sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

BRASIL, SAÚDE - SÍNDROME DE BURNOUT TRATASE DE UMA DOENÇA OCUPACIONAL?


CIÊNCIA HOJE: O LEITOR PERGUNTA.

Burnout é um tipo de estresse ocupacional, de caráter crônico, que atinge profissionais envolvidos com qualquer tipo de cuidado, em uma relação de atenção direta, contínua e altamente emocional. Inicialmente, ocorre um sentimento de exaustão emocional, que é caracterizado pela falta de energia e entusiasmo pelo trabalho.

Em um momento posterior, o profissional começa a se distanciar de sua clientela, colegas e organização, passando a tratá-los de forma impessoal. Por fim, desenvolve sentimentos de insatisfação com o seu desempenho profissional. É importante destacar que os profissionais podem, em algum momento da carreira, ter essa vivência. O que deve ser avaliado é a sua persistência, associada à presença diária e constante desses sintomas ao longo do tempo. A maior incidência dessa síndrome ocorre com professores e profissionais da área de saúde, mas pode acontecer com qualquer profissional voltado para o atendimento ao público.

Várias pesquisas têm sido realizadas, nos últimos anos, com policiais, bombeiros, agentes penitenciários, advogados e também com atletas. O profissional acometido pela síndrome de Burnout apresenta problemas físicos e emocionais, geralmente psicossomáticos, não sendo incomum a manifestação de quadros de ansiedade e depressão. Do ponto de vista organizacional, a doença está altamente associada ao absenteísmo (faltas ao trabalho), rotatividade e má qualidade dos serviços prestados. O tratamento deve ser realizado por médico e psicólogo do trabalho, sem, no entanto, esquecermos que sua prevenção deve partir de uma ação conjunta entre empresa e trabalhador para reduzir os fatores de estresse que levam à doença.

Nenhum comentário: