quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Apesar de otimista, Conceição alerta para perigo de desindustrialização



A economista mais conhecida do Brasil, a portuguesa Maria da Conceição Tavares, espera uma administração Dilma Rousseff bem diferente da de Lula. "Dilma não se parece com o Lula.

Ela tem perfil de gerente, enquanto Lula usa a habilidade política para fazer ziguezagues. Ela deve ter uma linha mais reta de tocar o governo". Na visão de Conceição, o caráter gerencial da presidente da República não é uma qualidade negativa, pelo contrário. "Ela não brinca em serviço e não vai deixar ninguém pisar em ramo verde", diz, usando uma expressão bem lusitana.

Conceição, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acha difícil prever como Dilma se comportará politicamente, mas crê que a presidente não terá dificuldades em lidar com o ministério e nem mesmo com o Congresso, onde a oposição perdeu terreno. "Ela vai saber 'apertar os cravos' [dos ministros e dos políticos] devagarinho e na hora certa."

Ela não está pessimista em relação ao novo governo, mas ressalta duas preocupações que constituem desafios no curto e longo prazos, na sua opinião.

No curto prazo, ela chama a atenção para a concorrência internacional desvairada no pós-crise, com forte impacto sobre a balança comercial do país. "A questão envolve a necessidade da adoção de uma nova política de substituição de importação para frear a desindustrialização de setores da economia nacional", recomenda. A nova política passaria a exigir das multinacionais maiores índices de nacionalização na indústria de partes, peças e componentes, principalmente dos setores automotivo e eletroeletrônico.

No plano social, de mais longo prazo, Conceição torce para a presidente criar um fundo com recursos do pré-sal para federalizar as políticas públicas universais mais importantes de educação e saúde. "Não basta procurar erradicar a miséria. Sem avanço na educação e na saúde continuaremos subdesenvolvidos", adverte.

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Briga de cachorro grande


PT e PMDB disputam setor elétrico


A presidente Dilma Rousseff vai propor que Flávio Decat seja o futuro presidente da Eletrobrás, desbancando o poder do PMDB na holding, atualmente presidida por José Antonio Muniz Lopes Filho, afilhado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Será uma reedição de 2008, quando Sarney venceu a disputa com a então chefe da Casa Civil e conseguiu indicar seu apadrinhado para o posto.

A Eletrobrás é o exemplo mais patente de uma disputa tensa entre PT e PMDB pelos segundo escalão do setor elétrico. A área sempre foi considerada um feudo pemedebista, especialmente do clã Sarney. O presidente do Senado conseguiu, ainda durante a campanha presidencial, a garantia de que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) retornaria ao Ministério de Minas e Energia caso Dilma fosse eleita.

Lobão chegou a cogitar, caso José Antônio Muniz Lopes Filho seja realmente substituído, indicar Márcio Zimmermann para o posto, mas não teve força política suficiente e Zimmermann retornou para a secretaria-executiva do Ministério de Minas e Energia.
O chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, avisou a lideranças do PT e do PMDB que as negociações de cargos no setor elétrico só vão começar na segunda quinzena de janeiro. O aviso serviu para acalmar um pouco os ânimos na base dos dois partidos. Vencida esta etapa, vai começar outra fase complexa: a escolha dos nomes que vão comandar as subsidiárias.

O caso mais complicado é o de Furnas, no Rio de Janeiro. O PT está ansioso para tirar a estatal do comando do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os petistas argumentam que Cunha é um aliado perigoso, que já prejudicou o governo durante a votação da CPMF em 2007 - atrasando a entrega do relatório na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para pressionar pela indicação de Luiz Paulo Conde para a presidência da empresa fluminense.
O pemedebista ironizou o apetite do PT para diminuir espaços do PMDB no governo. "Ninguém vem a público defender cargos para o PMDB. Só querem tirar. Quero ver como ficarão as votações no Congresso depois", disse. Segundo Cunha, a exemplo do PT, seu partido também pretende manter os postos que ocupa atualmente e, se possível, avançar em algumas áreas.

Na Eletronorte, é grande a possibilidade de permanência do atual presidente, Josias Araújo. No fim do ano passado, circulou a informação que Dilma gostaria de indicar uma mulher para a presidência, notícia que acabou não se confirmando. Mas são consideradas certas mudanças em outras diretorias para acomodar o senador Luiz Otávio (PMDB-PA), que não se elegeu para deputado, e o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), cuja eleição foi impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.

Na Eletrosul, o PT catarinense deve propor a troca do atual presidente, Luiz Mescolotto, ex-marido da ministra da pesca, Ideli Salvatti. E na Chesf, o PSB de Eduardo Campos vai indicar um nome para o lugar do atual presidente, Dilton da Conti. "Mas o cargo não sairá da órbita de Campos. A Chesf é fundamental para Pernambuco", confidenciou um petista que milita no setor elétrico.

Valor on line

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

KD os homens do Presidente?

Foto: GENRÍQUEZ/dez 2010 - Os últimos dias do Lula no Planalto

Foto: GENRÍQUEZ/dez 2010 - Os últimos dias do Lula no Planalto

Dívidas dos governos do DF e do Pará


Até hoje só heranças malditas nos estados que mudam de comando político.

Nos estados em que os novos governadores são aliados é só herança bendita.

Veja aqui: Distrito Federal e Pará.



Brasilília: Um deficit de R$ 629 milhões
O governo que chega terá de administrar uma dívida da administração encerrada na última semana por Rogério Rosso (PMDB). A equipe da Secretaria de Fazenda detectou restos a pagar no GDF no valor de R$ 629,5 milhões. É dinheiro referente a contratos firmados pela gestão anterior em diversas áreas sem previsão no orçamento de 2011. O montante é tratado como um deficit pelos atuais governantes, que terão de fazer ajustes para quitar o saldo negativo.

 Por enquanto no Pará....


Estado - Revelação foi feita por Sérgio Leão na posse dos novos secretários
Ana Júlia Carepa (PT) deixou mais de R$ 400 milhões em dívidas para seu sucessor no comando do Estado, Simão Jatene (PSDB). A informação foi dada pelo coordenador de transição da equipe tucana e atual Secretário de Governo (Segov), Sérgio Leão, na noite de ontem, após a posse coletiva dos novos secretários e presidentes de autarquias e fundações, realizada no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Ele informou também que a gestão petista deixou apenas R$ 80 milhões em caixa, enquanto os tucano, no final de 2006, deixaram R$ 180 milhões para Ana Júlia. Leão voltou a expor sua preocupação em relação a situação que o Estado se encontra durante o seu discurso, ao afirma que o Pará passar por um momento de crise institucional. "E se a gente não responder à sociedade, vai enfrentar um problema", frisou.

Fontes: O liberal e Corrio Braziliense. 


Aqui em Brasília - Corte no GDF pode chegar a 50% dos 18,5 mil servidores já identificados. É pouco


Na realidade serão 15 mil exonerados. Depois do mensalão do DEM...

No primeiro dia útil do novo governo, Agnelo Queiroz (PT) reuniu o secretariado para combinar como se darão na prática as medidas que anunciou por meio de decreto no dia da posse. Diante de uma equipe de 37 assessores mais próximos, o chamado primeiro escalão, o governador ordenou que a atenção nos primeiros meses de administração esteja voltada para a recuperação do atendimento médico em hospitais e postos de saúde da rede pública.

Agnelo determinou a redução da estrutura de governo com o corte de cargos comissionados, que pode chegar a 50% da equipe atualmente formada por 18,5 mil funcionários. A princípio, 6 mil cargos estão congelados, o que equivale a um terço das funções de confiança existentes.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Planos de Saída do Bolsa Família ou de entrada ao trabalho seguro e estável?



Está nos planos do governo Dilma Rousseff a transformação de parte da clientela do Bolsa Família, o programa de transferência de renda de maior sucesso da gestão Lula, em uma nova categoria de empreendedores rurais e urbanos. O Valor apurou que a nova ministra do Desenvolvimento Social, a economista Tereza Campello, que assumiu ontem o cargo, pretende dar ênfase ao desenvolvimento empresarial das 12,9 milhões de famílias assistidas pelo programa.

Entre os planos está a criação de uma espécie de "força-tarefa" institucional para criar, transferir e aplicar tecnologias em benefício da "nova classe média" resultante das políticas de redução da pobreza no país. Pretende-se aproveitar várias experiências de microcrédito e usar o conhecimento acumulado pela agência de apoio ao empreendedorismo (Sebrae) para estimular esse novo grupo social a abrir pequenos negócios. Essa "porta de saída" estimularia investimentos em mercearias, restaurantes, cabeleireiros, revendas e "lan houses"

"As famílias do Bolsa Família têm microcrédito e crédito urbano, mas precisamos avançar. Temos de garantir a elas a ascensão, para que deixem de precisar do Bolsa Família", disse Campello em sua concorrida cerimônia de posse.

Avançar também foi uma palavra-chave da presidente Dilma em seu principal discurso de posse, no sábado. Em 2003, quando o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva prestou juramento, a palavra que marcou sua fala foi "mudança". Agora, Dilma prega a continuidade, mas faz acenos à oposição e "estende a mão" às parcelas da sociedade que não estiveram com ela na jornada eleitoral.

Dos oito governadores oposicionistas eleitos ou reeleitos pelo PSDB em outubro, sete compareceram à posse de Dilma. A ausência mais notada foi a do senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, e do governador Antônio Anastasia. Foi uma nova atitude de Aécio, que sempre condenou a radicalização da disputa entre PSDB e o PT em São Paulo e é hoje visto como o mais forte candidato da oposição em 2014.

Dilma disse que a "estabilidade econômica é um valor absoluto", prometeu qualidade nos gastos públicos e declarou que não permitirá a volta da inflação, que chamou de "praga". Mas o discurso de Dilma foi tímido quando se referiu à reforma política.

Ministra Tereza Campello assume o MDS aceitando o desafio de erradicar a miséria. A porta de saída do Bolsa Família?



A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assumiu o cargo dizendo que é possível erradicar a miséria no Brasil e promover a inclusão produtiva. Ela falou sobre os recentes avanços na área social e defendeu estratégias conjuntas para o desafio dos próximos quatros anos.

Tereza Campello assumiu neste domingo (02/01) o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) aceitando o desafio da presidente Dilma Rousseff de erradicar a miséria no Brasil e promover a inclusão produtiva. “É possível e temos o dever de ousar mais uma vez”, afirmou.
 

Em discurso na transmissão de cargo, ela falou dos próximos passos da pasta: “Esta próxima etapa buscará incluir o núcleo dos brasileiros mais pobres e o núcleo mais complexo e os mais vulneráveis, os invisíveis afastados dos serviços públicos, sem documento, sem direito, sem cidadania.” E lembrou que o esforço dos próximos quatro anos implica em continuidade, consolidação das conquistas e aprofundamento das políticas de inclusão. “Isto exigirá inovação e superação”, salientou.

A ministra disse que será necessário construir várias estratégias para atender às diversidades regionais, culturais e sociais do pais e deu grande ênfase às ações de inclusão produtiva. “Já fizemos muito, mas muito ainda há de ser feito. Vamos seguir em frente com o projeto de nação com desenvolvimento econômico, acompanhado de distribuição de renda, distribuição de cultura e distribuição de poder”.

O autor do blog com a Ministra Campello
Ela falou dos avanços do Fome Zero e do Bolsa Família, lembrando que 93% dos beneficiários do programa fazem três refeições por dia e mais de 11 milhões de brasileiros passaram a viver em segurança alimentar. Ela também reforçou a importância da gestão compartilhada entre governos federal, estaduais e municipais e lembrou das conquistas sociais nos últimos anos, citando o 4o. Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que aponta a queda da pobreza extrema de 12% em 2003 para 4,8% em 2008.

Tereza Campello entrou no auditório lotado do Bloco K de braços dados com a ex-ministra Márcia Lopes e ambas foram aplaudidas de pé. Na despedida, Márcia afirmou que participar do MDS foi uma experiência fantástica num governo que teve a ousadia e a coragem de enfrentar a realidade do Brasil. “Chegamos a um patamar de interlocução qualificada e não é a toa que estamos assistindo à redução da desigualdade no Brasil”.


Participaram da cerimônia ministros do governo Lula (Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário,) e do governo Dilma Rousseff (Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência; Isabel Teixeira, do Meio ambiente; Luiz Sérgio, das Relações Institucionais; Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário; Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; Luiza Bairros, da promoção da Igualdade Racial; Miriam Belchior, do Planejamento; Fernando Haddad, da Educação; e Alexandre Padilha, da Saúde), secretários e servidores do MDS, dirigentes de Conselhos, deputados federais e senadores, entre outras autoridades.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Na posse da presidenta Dilma, Sebastian Piñera Presidente do Chile comete mais uma gafe



O presidente do Chile, Sebastián Piñera, cujas gafes são recorrentes, meteu os pés pelas mãos de novo ao chamar Brasília de Brasilea no último sábado, quando viajou para a posse de Dilma Rousseff.

"Chegando em Brasilea para mudança de comando Lula-Dilma. 2010 foi um ano duro mas soubemos enfrentar com unidade. Será um grande ano para o Chile", postou o presidente em sua conta no Twitter, que originou uma série de brincadeiras e críticas entre os usuários do microblog.

"Brasilea é a capital de Bresil, fica ao lado de Ecuadeaor", ironizava um. "Piñera fez escala em Montefideo antes de chegar a Brasiléia", "Brasiléia está cheia de brasuizos", dizia outro. 
Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal "La Cuarta", Piñera também se enrolou ao explicar um de seus erros mais conhecidos, que foi quando mencionou Robinson Crusoé, o personagem de Daniel Defoe, quando declarou ser uma pessoa de carne e osso.

O episódio aconteceu em abril do ano passado, quando visitou o arquipélago Juan Fernández, devastado pelo terremoto e tsunami do dia 27 de fevereiro.

"Nesta ilha viveu Robinson Crusoé durante quatro longos anos, cuja história não somente fascinou o mundo inteiro, mas pôs esta ilha onde vivem 800 chilenos no mapa do mundo", disse o presidente, que completou ao se referir ao arquipélago como se fosse uma ilha.

"Eu sempre fui um grande admirador de Willem Dafoe (sic), que escreveu o romance 'Robinson Crusoé'. Certa vez os habitantes disseram que foi Crusoé que pôs a ilha do mapa, portanto poderíamos dizer que Crusoé é habitante desta ilha", disse, confundindo o autor com o ator de cinema americano Willem Dafoe (de "Homem-Aranha" e "Anticristo").

Terra Brasilis

Outra gafe do Presidente chileno.
 
Na sua admiração reprimida pelo regime nazista da Alemanha de Hitler e do Chile do Pinochet (como foi revelado pelo wikileaks), Piñera já tinha assinado o livro de ouro de visitantes ilustres na alemanha, ecrevendo uma frase considerada nazista e que já tinha sido retirada do Hino Nacional a alemanha"Deutschland über alles" (Alemanha acima de tudo). A folha teve que ser retirada do livro e o Presidente chileno escrever outra frase.