quarta-feira, 23 de maio de 2012

MAIS SOBRE A UFOPA - ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE E À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA


A reação da Universidade do Oeste do Pará (UFOPA) foi rápida, ante o pronunciamento do deputado e pecuarista o capixava Zé Geraldo membro da direção nacional do PT quer declarou um banho de corrupção na UFOPA. O que este deputado não sabe é que na universidade existem câmaras técnicas, Órgãos competentes para tratar assuntos do interesse da Academia. Mesmo tenha uma reitoria Pro-Tempore, não pode ser trocada, como se trocam os dirigentes do INCRA (com polícia) ou dirigentes de uma repartição pública direta. Seria bom o Zé Geraldo conhecer uma universidade onde se estuda e se produzem entre outras coisas muitos doutores. Assim aprenderia que la a única "baderna" aceitável é a que produzem os estudantes e professores. A vida universitária, com deus defeitos é extremamente rica. É a única instituição que permanece intata desde a época medieval.   


Seguem os esclarecimentos à comunidade universitária da direção da UFOPA. 

1. A presente Manifestação à Sociedade e à Comunidade Universitária decorre de pronunciamento na Câmara Federal e da recente produção de graves denúncias, reproduzidas em mídia, contra a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e alguns dos seus dirigentes e servidores que dão suporte à primeira fase de implantação da Instituição;

2. Esses pronunciamentos e denúncias, que apenas vêm se repetindo periodicamente, envolvendo as mesmas pessoas, claramente pretendem repassar para a comunidade e para a opinião pública um falso e artificializado cenário de crise na UFOPA e, desta vez, coincidem com o término do Congresso Estatuinte e o encaminhamento à Reitoria do Projeto de Estatuto, que será apreciado e aprovado pelo Conselho Universitário Pro Tempore, com base na Constituição Federal e na legislação vigente;

3. Lembramos que o Processo Estatuinte foi instituído por ato da Reitoria e o seu desfecho representa uma conquista geral para a Instituição;

4. A Administração Pro Tempore da UFOPA foi escolhida, constituída e designada pelo Governo Federal, desde a sua fase de estruturação, para promover o processo de implantação e de organização da nova Universidade, incluindo pessoas que já têm experiência da administração universitária e, no caso do reitor, pela sua ampla e longa vivência no meio acadêmico e na administração universitária e pela respeitabilidade que granjeou em todos
os setores da Educação e da Administração Pública, fatores essenciais para esta desafiadora e complexa fase de instalação de uma nova universidade;

5. Essa Administração, portanto, vislumbra concluir o processo de implantação da Universidade com a consolidação de uma base física mínima necessária, um corpo docente qualificado, um corpo técnico-administrativo sólido e competente, um corpo discente consolidado e com o aparato normativo interno em pleno vigor, para que a nova Instituição possa atuar com autonomia e autodeterminar o seu destino;

6. O clima de denúncias que só parece pretende acelerar a mudança de comando na Universidade é avaliado neste momento como um artifício nocivo àprópria Instituição, que exatamente nesta fase começa a andar com suas próprias pernas, que colhe as primeiras conquistas e que já se firma de forma consistente entre as melhores instituições, com o seu modelo acadêmico novo e inovador, o que nos abre a possibilidade de um processo
de transição pacificado, num ambiente acadêmico respeitável e numa
perspectiva grandiosa para a Educação e para o Conhecimento na Amazônia;

7. As denúncias contra a UFOPA, que passaram a proliferar nas últimas semanas, parecem apostar numa suposta ingenuidade da comunidade universitária e da própria população, como se a tramitação dos processos de obras, compras e aquisições ficasse restrita apenas ao Reitor e a um grupo fechado de auxiliares. E todos sabem que não é assim.

8. Quem conhece um mínimo de universidade sabe que esses processos, geralmente com vários volumes, tramitam em inúmeras instâncias e unidades e obedecem a um rigoroso procedimento previsto na legislação antes de ter uma decisão. Impossível, portanto, qualquer tipo de desvio ou irregularidade sem envolver um número enorme de servidores, técnicos e
dirigentes. Daí, que esse tipo de acusação infundada só faz atingir a honra e a dignidade dos próprios servidores da Instituição, que trabalham com dedicação e seriedade e que acabam vendo o seu trabalho sendo denegrido e acusado de desonesto;

9. Todas as contratações de obras e de serviços na UFOPA são realizadas com total respaldo na legislação vigente, principalmente na Lei das Licitações e Contratos e na Lei do Pregão Eletrônico, neste caso para a aquisição de bens e serviços comuns. Esses processos passam,
inicialmente, pela análise da Procuradoria Geral Federal, vinculada à Advocacia Geral da União, e, posteriormente, pela inspeção da Controladoria Geral da União. Para os casos que mereceram algum tipo de denúncia interna, a Reitoria da UFOPA imediatamente procede à averiguação do assunto, para o seu total esclarecimento inclusive notificando as empresas para manifestação;

10. As aquisições de terrenos, que fazem parte do plano de implantação, expansão e consolidação da UFOPA, como uma universidade criada há dois anos, são todas precedidas de avaliação de órgão oficial, no caso a Superintendência de Patrimônio da União (SPU), de acordo com o que é determinado pela legislação (publicado no Diário Oficial da União – DOU), e, posteriormente, de exame por parte do Ministério da Educação, órgão ao qual a Instituição se encontra vinculada, além dos controles já citados acima;

11. Portanto, a UFOPA atua em total obediência à legislação e totalmente vinculada e articulada com os órgãos de controle interno e externo e da Administração Federal, que vêm, inclusive, prestando valiosa contribuição ao processo de implantação dos sistemas federais na Instituição conforme pode ser verificado no relatório da CGU;

12. Por outro lado, a implantação da UFOPA significa o início de um novo ciclo de desenvolvimento na Região Oeste do Pará e na Amazônia. Tem-se a clareza que para isso se tornar realidade temos que fazer uma revolução em ciência, tecnologia e inovação que implica a atração e fixação de pessoal qualificado, o que a UFOPA tem feito com muito sucesso;

13. O resultado desse trabalho fica visível quando se verifica a ampliação de oportunidades na graduação e na pós-graduação, com mais de sete mil alunos matriculados, e na ampliação das parcerias com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Governo do Estado do Pará para a implantação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós; com a Eletronorte, na implantação da Base Científica de Curuá-Una; com o Ministério da Integração Nacional e SUDAM, para a implantação do Núcleo de Tecnologia em Aquicultura, que atraiu, inclusive, a visita do ministro à UFOPA; com a Prefeitura Municipal de Santarém, na cessão de pessoal, na melhoria das vias de acesso aos Câmpus da UFOPA e na remoção de famílias que hoje ocupam área institucional e que merecem um cuidado humano e social adequados;

14. É importante que todos entendam que estamos em um período de transição e que a universidade é uma instituição complexa e não se consolida de uma hora para outra;

15. É legítimo que as pessoas tenham o desejo de se tornarem o dirigente máximo da instituição, contudo isso deve ser conquistado pelo mérito e não se tentando desqualificar pessoas que têm uma história na vida acadêmica, científica e de gestão universitária.

16. É importante ter hoje à frente da Universidade uma pessoa de competência comprovada na vida acadêmica para superar os desafios para a construção da primeira universidade federal no interior da Amazônia;

17. Esse quadro de denuncismo sistemático e artificioso, que acompanha a tentativa de desqualificar um trabalho que vem sendo realizado pela ampla maioria da comunidade acadêmica, impõe que a sociedade e a comunidade universitárias estejam atentas, daí o nosso dever de esclarecer a todos sobre essas questões;

18. Em face disso, a Administração da UFOPA coloca à disposição de todos os órgãos, autoridades, representantes, cidadãos, membros ou não da Comunidade Universitária, inclusive àqueles que nunca entraram na UFOPA, todos os processos, a documentação e a infraestrutura das suas unidades relacionadas com as denúncias que vêm sendo formuladas para que todas as questões sejam respondidas e todas as denúncias sejam esclarecidas, pois
isso só fará bem à verdade e à própria Universidade;

19. A vida e a história nos ensinam que as pessoas passam e que as instituições ficam. A Administração Pro Tempore da UFOPA estará passando, mas é importante que haja uma transição madura e benéfica tanto para a Universidade quanto para seus alunos, para que a qualidade e o crescimento institucional não sofram nenhuma solução de continuidade e que a Instituição possa sobreviver a todos os ataques e a todas as dificuldades para esta e para as futuras gerações.

Santarém, 22 de maio de 2012.

JOSÉ ANTONIO DE OLIVEIRA AQUINO – PRÓ-REITOR DE ENSINO

ARLETE MORAES – PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO

RICARDO BEZERRA DE OLIVEIRA – PRÓ-REITOR (EM EXERCÍCIO) DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

ALDO GOMES QUEIROZ – PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

JORGE TRIBUZY NETO – SUPERINTENDENTE DE INFRAESTRUTURA

SOLANGE HELENA XIMENES – DIRETORA DO ICED

MARIA FRANCISCA ADAD – DIRETORA DO ICS

JOSÉ REINALDO PACHECO PELEJA – DIRETOR DO ICTA

JOÃO RICARDO VASCONCELOS GAMA – DIRETOR DO IBEF

MARIA DE FÁTIMA MATOS DE SOUZA – DIRETORA DO CFI

HÉLIO CORREA FILHO – DIRETOR DO CTIC

DÓRIS FARIA – ASSESSORA

PÉTIA ARRUDA DE OLIVEIRA – DIRETOR DE OBRAS E PROJETOS

MARIA DO SOCORRO QUARESMA SACRAMENTO – DIRETORA DE FINANÇAS E CONTABILIDADE
EDSON FURTADO LOUZADA – DIRETOR DE COMPRAS

ESMÁLIA RAIOL CARDOSO – DIRETORA DE COMPRAS E SERVIÇOS

JOAQUIM MENDES BEZERRA – DIRETOR DE REGISTRO ACADÊMICO GERAL

TEREZINHA DE JESUS DIAS PACHECO – DIRETORA DE INTERIORIZAÇÃO

LUZILDA ELIANE BERNARDES DINIZ – DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS

OCICLEY MACIEL VIDAL – DIRETOR DE PLANEJAMENTO

JONNES SANTOS FARIAS PEDROSO – DIRETOR DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES INSTITUCIONAIS

EDIENE PENA FEREIRA – DIRETORA DE PESQUISA

EDUARDO DIONÍZIO PAMPLONA DA SILVA – DIRETOR DE GESTÃO DE ESPAÇO

CÉSAR ANDRADE – DIRETOR DE ENSINO

ALCECI DE AQUINO MAGALHÃES – DIRETOR DE LICITAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS

terça-feira, 22 de maio de 2012

Dime Deus

Paladino da justiça no governo Lula

O Ministro Marcio Thomas Bastos se passou 8 anos atuando como exemplo de paladino da justiça, Lula chorou na sua despedida e qualificou o seu Ministro como o melhor ministro do seu Governo. Agora Thomas Bastas é defensor de bandido, pedófilo, traficante e chefe de quadrilha. Tudo por dinheiro. Nem a CPI da Pedofilia conseguiu derrubar sua "robusta defesa" (10 milhões de reais) do pedófilo do Pará o ex-deputado Seffer. 

A maioria dos jornalistas brasileiros declara que para qualquer pessoa ética, essa mudança de lado, deveria criar um verdadeiro constrangimento. No caso do Thomas Bastos não. 

Deus os cria e o diabo os junta. 



As 500 empresas mais poderosas da América Latina

Poder 360° - Las 500 empresas más poderosas de América Latina



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domingo, 20 de maio de 2012

Aí está a explicação...


A explicação não demorou muito. A única razão pela qual o pecuarista e capixava, deputado Zé Geraldo fez todo esse carnaval de denuncias sobre a UFOPA foi para distrair a atenção da invasão que a Polícia Federal fez na Incra de Santarém.

O Deputado, que nunca tinha frequentado uma universidade, parecia dirigentes estudantil. Vestiu um terno e foi para audiência com o Ministro de Educação para obter o golpe que está planejando contra a Reitoria da UFOPA.

Vamos ver no que da.....

Por enquanto veja aqui a postagem do BACANA.


A Polícia Federal invadiu hoje o Incra de Santarém, comandado pelo PT.

É que na época do superintendente Luciano Brunet há acusações de contratos fraudulentos para repasses aos assentados de terra.

Hoje Brunet é vice presidente nacional do órgão.

Dizem, 50 milhões foram desviados.


Lula gastou e a Dilma tem que arrumar a casa, e quem paga a conta?



O governo Lula surfou uma década na economia da abundância. Quando todos queriam poupar para o futuro Lula recomendou gastar muito, ir às compras. Cada ano repetia o anterior. Contra toda recomendação monetarista o governo gastava sem limites. Os bancos com as melhores taxas de juros para enriquecer banqueiros e industriais.

Benditas commodities, só isso nos encheu de divisas, aplicadas, principalmente em investimentos sociais.

O resto da América Latina crescia menos e poupava muito. Ruim porque não desfrutaram da onda de bonança da economia mundial, que gerou um estoque de dólares que aí estão. Podemos viver uma estagnação com inflação.

A previsão de crescimento para o Brasil diminui cada dia, já está nos 2,5% e pode ainda crescer menos, além do mais, existe uma tendência de reprimarização da economia,  da qual Brasil não escapa e, especificamente no Brasil, a falta de planejamento do passado, tem feito com que a economia tenha perdido competitividade.

Os planos se sucedem, mudam de nome, mas tudo continua muito parecido. A Política Industrial, Tecnológica e de Comercio Exterior (PITCE), depois a Política de Desenvolvimento Produtivo e hoje temos a Política Industrial Brasil Maior. Vamos ver qual será o próximo Plano, já que terá que haver outro para dar resposta a crise da Europa, que terá seus efeitos nos países emergentes.

Hoje é o dia........

Felipe Iluminati anuncia forte terremoto na Itália para hoje 20 de maio de 2012

O trânsito na Av. Cachoeira lento, congestionado, nenhum motorista quer avançar

CPI do Cachoeira é a mais lenta em 20 anos

Com potencial para envolver parlamentares e três governadores, a CPI do Cachoeira chega a quase um mês de existência com a marca de comissão mais lenta dos últimos 20 anos entre as destinadas a investigar corrupção.

A Folha analisou outras dez grandes comissões de inquérito criadas desde a CPI do Collor (1992). Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público.

Durante a semana a CPI foi alvo de acordo entre governo e oposição para restringir o alcance das investigações.

A primeira tomada de depoimento público, do empresário Carlinhos Cachoeira, está marcada para terça-feira. A previsão inicial era que ocorresse na semana passada, mas os advogados de Cachoeira conseguiram no Supremo suspender a sessão alegando que não haviam tido acesso ao processo. Mesmo que o empresário tivesse dado o depoimento, o cenário da CPI em relação a comissões anteriores não mudaria.

Ainda que sejam contabilizados os depoimentos secretos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, a produtividade do caso Cachoeira é muito menor que outras. Em média, no mesmo período, as outras CPIs já tinham realizado oito depoimentos.

A CPI dos Bancos, criada em 1999 para investigar o auxílio oficial dado ao banqueiro Salvatore Cacciola, já tinha ouvido 17 pessoas. A do Banestado, que apurou um esquema ilegal de envio de dinheiro ao exterior, tinha feito 12 oitivas em duas semanas.

Mesmo as CPIs que contaram com blindagem mais explícita para conter maiores estragos ao Palácio do Planalto, como a dos Cartões Corporativos (2008) e a da Petrobras (2009), foram mais céleres em suas primeiras semanas de atividade, com seis e sete depoimentos, respectivamente.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz que a comissão é atípica porque o "trem já estava andando" --a CPI nasceu de uma operação da Polícia Federal. "A comissão está num ritmo adequado", disse. "O governo está usando um rolo compressor", diz o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), eximindo de responsabilidade a oposição, que atua para impedir a convocação do governador tucano Marconi Perillo (GO).

Até quarta, a CPI do Cachoeira também se notabilizava por ser a que menos havia aprovado requerimentos. Na quinta, uma série de pedidos de convocação e quebras de sigilo foi aprovada. Ainda assim, o número de requerimentos derrubados não tem precedentes: 64 só na quinta. 
UOL

sábado, 19 de maio de 2012

De cada 100 brasileiros, 65 desconhecem a Internet


Quando a maioria dos avanços alcançados pelas tecnologias de Informação e Comunicação se medem em meses e até em dias, no Brasil se medem em décadas. 

Convergência Digital. 

Um terço dos domicílios brasileiros tem acesso à Internet, um avanço considerável frente aos 10% medidos há uma década. Mas usar a rede ainda é algo essencialmente restrito aos mais prósperos e de maior escolaridade. Afinal, de cada 100 brasileiros com mais de 10 anos de idade, 65 desconhecem a Internet. 

Dez anos depois de apresentar seu Mapa da Exclusão Digital, a Fundação Getúlio Vargas divulgou nesta quarta-feira, 16/5, um novo Mapa da Inclusão Digital – elaborado em parceria com a Fundação Telefônica. Ele demonstra que a 6ª maior economia do planeta, o 5ºo maior mercado de celulares e o 3º de computadores continua com um imenso fosso digital.

Nos termos da pesquisa apresentada pelo economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri, vale dizer que 90% das residências da classe A têm computador e conexão, realidade presente apenas em 2,5% das casas da classe E. A concentração é enorme. De cada 10 lares com computador e acesso, 7 acomodam os brasileiros mais ricos.

"A brecha digital preocupa não apenas porque a distância de oportunidades e de resultados entre providos e desprovidos de acesso à Tecnologia de Informação e Comunicação tende a aumentar numa época de forte inovação tecnológica, mas pela oportunidade de diminuir esta mesma desigualdade através de ações que melhorem a distribuição da quantidade e a qualidade do acesso digital", sustenta o estudo.

Não surpreende, portanto, que desigualdade semelhante seja verificada entre os estados da federação. “Se dividirmos os rankings de acesso em duas partes, na primeira, antes da 11a posição, enxergamos todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na segunda parte deste mesmo ranking, encontramos os estados do Norte e Nordeste”.

A análise com base em municípios persegue a mesma lógica. São Caetano, em São Paulo, é a cidade com maior índice de acesso 74%, seguida por Vitória-ES, Santos-SP, Florianópolis-SC, e Niterói-RJ, “que estão incluídos não por coincidência entre as cinco cidades mais classe AB do país”, diz o Mapa da Inclusão Digital.

Ou ainda: Vitória (80,6%) é a líder das capitais por acesso domiciliar por banda larga, seguida de Florianópolis (77%). Elas são as capitais com maior proporção de classes A e classes AB seguindo o ranking da FGV. Em Boa Vista e Macapá, onde o acesso por banda larga é de desprezíveis 0,36% e 1,69%, lideram o acesso domiciliar discado com 35,4% e 22%,

Desconexão e desinteresse
É quase certo que parte das conclusões do estudo serão usados como álibi pelas operadoras de telecomunicações do país: de que o custo não é o maior impeditivo ao acesso, mas sim o desinteresse, demonstrado por 33,1% dos sem Internet. Em seguida, 31,4% dos excluídos não utilizam porque não sabem. O custo do computador seria o fator excludente em apenas 1,76% dos casos – e o custo da utilização da conexão menos ainda, 0,40%.

O próprio estudo destaca, no entanto, que os números podem levar a uma conclusão apressada sobre o efeito custo no impacto geral. “Interessante é notar que, embora tenhamos constatado que o preço não é o principal impeditivo para o acesso à Internet, justamente a renda estadual parece ditar as posições do ranking estadual e municipal de uso”.

De acordo com o Mapa da Inclusão Digital, "seria possível que, ao possuir baixa renda, o indivíduo não enxergue a importância de ter a Internet como uma alavanca para suas outras habilidades, o que aumentaria a sua produtividade e consequentemente sua renda".

E, ainda, que "se a pessoa não tem acesso a microcomputador, não seria porque ela não tem renda, na maior parte dos casos? Portanto, antes de ela não ter acesso a microcomputador ela não imagina que o custo é elevado demais para que ela possa ter tal acesso?" Conclusão: "A metodologia da pesquisa força a pessoa a tratar as alternativas como independentes, mas o fato é que elas podem se apresentar por demais dependentes".