quarta-feira, 8 de abril de 2009

BRASIL, ECONOMICS DROPS

DFIN/MRE - INFORMAÇÃO DIÁRIA SOBRE A CRISE FINANCEIRA - 07/04/09

· Barry Eichengreen e Kevin O`Rourke divulgaram ontem breve artigo no qual comparam a evolução da produção industrial mundial, do comércio global e dos mercados acionários com o início do período da Grande Depressão. Os três itens apresentam quedas mais acentuadas na atual crise. No entanto, a resposta dos governos tem sido melhor em termos de políticas monetária e fiscal.

· O "The Times" noticiou hoje que o FMI estaria para divulgar nova estimativa para o valor dos ativos podres em posse de bancos e seguradoras que chegaria a US$ 4 trilhões. Do total, cerca de US$ 3,1 trilhões teriam se originado nos EUA e outros US$ 900 bilhões na Europa e Ásia. A estimativa anterior, no que diz respeito aos EUA, era de US$ 2,2 trilhões. Tais previsões dependem de maneira geral da evolução da economia global e especialmente dos mercados imobiliário e de trabalho.

· No início da crise, as perdas eram essencialmente vinculadas a hipotecas "subprime" e ativos relacionados a elas. Atualmente, com a deterioração do cenário, além de perdas que se espalham no mercado hipotecário, também ativos vinculados a cartões de crédito e empréstimos comerciais se tornam sem valor. Analistas estimam que as perdas já reconhecidas tenham atingido US$ 1,29 trilhões: US$ 800 bilhões nos EUA, US$ 400 bilhões na Europa e o restante na Ásia.

· Os consumidores nos EUA estão diminuindo as compras a crédito. Em fevereiro, o crédito caiu -3,5%, em termos anualizados, com relação a fevereiro de 2008. A inadimplência nos cartões cresceram para 8,82% nesse mês, maior percentual em 20 anos.

· A Irlanda, no segundo orçamento apresentado em seis meses, tenta lidar com a deterioração das contas públicas. O orçamento emergencial contempla mais aumentos nos impostos, com a criação de alíquotas intermediárias no imposto de renda de pessoa física, corte de despesas e revê de -6,75% para -8% a contração da economia em 2009.

· O Banco Mundial prevê que a economia ucraniana deverá encolher cerca de -9% em 2009, em comparação ao índice de -4% da última estimativa. Os setores da economia mais afetados pela crise são a indústria de construção civil e a de metalurgia.

· O BC australiano reduziu a taxa básica de juros para 3%, menor índice em 49 anos.

· A autoridade monetária espanhola estima que a taxa de desemprego no país alcançará 17% em 2009 e cerca de 19,5% em 2010. O BC espanhol prevê, ainda, que o déficit público em 2009 chegará a 8,3% do PIB em 2009 e 8,7% em 2010, bem acima do limite estipulado Pelas autoridades monetárias européias, de 3%.

· Bolsas internacionais (18h45): NY Dow Jones -2,34%; NY Nasdaq: -2,81%; Inglaterra: - 1,58%; Alemanha: -0,63%; França: -0,94%; Argentina: -2,98%; Japão: -0,28%; Hong Kong: -0,46%.

· A Bovespa caía -0,78% às 18h45 e o dólar -0,05 %, cotado a R$ 2,217.

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