Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Executivos brasileiros estão mais pessimistas com cenário externo
Executivos brasileiros estão mais pessimistas que a média mundial a respeito da evolução da economia global. A conclusão é da 15ª Pesquisa Global Anual de CEOs da PricewaterhouseCoopers (PwC), divulgada ontem pela empresa em Davos, na Suíça. Nesta edição, a PwC consultou 1.258 empresas em 60 países, das quais 43 são brasileiras e representam todos os setores da economia. Dessas, apenas 5% esperam que o cenário externo melhore nos próximos 12 meses, contra 15% na média global. "Eu também não acho que vá melhorar", disse, ao Valor o presidente da PwC Brasil, Fernando Alves.
Também chama atenção o elevado grau de incerteza dos CEOs brasileiros sobre a situação econômica mundial. Enquanto na média global apenas 4% das empresas não sabiam ou escolheram não opinar sobre o ambiente internacional para este ano, no Brasil esse percentual atingiu 42%. A volatilidade do crescimento econômico é apontada por 58% das empresas brasileiras como possível ameaça à expansão dos negócios, à frente da inflação e da volatilidade da taxa de câmbio, ambas citadas por 56% dos CEOs ouvidos.
Para Alves, tanto o pessimismo como a incerteza maiores no Brasil são reflexo do recrudescimento da crise externa. "O Brasil acreditou que estava distanciado da crise, mas o aprofundamento da recessão na Europa nos faz revisitar as coisas porque isso impacta tanto a economia chinesa como a americana", afirmou. Ele observa que a demanda enfraquecida no velho continente reprime as exportações chinesas à Europa, o que diminui o crescimento do país asiático e, consequentemente, os embarques de commodities do Brasil à China.
Além disso, lembrou Alves, a União Europeia ainda figura entre os principais destinos dos embarques brasileiros, com uma fatia de 20,7% das exportações do país, atrás apenas da Ásia, que detém uma parcela de 29,9%. "O executivo percebe que o Brasil não é um mercado dissociado do mundo."
A crise na Europa foi mencionada por 49% das empresas brasileiras como evento significante que provocou mudanças de estratégia, gerenciamento de riscos e planejamento operacional. Também é o principal fator (citado por 60% delas) que afetou financeiramente essas companhias.
Apesar do cenário externo negativo, as empresas brasileiras ainda estão otimistas sobre o crescimento de suas receitas em 2012, mostrou a pesquisa da PwC. Dos executivos ouvidos, 42% se disseram "muito confiantes" no aumento do faturamento nos próximos 12 meses, contra 40% na média global. O percentual de companhias brasileiras confiantes, 51%, também é maior que o mundial (44%).
Segundo Alves, o resultado reflete um reposicionamento das empresas brasileiras para enfrentar a crise, que estão buscando ampliar sua atuação em mercados onde a presença do Brasil ainda é tímida. "O Brasil está paulatinamente olhando mais para fora", comentou. Todos os CEOs de empresas brasileiras consultados esperam que seus negócios aumentem na África e no Oriente Médio nos próximos 12 meses. Também há um claro interesse pela América Latina, citada por 83% dos empresários.
O mesmo raciocínio vale para as companhias de outros países, que, face ao enfraquecimento da economia na zona do euro, estão voltando cada vez mais seus olhares para os mercados emergentes. Nesse contexto, o Brasil ganhou destaque este ano na pesquisa da PwC: desbancou a Alemanha e a Índia e é o terceiro país considerado mais importante para a expansão de negócios em 2012, atrás apenas de China e Estados Unidos. Do total de 1.258 empresas consultadas, 15% citaram o Brasil como alvo para seus negócios nos próximos 12 meses. Os EUA representaram 22% das respostas e a China, 30%.
Em 2011, o Brasil estava em quinto lugar no ranking, com 11% das respostas, atrás da Índia e da Alemanha. Para Alves, o resultado deste ano é "uma medalha de bronze com significado de medalha de ouro", reflexo principalmente de uma maior estabilidade política e econômica, que acaba se transformando em vantagem competitiva.
O executivo também destacou a pujança do mercado interno brasileiro, uma taxa de crescimento respeitável - "que poderia ser muito maior" - o retorno obtido por investidores estrangeiros e o bônus demográfico do país, ou seja, uma população jovem que integrará a força produtiva no longo prazo. Assim, acredita Alves, o Brasil deve seguir como destaque nas próximas edições da pesquisa. "Temos performance e temos tamanho".
Por Arícia Martins | De São Paulo
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Serra desiste da Prefeitura de São Paulo, ele quer outra coisa.
SÃO PAULO –
O diretório municipal do PSDB em São Paulo decidiu, nesta terça-feira,
que as prévias para escolha do candidato à prefeitura da capital
paulista terão apenas um turno. Um dos pré-candidatos, o secretário
estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, defendia que houvesse um segundo
turno, entre os dois melhores colocados, para o vencedor sair da
disputa com apoio da maioria do partido – o que pode não ocorrer no caso
de turno único.
Também participam da eleição interna o deputado federal Ricardo Tripoli e os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura) e José Aníbal (Energia). Cotado, o ex-governador de São Paulo José Serra diz a aliados que não pretende concorrer e pediu ao seu grupo político que apoie Matarazzo.
A reunião do diretório municipal também oficializou que as prévias ocorrerão no dia 4 de março, das 9h às 15h. A apuração ficou marcada para as 16h. A data já era citada publicamente pelo presidente municipal do partido e secretário estadual de Planejamento, Julio Semeghini, desde dezembro, mas só agora foi registrada em ata.
Outro ponto decidido foi que a eleição interna tenha 58 locais de votação espalhados pela cidade. A grande quantidade de urnas foi pedido dos quatro pré-candidatos, mas alguns integrantes da direção eram contrários a um maior número de colégios eleitorais, com a avaliação de que isso dificultaria a logística. Cerca de 22 mil filiados estão aptos a votar nas primárias do partido na capital paulista.
(Raphael Di Cunto/Valor)
Também participam da eleição interna o deputado federal Ricardo Tripoli e os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura) e José Aníbal (Energia). Cotado, o ex-governador de São Paulo José Serra diz a aliados que não pretende concorrer e pediu ao seu grupo político que apoie Matarazzo.
A reunião do diretório municipal também oficializou que as prévias ocorrerão no dia 4 de março, das 9h às 15h. A apuração ficou marcada para as 16h. A data já era citada publicamente pelo presidente municipal do partido e secretário estadual de Planejamento, Julio Semeghini, desde dezembro, mas só agora foi registrada em ata.
Outro ponto decidido foi que a eleição interna tenha 58 locais de votação espalhados pela cidade. A grande quantidade de urnas foi pedido dos quatro pré-candidatos, mas alguns integrantes da direção eram contrários a um maior número de colégios eleitorais, com a avaliação de que isso dificultaria a logística. Cerca de 22 mil filiados estão aptos a votar nas primárias do partido na capital paulista.
(Raphael Di Cunto/Valor)
Para Dilma, Enem é exemplo de "deselitização" do ensino, (mas muito mal executado, que falem os clientes).
BRASÍLIA – A presidente da República, Dilma Rousseff, saiu em defesa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta segunda-feira. Segundo Dilma, o Enem "é um exemplo da determinação do ministro no sentido de assegurar uma deselitização do ensino universitário no país".
Na cerimônia, no Palácio do Planalto, com todos os ministros, que daqui a pouco estarão na primeira reunião ministerial do ano, Dilma afirmou que o Enem merece crédito “integral”, apesar das falhas identificadas no exame nos últimos anos, como o vazamento de questões na edição de 2011.
“Nós somos humanos. Quando tem um erro, tem de aprimorar. Não estou dizendo, que é perfeito, estou dizendo que é um caminho”, apontou. O evento marcou a concessão de um milhão de bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (Prouni).
A presidente também ressaltou que coube ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, “um metalúrgico que não teve acesso ao ensino universitário”, a implementação do Prouni. O governo “tem recursos, sim”, para investir no programa, completou.
(Daniela Martins e Yvna Sousa / Valor)
“Não vamos permitir a valorização do câmbio”, diz Mantega
BRASÍLIA – O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite desta segunda-feira
que os maiores desafios para a economia brasileira estão na área de
comércio exterior e que o governo não vai dar espaço para a valorização
do real.
“A economia mundial talvez encolha em 2012 ou cresça menos. Portanto, os mercados serão mais disputados – e aí temos um grande desafio, porque a nossa manufatura tem perdido terreno em relação à manufatura asiática, principalmente. O que nós faremos: vamos continuar com a política de impedir a valorização do câmbio. Não vamos permitir a valorização do câmbio”, ressaltou o ministro.
Mantega, que participou nesta segunda-feira da primeira reunião ministerial do ano, afirmou que o governo pode adotar políticas de defesa comercial para se defender de países que fazem concorrência predatória e desleal.
“Vamos ser mais rigorosos com a Receita Federal; o MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] vai controlar, usaremos salvaguardas se for necessário”, disse. “Então, a defesa comercial é importante. É importante criar condições para que a indústria possa ter um desepenho melhor no próximo ano”, acrescentou.
Mantega também afirmou que o governo está “querendo chegar num investimento de 24% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.” “Essa é a nossa meta”, afirmou.
(Daniela Martins, Yvna Sousa e Fernando Exman | Valor)
“A economia mundial talvez encolha em 2012 ou cresça menos. Portanto, os mercados serão mais disputados – e aí temos um grande desafio, porque a nossa manufatura tem perdido terreno em relação à manufatura asiática, principalmente. O que nós faremos: vamos continuar com a política de impedir a valorização do câmbio. Não vamos permitir a valorização do câmbio”, ressaltou o ministro.
Mantega, que participou nesta segunda-feira da primeira reunião ministerial do ano, afirmou que o governo pode adotar políticas de defesa comercial para se defender de países que fazem concorrência predatória e desleal.
“Vamos ser mais rigorosos com a Receita Federal; o MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] vai controlar, usaremos salvaguardas se for necessário”, disse. “Então, a defesa comercial é importante. É importante criar condições para que a indústria possa ter um desepenho melhor no próximo ano”, acrescentou.
Mantega também afirmou que o governo está “querendo chegar num investimento de 24% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014.” “Essa é a nossa meta”, afirmou.
(Daniela Martins, Yvna Sousa e Fernando Exman | Valor)
Mantega busca meta de superávit primário sem corte de investimentos
BRASÍLIA
– O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo vai
perseguir a meta “cheia” de superávit primário, estimada por ele em R$
140 bilhões. Mantega afirmou que o governo quer alcançar o objetivo “sem
que haja sacrifício dos investimentos e dos programas sociais”.
“Vamos conseguir fazer. Isso significa controle de gastos de custeio e significa viabilizar todos os investimentos previstos”, declarou o ministro nesta segunda-feira à noite, no Palácio do Planalto, após a primeira reunião ministerial do ano.
Mantega disse que será necessário fazer ajuste fiscal, mas que este “é o ano de reforçar o investimento”. “Contendo gasto de custeio, os ministérios vão ter que continuar nessa disciplina, porém viabilizando outros gastos, investimentos, o Minha Casa, Minha Vida, o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, afirmou.
O ministro admitiu que será necessário fazer contingenciamento do orçamento para o ano, mas disse que o governo somente deverá chegar ao valor exato em meados de fevereiro. “O número será aquele necessário para dar equilíbrio para chegar ao superávit cheio”, disse.
Mantega afirmou que o governo vai buscar crescimento em 2012 entre 4% e 5%. “Se a economia internacional se comportar, não tiver nenhuma surpresa, se recuperar, podemos tentar buscar 5%. Se a economia internacional se agravar, nós podemos ter 4%. 4% é o mínimo, 4,5% é o centro”, afirmou.
(Yvna Sousa, Daniela Martins e Fernando Exman | Valor)
“Vamos conseguir fazer. Isso significa controle de gastos de custeio e significa viabilizar todos os investimentos previstos”, declarou o ministro nesta segunda-feira à noite, no Palácio do Planalto, após a primeira reunião ministerial do ano.
Mantega disse que será necessário fazer ajuste fiscal, mas que este “é o ano de reforçar o investimento”. “Contendo gasto de custeio, os ministérios vão ter que continuar nessa disciplina, porém viabilizando outros gastos, investimentos, o Minha Casa, Minha Vida, o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, afirmou.
O ministro admitiu que será necessário fazer contingenciamento do orçamento para o ano, mas disse que o governo somente deverá chegar ao valor exato em meados de fevereiro. “O número será aquele necessário para dar equilíbrio para chegar ao superávit cheio”, disse.
Mantega afirmou que o governo vai buscar crescimento em 2012 entre 4% e 5%. “Se a economia internacional se comportar, não tiver nenhuma surpresa, se recuperar, podemos tentar buscar 5%. Se a economia internacional se agravar, nós podemos ter 4%. 4% é o mínimo, 4,5% é o centro”, afirmou.
(Yvna Sousa, Daniela Martins e Fernando Exman | Valor)
domingo, 15 de janeiro de 2012
Rótulo de "emergente" precisa ser repensado, dizem economistas
Como se podemos descrever um país como a China?
Em um mundo onde a "desenvolvida" Itália está às voltas com um
déficit orçamentário disparado e um governo instável, e a China,
considerada "emergente", é a segunda maior economia do mundo, com um
produto interno bruto de US$ 6 trilhões, cresce o clamor por uma mudança
na forma como os países são classificados.
Os investidores, em especial, gostariam de ver um mundo onde o prêmio
pelo risco se aplica a todas as dívidas soberanas, e não apenas aos
mercados rotulados como emergentes. O rendimento dos títulos de dívida
com vencimento em 10 anos da "desenvolvida" Grécia já chegou a 32,365% e
os de Portugal já passaram de 12,443%, sinalizando temores crescentes
de inadimplência. Em contraste, títulos de dívida com vencimento em 2021
do Brasil, país "emergente", estão sendo negociados com um rendimento
de 11,47% – e isso diante de uma taxa de juros de referência de 11%,
enquanto o juro básico do euro é de apenas 1%.
Em vista de tais discrepâncias, alguns investidores argumentam que os
ativos dos mercados emergentes são, na verdade, "portos seguros". No
entanto, a imagem persistente de que os mercados emergentes são ativos
de risco pode afetar o panorama das negociações, como ocorreu com a
recente queda das suas moedas frente ao dólar.
"É um absurdo que exista essa linha arbitrária entre uma metade do
mundo e a outra", disse Robert Abad, analista de mercados emergentes na
Western Asset Management. "Vivemos em mercados globais."
A questão é como chamar os países agora considerados "emergentes".
A expressão "mercados emergentes", cunhada em 1981 por Antoine van
Agtmael, na época na International Finance Corp, afiliada ao Banco
Mundial, já foi uma tentativa de encontrar uma designação menos ofensiva
para as nações em rápida industrialização, então conhecidas como
"subdesenvolvidas" ou "Terceiro Mundo".
Os investidores logo adotaram o termo, que lançava uma luz positiva
sobre as economias em rápido crescimento da Ásia e da América Latina. Ao
mesmo tempo, o termo reconhecia as preocupações com a estabilidade
política e a capacidade de decisão política desses governos,
especialmente após a crise financeira asiática no final da década de
1990 e as tribulações de vários países latino-americanos durante esse
tempo.
Mas depois da última década de prosperidade e em vista da capacidade
desses países de enfrentar a crise do crédito de 2008, o termo perdeu
sua utilidade, dizem alguns.
Segundo várias métricas, como a relação entre a dívida pública e o
PIB, ou os índices de crescimento, os países emergentes estão em melhor
forma do que o mundo desenvolvido. E nações desenvolvidas como a Grécia e
a Itália caíram nas mesmas armadilhas — dívida pública em disparada e
gastos extravagantes — que definiam muitas economias emergentes quando o
termo foi inventado.
"O que eu acho ofensiva é a ideia de que esses países subiriam de
nível, de alguma forma, e se tornariam economias desenvolvidas", disse
Jerome Booth, membro do comitê de investimentos da Ashmore Investment
Management Ltd., parte do Ashmore Group PLC, com quase US$ 66 bilhões em
ativos de mercados emergentes. "Os países emergentes estão em melhor
situação do que os mercados desenvolvidos."
Ainda assim, Booth disse que gosta do termo "mercados emergentes"; é a
categoria dos "desenvolvidos" que precisa de uma renovação.
Sua sugestão: "Economias velhas, para ser educado; ou então economias em submersão, se quisermos ser exatos".
Outros sugerem acabar com ambos os conceitos e usar uma expressão
ampla, de abrangência geral, como mercados globais, mercados em
crescimento ou mercados locais.
"Estamos em uma economia global, e as estruturas existentes são antigas e precisam mudar", disse Abad.
Uma definição mais simplista de países devedores e países credores
encontra aceitação entre os clientes, disse Robert Stewart, gerente de
carteira de clientes do J.P. Morgan Asset Management em Londres. Ele já
começou a referir-se ao grupo já existente de países desenvolvidos,
muitos dos quais estão altamente endividados, como países devedores, e a
mercados emergentes como países credores.
Tem havido tentativas de, pelo menos, dividir o grupo dos mercados
emergentes, para diferenciar entre os países de desempenho mais forte e
mais fraco. Em 2001, Brasil, Rússia, Índia e China foram agrupados sob a
sigla BRIC e considerados as economias maiores e de mais rápido
crescimento. O índice FTSE 100 do Reino Unido tomou um rumo diferente e
classificou o resto do mundo em três categorias de mercados — emergentes
avançados, emergentes e mercados de fronteira.
A MSCI Inc., que supervisiona os índices de ações de mercados
emergentes, informa que sua classificação de países é baseada nas
necessidades dos investidores institucionais internacionais.
"O fator acessibilidade é extremamente importante", disse Sebastien
Lieblich, chefe global de gesto de índices da MSCI Inc., em Genebra.
"Para se qualificar como mercado em desenvolvimento, gostaríamos que um
país tenha acessibilidade absoluta e abertura à propriedade
estrangeira."
Mas tais argumentos podem tornar-se irrelevantes e o poder vai mudar
de cores quando China, Índia, Brasil e México se tornarem as cinco
maiores economias do mundo, juntamente com os Estados Unidos, em 2050,
segundo previsões da Goldman Sachs.
Por PRABHA NATARAJAN
WSJ Americas
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Negocio da China. Biodiversidade pode entrar na troca.
��CHINA
Negócio
O Pará está descobrindo o
tal negócio da China. Que
o digam empresários e os
secretários das áreas de
Produção, Pesca e Mineração
do governo, depois do
encontro, sexta-feira passada,
com a missão chinesa no CIG,
comandada pelo presidente
da Câmara do Comércio
Brasil-China, Charle Tang,
naturalizado brasileiro e
profundo conhecedor das
potencialidades do Estado
na geração de negócios. A
China, para quem não sabe,
dispõe de US$ 3 bilhões
para investimento e tem hoje
o maior banco do mundo.
Troca
O negócio é o seguinte: a
China está disposta, desde
que tenha contrapartida,
a trazer uma siderúrgica
completa, só para instalar
no Pará, projetos de mineração
e biodiversidade. Em
troca, oferece fábricas de
moto, ônibus, investimento
em pesca e modernização
dos portos. Quanto à pesca,
setor que segue capengando
no Estado, os chineses planejam
fazer “joint venture” ou
trazer outro modelo capaz
de aproveitar 100% do potencial
da região.
Reporter 70 - O Liberal.
BLOG DO ENRÍQUEZ: Diálogo de Anônimos
BLOG DO ENRÍQUEZ: Diálogo de Anônimos: Serà que alguém jà se deu o trabalho de calcular, retrospectivamente, a "taxa de acerto" de algumas previsões? Desconfio que para alguma...
Diálogo de Anônimos
- Serà que alguém jà se deu o trabalho de calcular, retrospectivamente, a "taxa de acerto" de algumas previsões?
Desconfio que para algumas, especialmente as dos economistas, uma tal taxa, se calculada, estaria bastante próxima do zero...
Quem sabe isso não estaria também em boa parte decorrente do fato que os economistas, em sua maioria, obstinam-se a aplicar modelos mecanicistas relativamente simples, que com sorte e exceções às vezes funcionam para realidades fisicas o menos remotas possiveis das condições de experiencias de laboratorio, às realidades sociais, nas quais os fatores humanos, biologicos e do pensamento, complexificam irremediavelmente o quadro dos modelos, tornando as hipoteses de racionalidade dos comportamentos individuais bastante frageis, resultando em margens muito amplas de imprevisibilidade.
Pelo jeito, com tais presmissas, a certeza do erro (que haverà erro) parece ser a unica coisa realmente previsivel com certeza (ou pelo menos com uma margem de erro aceitavel)!
Falar de "erro" do modelo de previsão nestas condições parece pleonastico... precisaria jogar o modelo fora e adotar outro!
- Com a devida vênia e a (in)certeza de poder estar dizendo besteira, pergunto (baseado na jurisprudência de que perguntar não ofende): como ficam os ciclos econômicos, independente da duração? A tendência (trend) conteria elementos para previsão nos curto, médio e longo prazos? Claro que no último cenário (longo prazo) estaremos todos mortos, já dizia o poeta.
Dizia Keynes, com sua visão estática individualista e que vitimou nossa sociedade: no longo prazo todos estaremos mortos. Delfim Netto foi atrás, quando Ricardo Arnst perguntou a ele no seu livro (O que os economistas pensam sobre sustentabilidade que, a propósito, nem sabia que os economistas pensavam...). Ricardo perguntou: você não tem medo do que pode acontecer ao planeta e Delfim respondeu: "sou muito velho e não estarei aqui para viver isso". Além de Keynes temos outros cientistas que podem nos dizer com todas as letras que "sem a Amazônia todos estaremos mortos." Outro poeta (Roegen) lembrou que do ponto de vista da nossa espécie animal somos praticamente imortais. O nosso fim coletivo está ligado ao nosso individualismo, a falta de solidariedade da nossa espécie animal, entre nossos pares e com os demais seres vivos e ecossistemas (por que não ser carnívoros se não somos nós que entramos no corredor da morte e sofrimento extremo ao longo da vida com um sistema nervoso central?).
Outro poeta (Laszlos) também disse que o futuro não foi feito para ser previsto, mas para ser criado. Na cultura do bilionário e da celebridade que veste a roupa do bilionário para os lavados cerebrais (bilhões de pessoas) isso não faz o menor sentido. Vamos todos tomar Coca-Cola até morrer.
Os economistas são cassandras às avessas. Apolo apaixonado pela Cassandra deu a ela o poder de prever o futuro, até o dia que ela se recusou em deitar com ele novamente. Nesse dia, ele a amaldiçoou e ela continuou prevendo o futuro, no entanto, ninguém iria mais acreditar nela. Os economistas são cassandras às avessas, porque não conseguem prever o futuro, mas todos acreditam neles.
Por pura ideologia, claro, e interesse próprio. A crise de 2008 até hoje é uma crise final que vai terminar em colapso das economias e guerras, mesmo antes do colapso planetário. Muito simples: o crescimento não será restaurado, crescimento é um fim em si mesmo, não tem base de sustentação - embora também não tenha sustentabilidade socioambiental.
Incrível. Estamos vivendo o pior modelo econômico na mais alta potência - sem nomes, pois todos - comunismo, socialismo, ditadura, capitalismo - são idênticos e baseados em fluxos e nas falsas suposições que a sociedade pode ser extremamente desigual e que o planeta é inesgotável, inclusive na quantidade de água, apesar de serem claramente finitos.
O futuro que estamos criando no dia a dia é o do colapso total. Até agora não há nada que tenha alterado isso. Ao contrário.
Abraço
Assinar:
Postagens (Atom)