O esfriamento da demanda por commodities minerais no mercado
internacional, particularmente nos países da União Europeia, foi o fator
determinante para a queda da produção industrial do Pará no primeiro
mês do ano. Dados relativos a 14 regiões pesquisadas regularmente pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 9
delas apresentaram declínio na produção industrial em janeiro.
Os
números, que fazem um comparativo entre os meses de dezembro de 2011 e
janeiro de 2012, mostram que o Pará foi o Estado brasileiro que teve a
perda mais acentuada, com recuo na produção da ordem de 13,4%. O Paraná
veio em segundo com 11,5%. De acordo com o IBGE, o Pará havia registrado
em dezembro um crescimento de 4,9%. No caso do Paraná, a queda foi
ainda mais surpreendente porque o Estado reverteu três meses em
sequência de taxas positivas, tendo acumulado nesse período uma expansão
de 15,3%.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Pará
(Fiepa), José Conrado Azevedo Santos, o recuo da produção industrial do
Pará no primeiro mês de 2012 resultou, basicamente, da diminuição das
exportações de minério de ferro e, no caso da Europa, do alumínio
primário. “O desaquecimento nesta área é ainda um reflexo da crise”,
afirmou José Conrado, fazendo referência à instabilidade que desde o
segundo semestre de 2007 afeta as principais economias do planeta.
O
presidente destacou que a tendência de queda se manteve também no mês
de fevereiro, mas ressaltou que, em face dos problemas que vêm afetando a
economia mundial, os números da produção industrial do Pará estão em
relativa normalidade. “Isso é o retrato de um momento que, acredito,
será passageiro”, afirmou José Conrado, acrescentando que o alumínio,
por exemplo, já começou a reagir.(Diário do Pará)
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