quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

NINGUEM GOSTA DO PROTECIONISMO - SÓ QUE ESSA É UMA REGRA DO CAPITALISMO

O PRESIDENTE LULA FAZ BEM EM ATACAR, QUANTO ANTES, AS SINAIS EVIDENTES DE UMA NOVA ERA PROTECIONISTA DAS ECONOMIAS DESENVOLVIDAS.

O problema é que essa regra da economia é um recurso de uso frequente pela maioria dos países. Nesta época todos querem vender, poucos querem comprar de forma indiscriminada. Assim não funciona, faltam mercados para exportar e sobram produtos. Conclusão o Balanço de comercial entra em crise, como já está dando mostras e também o balanço de pagamentos sofre horrores.

Lula disse hoje que:
"Eu temo o protecionismo e ele está acontecendo", afirmou o presidente ao correspondente da BBC Gary Duffy. "Quanto o presidente Obama anuncia um pacote de investimentos e diz que vai financiar as obras que forem construídas com produtos comprados na siderurgia americana, ele está praticando um protecionismo que a OMC teoricamente não aceita."

O plano apresentado por Obama ao Congresso americano estipula que apenas ferro, aço e manufaturados produzidos nos Estados Unidos poderiam ser usados em projetos de construção contemplados pelo pacote de ajuda financeira, em uma cláusula que está sendo chamada de "Buy American" ("compre produtos americanos", em tradução livre)."Durante os bons anos de crescimento dos países ricos, eles criaram a globalização, falaram muito de livre comércio, de mercado. Agora que eles criaram uma crise, não podem praticar o protecionismo que tanto atrasou o mundo em outros momentos."

O presidente admitiu que o Brasil pode sofrer uma retração, mas disse que o país é o mais preparado para enfrentar a atual crise global. "Poderemos não crescer a 6%, mas poderemos crescer a 4% ou a 3%. O importante é que a gente continue crescendo", disse.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que estava revisando para baixo a previsão de crescimento para o Brasil em 2009 - de 3% para 1,8%. Lula, no entanto, afirmou acreditar que o Brasil "vai superar a crise sem sofrer aqui que os países ricos estão sofrendo".

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