quarta-feira, 16 de maio de 2012

Para Netinho, aliança entre PT e PCdoB em São Paulo "não é o ideal"



Em meio a cortejos do PT, PMDB, PRB e PDT, o pré-candidato do PCdoB à Prefeitura de São Paulo, vereador Netinho de Paula, disse nesta segunda-feira que a aliança com os petistas "não é o ideal". Netinho acenou com a possibilidade de retirar sua pré-candidatura e disse que as conversas com o PMDB "estão muito avançadas". O pré-candidato afirmou ainda que se não for candidato, não será vice.


"Ou eu serei candidato ou vou ceder [a vice] para ganhar tempo de televisão", afirmou Netinho. O pré-candidato destacou as conversas do PCdoB com o PMDB, PRB e PDT e deixou em segundo plano a negociação com o PT, feita pela cúpula nacional de seu partido. "Defendo o fortalecimento de uma terceira via. A polarização [entre PT e PSDB] em São Paulo é muito antiga", comentou.

Netinho reuniu em um evento na noite desta segunda-feira o pré-candidato do PMDB, deputado federal Gabriel Chalita, e o pré-candidato do PRB, Celso Russomano. No lançamento do site do vereador e pré-candidato do PCdoB participaram também parlamentares do PT e PSD.

Duas das estrelas do evento foram os deputado federal Protógenes Queiroz (SP) e o ex-ministro Orlando Silva, ambos do PCdoB. Protógenes puxou o coro de "peredeguedê" no evento, em um bar de São Paulo.

À frente das negociações das alianças políticas na capital, o ex-ministro Orlando Silva reforçou a proximidade do PCdoB com o PMDB, mas disse que o partido poderá manter a pré-candidatura de Netinho.

Na capital, a relação política entre PT e PCdoB se desgastou a partir das denúncias contra Orlando Silva, que levaram à sua queda do Ministério dos Esportes, e com críticas feitas pela bancada de vereadores petistas à entrada do PCdoB na gestão Gilberto Kassab (PSD).

Orlando Silva lembrou-se desses dois casos. "Faço política com a razão e tenho a consciência tranquila. Evidentemente que aqui e ali a gente fica triste quando se depara com o fogo amigo. Mas é da vida. Eu tenho a consciência limpa, mas não sei se todo mundo tem", afirmou Silva. "Mas não vamos pautar a discussão a partir do ministério dos Esportes nem vamos nos pautar pelas dificuldades que tivemos na Câmara dos Vereadores com a bancada do PT", disse.

No evento, o pré-candidato do PRB fez uma homenagem ao ex-ministro ao discursar. Russomano elogiou também Protógenes,como "um exemplo de inovação".

(Cristiane Agostine | Valor)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Grécia deve marcar novas eleições antes de 10 de junho

ATENAS E BRUXELAS - Os líderes dos principais partidos gregos, juntamente com o presidente do país, Karolos Papoulias, devem decidir o quanto antes pela formação deum governo interino que marque novas eleições para antes do dia 10 de junho, previsto anteriormente. A pressa acontece por causa da pressão de membros União Europeia, que ameaçavam expulsar a Grécia da EU, e também devido à queda do índice Stoxx Europe 600 ao nível mais baixo desde dezembro de 2011, nesta terça-feira, puxado pela incerteza política vigente no país. O índice caiu 0,7%, chegando a 245,76 pontos. O euro também teve queda de 0,8%. 

“Sabemos que o povo não deseja novas eleições, mas, sim, um governo de coalizão que mantenha o país na zona do euro”, afirmou Evangelos Venizelos, líder do partido socialista Pasok. No entanto, todas as quatro tentativas para formar esse governo conjunto, envolvendo os partidos mais votados nas eleições de domingo, 6 de maio, falharam, o que obrigou a convocação de novas eleições.

“Uma segunda votação na Grécia significa que o país está em vias de deixar a zona do euro”, disse Fredrik Erizon, diretor do Centro Europeu para Política Econômica Internacional (Ecipe, na sigla em inglês), em Bruxelas.

Pesquisas de opinião apontam vitória do partido de esquerda Syriza, o que compromete a situação da Grécia perante os membros da UE. Seu líder, o jovem parlamentar Alexis Tsipras, afirmou que a legenda é contra as medidas de austeridade, impostas pela união para manter a ajuda financeira à Grécia e o país na zona do euro.

(Bloomberg)

A jovem que com 6 meses já paga seus investimentos

Em menos de 6 meses a Secretaria de Indústria Comércio e Mineração - SEICOM, que tinha sido extinta no Governo Ana Julia, recriada no atual governo, já está dando seus frutos. A primeira taxa pelo acompanhamento da exploração mineral já foi paga. Veja a nota do Repórter Diário abaixo, logo virão outras.


" A norueguesa Norsk Hydro é a primeira mineradora a pagar a taxa sobre a extração de minérios em todo o Pará, cumprindo o que determina o decreto que regulamentou a lei 7.591/2011, instituindo a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM), além do controle e fiscalização das atividades do setor."

Segundo informação de fontes próximas à empresa, o valor arrecadado foi de R$885 mil reais.





segunda-feira, 14 de maio de 2012

A última floresta


Morar em vários países ajuda a ser promovido. No Brasil não é regra.

Se você crê que um período de trabalho no exterior pode lhe garantir um cargo mais elevado, comece a arrumar as malas.

Agora que o processo de levar um produto ao mercado envolve uma rede cada vez mais mundial de comercialização, gerentes que disputam cargos executivos devem estar dispostos a trabalhar no exterior por vários períodos. Esses profissionais com experiência em dois ou três países estão em alta demanda, pois o tempo passado no exterior amplia sua capacidade de administrar operações complexas e interligadas — habilidades que não podem ser desenvolvidas na sede da empresa ou num período breve no exterior, dizem recrutadores e gerentes de recursos humanos.

"Não há nada como estar no próprio local para ver a realidade de como o negócio realmente funciona", diz Tom Kolder, presidente da firma de recrutamento de executivos Crist|Kolder. "Temos visto isso passar de 'seria uma vantagem' para 'é essencial'".

No passado, enviar um executivo para o estrangeiro sinalizava que ele não era mais vital para as operações do dia-a-dia, diz James Hertlein, diretor administrativo da Boyden, firma de recrutamento de executivos. Agora, sete em cada dez clientes pedem experiência internacional ao procurar executivos de alto escalão ou membros do conselho; e, desses sete, cerca de metade começou recentemente a exigir vários anos de experiência em diversos países, estima Hertlein.

À frente dessa mudança estão os diretores-presidentes que desejam ter uma equipe na sede com experiência prática em administração em quase qualquer parte do mundo, desde encontrar parceiros locais até prever as preferências dos clientes.

À medida que a Xerox Corp. transferia suas divisões de design, fabricação e fornecimento para parceiros no exterior, os empregados com experiência em várias regiões do mundo tornaram-se os mais adequados para administrar essas parcerias — por exemplo, supervisionando um produto desde os estágios iniciais de fabricação na China até o lançamento para clientes de varejo no Brasil, diz Tom Maddison, diretor de recursos humanos da Xerox.

"Agora já não tem mais valor estar em Nova York gerenciando operações no exterior", diz ele.

Assim, quando a empresa precisou de um novo diretor financeiro, pediu aos recrutadores que encontrassem candidatos com "ampla experiência mundial no setor". Tradução: quando se trata de períodos de trabalho no exterior, "quanto mais, melhor", diz Maddison.

A equipe que buscava um diretor financeiro encontrou o executivo Luca Maestri, italiano de nascimento que já morou em mais de seis de países — inclusive Brasil, Irlanda e Tailândia — a serviço da General Motors Co. e da Nokia Siemens Networks. A Xerox nomeou Maestri seu diretor financeiro no início de 2011.

Quando veteranos em trabalhos no exterior como Maestri estão na sala, as discussões na sede da empresa, no Estado americano de Connecticut, logo passam das grandes ideias para os detalhes específicos — por exemplo, como uma dada faixa demográfica se comporta na Índia, ou qual diretor-presidente brasileiro seria melhor chamar para um dado projeto, diz Maddison. E acrescenta que esses executivos não só sabem conduzir os negócios como também quem se deve contatar.

Ter experiência no local também pode reduzir o risco de uma empresa incorrer em problemas com subornos e pagamentos por baixo da mesa, que são "bastante comuns" em alguns países em desenvolvimento, observa Kolder. Por ter experiência no país, um executivo pode identificar onde essas armadilhas podem ocorrer, e garantir que haja controles em ação para evitá-las, diz ele.

Na Xerox, os executivos com experiência mundial trazem suas redes de contatos pessoais para a empresa. Mas o importante é ter acesso ao conhecimento que eles têm dos locais, e não usar a sua influência, ressalta Maddison. "A influência é uma ladeira escorregadia, e é preciso ter cuidado", diz ele.

A Idex Corp. também queria alguém com experiência internacional significativa quando substituiu um membro do conselho que se aposentou no ano passado. A fabricante americana de produtos industriais e de tecnologia escolheu Tony Satterthwaite, executivo da área de energia, que já havia passado quatro anos no Reino Unido e cinco anos em Cingapura chefiando a divisão de geração elétrica da Cummins Inc.

Embora os membros ativos do conselho tivessem alguma experiência internacional, Satterthwaite conhecia os "detalhes sinistros" da formação de canais de distribuição, navegação pelos processos regulatórios e compreensão do papel do governo, diz o diretor-presidente Andrew Silvernail.

Silvernail reconhece que essa nova exigência tem um custo pessoal alto para os executivos, que podem não se animar a mudar a família para o exterior duas vezes ou mais. Ele mesmo nunca morou no exterior, mas diz que teria feito isso se seus chefes tivessem pedido. Contudo, passar mais que cinco ou seis anos fora do país teria sido um sacrifício demasiado grande.

"Para mim, pessoalmente, seria muito difícil, porque tenho uma família muito unida", diz ele.

Alguns críticos dizem que contratar candidatos em função do seu currículo global traz nômades, e não líderes. O trabalho no estrangeiro recompensa o funcionário por retornos de curto prazo e não por resultados duradouros, diz Brian Kropp, diretor administrativo da Corporate Executive Board, empresa de pesquisa e consultoria. Em vez disso, ele recomenda mandar os executivos para outrospaíses em viagens longas, de até duas semanas a cada mês.

Na Xerox, onde oito de cada dez executivos do alto escalão são promovidos de dentro da empresa, as estrelas em ascensão fazem rotação em períodos no exterior de dois a quatro anos, de modo que precisam passar por esse "teste decisivo" informal bem antes de serem candidatos a cargos executivos, diz Maddison.

O atual presidente da divisão de tecnologia da Xerox, Armando Zagalo de Lima, é fruto dessa preparação. O executivo, português de nascimento, tem ocupado sucessivos cargos no exterior há 22 anos, com passagens pela Bélgica, Reino Unido e Espanha. Trabalhando agora na sede, em Connecticut, o executivo de 53 anos supervisiona mais de 160 países e é diretamente subordinado à diretora-presidente Ursula Burns.

Os anos de estrada o treinaram nos detalhes mais sutis dos negócios em vários mercados, mas ele diz que sua esposa e seus dois filhos sofreram com as constantes mudanças de país. Mesmo assim, ele diz que teria disposição para fazer tudo de novo.

"Posso me ver facilmente vivendo no Brasil. Posso me ver morando no México", diz ele. "Se isso acontecer, poderia ser emocionante."


Por LESLIE KWOH


WSJ Americas

domingo, 13 de maio de 2012

Ninguém é profeta na sua própria terra, menos no Brasil

FHC vence prêmio Kluge e vai receber US$ 1 mi


Fernando Henrique Cardoso foi declarado vencedor do Prêmio John W. Kluge, da biblioteca do Congresso dos EUA. Trata-se de distinção concedida a pessoas que se destacam em estudos de disciplinas não incluídas na premiação do Nobel. No caso de FHC, a sociologia.

Afora o reconhecimento acadêmico, FHC engordará a conta bancária em US$ 1 milhão. O prêmio será entregue no dia 10 de julho, em Washington. Um comunicado da biblioteca do Congresso americano explicou a escolha do ex-presidente tucano assim:

“A análise acadêmica [de FHC] das estruturas sociais do governo, da economia e das relações raciais no Brasil estabeleceram a estrutura intelectual de sua liderança como presidente na transformação do Brasil de uma ditadura militar com alta inflação em uma democracia vibrante, mais democrática e com forte crescimento econômico.”

Ouvido, FHC disse ter recebido a notícia com surpresa e satisfação. “Surpresa porque o prêmio foi dado sem que eu o esperasse e sem ter a mais vaga ideia de que ele seria concedido a alguém cujas obras acadêmicas principais foram escritas há tanto tempo.”

“Satisfação por ver no prêmio o reconhecimento do esforço intelectual que fiz e, especialmente, como foi ressaltado no anúncio, porque o prêmio se deu também em função da coerência entre o que escrevi e minha ação política.”

Eu te disse, assim não vai dar, tudo ano a mesma coisa.


O Remo reinventado


Figura carimbada


RAIO-X O ADVOGADO DE DEMÓSTENES

Nome

Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay

Atuação

Advogado criminalista

Idade

54 anos

Cidade natal

Patos de Minas (MG)

Formação e família

Formado em Direito em 1981 na Universidade de Brasília (UnB). Casado, pai de três filhos

Negócios
Tem um escritório de advocacia em Brasília, onde conta com o auxílio de mais três advogados. É sócio do restaurante Piantella, um dos mais tradicionais da cidade, e do Expand, que vende vinhos. Também é sócio de Sarney numa fazenda, a Divitex, e da empresa Data Traffic, especializada em lombadas eletrônicas.

Chávez termina tratamento de radiação e retorna à Venezuela



CARACAS - O presidente da Venezuela Hugo Chávez desceu as escalas do avião sem assistência para anunciar que o seu tratamento de radiação realizado em Cuba terminou "com sucesso" e que ele está otimista com os resultados. Chávez falou ontem à noite na televisão estatal do aeroporto de Caracas, dizendo que espera retomar gradualmente a "revolução", como ele se refere a sua agenda política.

Chávez chegou em casa depois de passar 11 dias em Cuba para o tratamento de um câncer. Chávez chegou em Caracas por volta das 22 horas e foi recebido no aeroporto pelo vice-presidente, Elias Jaua, além de ministros.

O socialista, que passou por três operações e diversas sessões de quimioterapia e radioterapia desde junho do ano passado, tem insistido que pode continuar como candidato de seu partido nas eleições de outubro.

Chávez tem 43% por cento das preferências dos eleitores ante 26% de seu adversário Henrique Capriles Radonski, de acordo com a pesquisa da Datanalisis realizadas entre 9 e 18 de abril.

Por Bloomberg News