PMDB reage e indica Romero Jucá para relator do orçamento de 2013
Depois da troca de lideranças no Senado e na Câmara, vem aí o primeiro teste para o governo. As votações do Código Florestal e da Lei Geral da Copa. O clima ainda é de muita insatisfação no Congresso. A base aliada faz cobranças cada vez mais duras. A presidente Dilma já sentiu o clima.
Até porque o PMD foi rápido. Uma ala do PMDB. Não esperou nada para reagir à substituição de Romero Jucá no Senado. O líder do partido, o senador Renan Calheiros indicou Jucá para ser o relator do orçamento da União do ano que vem. O governo, ministros vão ter então que conversar muito com Romero Jucá. Pode virar mais um atrito na relação Palácio do Planalto com o Congresso.
Era gente para tudo que é lado. A presidente Dilma distribuiu beijos, recebeu prêmio, foi assediada. Não pelo PMDB. A maioria do partido ainda estava de ressaca com a troca do líder do governo no Senado, que passa para as mãos de outro peemedebista, mas ligado a um grupo pequeno, independente.
Eduardo Braga, do Amazonas, assumiu a função prometendo aproximar o PMDB do governo e os partidos dos ministros. 'Porque senão os descontentamentos vão se acumulando, vão se agravando e acabam se transformando em um problema', justificou Eduardo Braga.
Depois de dez anos como líder, o senador Romero Jucá disse que sai tranquilo. 'Não estou magoado. Não estou chateado. Eu acho que a mudança na política é natural', afirmou Jucá.
O partido dele, o PMDB, deixou claro que não gostou da substituição. Tanto que escolheu Jucá para outro posto importante: o de relator da Comissão de Orçamento, que analisa como deve ser usado o dinheiro da União.
Para o governo, manter os aliados unidos é uma forma de evitar derrotas em votações no Congresso. Por isso, é importante manter as relações com os partidos da base, que não andam boas nem no Senado, nem na Câmara, onde o líder do governo também foi substituído.
O deputado Cândido Vaccarezza perdeu o posto para Arlindo Chinaglia, também do PT, que já foi líder e presidente da Câmara.
'Cabe a nós, criarmos um movimento favorável aos projetos que o governo entende como importantes. E a base também sabe que isso é importante. Então, com calma, nós vamos costurando essa posição coletiva', disse o deputado Arlindo Chinaglia.
Mas, os aliados se preparam para cobrar. 'São compromissos que não foram cumpridos, são emendas que não foram pagas. E isso diz respeito a relação do deputado com seu município', disse Jovair Arantes, líder do PTB.
O clima continua tenso. Mas o presidente da Câmara Marco Maia disse que vai tentar votar ainda nesta quarta o projeto da Lei da Copa.
Fonte: G1
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