Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
sábado, 24 de março de 2012
Presidente do PT repreende colegas por disputa na campanha de Haddad
O presidente do PT, Rui Falcão, repreendeu colegas de partido pelo vazamento das disputas internas pelo comando da pré-campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.
Em discurso a militantes neste sábado (24), ele reclamou da divulgação na imprensa de informações sobre a queda de braço entre as tendências da sigla.
"É preciso que a unidade permaneça na campanha. As disputas por espaço são legítimas, mas elas têm que se dar nas instâncias do partido, não nos veículos de comunicação da grande imprensa", disse.
Na última terça-feira, a Folha revelou que o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), indicado pela tendência Construindo um Novo Brasil para ser o coordenador-geral da campanha, desistiu após ser alvo de "fogo amigo".
A ala majoritária do PT ainda não sugeriu outro representante para o cargo, que deve ser dividido com o presidente municipal do partido, Antonio Donato.
PESQUISAS
No discurso deste sábado, Rui Falcão também pediu aos petistas que não se preocupem com o mau desempenho de Haddad nas pesquisas. Ele tem apenas 3% das intenções de voto, segundo o Datafolha.
"Não vamos nos preocupar com essa questão da pesquisa. O Fernando vai crescer, tem ritmo e condições para crescer, e nós vamos ganhar a eleição."
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
Machu Picchu se chamava Patallaqta
Chamava-se Patallaqta, que deriva dos vocábulos quíchuas "pata" (degrau)
e "llaqta" (povoado, cidade, província). O nome vinha do sistema de
plantio utilizado para conquistar o terreno das montanhas em um
território com escassas planícies, nos Andes. Na época do esplendor de
Machu Picchu, que durou cerca de um século - entre 1441 e 1533 -, o inca
Pachacútec ordenou o aproveitamento máximo desses territórios férteis à
beira da selva amazônica, para criar uma das maiores reservas de
alimentos para a população. Para gerir toda essa produção, construiu uma
cidade administrativa, e também lugar de culto: a Cidade Escada, que
desde 1911 foi conhecida como Machu Picchu.
Falar em colocar uma mochila nas costas e rodar a América do Sul quase sempre envolve uma passada por Machu Picchu e o legado do Império Inca. Mas não é só de andarilhos com um grande senso de aventura que vivem os principais pontos turísticos do Peru. O turismo na região evoluiu, oferecendo opções que vão de uma extensa trilha com duração de quatro dias até trens luxuosos com direito a paradas em hotéis cinco estrelas.
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Vista panorâmica da cidade de Cusco, no Peru, de onde partem as excursões para Machu Picchu Felipe Floresti/UOL |
Cusco
A jornada tem início em Cusco. Começa aí também a luta contra um vilão invisível: o soroche. Os 3.500 metros de atitude tornam o ar rarefeito, e logo nos primeiros passos dá para sentir a falta que o oxigênio faz. Um pequeno esforço, como carregar as malas ou subir escada, é o bastante para uma sensação incomum de cansaço, além de provocar enjôo e dor de cabeça. Existem formas de driblar os males da altitude, como as pílulas vendidas nas farmácias, mas, em geral, a regra é abusar das folhas de coca e seu chá, que possui propriedades que afastam os efeitos do soroche.
Superado o primeiro obstáculo, o que se vê é uma cidade avermelhada pelas casas de tijolos de adobe (barro cru e palha) que dominam a paisagem. Boa parte das casas carrega em seu topo sinais do sincretismo religioso proveniente da fusão entre as culturas andinas e a influência do catolicismo trazido pelos espanhóis. São pequenas estátuas de bois, representando a dualidade na cultura Inca, além da tradicional cruz católica.
Leia e veja mais da maravilhosa cidade Inca na Folha de São Paulo clicando
AQUI
sexta-feira, 23 de março de 2012
Dalai Lama dá conselhos a milionários infelizes
Segundo o Dalai Lama, Adam Smith não contou a história completa.
Com seu novo livro, "Beyond Religion" (Além da Religião, em tradução
livre), o Dalai Lama quer que leitores pensem além do dinheiro e se
concentrem em compaixão, perdão e amor. Na opinião de líder espiritual
do Tibet, esses valores seculares, como ele os chama, não estão
necessariamente ligados à religião, embora a fé possa aprimorar a
prática desses princípios éticos.
"Qualquer princípio moral baseado em religião nunca pode ser universal", disse o Dalai Lama em uma entrevista ao The Wall Street Journal. "Então, o que é um princípio moral? Simplesmente manter um senso de preocupação com o bem-estar dos outros. Nós somos animais sociais. Se a sociedade, a humanidade é feliz eu também consigo obter o benefício máximo."
Perguntamos ao Dalai Lama suas opiniões específicas em relação a uma variedade de assuntos. Nesta edição, apresentamos seus pensamentos sobre dinheiro, economia e felicidade.
Na economia, a teoria da mão invisível de Adam
Smith diz que, se nós agirmos em interesse próprio, beneficiaremos a
sociedade. Isso pode funcionar economicamente?
Sim, um aspecto da economia pode ser que se você tiver sucesso
econômico, pelo menos os seus vizinhos, seus amigos, beneficiam de
alguma forma. Então, todos esses desenvolvimentos precisam começar por
iniciativa individual. É verdade. Agora, se você olhar apenas
economicamente, daí compaixão e coisas do tipo, são coisas mentais. Não
há ligação direta. Mas dinheiro só traz conforto às nossas necessidade
físicas. Uma boa casa, boa comida, boas roupas. Dinheiro nunca traz paz
de espírito. Eu acredito que, através do dinheiro, você pode alcançar
algum nível de satisfação. Mas esse, na verdade, é apenas um lado — não
completo, holístico. Mais dinheiro, mais medo.
Acredito que essas pessoas que, em suas comunidades são famílias
comuns, conseguem manter relações humanas melhores com seus vizinhos. Se
a família está ficando milionária, então outra família também vai
tentar ficar. Então há inveja. Quando somos famílias comuns, talvez haja
amizades humanas genuínas. Quando um tem mais dinheiro, mais poder, aí
eu acho que as relações humanas genuínas se tornam mais distantes.
Primeiramente, inveja, depois, desconfiança, competição. Isso vai
desenvolvendo cada vez mais desconfiança. E, eventualmente, mesmo se a
família se tornar milionária, as pessoas se tornam, no fundo,
solitárias.
Qual é o seu conselho para os milionários que são poderosos, mas, talvez, infelizes?
Acho que alguns dos meus amigos são, pelo menos, milionários. Muito
ricos; têm ótima reputação. São como grandes presidentes de
universidades. Mas como pessoas, são infelizes. Não por falta de
dinheiro. Não por falta de fama. Não por falta de educação. Mas alguma
coisa aqui [ele aponta para o coração], os faz infelizes. Eu acho que a
educação ocidental, a forma como foi desenvolvida, é voltada para o
desenvolvimento material. Obviamente, nós temos esse corpo e alma.
Emoção. Em termos de felicidade, tristeza, medo, esses sentimentos, a
experiência metal é mais desenvolvida do que a física. Uma pessoa muito
rica tem todo conforto físico, mas quando há muita preocupação aqui [ele
aponta para a cabeça], o conforto físico nunca supera a ansiedade ou a
inquietação mental. Por outro lado: [se] mentalmente [você está] muito
sereno, muito calmo, você pode até controlar algumas dores físicas.
WSJ Americas
Por BARBARA CHAI
Rio+20 deveria lançar “novo PIB”, sugerem cientistas
NAIRÓBI
- A Rio+20, a conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento
sustentável que acontece no Rio, em junho, deveria dar impulso a uma
ideia que vem circulando pelo mundo há mais de 20 anos: encontrar um
novo indicador para o bem-estar das nações que não seja o Produto
Interno Bruto, o PIB.
Essa é uma das recomendações de um estudo que reúne 20 vencedores do Blue Planet Prize, conhecido como o Nobel do ambiente. Dezesseis são pessoas com trabalho reconhecido internacionalmente (a norueguesa Gro Harlem Brundtland, o americano James Lovelock, o britânico Nicholas Stern) e quatro são organizações ou institutos de ciência que trabalham com desenvolvimento ou ambiente, como o inglês IEED, o Barefoot College, a ONG Conservation Internacional e a International Union for the Consevation of Nature (IUCN).Entre os autores está o brasileiro José Goldemberg, com três artigos.
O estudo foi lançado ontem, em Nairóbi, no Quênia, na sede do Pnuma, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Nesta semana, acontece na cidade uma reunião com 1.500 delegados de mais de 190 países e ministros do meio ambiente de todas as partes do mundo. É a última reunião ministerial antes da Rio+20.
“Os governos deveriam reconhecer imediatamente as sérias limitações do PIB como uma medida de atividade econômica e complementá-la com indicadores que integrassem as dimensões econômica, social e ambiental”, diz o estudo.
“Se um país destrói toda a sua floresta, terá rapidamente um PIB muito alto, mas não se terá medido o incrível ativo natural que ele perdeu e que fará o futuro muito mais incerto”, explica a economista Camila Toulmin, diretora do IIED. “Se você viver em uma sociedade mais violenta, onde é preciso gastar muito com polícia e armas, o PIB será alto, mas isso significa que aquela sociedade está melhorando seu padrão de vida?”.
O atual sistema energético, muito dependente de combustíveis fósseis, é outro problema apontado pelos cientistas. A necessidade de reverter a curva ascendente de emissões de gases-estufa, que continua em elevação a despeito da crise econômica global, é mais um ponto levantado pelo estudo. “Os compromissos atuais que existem hoje estão levando o mundo a um aumento de 3 graus na temperatura, com sérios riscos de chegar a mais 5 graus”, diz Bob Watson, o conselheiro científico-chefe do DEFRA, o ministério britânico de ambiente. “Mais 5 graus é uma temperatura que o planeta não registra há mais de 30 milhões de anos”, disse ele a uma plateia de políticos e diplomatas reunidos na sede do Pnuma.
O estudo menciona também as perdas massivas de biodiversidade – “sem precedentes nos últimos 65 milhões de anos” – e a necessidade de se ampliar os programas de capacitação e treinamento como foco nos políticos, formadores de opinião e homens de negócio.
O trabalho será entregue aos ministros dos vários países antes da Rio+20, para inspirar as decisões que serão tomadas no Rio de Janeiro, em junho.
(Daniela Chiaretti | Valor)
A jornalista viajou a Nairóbi a convite do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma).
Essa é uma das recomendações de um estudo que reúne 20 vencedores do Blue Planet Prize, conhecido como o Nobel do ambiente. Dezesseis são pessoas com trabalho reconhecido internacionalmente (a norueguesa Gro Harlem Brundtland, o americano James Lovelock, o britânico Nicholas Stern) e quatro são organizações ou institutos de ciência que trabalham com desenvolvimento ou ambiente, como o inglês IEED, o Barefoot College, a ONG Conservation Internacional e a International Union for the Consevation of Nature (IUCN).Entre os autores está o brasileiro José Goldemberg, com três artigos.
O estudo foi lançado ontem, em Nairóbi, no Quênia, na sede do Pnuma, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Nesta semana, acontece na cidade uma reunião com 1.500 delegados de mais de 190 países e ministros do meio ambiente de todas as partes do mundo. É a última reunião ministerial antes da Rio+20.
“Os governos deveriam reconhecer imediatamente as sérias limitações do PIB como uma medida de atividade econômica e complementá-la com indicadores que integrassem as dimensões econômica, social e ambiental”, diz o estudo.
“Se um país destrói toda a sua floresta, terá rapidamente um PIB muito alto, mas não se terá medido o incrível ativo natural que ele perdeu e que fará o futuro muito mais incerto”, explica a economista Camila Toulmin, diretora do IIED. “Se você viver em uma sociedade mais violenta, onde é preciso gastar muito com polícia e armas, o PIB será alto, mas isso significa que aquela sociedade está melhorando seu padrão de vida?”.
O atual sistema energético, muito dependente de combustíveis fósseis, é outro problema apontado pelos cientistas. A necessidade de reverter a curva ascendente de emissões de gases-estufa, que continua em elevação a despeito da crise econômica global, é mais um ponto levantado pelo estudo. “Os compromissos atuais que existem hoje estão levando o mundo a um aumento de 3 graus na temperatura, com sérios riscos de chegar a mais 5 graus”, diz Bob Watson, o conselheiro científico-chefe do DEFRA, o ministério britânico de ambiente. “Mais 5 graus é uma temperatura que o planeta não registra há mais de 30 milhões de anos”, disse ele a uma plateia de políticos e diplomatas reunidos na sede do Pnuma.
O estudo menciona também as perdas massivas de biodiversidade – “sem precedentes nos últimos 65 milhões de anos” – e a necessidade de se ampliar os programas de capacitação e treinamento como foco nos políticos, formadores de opinião e homens de negócio.
O trabalho será entregue aos ministros dos vários países antes da Rio+20, para inspirar as decisões que serão tomadas no Rio de Janeiro, em junho.
(Daniela Chiaretti | Valor)
A jornalista viajou a Nairóbi a convite do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma).
Lula volta ao hospital para sessão de fonoaudiologia
SÃO PAULO - O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, nesta sexta-feira para realizar mais uma
sessão de fonoaudiologia. A sessão já estava prevista e faz parte do
tratamento que Lula faz contra um câncer na laringe, diagnosticado em
outubro do ano passado.
Segundo informações da assessoria do Instituto Lula, o ex-presidente tem se recuperado bem após o fim do tratamento. Lula já recuperou um quilo dos 18 que perdeu. Novos exames devem ser realizados na próxima semana.
No domingo, o ex-presidente deve receber a visita do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. O encontro está previsto para acontecer no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo.
Na pauta da conversa está o apoio do PSB ao pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que ainda não tem nenhum aliado na disputa municipal.
Entre dirigentes do PT paulista, o acordo com o PSB é visto como "provável", já que o partido participa do governo federal com dois ministérios, mas o partido de Campos, em São Paulo, é mais próximo do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
(Valor)
Segundo informações da assessoria do Instituto Lula, o ex-presidente tem se recuperado bem após o fim do tratamento. Lula já recuperou um quilo dos 18 que perdeu. Novos exames devem ser realizados na próxima semana.
No domingo, o ex-presidente deve receber a visita do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. O encontro está previsto para acontecer no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo.
Na pauta da conversa está o apoio do PSB ao pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que ainda não tem nenhum aliado na disputa municipal.
Entre dirigentes do PT paulista, o acordo com o PSB é visto como "provável", já que o partido participa do governo federal com dois ministérios, mas o partido de Campos, em São Paulo, é mais próximo do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
(Valor)
quarta-feira, 21 de março de 2012
Costa Rica poderia inspirar Brasil no setor ambiental
Brasileiro que lidera Convenção da ONU sobre biodiversidade diz que País ainda não achou equilíbrio entre crescer e preservar.
Enquanto o governo se gaba das credenciais
ambientais do Brasil para sediar a conferência Rio+20, o czar da
biodiversidade das Nações Unidas, o paulista Bráulio Dias, propõe
humildade: o País deveria se inspirar na Costa Rica para resolver as
contradições entre ambiente e desenvolvimentismo.Dias deixou em fevereiro o posto de secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente para assumir a secretaria-executiva da Convenção da Diversidade Biológica da ONU, em Montreal. Segundo ele, a Costa Rica conseguiu triplicar o seu PIB e dobrar sua área de florestas mudando suas políticas. "Falta ao Brasil conseguir fazer essa virada."
Embora tenha evitado criticar diretamente políticas ambientais do governo Dilma, como a Medida Provisória que reduz sete parques na Amazônia para acomodar hidrelétricas, Dias afirma que "o fato de ser energia renovável não quer dizer que esteja sendo feito da maneira mais sustentável possível". Segundo ele, o País tem condições de gerar energia sem mexer em suas florestas.
De passagem pelo Brasil na semana passada, Dias conversou com a Folha.
Folha - A Rio+20 não vai tratar de biodiversidade. É uma oportunidade perdida?
Bráulio Dias - Houve uma decisão, que eu entendo consciente, de que aqueles grandes temas ambientais que já têm fórum próprio, como a Convenção da Diversidade Biológica, não necessitariam de atenção especial nessa conferência. A convenção vem de um resultado bem-sucedido na última conferência, a COP-10 [em Nagoya, Japão, em 2010], em que foi aprovado um plano estratégico para 2011-2020 com 20 metas globais. A agenda internacional de biodiversidade está dada. E conseguimos fechar o Protocolo de Nagoya sobre recursos genéticos, resultado do mandato da conferência de Johannesburgo, em 2002. É um exemplo de como uma conferência de caráter mais geral pode ter impacto numa agenda temática específica.
Qual é a previsão de entrada em vigor do protocolo?
Ele precisa de 50 ratificações. Hoje já temos três ratificações e 90 e poucos países que assinaram cartas de compromisso, o Brasil foi um dos primeiros. Mas os países precisam remeter isso a seus Congressos nacionais, o que pode demorar alguns anos.
A ideia é usar a Rio+20 para impulsionar a ratificação?
Isso, é uma chamada, uma pressão política.
De que jeito?
Através de declarações dos países e de uma menção no texto da conferência da necessidade de uma renovação do compromisso dos países pela ratificação do protocolo. E isso vários países estão colocando, o que é muito bom.
A COP-11, este ano, na Índia, vai tratar majoritariamente de dinheiro. Existe um risco de a discussão naufragar?
Existe, e essa é uma das minhas maiores preocupações como secretário-executivo. Em Nagoya, a discussão foi muito difícil, as delegações chegaram com muitas desconfianças, os europeus queriam garantir a necessidade de envolver o setor privado, aí os países da Alba [aliança liderada pela Venezuela] reagiram e houve um impasse.
Como o Brasil está nessa questão de dinheiro em relação a outros países do seu porte?
Gasta-se cerca de meio bilhão de reais por ano no Brasil em unidades de conservação em todos os níveis - União, estados, municípios - e estima-se que, para implementar eficazmente todas as unidades, seria necessário pelo menos o dobro. O Brasil ainda não definiu seu nível de compromisso porque estamos no meio da discussão da revisão da estratégia nacional de biodiversidade.
De que jeito a discussão do Código Florestal pode atrapalhar esse debate?
Há conflitos de interesses reais, que dificultam chegar a uma estratégia nacional. Ouvimos setores desenvolvimentistas, lideranças mais dispostas a conversar, sabendo que a médio e longo prazo é preciso caminhar nessa direção, até mesmo para o sucesso do setor desenvolvimentista: você pode criar barreiras para a exportação dos produtos que degradem a natureza.
O senhor, como brasileiro que agora dirige um organismo internacional, tem sentido pressões em relação ao Código Florestal?
Há preocupações em toda parte lá fora. O Brasil é vitrine nessa área. Se nos anos 1980 o Brasil só era olhado como vilão, mais recentemente é visto também como modelo para alcançar um desenvolvimento mais sustentável. Está todo mundo de olho para ver se não vai haver retrocessos.
O Brasil, no primeiro ano de governo Dilma, não criou nenhuma área protegida e baixou uma Medida Provisória determinando a redução de sete áreas na Amazônia para acomodar hidrelétricas. Como o senhor enxerga isso?
Não me cabe ficar comentando política interna de país nenhum. Obviamente nos preocupa toda essa dificuldade, esses embates no mundo inteiro entre interesses desenvolvimentistas de curto prazo e objetivos de sustentabilidade. Existem alguns países que conseguiram fazer uma virada. A Costa Rica é um deles. Aconteceram avanços lá porque foram tomadas medidas não só na esfera ambiental mas num âmbito de políticas públicas em geral, especialmente em instrumentos econômicos. E a Costa Rica conseguiu praticamente dobrar sua área florestal. Ao mesmo tempo, a renda per capita do país triplicou.
O senhor está dizendo que o Brasil tem condições de gerar energia sem mexer em floresta?
Eu acredito que sim, que o Brasil tem condição de ampliar o fornecimento de energia, ampliar os esforços de desenvolvimento e ao mesmo tempo conseguir conservar o que ele tem de patrimônio natural. O que falta talvez ao Brasil é conseguir fazer essa virada, como na Costa Rica.
Do ponto de vista das metas de Nagoya, é inconsistente o Brasil reduzir áreas protegidas para fazer hidrelétricas?
Cada país tem de tomar suas decisões sobre matriz energética. O Brasil é tido como um dos países com matriz energética mais renovável entre as grandes economias porque usa mais hidrelétricas, lenha, biocombustível. Agora, o fato de ser energia renovável não quer dizer que esteja sendo feito da maneira mais sustentável possível.
(Folha de São Paulo)
Chrome supera pela primeira vez o Internet Explorer como o navegador mais popular
A ferramenta do Google foi o mais utilizado para aceder a conteúdos Internet no domingo 18, de março, quando 32,7% dos usuários de internet optou por este sistema em comparação com 32,5% que usaram o Internet Explorer Mocrosoft . 24,8% escolheram o Firefox, o Safari, Opera 71% e inferior a 2,0%.
Crise na base governista impede votação da Lei da Copa nesta quarta
Com uma sessão tumultuada, ficou decidido que a votação será feita na próxima semana
BRASÍLIA - A crise na base aliada da presidente Dilma Rousseff impediu a votação do projeto da Lei Geral da Copa nesta quarta-feira. O principal foco de insatisfação é a falta de uma data para a votação do novo código florestal, mas partidos aliados aproveitaram o clima de insatisfação na Casa para impedir a aprovação do projeto da Copa.
Andre Dusek/AE -19/3/2012
Ministro fez novo entendimento sobre a venda de bebidas
Um dos líderes a encaminhar pela obstrução, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "Se fosse votar o mérito temo que não tivéssemos votos para aprovar, o que seria uma sinalização ruim do país para a Fifa. Então precisamos trabalhar para que essa maioria silenciosa de hoje se transforme numa maioria estridente a favor na semana que vem".
Além do Código Florestal, diversos deputados criticaram a condução do governo no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas em estádios durante os eventos da Fifa. Ainda hoje, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez nova mudança no entendimento sobre o tema. Segundo ele, mesmo com o texto original, que apenas retira a probição do Estatuto do Torcedor, não seria necessário os estados alterarem leis contrárias à venda de bebidas alcoólicas. Grande parte dos deputados, porém, desconfia que esse discurso não se sustentaria no judiciário e, na prática, os estados terão sim de alterar suas leis.
Estado de São Paulo.
Twitter mostra esboço da primeira interface no aniversário de 6 anos
Foto de caderno de Jack Dorsey estava no Flickr desde 2006, quando desenhou à caneta

RIO - Um caderno, uma caneta e uma boa ideia. Foi o que Jack Dorsey,
cofundador do Twitter, precisou para criar o esboço da primeira
interface do microblog. Nesta quarta-feira, quando a plataforma completa
seis anos, o microblog publicou uma foto histórica do seu primeiro
rascunho. Com o título "My Status", o desenho ainda não fazia referência
ao nome Twitter.
"Quando @Jack fez o primeiro esboço da sua ideia em março de 2006, ninguém poderia prever a trajetória desta nova ferramenta de comunicação. Agora parece que há tantas maneiras de se expressar em 140 caracteres quanto pessoas fazendo isso", disse a companhia.
Dorsey publicou a imagem no Flickr, em 24 de março de 2006. Ele usou uma câmera Canon PowerShot SD450 para fotografar o seu caderno com folhas pautadas reproduzindo a tela do seu computador.
Segundo o microblog, no seu último levantamento foram contabilizados mais de 140 milhões de usuários ativos e 340 milhões de tweets por dia - mais de 1 bilhão a cada 72 horas. "Sem você, é claro, não haveria o Twitter", escreveu o microblog, em tom de agradecimento.
Com a ideia na gaveta por seis anos, o conceito do Twitter foi finalmente implementado e tomou uma nova forma. O nome stat.us, presente no primeiro desenho, deu espaço ao Twtt - ainda sem as vogais “i” e “e” - mais tarde Twitter, o popular pio do passarinho, batizado pelo microblog de Larry - inspirado no mito do basquete Larry Bird, que jogou pelo Boston Celtics.
"Estou feliz, esta ideia é original. Espero que prospere", escreveu Dorsey.
"Quando @Jack fez o primeiro esboço da sua ideia em março de 2006, ninguém poderia prever a trajetória desta nova ferramenta de comunicação. Agora parece que há tantas maneiras de se expressar em 140 caracteres quanto pessoas fazendo isso", disse a companhia.
Dorsey publicou a imagem no Flickr, em 24 de março de 2006. Ele usou uma câmera Canon PowerShot SD450 para fotografar o seu caderno com folhas pautadas reproduzindo a tela do seu computador.
Segundo o microblog, no seu último levantamento foram contabilizados mais de 140 milhões de usuários ativos e 340 milhões de tweets por dia - mais de 1 bilhão a cada 72 horas. "Sem você, é claro, não haveria o Twitter", escreveu o microblog, em tom de agradecimento.
Com a ideia na gaveta por seis anos, o conceito do Twitter foi finalmente implementado e tomou uma nova forma. O nome stat.us, presente no primeiro desenho, deu espaço ao Twtt - ainda sem as vogais “i” e “e” - mais tarde Twitter, o popular pio do passarinho, batizado pelo microblog de Larry - inspirado no mito do basquete Larry Bird, que jogou pelo Boston Celtics.
"Estou feliz, esta ideia é original. Espero que prospere", escreveu Dorsey.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/tecnologia/twitter-mostra-esboco-da-primeira-interface-no-aniversario-de-6-anos-4376200#ixzz1pnU8cycL
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