministérios, em outros temas estratégicos.

O presidente Lula, em seu pronunciamento, reconheceu publicamente que o ex-ministro da Secretaria, Roberto Mangabeira Unger, “colaborou imensamente” com o Governo, ressaltando o seu trabalho, em conjunto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, na elaboração da Estratégia Nacional de Defesa.

Lula também agradeceu ao ministro interino Daniel Vargas por ter dado continuidade, de maneira intensa, a um projeto de futuro para o país. Ao novo ministro, o presidente pediu dedicação. “Tenho convicção de que Samuel tem inteligência, competência e trabalho de sobra para pensar o Brasil de 2022”, disse.

A cerimônia de posse foi realizada no Itamaraty com a presença do presidente Lula; do vice-presidente José Alencar; do presidente do Senado, José Sarney; ministros, embaixadores, diplomatas, militares e parlamentares.

Sobre o novo ministro

Samuel Pinheiro Guimarães é mestre em Economia pela Boston University e bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É membro do Centro de Estudos Estratégicos da Escola Superior de Guerra, do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Comércio Exterior da FUNCEX, do Conselho Consultivo da Revista Contexto Internacional do Instituto de Relações Internacionais da PUC-RJ e do Conselho Consultivo do Centro Celso Furtado.

É autor de 18 livros, entre eles “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes” e “Quinhentos Anos de Periferia”. Foi eleito Intelectual do Ano 2006 (Troféu Juca Pato) pela União Brasileira de Escritores.

Fonte Secretaria de Assuntos Estratégicos/PR