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terça-feira, 15 de julho de 2014

Copa 2014. Arrogância, a mãe da última desgraça

Antes do jogo contra a Holanda, José Maria Marin estava disposto a manter Felipão no cargo, mas acontecimentos durante e depois da partida fizeram o presidente da CBF mudar de ideia.

Enquanto a derrota ainda era escrita, pegou mal o fato de Neymar, Hulk e Daniel Alves orientarem os companheiros. Soou como uma perda de comando por parte do técnico.

Ao final da disputa pelo terceiro lugar, os 3 a 0 aplicados pelos holandeses deixaram Felipão com um pé na rua, pois passaram a ser dois vexames seguidos e dez gols tomados em duas partidas.

A situação de Scolari se complicou dramaticamente na entrevista coletiva. A análise generosa do desempenho da seleção e a lembrança de suas conquistas pessoais soaram como arrogância e cortina de fumaça para encobrir os maus resultados.

Foram afirmações como “desde 2002 [quando o Brasil foi campeão com Felipão] não chegávamos às semifinais”, “disputei três Copas do Mundo e fiquei entre os quatro em todas”, “não jogamos mal” e “tivemos momentos muito bons”. Depois do show de autoconfiança, Marin teve a certeza de que a situação do treinador estava insustentável. O sentimento da cúpula da Confederação Brasileira passou a ser de que Scolari ficaria com a imagem de arrogante, justamente no momento em que a CBF quer um treinador com apoio popular. Não dava mais para manter Felipão.


UOL

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Depois da derrota humilhante a Presidenta assume

Dilma se dedica à contra-ofensiva de comunicação após derrota na Copa


BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff passa o dia no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília, dedicando-se à ofensiva de comunicação para se contrapor ao ambiente negativo provocado pelo desempenho da seleção brasileira na última terça-feira. O governo receia os reflexos eleitorais da derrota para a Alemanha.

Às 15h, Dilma grava entrevista para a Globonews, canal de notícias do grupo Globo na TV por assinatura. A presidente abre uma série de entrevistas promovidas pela emissora com presidenciáveis.

Antes, pela manhã, Dilma tem despachos com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, com quem define as diretrizes da entrevista e da estratégia de comunicação. A presidente se dedica a formular uma reação positiva aos brasileiros, depois que a Alemanha deixou a seleção brasileira derrotada por 7 a 1 em campo.

O primeiro foco dessa reação ficou evidente na entrevista que Dilma concedeu ontem - e já foi ao ar, no trecho sobre a Copa do Mundo - à CNN Internacional. Dilma destacou que "reagir à derrota é a marca de uma grande nação" e completou que o Brasil tem a característica de crescer nas adversidades. O trecho da entrevista em que Dilma fala sobre política e economia será exibido hoje à tarde.

A agenda desta quinta-feira contempla apenas mais um compromisso: uma audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que também integra a coordenação nacional da campanha à reeleição.
Por Andrea Jubé | Valor

quarta-feira, 9 de julho de 2014

É o que rola nas redes

FELIPÃO DEVERIA ENTREGAR O CARGO E SUMIR DO MAPA



Foto de Pedro Ugarte/AFP.

Felipão assumiu a culpa pela vergonhosa derrota do Brasil para a Alemanha por 7-1. Disse que é o único culpado.

Sim, mas e aí? De que maneira ele vai indenizar a seleção e os torcedores brasileiros?

Dizer apenas que é o culpado é muito pouco. É como admitir a culpa em um acidente de trânsito e não pagar o conserto do outro.

O mínimo que Felipão pode fazer para reparar um erro que ele diz categoricamente que é seu é pedir demissão.

Sim, hoje, quarta-feira, Felipão deveria entregar a carta de demissão à CBF, agradecer a oportunidade, pedir desculpas a todos e desaparecer do mapa.




Fábio Sormani trabalhou na Placar, Folha de S.Paulo, TVs Record, Bandeirantes, ESPN Brasil, SporTV, BandSports, e rádios Bandeirantes e Jovem Pan. Atualmente trabalha para a Fox Sports Brasil.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Gafe feio da Presidenta


Em gafe feio a Presidente elimina por antecipado, Argentina, Alemanha e Holanda e decide que Brasil será campeão. 





sexta-feira, 4 de julho de 2014

Seleção da Argentina joga em Brasília neste sábado e Messi é homenageado em ônibus

Ônibus de Brasília faz homenagem a Messi e motorista quer mostrar foto ao jogador











O funcionário público Paulo Santos, de 29 anos, colou em um ônibus usado para realizar festas infantis com games, adesivos com as imagens dos jogadores Lionel Messi, que joga na Argentina, e Cristiano Ronaldo, que jogou por Portugal, nesta Copa do Mundo. Os adesivos são de 2,2 metros de altura e foram colados para homenagear os jogadores, que segundo Paulo, são os melhores do mundo.

A ideia de homenagear os atlestampando adesivos com as imagens no ônibus surgiu em dezembro de 2013.

— Colei em 2013 quando comecei a trabalhar com o ônibus de game e, coincidiu, dos dois jogadores atuarem durante o Mundial aqui em Brasília. Quando Cristiano veio eu estava em outro estado e não consegui organizar nada, mas agora - para o jogo de Messi deste sábado (5) - estou planejando algumas coisas, comenta Paulo.

Leia mais notícias no R7 DF

O funcionário público conta que está finalizando um planejamento, para tentar mostrar aos jogadores que estarão no Estádio Nacional, incluive Messi, neste sábado (5), os adesivos que estão colados no ônibus. Ele pretende ir até a Base Aérea, onde os jogadores da Argentina desembarcam, deseja estacionar o automóvel em frente ao hotel que Messi estará hospedado, na esperança que o jogador veja o ônibus.

Além das tentativas de exibir sua ideia para os jogadores, Paulo já pensou no que fazer para o jogo deste sábado (5), onde Argentina enfrentará a Bélgica.

— No dia do jogo vamos procurar um local nas proximidades do estádio e ligar uma TV fora do ônibus para assistir ao jogo. Messi e Cristiano Ronaldo são referência de futebol para as crianças, finaliza referindo-se aos jogadores preferidos pelas crianças nos games do ônibus.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Hoje uma onça vai beber água




quarta-feira, 25 de junho de 2014

Le Monde: Improvisação e simpatia salvam a Copa do Mundo no Brasil



Improvisação, alegria, paixão pelo futebol e simpatia
formam as condições ideais para a aparição do "milagre brasileiro" durante a Copa do Mundo, de acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal francês "Le Monde".

Se a perspectiva para o Mundial era o caos, com manifestações violentas, infraestrutura do país em colapso e ameaças de revolta contra a entidade que organiza o evento - a Fifa -, o desdobramento dos fatos se mostrou amplamente favorável à competição.

"Chame-o de milagre brasileiro. Há três meses, vários problemas e temores cercavam a realização da Copa do Mundo no Brasil: estádios inacabados ficariam vazios, movimentos sociais atrapalhariam a realização do evento, o transporte público provocaria o caos (...) As preocupações parecem ter desaparecido com o início da cerimônia de abertura. Depois de pouco mais de uma semana de competição, a catástrofe anunciada não ocorreu", afirma a publicação.

O jornal lembra que há problemas estruturais no Brasil da Copa, mas que o bom humor e a receptividade do brasileiro compensam. Se por um lado a rede telefônica falha, turistas são recebidos com sorrisos. Se o engarrafamento é inevitável, o estrangeiro poderá entrar no clima da competição ao observar as ruas pintadas de verde e amarelo. Além disso, a presença e a festa nos estádios é animadora.

A reportagem cita alguns exemplos de falhas na organização do evento, como fios desencapados em estádios, invasão de torcedores chilenos e argentinos no Maracanã e as filas intermináveis para os torcedores adentrarem as arenas. Até Pelé, que não acompanhava um jogo de futebol pelo rádio desde 1950, foi prejudicado pelo estrangulamento do tráfico viário: preso em um engarrafamento em São Paulo, só conseguiu assistir na TV o segundo tempo do jogo do Brasil contra o México.

"Antes do início da Copa, um dos líderes do comitê organizador respondeu às críticas sobre a organização do evento: 'Na pior das hipóteses, vamos improvisar'. Não sem sucesso. É o milagre brasileiro", diz a reportagem.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Em rádio e TV, Dilma defende a Copa no Brasil e critica "pessimistas"



BRASÍLIA - Às vésperas da abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff fez uma defesa veemente da realização do mundial no Brasil, em pronunciamento de 10 minutos veiculado na noite desta terça-feira, em cadeia nacional de rádio e televisão. Dilma rebateu as críticas de que recursos para saúde e educação teriam sido desviados para a Copa, exaltou o legado em infraestrutura, criticou os pessimistas contrários ao evento e defendeu a liberdade de manifestações.

“Tem gente que alega que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados na saúde e na educação. Trata-se de um falso dilema”, disse a presidente. Dilma afirmou que investimentos nos estádios dividiram recursos de bancos públicos federais, governos estaduais e empresas privadas, que somaram R$ 8 bilhões. Em contrapartida, entre 2010 e 2013 – período das obras dos estádios – Estados e municípios investiram cerca de R$ 1,7 trilhão em educação e saúde. “O valor investido em educação e saúde no Brasil é 212 vezes maior que o investido nos estádios”, rebateu.

Dilma acrescentou que as contas da Copa estão sendo analisadas, “minuciosamente”, pelos órgãos de fiscalização, e eventuais irregularidades serão punidas “com o máximo rigor”.

A presidente criticou aqueles que pregaram a não realização do evento. “No jogo, que começa agora, os pessimistas já entram perdendo”. Ela relatou que os estádios ficaram prontos, os aeroportos tiveram sua capacidade dobrada e frisou que “não haverá falta de luz na Copa, nem depois dela”. Chamou de “ridículas” as previsões de que haveria até mesmo uma epidemia de dengue.

Dilma relatou que garantirá a segurança de todos brasileiros e turistas que queiram assistir aos jogos. E completou que o sistema de comunicação e transmissão das partidas é de “última geração”.

Ela usou a comparação entre o Brasil que sediou a Copa de 1950 e o país dos dias de hoje como mote para mencionar os protestos e exaltar o avanço democrático e a plena liberdade de manifestação. “Desfrutamos da mais absoluta liberdade e convivemos com manifestações populares e reivindicações que nos ajudam a aperfeiçoar, cada vez mais, nossas instituições democráticas”, afirmou.

Ela voltou a lembrar a principal bandeira desta Copa: o combate ao racismo e a todas as formas de violência e preconceito. Será a “Copa da tolerância, da diversidade, do diálogo e do entendimento”. Ela encerrou com uma mensagem à seleção brasileira: “o povo brasileiro ama e confia em sua seleção. Estamos todos juntos para o que der e vier”, concluiu.

(Andrea Jubé | Valor)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Alguém discorda?


Paulo Coelho se diz decepcionado com Copa e detona Ronaldo: 'imbecil'





Presente na delegação oficial do Brasil no dia da escolha do país como sede do Mundial de 2014 (evento realizado em 2007), o escritor Paulo Coelho disse estar decepcionado com a Copa. Em entrevista ao Le Journal du Dimanche, ele atacou até o ex-jogador Ronaldo.

"Fora de questão (participar do evento)! Eu assistirei aos jogos na TV, mas eu não vou (ao estádio). Eu tenho dois ingressos para jogos, e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e Romário, quando a Fifa escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o que aconteceu desde então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo diferente de estádios em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas, transportes. Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca", disse o escritor.

"A seleção ganhando ou não, eu tenho certeza que haverá uma explosão social. Haverá pessoas nos estádios e ainda mais pessoas que estarão nas ruas, quando o mundo terá os olhos no Brasil. O contexto é muito tenso. A violência voltou. A Copa do Mundo pode ser uma bênção e um momento de comunhão para nós como foi para a França ou a Alemanha. Mas é um desastre. O país quer mostrar uma face que não é a verdade. Há uma divisão entre o governo e o povo", completou.


Apesar de se recusar a acompanhar o Brasil do estádio, Paulo Coelho disse ser um torcedor fanático por futebol, elegeu o time de Felipão favorito e relembrou o nervosismo que passou no Mundial de 1994.


"Brasil, eu espero (favorito)! Eu gosto muito do Marcelo e do Neymar. Eu sou um espectador apaixonado, eu posso desligar a TV com raiva se as coisas não saem do jeito que eu quero. Em 1994, eu preferi ir à praia do que ver a disputa de pênaltis da final Brasil e Itália. Meu coração não poderia suportar aquilo", afirmou.
Do UOL, em São Paulo

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Protestos fizeram governo mudar discurso sobre Copa



Sondagem apontou ceticismo da população em relação ao legado do evento


Orientada por pesquisa, presidente deixou de enfatizar obras e passou a usar tom ufanista em discursos sobre evento



O governo federal mudou o discurso em relação à Copa depois que pesquisas internas apontaram no ano passado que a população via com ceticismo o "legado" do evento e enxergava as obras como uma "maquiagem" para garantir o sucesso do Mundial.

Uma ampla sondagem feita entre junho e agosto de 2013 para medir o impacto real das manifestações de rua fez com que a presidente Dilma Rousseff reformasse o tom de seus discursos.

Cruzamento entre as constatações das pesquisas e o comportamento do governo nos meses seguintes mostra adoção de medidas e novos hábitos de comunicação em razão das sondagens.

Após o levantamento, a mensagem oficial do Mundial deixou de enfatizar as obras de infraestrutura que ficariam como herança do evento e passou a enaltecer o ufanismo e o orgulho do "país do futebol" em sediar a Copa.

Os dois discursos permanecem na comunicação do Planalto, mas a ênfase mudou. Surgiu o bordão "Copa das Copas" em detrimento do "Pátria de Chuteiras", inicialmente adotado.

O mote "Copa das Copas" foi bolado pelo marqueteiro Nizan Guanaes em uma reunião secreta com Dilma em novembro passado. Outros assessores já tinham sugerido o foco na paixão nacional, não no legado. No dia 6 de dezembro, no sorteio da Copa, Dilma usou o bordão pela primeira vez --repetiu várias vezes depois, inclusive em sua conta no microblog Twitter.

"O futebol deve ser usado como um fim, não como um meio para atingir outros fins", diz a conclusão do levantamento qualitativo, que reuniu grupos de discussão para capturar tendências.

Foram esses grupos que usaram espontaneamente o termo "maquiagem" para definir as ações do governo.

"Havia grande expectativa de que os benefícios sociais e de infraestrutura da Copa seriam concretos e permanentes. Porém, com o passar dos dias, esse sentimento está se convertendo em percepção de maquiagem' e que tudo voltará a ser como antes quando a Copa terminar", diz o relatório da época, que apontou ainda que a "maquiagem está para a Copa assim como o jeitinho' brasileiro está para o lado negativo do comportamento brasileiro."

As sondagens detectaram uma percepção mista sobre o Mundial: um formado pelo sentimento de orgulho, união e nacionalismo e outro, negativo, formado pelo temor com a falta de segurança pública e obras atrasadas.

No levantamento, nota-se pessimismo nas classes C e D, sobretudo em São Paulo.

A Fifa é alvo preferencial. "É na associação entre governo e Fifa que as críticas são mais cáusticas", diz o estudo.

Há mais uma contradição: "A imagem dos estádios como obra é a melhor possível, mas é exatamente essa imagem que torna os estádios alvos de crítica, porque são comparados com a qualidade dos hospitais e escolas."

O texto recomenda ao governo sempre usar o termo "fiscalizar" ao tocar no tema.

Esse é um dos levantamentos mais completos feitos após os protestos, com custo não divulgado. Os resultados, coletados e aferidos pelos institutos Análise e Ibope, estão em 428 páginas sobre o perfil das manifestações, a relação delas com a Copa e índices de aprovação e rejeição.

NATUZA NERY
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Manaus: Arena da Amazônia pode virar centro de triagem de presos


Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Justiça vai sugerir ao governo do estado que estádio abrigue detentos recém-capturados após a Copa do Mundo de 2014

O estádio Arena da Amazônia, cujas obras de reforma custarão R$ 605 milhões, poderá ser usado após a Copa do Mundo de 2014 como centro de triagem de presos.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Tribunal de Justiça do Amazonas enviará ao governo do estado a sugestão para que a arena e também o sambódromo que fica ao lado do estádio abriguem detentos recém-capturados.

A justificativa apresentada pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, órgão ligado ao TJ que sugerirá a medida, é de que a cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, onde hoje é feita a triagem dos presos, está superlotada e em condições insalubres.

“Até que o estado resolva o problema, construindo novas unidades prisionais, que utilize, então, estes dois espaços ociosos”, afirmou ao jornal o desembargador Sabino Marques, presidente do grupo.

A ideia do desembargador é de que os detentos sejam recolhidos no local por até 48 horas até que sejam destinados para a prisão.

Em resposta à Folha, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Amazonas afirmou que só se pronunciará sobre o caso após receber oficialmente a proposta do Tribunal de Justiça.

Fonte: Exame

quarta-feira, 21 de março de 2012

Crise na base governista impede votação da Lei da Copa nesta quarta

Com uma sessão tumultuada, ficou decidido que a votação será feita na próxima semana

BRASÍLIA - A crise na base aliada da presidente Dilma Rousseff impediu a votação do projeto da Lei Geral da Copa nesta quarta-feira. O principal foco de insatisfação é a falta de uma data para a votação do novo código florestal, mas partidos aliados aproveitaram o clima de insatisfação na Casa para impedir a aprovação do projeto da Copa.

Ministro fez novo entendimento sobre a venda de bebidas - Andre Dusek/AE -19/3/2012
Andre Dusek/AE -19/3/2012
Ministro fez novo entendimento sobre a venda de bebidas
 
A sessão foi tumultuada. Quase todos os partidos da base aliada se posicionaram contra a votação do projeto. Eles ameaçaram apoiar um requerimento da oposição que pedia a retirada de pauta. Por fim, decidiram por obstruir a sessão impedindo que se alcançasse o quórum de 257 deputados para a votação do requerimento. Com isso, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), encerrou os trabalhos. A votação da Lei da Copa ficou para a próxima semana.

Um dos líderes a encaminhar pela obstrução, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "Se fosse votar o mérito temo que não tivéssemos votos para aprovar, o que seria uma sinalização ruim do país para a Fifa. Então precisamos trabalhar para que essa maioria silenciosa de hoje se transforme numa maioria estridente a favor na semana que vem".

Além do Código Florestal, diversos deputados criticaram a condução do governo no debate sobre a venda de bebidas alcoólicas em estádios durante os eventos da Fifa. Ainda hoje, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, fez nova mudança no entendimento sobre o tema. Segundo ele, mesmo com o texto original, que apenas retira a probição do Estatuto do Torcedor, não seria necessário os estados alterarem leis contrárias à venda de bebidas alcoólicas. Grande parte dos deputados, porém, desconfia que esse discurso não se sustentaria no judiciário e, na prática, os estados terão sim de alterar suas leis.

Estado de São Paulo. 

terça-feira, 20 de março de 2012

PT não vai apoiar liberação de bebidas alcoólicas na Copa

BRASÍLIA - A bancada do PT na Câmara dos Deputados decidiu na noite desta segunda-feira não apoiar a aprovação do comércio e consumo de bebidas alcoólicas durante a Copa do Mundo de 2014.

Isso faz com que, uma vez aprovada a Lei Geral da Copa nesses termos, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) tenha de negociar a liberação com os Estados que sediarão os jogos.
Com a decisão, os petistas decidiram apoiar o texto original do projeto da Lei Geral que o Executivo encaminhou em 2011, que libera apenas o porte de bebidas, em detrimento do texto do relatório apresentado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), que expressamente legaliza o comércio e o consumo de álcool.

"Optamos pelo texto do governo que é mais claro. Há um debate jurídico sobre isso. Se aprovasse o texto do relator a legislação federal iria bater com a legislação estadual. Isso poderia gerar mais problemas", afirmou o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP).

(Caio Junqueira | Valor)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ebaaa, comer e beber nos estádios, durante a COPA 2014. Um monopólio agradeçe

Liberação da bebida na Copa será mantida na Lei Geral, diz relator

BRASÍLIA - O relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira que o texto a ser analisado em plenário vai manter a liberação da venda de bebidas alcoólicas. “À medida que o governo recua, permanece o texto aprovado pela comissão especial”, declarou.

O parlamentar tomou a decisão depois de o governo voltar atrás e declarar, por meio de nota oficial do Ministério do Esporte, que tinha um acordo com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para liberar a comercialização de bebidas nos estádios durante a Copa de 2014. “Só estou sistematizando a norma”, disse Cândido.

A proposta enviada pelo Executivo já suspendia o artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em eventos esportivos. O relator promete manter os artigos que explicitam a liberação do comércio desses produtos nos estádios.

Na noite de ontem, uma reunião de emergência foi convocada no Palácio do Planalto após a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e um representante Casa Civil da Presidência da República terem comunicado a líderes partidários que não havia acordo do governo com a Fifa sobre a liberação da venda de bebidas.

Os líderes aliados, que já temiam a derrubada do trecho em plenário, apoiaram a decisão. No entanto, uma garantia assinada pelo governo junto à Fifa liberava a venda dos produtos dos parceiros da entidade internacional, inclusive bebidas.

Participaram do encontro no Planalto os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Esporte, Aldo Rebelo, além de Ideli Salvatti, o novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Vicente Cândido.

Fontes ouvidas pelo Valor informaram que o clima na reunião foi de “desolação”, já que se percebeu ter havido um erro na posição anunciada pelo governo. Essas fontes informaram, ainda, ter ficado decidido que Aldo Rebelo concentrará as responsabilidades sobre a Lei Geral da Copa. Ele já era o negociador do governo, mas convivia com a interlocução de Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann com os líderes de partidos aliados.

Após a reunião, ficou acertado que Aldo Rebelo divulgaria uma nota explicando a posição do governo. "O Governo Federal esclarece que o compromisso assumido junto à Fifa relativo à venda de alimentos e bebidas nos estádios e outros locais durante a Copa do Mundo consta do Projeto de Lei originalmente encaminhado ao Congresso Nacional, em seus artigos 34 e 43, os quais foram mantidos no texto do relator aprovado pela Comissão Especial", diz a nota enviada pelo ministério.

O artigo 43 do texto enviado pelo Poder Executivo revoga o artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe o consumo de bebidas nos estádios.

Na manhã de hoje, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), alertou o governo de que a liberação da venda de bebidas deve ser derrubada em plenário. “Se depender do Parlamento, pelo o que eu tenho sentido, não haverá uma aprovação da liberação do consumo de bebidas dentro dos estádios de futebol”, afirmou.

(Daniela Martins / Valor)