Petistas que apoiam e fazem oposição a Roseana voltam a se enfrentar na escolha do candidato a prefeito de São Luís
Governadora defende candidatura de petista, mas uma ala da legenda quer se aliar a partidos que combatem o PMDB
Jorge Araújo - 15.jan.2010/Folhapress | ||
Observados por Dilma, Lula e Roseana se abraçam em 2010, no lançamento de uma refinaria no MA |
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
O PT do Maranhão deverá se dividir novamente, desta vez na eleição à Prefeitura de São Luís. Como ocorreu no pleito de 2010, a governadora Roseana Sarney (PMDB) é o pivô da discórdia interna.
Parte do diretório do PT em São Luís defende como candidato a prefeito o vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT), que tem apoio de Roseana e dos partidos de sua base -entre eles o DEM.
Outra ala do PT apoia a pré-candidatura do deputado estadual Bira do Pindaré, que defende a criação de uma frente de partidos de oposição à governadora no Estado, como PC do B, PSB e PDT.
Bira afirma que não estará ao lado da governadora caso seja derrotado na disputa interna. "Não há hipótese de participar do palanque com a oligarquia [Sarney]", disse.
O vice-governador afirmou que, caso seja escolhido o candidato do PT, irá buscar apoio de todos os partidos de oposição ao atual prefeito, João Castelo (PSDB), que deverá disputar a reeleição.
O candidato petista à Prefeitura de São Luís será escolhido de forma indireta, em um encontro do PT que será realizado em 15 de abril. Os 220 delegados do encontro serão eleitos no próximo dia 25, por voto direto dos filiados de São Luís.
LULA
Em 2010, por pressão do então presidente Lula, o Diretório Nacional do PT impôs à sua seção maranhense o apoio à candidatura de Roseana no Estado, anulando decisão do Diretório Estadual.
O PT-MA havia optado por apoio a Flávio Dino (PC do B).
Em 2006, Lula já tinha apoiado a eleição de Roseana, argumentando que a família Sarney o apoiou durante a crise do mensalão.
Em troca, Roseana apoiou a reeleição de Lula em 2006 e a eleição de Dilma em 2010.
Bira do Pindaré descartou possibilidade de intervenção do Diretório Nacional neste ano. "Esta é outra eleição."
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