quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Aqui no Chile - Os desafios para América Latina de 2022


Minha primeira saida em Santiago do Chile não foi  a um dos meus restaurante preferido do Bairro Bellavista (El Eládio), ou a visita acostumada ao Mercado Central, para deleitar-me com esses mariscais característicos, onde se pode desfrutar da famosa paila (panela) marinha, uma porção de “picorocos” (animal marinho de gosto diferente a qualquer fruto do mar), mariscal quente, ou os famosos "locos com mayo" o Congrio, todo acompanhado de um bom vinho branco (chamado pipenho, ainda não passou pela filtragem). Nada disso, o que fiz foi uma visita urgente à famosa Feira do Livro e depois à Livraria Antártica, onde gastei parte do meu salário na compra de alguns livros.

Um deles que recomendo sem muita paixão porque não traz grande novidade, entretanto é importante sua leitura para saber o que pensam os líderes da América Latina sobre os cenários para 2022: “Iberoamérica 2020, Retos ante la crisis”, (Editado por Felipe Gonzalez, ex-presidente espanhol).

Não poderia ser mais interessante, para quem está trabalhando na produção das metas para o Brasil 2022, caio como luva e aqui estou em café do Bairro Bellavista lendo algumas partes importantes do livro, onde escrevem os mais importantes homens públicos da América Latina (não os melhores teóricos).

Michelle Bachelet escreve: “queremos crescer para incluir e incluir para crescer”, o poeta e escritor mexicano, Carlos Fuentes, “sem educação não há desenvolvimento” e Felipe Gonzáles conclui: “agora a “mão invisível” reclama à política, exige ao Estado que intervenha para salvar o mercado”.

Do livro, destacam os textos, do Presidente Lula, sobre o desenvolvimento e coesão social; de Ricardo lagos, sobre a identidade global para um planeta global; da Presidenta da Argentina, sobre as potencialidades energéticas da América Latina; da Ministra Dilma Rousseff, sobre a Energia e o Brasil no contexto da América Latina; de Beatriz Paredes dirigente do PRI mexicano, sobre a difícil construção de uma institucionalidade democrática eficaz.

Não podia faltar o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, com suas vaguedades e generalidades sobre o populismo.

Em geral, o livro é um registro de propostas e promessas de políticos que procuram o futuro e dos que já foram. Interessante leitura, vale a pena.

Na próxima postagem darei umas dicas sobre onde ir, comer e ver em Santiago, Viña del Mar, Valparaíso, Con-Con, La Serena, Em fim lugares que são visita obrigada de quem quer realmente conhecer detalhes da cultura chilena.
Por enquanto,
Bom Natal!

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