segunda-feira, 18 de março de 2013

Estudo mostra por que usuários de celular são irritantes


Se você acabou de ler o mesmo parágrafo 12 vezes porque a pessoa sentada ao seu lado no ônibus está conversando no telefone celular, sinta-se livre para mostrar a ela o seguinte: os cientistas descobriram mais uma prova de que ouvir conversas alheias de celulares é muito mais irritante e causa mais distração do que ouvir o diálogo entre duas pessoas.

Em um estudo publicado na revista PLoS One, estudantes universitários que foram solicitados a completar anagramas enquanto uma pesquisadora próxima falava em seu celular ficaram mais irritados e distraídos --e muito mais propensos a lembrar o conteúdo da conversa-- do que os estudantes que fizeram os mesmos quebra-cabeças enquanto a mesma conversa acontecia entre duas pessoas que estavam na sala.

O estudo é o mais recente de um corpo de pesquisa crescente sobre por que os celulares estão no topo da lista de irritações modernas. Cada vez mais provas indicam que os hábitos encorajados pela tecnologia móvel --entre eles falar alto em público com alguém que não está presente-- são feitos sob medida para sequestrar as funções cognitivas de quem está próximo.

Um dos motivos, disse Veronica V. Galvan, professora-assistente de psicologia da Universidade de San Diego e autora principal do estudo, é o desejo do cérebro de preencher os espaços em branco das conversas.

"Se você ouvir só uma pessoa falando, ficará constantemente tentando colocar essa parte da conversa em contexto", disse Galvan. "Isso, naturalmente, vai atrair sua atenção para longe de qualquer outra coisa que você estiver tentando fazer."

Também é uma questão de controle, dizem Galvan e seus colegas. Quando as pessoas estão presas ao lado de uma conversa unilateral --conhecida hoje em dia como um "metálogo"--, a raiva vem à tona da mesma forma que em outras situações em que as pessoas não têm liberdade de sair, como esperando um trem.

"Se você estiver esperando em fila e alguém atrás de você estiver falando num telefone celular, você está de certa forma preso ali", diz ela, "e você pode ter uma resposta de estresse psicológico".

Não que você precise se sentir estressado para achar os celulares perturbadores. Alunos que participaram de um estudo da Universidade Cornell em 2010 tiveram problemas para completar tarefas simples, como acompanhar um ponto numa tela com um cursor, enquanto ouviam uma fita de uma conversa unilateral, mesmo sabendo que a conversa era o foco do estudo.

Os 149 alunos no estudo de Galvan não sabiam que as conversas paralelas faziam parte da pesquisa; 15 alunos que descobriram isso não foram contabilizados nos resultados. E embora sua capacidade de resolver os anagramas não tenha sido visivelmente prejudicada, os alunos que ouviram os "metálogos" tiveram uma pontuação mais alta ao se avaliarem numa "escala de distração". Eles também disseram que se lembravam de mais detalhes da conversa, que tinha o mesmo roteiro em ambos casos (um professor de teatro foi convocado para interpretar a conversa).

O cérebro simplesmente não pode ignorar um fluxo de novas informações, disse Lauren Emberson, associada de pós-doutorado da Universidade de Rochester, de Nova York, que liderou o estudo de Cornell quando trabalhava lá.

"Nossos cérebros estão configurados para se concentrar em coisas que são novas ou inesperadas", disse Emberson. "Quando você está ouvindo metade de uma conversa, cada enunciado novo é uma surpresa, então você é forçado a constantemente prever o que vai acontecer a seguir."

Como é quase impossível se desligar de uma conversa de celular próxima, as pessoas sujeitas a elas muitas vezes acreditam –incorretamente-- que o locutor está falando alto fora do normal, de acordo com os resultados de um estudo de 2004 da Universidade de York (Inglaterra).

Sessenta e quatro passageiros foram expostos à mesma conversa em níveis de volume diferentes, metade numa ligação de telefone celular e a outra metade numa conversa face a face. Em média, os passageiros acharam que os indivíduos que estavam ao telefone falavam mais alto, mesmo que isso não fosse verdade.

"Quando você olha para uma luz, ela parece mais brilhante", disse Emberson. "E quando você não consegue deixar de prestar atenção em um ruído, ele parece mais alto."

Essa sensação de estar submetido a algo inevitável e desagradável transformou as conversas de telefone em público num ponto de irritação.
"Quando você está ouvindo uma conversa tola de um estranho ao celular, seu cérebro é obrigado a trabalhar muito mais no que você está fazendo, e isso interfere em sua capacidade de se concentrar em outras coisas", disse Amy Alkon, colunista que escreveu um livro sobre boas maneiras chamado "I See Rude People" [algo como "Eu Vejo Pessoas Mal Educadas"]. "Ela dá o que eu chamo de 'cócegas neurais'."

Embora as pesquisas tenham repetidamente colocado as conversas de celular em público no topo das irritações dos norte-americanos, há indícios de que o problema está diminuindo --ou, talvez, de que as pessoas estão começando a aceitar que todo esse blá blá blá é a nova realidade. Em 2006, 82% dos norte-americanos disseram que se irritavam pelo menos ocasionalmente com conversas de celular em público. Em 2012, esse número caiu para 74%.

Alkon atribui a queda a uma rejeição crescente do comportamento. "As pessoas estão começando a reconhecer que é realmente rude obrigar as outras pessoas a ouvirem a sua conversa", disse ela, "especialmente em lugares em que você fica preso, como em um trem ou em um consultório médico."

É uma sensação familiar para qualquer um que já tenha tentado ler, trabalhar ou apenas relaxar no transporte público. Geoff Huntting, executivo de marketing da New Canaan, em Connecticut, diz que seu trajeto de mais de uma hora até Manhattan é muitas vezes marcado por alguém conversando ao celular.

Como os alunos no estudo de Galvan, ele disse que ainda conseguia se lembrar dos detalhes de um "metálogo" irritante que ouviu há mais de um mês. "Uma jovem de 20 e poucos anos reclamando para o namorado ou parceiro --no volume máximo durante toda a viagem-- sobre uma outra garota que estava tentando marcar pontos com o chefe ou algo parecido", disse Huntting, 38.

Para ser justo, disse ele, o trem também é frequentado por torcedores barulhentos e embriagados dos Yankees a caminho de casa depois dos jogos. Mas de alguma forma ele acha mais fácil ignorar essas conversas.

"É alto, mas é menos irritante do que ouvir as reclamações só de um lado sobre algo que você não pode colocar em contexto", disse. "Não é nem mesmo uma conversa: é tagarelice, é só barulho."

Douglas Quenqua


Colapso da navegação no Rio Xingu pelos impactos da Hidrelétrica

Belo Monte causa transtornos com transposição de embarcações


Em 21 de dezembro de 2012, segundo interpretação equivocada do calendário maia, o mundo iria acabar. Naquele dia, “o coração de Belo Monte começou a bater”, nas palavras de Antônio Kelson, diretor de construção da concessionária Norte Energia, empresa responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Na ocasião, a empresa anunciara que havia concluído a construção da ensecadeira do sítio Pimental, um dos canteiros da obra, no Rio Xingu.

No site da Norte Energia, a empresa garantiu ainda que “a construção das ensecadeiras não trouxe prejuízo na navegabilidade no Xingu devido à construção do Sistema de Transposição de Embarcações (STE)”. Publicada em 15 de janeiro, a nota afirmada que o sistema funcionaria “como espécie de guincho que iça e atravessa pequenas embarcações por cima da barragem feita no local”.

Aquele era o último dia do prazo dado pelo Ibama para a conclusão do sistema de transposição e a Norte Energia precisava ser convicente. Kelson declarou então que “Belo Monte veio para resolver! Em momento algum a obra vai interromper os ciclos de vida nessa região”.

Ademar Ferreira, um pescador nascido e criado na região, discordaria das profecias do diretor, caso tivessem sido dirigidas a ele, enquanto observava um trator tirando seu barco da água. O trator puxaria por terra o barco do pescador, atrelado a um reboque. Ademar, desconfiado, iria ser transportado até o outro lado do rio dentro de uma van. A cena é surreal para um pescador acostumado a navegar livremente no Xingu, rio que sempre considerou como sendo dele.

O sistema de transposição é uma das medidas de mitigação dos impactos da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, planejada para ser a terceira maior do mundo. Com o barramento de grande parte do rio naquele trecho, o canal que ainda está aberto acumula um grande volume de água que torna perigosa a navegação.

Para os pescadores, o sistema não é adequado e está provocando o que chamam de “decalafetamento” – quando a trepidação do reboque causada pelo deslocamento do trator, vai abrindo pequenas fissuras no casco, danificando as embarcações.

Pescadores e ribeirinhos também reclamam da demora na fila de barcos e muitos tem se arriscado tentando cruzar o rebojo no pequeno canal ainda aberto entre as obras da hidrelétrica naquele trecho do rio. A espera chega a durar até uma hora em alguns casos e segundo pescadores e ribeirinhos este tempo ainda deve aumentar com o fim do período de defeso, quando o fluxo de pescadores navegando aumenta consideravelmente.

Leonardo Batista, pescador indígena da etnia Juruna, desabafa:

- A gente se sente aqui em um cativeiro. Nós não temos mais a nossa liberdade. Antes a gente pescava livremente nesta área agora esta essa situação aqui do sistema de transposição, colocando em risco a nossa vida, nosso motor, nossa mercadoria. O prejuízo fica pra nós, então nós nos sentimos massacrados, ilhados, desrespeitados como seres humanos filhos desta terra”.

Irmã Ignez, que participa na luta contra Belo Monte desde 1989, se emociona ao ver os pescadores submetidos à espera e ao trator do sistema de transposição da Norte Energia.

- Agora tudo é arrasado em nome do capital; tudo é transformado em cimento e em pedra. Da vontade de chorar.



Por: Lunaé Parracho
Fonte: Terra Magazine/ Blog da Amazônia



Mais tragédias pela hidrelétrica......

Acidente de avião que levava trabalhadores de hidrelétrica mata dez pessoas no Pará


14 de março de 2013
Dez pessoas morreram na noite de ontem (12) em um acidente com um avião bimotor que transportava de Belém (PA) a Almeirim, no oeste do estado, funcionários da Hidrelétrica Santo Antônio do Jari. Morreram o piloto e nove trabalhadores contratados da Cesbe Engenharia e Empreendimentos, uma das empresas consorciadas para a construção.

A aeronave foi alugada da companhia de táxi aéreo Fretax e os destroços foram encontrados na manhã de ontem (13).

De acordo com a Cesbe, as autoridades locais iniciaram as investigações para apurar as causas do acidente. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que o acidente envolveu a aeronave de matrícula PT-VAQ nas proximidades do aeroporto de Monte Dourado, um distrito de Almeirim.


Uma equipe de investigadores do Cenipa está no local colhendo as informações que vão iniciar o processo de investigação. De acordo com a instituição, ainda não é possível apontar nenhum fator que contribuiu para o acidente, que ocorreu às 20h26 de ontem.

A Agência Brasil entrou em contato com a empresa Fretax, que não se manifestou a respeito do acidente até a publicação desta matéria.

Por: Carolina Sarres
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Davi Oliveira





Lecheva: 'Vitória foi incontestável. Fomos melhores nos 90 minutos'


Um domingo para nenhum do Paysandu botar defeito, afinal, ganhar do maior rival tem gosto especial, ainda mais quando o placar é confortável, como o deste domingo, dia 17, quando os bicolores venceram os azulinos por 3 a 1 em tarde de gala com boa atuação de toda a equipe e, em especial, do meio-campista Eduardo Ramos




Diferentemente dos últimos três clássicos, acirrados e com o placar definido nos detalhes, Paysandu e Remo apresentaram um roteiro diferente neste domingo, no Mangueirão. O Papão passeou em campo, venceu o arquirrival por 3 a 1 e fechou a quarta rodada do Campeonato Paraense na liderança.

O Leão até começou melhor, mas o time bicolor construiu a vitória ainda no primeiro tempo: Yago Pikachu abriu o placar, e Diego Bispo ampliou. Maestro do time e um dos melhores em campo, Eduardo Ramos assinalou o terceiro. Branco descontou para Remo.

Com o resultado, o Paysandu volta à liderança da competição, com dez pontos, deixando o rival em segundo, com nove. As duas equipes voltam a campo na quarta-feira, às 20h30m (de Brasília). O Papão enfrenta o Cametá no Estádio da Curuzu, e o Leão encara o Paragominas fora de casa, na Arena Verde.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Nao traz, mas ajuda

http://www.valor.com.br/opiniao/3046196/dinheiro-traz-felicidade via "Brasil Noticias" http://play.google.com/store/apps/details?id=com.acerolamob.android.brasilnoticias

quinta-feira, 14 de março de 2013

Brasil 'estaciona' na 85ª posição do ranking de IDH em 2012

BRASÍLIA - A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quinta-feira o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) referente ao ano de 2012. O indicador considera a expectativa de vida, educação e renda per capta para classificar o grau de desenvolvimento de 187 países.



Em 2011, o desempenho brasileiro foi de 0,728.



O IDH do Brasil está abaixo da média calculada para a América Latina e Caribe, que se situou em 0,741 (0,739 em 2011). Segundo a ONU, essa é a segunda maior média do mundo, perdendo apenas para a região da Europa e Ásia Central, com IDH de 0,771. A média da região latina também é superior à média mundial, de 0,694 (0,692 em 2011).

Segundo o relatório, a região apresenta bom desempenho em todos os indicadores que compõem o IDH. A esperança de vida média ao nascer é de 74,7 anos e a média dos anos de escolaridade esperados está em 13,7 anos. Tais leituras colocam a região à frente de outras no que diz respeito a estes componentes. Já a expectativa de vida é praticamente cinco anos mais elevada do que a média mundial.

A região ocupa também o segundo lugar no quesito média de anos de escolaridade (média de 7,8 anos) e rendimento nacional bruto (RNB) per capita. A média do rendimento per capita está acima da média mundial, que é de US$ 10.184.

Chile em destaque


Ainda na América Latina, o Chile é mais bem colocado no ranking IDH, com 0,819 e a 40ª colocação. Depois aparece a Argentina, com índice de 0,811, na 45ª colocação. Esses dois países estão classificados com o “desenvolvimento humano muito elevado”.

Uruguai tem a 51ª colocação e IDH de 0,792, o que coloca o país no mesmo grupo do Brasil, de “elevado desenvolvimento humano”. A linha de corte é 0,8 de IDH. Também estão no grupo o México (0,775 e 61ª colocação), Venezuela (0,748 e 71ª colocação), Peru (0,741 e 77ª colocação) e a Colômbia (0,719 e 91ª colocação).

Considerando o IDH ajustado à desigualdade interna, a leitura no Brasil cai de 0,73 para 0,531, uma perda de 27,2% decorrente das disparidades na distribuição dos índices avaliados. Para efeito de comparação, as notas de México e Colômbia perdem entre 23,4% e 27,2% em função dessas disparidades.

Sul em alta

O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimentos (Pnud) tem o título de “A Ascensão do Sul”. Nele, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) avalia como a redução da pobreza e o crescimento da classe média se apresentam como os futuros o recente progresso da América Latina, Ásia e África.

“A ascensão do Sul tem ocorrido em uma velocidade e escala sem precedentes,” diz o documento. “Nunca, na história, as condições de vida e as perspectivas de futuro de tantos indivíduos mudaram de forma tão considerável e tão rapidamente.”

Como exemplo desse crescimento "espetacular", o documento lembra que a China e a Índia duplicaram o seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita em menos de 20 anos. Isso representa um ritmo duas vezes mais rápido do que o verificado durante a Revolução Industrial na Europa e na América do Norte.

“A Revolução Industrial foi vivida, provavelmente, por uma centena de milhões de pessoas, mas o fenômeno que assistimos hoje é protagonizado por milhões de milhões de pessoas,” diz Khalid Malik, autor principal do Relatório de 2013.

Com a melhoria dos padrões de vida, o percentual global de pessoas em situação de pobreza extrema caiu de 43% em 1990 para 22% em 2008. Como consequência disso, o mundo atingiu a principal meta em matéria de erradicação da pobreza fixada nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, que era reduzir para metade a percentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia entre 1990 e 2015.

O documento também chama atenção ao aumento de participação dos países em desenvolvimento no comércio internacional. Eles praticamente duplicaram a fatia de participação, passando de 25% para 47% entre 1980 e 2010.

As trocas comerciais entre esses países do Sul saíram de menos de 30% do comércio mundial, 30 anos atrás, para 25% atualmente, enquanto o comércio entre os desenvolvidos recuou de 46% do total global para 30%. E pelas projeções feitas no RDH, as relações comerciais entre os países do Sul ultrapassarão as existentes entre as nações desenvolvidas. O documento lembra que há correlação entre abertura comercial e progresso humano.


Por Eduardo Campos | Valor

quarta-feira, 13 de março de 2013

Os tucanos chiam...., e a contribuição deles?



Alvaro Dias cobra solução para o desequilíbrio federativo, e pede melhor distribuição de recursos


“Espero que a grandiosidade do encontro de governadores de hoje não se transforme em um ato feito apenas para gerar falsa expectativa”. A afirmação foi feita pelo senador Alvaro Dias (PSDB/PR) no Plenário, ao comentar o encontro realizado entre governadores e líderes partidários nesta quarta-feira (13/03), para debater propostas em torno da celebração de um novo pacto federativo. Para o senador tucano, o desequilíbrio brutal do sistema federativo afeta e prejudica principalmente os municípios, e para que não haja recuo na promoção de um novo pacto, a Presidência da República não pode se ausentar deste debate.
Leia Mais e veja o vídeo


Emenda do senador paranaense à MP dos Portos é endossada por empresários e trabalhadores do setor portuário


Emenda apresentada pelo senador Alvaro Dias (PSDB/PR) à Medida Provisória 595/ 2012 - MP dos Portos - foi endossada por entidades que representam os portuários e os empresários ligados ao comércio exterior, pois descentraliza a gestão, fortalecendo os estados. A emenda do senador altera o artigo 16 da MP e resgata pontos da Lei nº 8.630/1993, restabelecendo, em todos os portos, um Conselho de Autoridade Portuária que terá a competência, entre outras, de homologar o horário de funcionamento do porto e os valores das tarifas portuárias; opinar sobre a proposta de orçamento do porto; fomentar a ação industrial e comercial do porto; estimular a competitividade e indicar um membro da classe empresarial e outro da classe trabalhadora para compor o conselho de administração. Leia Mais


Alvaro Dias manifesta preocupação com precariedade do ensino superior e evasão excessiva de alunos


Ao registrar, na sessão plenária desta terça-feira (12/03), o apelo de estudantes de medicina da Universidade Gama Filho, que lhe encaminharam dossiê sobre as dificuldades enfrentadas pelos mais de dois mil alunos da instituição privada, o senador Alvaro Dias lamentou a precariedade do ensino superior no Brasil, sobretudo a evasão de estudantes, "que se constitui em um dos principais problemas da nossa educação". Segundo dados oficiais apresentados pelo senador tucano, houve evasão de 896 mil alunos do ensino superior, entre 2008 e 2009, o que causou um prejuízo de R$ 9 bilhões à economia do País. Leia Mais


Aprovado projeto do senador que aumenta transparência e fiscalização sobre projetos do setor cultural


O Ministério da Cultura poderá ser obrigado a publicar uma lista atualizada de projetos culturais que tenham captado recursos por meio de renúncia fiscal e ainda não tenham recebido avaliação final. Esse é o objetivo do projeto do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que foi aprovado nesta terça-feira (12/03) pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O projeto de lei 22/2012, de Alvaro Dias e que foi relatado na CMA pelo Líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP), estabelece que sejam obrigatoriamente publicadas, mensalmente, no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico do Ministério da Cultura, diversos tipos de informações, tais como: o nome do projeto beneficiado com renúncia fiscal; o responsável por sua execução; o número de registro do projeto no Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac); a data da conclusão; os recursos captados; e a justificativa para a não realização da avaliação fin al da aplicação dos recursos recebidos no prazo determinado, entre outras. Leia Mais


Mantega convocado para explicar falta de rumos e “mágica contábil”


Os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos aprovaram requerimento do senador Alvaro Dias para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, compareça ao Senado e preste esclarecimentos sobre os rumos da economia brasileira. Ao justificar o requerimento, o senador Alvaro Dias afirmou que há hoje forte preocupação na sociedade e no mercado em relação aos destinos da economia brasileira. Leia Mais

E por que não?

Aécio defende “reestatização” da Petrobras






BRASÍLIA - Após participar de seminário realizado pelo PSDB para debater o que o partido considera “gestão temerária” da Petrobras durante os governos do PT, o senador Aécio Neves (MG), provável candidato tucano à Presidência da República, defendeu a “reestatização” da empresa, que considera estar servindo hoje mais a “interesses privados e partidários” do que aos da nação.

O evento foi o primeiro de uma série que será promovida pelo partido, com o objetivo de dar espaço para que o presidenciável assuma posições em contraponto às ações do governo e apresente alternativas. A Petrobras foi o primeiro tema, pelo simbolismo político e importância econômica da empresa.

Aécio criticou a adoção do modelo de partilha de produção para a exploração da camada pré-sal, mas não defendeu claramente a mudança na legislação para que o contrato de concessão seja mantido como único sistema para a extração e produção do petróleo, como era até 2010. Segundo o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o partido ainda não tem posição definida sobre manter ou não o modelo de partilha.

O senador mineiro foi mais explícito ao defender o fim da exigência de 30% de participação mínima da Petrobras em todos os consórcios vencedores de leilões do pré-sal no modelo de partilha. Disse que a empresa está “descapitalizada” e terá de buscar recursos no mercado para arcar com esse financiamento, o que significará novos adiamentos de leilões e “dificuldades crescentes”.

“O que queremos, na verdade, é reestatizar a Petrobras, que foi partidarizada excessivamente pelo PT e perdeu eficiência, punindo seus acionistas e gerando muita incerteza em relação a novos investimentos. É preocupante hoje a situação da Petrobras. Vamos dialogar com especialistas e apresentar alternativas”, afirmou Aécio. Ele também sinalizou posição favorável à flexibilização da exigência de nacionalização do conteúdo na exploração do pré-sal, com a qual disse concordar, mas ponderou que não “adianta demandar para uma indústria que não existe”.

Sobre os eventos a serem realizados pelo PSDB, disse que a intenção é “contrapor cada vez mais o Brasil real do Brasil da propaganda”, feita, segundo os tucanos, pelo governo Dilma Rousseff. O de hoje recebeu o nome de “Recuperar a Petrobras é o nosso desafio”.

A direção do PSDB e o Instituto Teotonio Vilela (ITV), órgão de estudos do partido, convidou palestrantes com posições identificadas com as da oposição para falar sobre a Petrobras e listou 11 pontos para abordar.

São eles: a autossuficiência do Brasil na área do petróleo, anunciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mas nunca alcançada, a perda de 47,7% do valor de mercado da empresa, desconfiança pelos elevados investimentos e baixos retornos, perdas sucessivas no ranking mundial, queda das ações, paralisação dos leilões por causa da confusão pela distribuição dos royalties, investigação do Ministério Público da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), aumento do custo de construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o aumento do quadro de servidores efetivos e terceirizados na gestão de José Sérgio Gabrielli.

(Raquel Ulhôa | Valor)

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sábado, 9 de março de 2013

O PT vai ficando na lama do "Pensamento Único"

O que o PT esqueceu pelo poder e a grana, os tucanos e o PSB 

podem recuperar, os fundamentos históricos do socialismo 





José Serra ainda não conversou com Eduardo, 
o que pode ocorrer em breve


A ala do PSDB ligada ao ex-governador de São Paulo José Serra intensificou nos últimos dias conversas com interlocutores do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sobre o cenário presidencial de 2014.

O movimento foi impulsionado por uma divisão crescente na bancada federal do PSDB paulista. Parte dela está incomodada com o papel secundário que tem sido dispensado a Serra no debate sobre os rumos do partido e o consequente protagonismo assumido pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Outra parte se sente desprestigiada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Acusam-no de contemplar com espaços no governo e no partido apenas os mais próximos a ele. Diante disso, há receio quanto às condições eleitorais que esses parlamentares vão enfrentar em 2014.

As contas apontam dificuldades. A coligação proporcional em 2010 juntou PSDB, DEM e PPS e elegeu 22 deputados, mas é ameaçada por uma série de fatores. Alckmin corre riscos. O PSD pegou metade da bancada do DEM paulista e puxadores de votos ou estão no círculo de Alckmin com reeleição garantida, ou se elegeram prefeitos, ou estão de saída, como Walter Feldmann, com o pé na Rede de Marina Silva.

Com todo esse cenário posto, a convenção nacional do PSDB agendada para maio é vista como um possível ponto de chegada dessas insatisfações e, consequentemente, um ponto de partida para outras articulações. Basta que Serra não concorde com o arranjo que lhe for oferecido. Aí pode ganhar corpo a hipótese Serra-Eduardo.

O PSB espera que a confirmação da candidatura de Eduardo Campos atraia ao partido parlamentares de diversos partidos, inclusive os descontentes serristas. Esses, por sua vez, contemplam outra possibilidade: a criação de um novo partido. Isso se daria a partir da fusão entre PPS e PMN, ou mesmo incorporação do PMN pelo PPS. A vantagem é que, nesse caso, seria evitada a perda de mandatos dos que quisessem para ele migrar.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), confirma a discussão: "Isso foi pensado há muito tempo e agora voltou por conta da especulação de ter Eduardo candidato. Temos que trabalhar para derrotar esse bloco político liderado pelo PT e a ideia é formar um bloco para derrotá-lo." Mas a candidatura de Eduardo é uma condição para que esse novo partido saia? "Estamos abertos a discutir a hipótese Eduardo Campos. Mas enquanto ele não se definir também não podemos nos definir." Serra estaria nesse projeto? "Se pudesse juntar essas duas forças, seria interessante", concluiu Freire.

Eduardo e Freire se reuniram na semana passada e trataram do assunto. O presidente do PPS revelou a intenção de atrair tucanos descontentes - inclusive José Serra - para reforçar a candidatura do pernambucano ao Planalto.

Eduardo ainda não conversou diretamente com Serra, mas interlocutores dos dois lados não descartam a possibilidade de uma reunião acontecer nas próximas semanas. Também estão previstas novas rodadas de negociações com Freire. No entanto, o PSB não pretende embarcar no discurso de "tudo pra derrotar o PT", entoado pelo presidente do PPS.

Um elo entre Eduardo e Serra é o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB). Além de ser amigo de Eduardo - os dois estudaram juntos na Universidade Federal de Pernambuco -, Firmino é serrista ferrenho. Trabalhou com Serra na Prefeitura de São Paulo e tem dito a pessoas próximas que poderá contrariar o partido e pedir votos para Eduardo em 2014. Firmino e Eduardo se reuniram anteontem em Brasília. Firmino também tem se aproximado muito do governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), um dos principais entusiastas da candidatura de Eduardo.

Nome certo para a presidência do partido e para a disputa contra Dilma Rousseff em 2014, o senador Aécio Neves está de olho nesse movimento, até porque um PSDB rachado não lhe interessa. Sua expectativa é atrair Serra para sua campanha. Deseja tê-lo na formulação do programa de governo e sonha com sua candidatura ao Senado ou até mesmo a deputado federal, para alavancar a bancada paulista.

A tarefa é difícil. No domingo, ambos conversaram. Aécio telefonou para Serra convidando-o para ir até Goiânia, onde ocorreu um seminário do partido. Serra não foi. No dia 25 de março, Aécio quer conversar com ele pessoalmente em São Paulo, onde o PSDB paulista planeja um encontro partidário com a presença de prefeitos tucanos. "Se os malucos de Minas quiserem excluir o Serra ele pode sim turbinar a campanha do Eduardo Campos", disse, sob reserva, um parlamentar tucano.
Por Caio Junqueira e Murillo Camarotto | De Brasília e do Recife

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Brasil vai pegar gripe, nada de pneumonia.....


Indústria chinesa desacelera 

Indústria da China produz menos que o previsto no primeiro bimestre





PEQUIM - A produção industrial da China cresceu 9,9% entre janeiro e fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2012. O resultado representa uma desaceleração ante o crescimento anualizado de 10,3% em dezembro e também ficou abaixo da previsão de 10,5% feita por economistas.

Os números foram divulgados neste sábado pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país. O órgão somente apresenta nesta época o dado do primeiro bimestre, para evitar as distorções causadas pelo feriado do Ano Novo Lunar, que às vezes cai em janeiro e outras em fevereiro.

A China divulgou outros dados importantes neste sábado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC, ou CPI na sigla em inglês) avançou 3,2% em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado, menos que a alta de 2% de janeiro e a maior alta desde abril do ano passado. Os preços, porém, foram impulsionados pelo feriado do Ano Novo Lunar, onde geralmente acontecem reajustes de alimentos e outros produtos.

“O governo chinês está diante de um dilema de lidar com uma desaceleração do crescimento e ainda com uma inflação de novo mais alta”, disse o economista Xianfang Ren, da IHS.

O investimento em ativos fixos subiu 21,2% no país em janeiro e fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao longo de 2012, a alta nesse indicador foi de 20,6% ante o ano anterior. Alguns analistas argumentam, porém, que Pequim deveria fazer alterações em seu modelo de crescimento através do investimento, a fim de manter a inflação sob controle.

As vendas no varejo chinês tiveram alta de 12,3% em janeiro e fevereiro, também na comparação com igual período de 2012. Em dezembro, a alta anual havia sido de 15,2%. A produção de eletricidade, um dado bastante monitorado na China pelo temor em relação à precisão de outros dados, subiu 3,4% no ano, após registrar crescimento de entre 6% e 8% nos últimos meses do ano na comparação anual.

“Nós acreditamos que Pequim pode reduzir a demanda por investimento e a inflação deve ficar sob controle”, afirmou em nota Lu Ting, economista do Bank of America Merrill Lynch, prevendo uma inflação abaixo de 3% até meados do ano. Até o fim do ano, porém, o IPC pode voltar a subir para até 4%, segundo a previsão.




(Dow Jones Newswires)