quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Aqui em Brasília - MENSALÃO DO DEM:STJ determina quebra de sigilos de Arruda


Foram abertas informações bancárias e fiscais do governador e de mais 15 envolvidos no esquema do mensalão do DEM

Arruda disse que, desde o início do processo, colocou seus dados à disposição da Justiça; decisão também atinge a primeira-dama

HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Fernando Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do governador José Roberto Arruda (ex-DEM) e de outros 15 envolvidos no chamado mensalão do DEM. A decisão, do dia 18 de dezembro, só foi divulgada ontem. Também foram abertos os sigilos do presidente da Câmara do DF, deputado Leonardo Prudente, flagrado colocando dinheiro na meia, e da deputada Eurídes Brito (PMDB).
São os deputados distritais que vão decidir sobre pedido de impeachment proposto contra Arruda, acusado de cobrar propina de empresas de informática, ficar com 40% do dinheiro e distribuir o resto a aliados.
Até a mulher do governador, Flávia Arruda, foi atingida pela decisão judicial, pois houve a quebra de sigilo do Instituto Fraterna, entidade de assistência social presidida por ela.
Há suspeita de que as despesas da ONG eram pagas com dinheiro de propina. A primeira-dama nega. Outra entidade de assistência, a Associação Brasiliense dos Amigos de Arruda, também teve o sigilo quebrado. A Fraterna e a associação foram alvos de busca e apreensão da Polícia Federal em dezembro. O inquérito da PF que investiga Arruda corre no STJ, onde ele tem foro privilegiado. Gonçalves entendeu que não era necessária a autorização da Câmara do DF para determinar a quebra. O aval dos deputados é, atualmente, indispensável para abertura de ação penal contra um governador.
Outros envolvidos atingidos pela medida do STJ são Domingos Lamoglia, conselheiro do Tribunal de Contas do DF; Fábio Simão, chefe de gabinete de Arruda até o escândalo; José Luiz Valente, que era o secretário de Educação; o assessor da Secretaria de Educação Gibrail Gebrim; e Omézio Pontes, ex-assessor de imprensa.
A decisão do ministro ainda atinge as empresas Adler, Vertax, Infoeducacional, Unirepro, Linknet e CTIS, que, segundo Durval Barbosa, ex-secretário de Arruda, pagavam propina para o esquema em troca de contratos. As empresas negam as acusações.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Chile - As Leições para o Brasil: A Concertação está pronta para entregar o poder aos seguidores do Pinochet

A uma semana das eleições no Chile, já no segundo turno, o candidato da “Alianza por Chile”, Sebastian Pinhera, supera nas intenções de voto ao candidato concertacionista, Eduardo Frei. Uma pesquisa do jornal El Mercurio da como ganhador a Pinhera por (46,1%) a (41%) que conseguiria o candidato da Concertação Eduardo Frei, nas principais cidades do Chile: Santiago, Concepción y Valparaíso.
Guardando as reservas da fonte das pesquisas (El Mercurio é o jornal da direita por excelência no Chile e partidário do candidato opositor).

Para evitar um triunfo da direita os chilenos estariam obrigados a votar por Frei, o pior e menos expressivo candidato que poderia ter indicado o bloco governista. Frei já foi presidente do Chile e seu governo não deixou saudades aos chilenos e hoje se apresenta como uma versão renovada, com sua proposta de ser continuador da presidenta Bachelett que está com mais de 81% de aprovação por um governo de alta qualidade, voltado principalmente para o crescimento do social.

Apesar dessa vantagem ainda é possível reverter essa situação. Falta a definição de um dos candidatos que quedou no caminho. Com um capital de mais de 1 milhão quinhentos mil votos, o independente Marco Enríquez, que ficou como terceiro colocado e que não passou ao segundo turno, ainda não manifesta sua intenção de votos. Dos mais de 20% de votos que obteve Enríquez, Frei precisa mais 6%, já que somou cerca de 5% do quarto candidato de esquerda, Jorge Arrate, votos duros que passariam integralmente a Frei. Se Enríquez declara publicamente seu respaldo ao candidato da Concertação, ainda nestes dias, poderia ocorrer o milagre de Frei ganhar a eleição e a concertação continuar no poder, caso contrario, Chile voltará a ser governada pela direita, esta vez, em eleições democráticas e as mais disputadas da história.

Chile - de Norte a Sul

Chile - VIII Região Cordilheira dos Andes......



E MAR.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Assuntos Estratégicos - Plano de Desenvolvimento vai integrar a licitação de Belo Monte


6/1/2010 18:01
Da Redação
Agência Pará

O Plano de Desenvolvimento Regional do Xingu (PDRS) será finalizado até 31 de maio deste ano para inclusão no leilão de Belo Monte. Ou seja, a empresa que vencer a licitação da obra terá que implementar as ações do documento, beneficiando a população dos 10 municípios da região. A finalização do PDRS será feita por um grupo de trabalho intergovernamental formado por 19 órgãos do governo federal e 25 do Estado.

Decretos lançados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (de 19 de novembro de 2009) e pela governadora Ana Júlia Carepa (nº 1.979, de 30 de novembro de 2009) criaram o GTI. O grupo tem uma secretaria executiva formada pela Casa Civil da Presidência da República, Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir) para coordenar os trabalhos.

O PDRS é um instrumento de planejamento com vistas ao desenvolvimento socioeconômico da região, por meio de ações e obras a serem implementados a curto, médio e longo prazos. Fazem parte da região do Xingu os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.

O governo do Estado, através da Seir, já realizou o diagnóstico da realidade local e as consultas públicas. O diretor de Integração Territorial da Seir, Denivaldo Pinheiro, explica que o GTI vai revisar o diagnóstico e fazer o cruzamento das ações demandadas nas consultas públicas com as previstas pelos governos federal e estadual para definir as diretrizes e as ações estratégicas.

A primeira reunião da secretaria executiva acontece no próximo dia 14, no auditório do Centro Integrado de Governo (CIG), em Belém. Mas o GTI já começou a trabalhar após encontro no mês passado, em Brasília. A próxima reunião ampliada será nos dias 1 e 2 de fevereiro, também na capital paraense.

Membros - Cada órgão integrante do GTI do Xingu vai definir as ações correspondentes às suas respectivas áreas de atuação. Os órgãos do governo federal no grupo, são Casa Civil e Secretarias de Assuntos Estratégicos e de relações Institucionais da Presidência da República; Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Educação; da Saúde; das Cidades; de Minas e Energia; do Desenvolvimento Agrário; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; da Integração Nacional; do Meio Ambiente; do Planejamento, Orçamento e Gestão; dos Transportes; do Trabalho e Emprego; da Justiça; e de Pesca e Aqüicultura; e Centrais Elétricas Brasileiras.

Os órgãos do Estado no GTI, são Casa Civil do Governo do Estado; secretarias de Estado de Integração Regional; de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof); de Agricultura (Sagri); de Governo (Segov); de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes); de Cultura (Secult); de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect); de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedurb); da Fazenda (Sefa); de Educação (Seduc); de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh); de Meio Ambiente (Sema); de Obras Públicas (Seop); de Pesca e Aqüicultura (Sepaq); de Projetos Estratégicos (Sepe); de Saúde (Sespa); de Segurança Pública (Segup); de Trabalho, Emprego e Renda (Seter); e de Transporte (Setran); Institutos de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp); de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor); e de Terras do Pará (Iterpa), Companhia Paraense de Turismo (Paratur); e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-PA).

Portugal - Para Portugués ver.....e entender


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Chile de Norte a Sul - A Concertação cometeu seu erro histórico e pagará caro por isso


Tenho viajado pelo chile de Norte a Sul e de Sul a Norte, visitado cidades da cordilheira ao mar e todo mundo com quem falo concorda: a concertação cometeu um dos seus principais erros, desconhecer a força da diversidade e da disidencia.

Os presidentes dos partidos socialistas e democratacristianos, reprovaram a realização primárias internas, o que na realidade não mudaria a indicação do candidato mayoritário do bloque, apenas consolidaria sua força e legitimaria sua candidatura. Não foi assim e um dos jovens militantes do Partido Socialista, Marco Enríquez, renunciou e se apresentou como independente, passando de 1% das preferência eleitorais para mais de 20%, resultando o terceiro colocado e sendo hoje depositário de mais de um milhão 500 mil votos que podem decidir a eleição do Segundo Turno.

Os sociaslistas e democratacristiãos preferem perder a eleição a reconhecer seus erros. E menos aceitar o chamado de todas as correntes da Izquierda de que os presidentes dos partidos devem renunciar para assim ampliar o leque de apios ao candidato do Bloque, Eduardo Frei.

O perigo de um trunfo da direita é iminente e muitos ex Marquistas (que apoiaram a Marco Enríquez) preferem hoje votar na direita, como voto de castigo à insenzatez política da concertação.

Assim, a direita pode ganhar e arrebatar o trunfo à concertação. Teriamos direita por mais 12 anos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Aqui no Chile - Um país de cerejas, vinhedos e rosas

No final da safra das cerejas na VIII Região del Bio-Bio





As rosas sempre presentes em todos os jardins da Região





As parreiras, ainda verdes para a produção de uva, a colheita é feita em março-maio.


sábado, 2 de janeiro de 2010

Biodiversidade - Cadeia produtiva da castnha


Começou a safra da castanha do Pará. No Acre, principal estado produtor, a coleta ajuda na renda dos pequenos agricultores.

É inverno amazônico. A época de verão para o restante do país não é considerada assim para quem vive no meio da floresta porque chove muito e o acesso por estradas fica bastante comprometido.

Para chegar à casa do agricultor José Francisco de Freitas, que mora a dez anos no lugar, a equipe de reportagem precisou seguir a pé. Ele coleta castanha e extrai borracha, produtos que geram uma renda de quase mil reais por ano. Para a alimentação da família ele mantém pequenas plantações e cria alguns animais.

“A gente produz, no caso do arroz e do feijão, para a subsistência. Chega a safra da castanha e é uma ajuda. Tem também a ajuda do gado, que a gente tem para manter a subsistência da família”, falou seu José.

O trabalho do seu José com a coleta dos ouriços de castanha começa com o preparo das ferramentas. Quase todas são feitas com materiais extraídos da própria floresta, como a fibra utilizada para fazer o balaio ou panero, como se diz pela região.

Já no meio da floresta, ele procura uma mão de onça. Mas não é do bicho onça. Ele olha para o lado, pega um galho, corta, pega mais uns galhos finos e está pronta mais uma ferramenta feita na hora.

“A gente faz a mão de onça para a colheita ouriço, de castanha”, explicou seu José.

A coleta da castanha é feita entre os meses de dezembro e março. Na última safra o seu José vendeu 52 latas do produtor, cada uma com dez quilos. A renda total foi de R$ 520. Ele recebeu pelas castanhas R$ 2,00 a mais por lata do que o preço pago no mercado. Isso porque ele participa de um programa de boas práticas, que aumenta o valor do produto.

“Amontoa e deixa amontoado por dois ou três dias no máximo. Aí tem que quebrar e levar para casa e colocar para enxugar. Depois, tem a catação da castanha para tirar todas as impurezas”, esclareceu seu José.

Outras 23 famílias fazem parte da mesma associação de extrativismo que o seu José. A castanha coletada pelos produtores vai para o novo armazém da comunidade. Além das boas práticas e da estrutura de armazenamento, a associação dos extrativistas busca a certificação internacional do produto orgânico, titulo que pode render até R$ 2,00 a mais por lata de castanha vendida.

Da comunidade a castanha é carregada diretamente para a cooperativa, que recebe quase a metade de toda a produção do Estado. O controle de qualidade, que começa na floresta, continua na cooperativa. A castanha passa por um processo de secagem e classificação. Depois de esterilizada, a casca é quebrada e a amêndoa ou a própria castanha passa por outra separação, onde são tiradas impurezas como cascas e amêndoas quebradas. Elas são colocadas ainda em estufas para mais uma secagem de 20 horas.

Depois de tudo, elas voltam para uma classificação manual e seguem para serem embaladas a vácuo, em caixas de 20 quilos cada. Na safra passada a cooperativa conseguiu negociar o produto ao preço de R$ 17 a lata. Para esta safra a expectativa é aumentar o preço.

“Nós temos uma grande perspectiva para 2010. No momento ainda não temos uma definição de preço. Mas estamos na expectativa de que vai melhorar em relação a 2009”, falou Manoel Monteiro de Oliveira, representante da Cooperacre.

O Acre é responsável por 34% da produção nacional de castanha do Pará.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aqui no Chile - Depois de erros históricos do Partido Socialista, seu presidente prefire perder as eleicoes e renunciar

Só depois de varias renuncias de dirigentas da concertacao, os socialistas optaram também por renunciar. Deve-se lembrar que essa foi a condicao de Marco Enríquez para apoiar a Frei: "renuncia de todos os dirigentes dos partidos do bloco de apoio a Frei, reforma tributária, saúde pública e educacao gratiuita". Marco que resultou em terceiro lugar nas eleicoes do dia 13 de dezembro e que conta com capital de mais de 1,4 milhoes de votos, estaria disposto a apoiar ao candidato da concertacao, desde que se cumpram essas condicoes. O preco é alto, entreatanto a única possibilidade de mais um trunfo da concertacao. Caso contrário a direita retoma o poder no Chile e a concertacao terá que assumir os custos do seu erro político.

Leia (em espanhol) no jornal chileno "La Nación" as declaracoes do Presidente do partido Socialista, Camilo Escalona, quem será o grande responsável da quase certa derrota da Concertacao no segundo turno das eleicoes.

Con Camilo Escalona a la cabeza, la mesa directiva del Partido Socialista decidió poner sus cargos a disposición del Comité Central de la colectividad, en un nuevo gesto al interior de la Concertación a 24 horas del remezón provocado con las renuncias del presidente PRSD José Antonio Gómez y el timonel PPD Pepe Auth.

Pero a diferencia del PRSD y del PPD, donde asumieron directivas interinas, la decisión final en el caso del PS quedó para la segunda vuelta, dado que la convocatoria para el Comité Central está programada recién para el 23 de enero.

Fue en una reunión de más de 3 horas, citada de forma extraordinaria en la sede de la colectividad, donde la plana mayor del PS confrontó sus posiciones, con un Escalona que llegó a la cita con la intención de no emular el gesto de sus colegas radical y pepedé, y la disidencia presionando por dar una señal en pos de más renovación y cambios de cara a la segunda vuelta.

La presión sobre el PS y la DC, partido que también decidió mantener en la testera a Juan Carlos Latorre, se redobló durante esta jornada, con los llamados, por ejemplo de la bancada de diputados del PDD, a que Escalona y Latorre hagan “un gesto de solidaridad con Chile” y la asunción de la presidenta interina pepedé Adriana Muñoz.

El largo debate PS se materializó en una declaración pública donde se formaliza la disposición de dar un paso al costado por parte de la directiva encabezada por Escalona, y que también integran el secretario general Marcelo Schilling, más los vicepresidentes Isabel Allende, Juan Pablo Letelier y Ricardo Solari, y los dirigentes Arturo Martínez, Andrés Santander, Daniel Melo y Eugenio Alcamán.

Pero al término de la cita, Escalona llegó sólo acompañado de Martínez, Schilling y Melo, y leyó una declaración en donde fijan sui postura tras “examinar con atención” los últimos sucesos políticos al internos de la Concertación, “y más particularmente tras las renuncias de los presidentes del PPD y del PRSD”.

La declaración PS subraya que la “tarea de las tareas” es lograr un triunfo electoral el próximo 17 de enero, para lo cual reafirma su compromiso con el diálogo para la confrormación de una mayoría progresista, en alusión a los sectores que en primera vuelta estuvieron con Marco Enríquez Ominami y Jorge Arrate.