terça-feira, 27 de maio de 2014

Brasil bate recorde histórico de homicídios



O Brasil quebrou um triste recorde: teve o maior número de pessoas mortas em um ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) no Mapa da Violência 2014, que compila dados de 2012. Ao todo, foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980. O total supera o de vítimas no conflito da Chechênia, que durou de 1994 a 1996.

É o dado mais atualizado de violência pelo Brasil e tem como base o Sistema de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que registra as ocorrências desde 1980.

A taxa de homicídios também alcançou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes. O índice considerado "não epidêmico" pela Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

"As ações conjuntas entre Estados e a União para reduzir os homicídios são pontuais. Não existe um enfrentamento nacional, que abranja todas as esferas – municipal, estadual e federal", afirma Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do estudo.

Para ele, a redução na violência no país passa pela realização de reformas na estrutura da segurança pública, "inclusive com mudanças na policia, no código penal e no sistema penitenciário".

A média nacional no número absoluto de homicídios cresceu 7% de 2011 a 2012. Roraima, Ceará e Acre foram as unidades da federação com maior aumento: 71,3%, 36,5% e 22,4%, respectivamente.

Apesar de ter reduzido sua taxa de homicídios por 100 mil habitantes, Alagoas ainda lidera o ranking no país com 64,6 casos por 100 mil habitantes, número semelhante ao registrado durante a Guerra do Iraque, de 2004 a 2007. A média nacional é de 29 casos por 100 mil.

Apenas cinco Estados tiveram queda nas taxas de homicídio: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Santa Catarina e São Paulo possuem as menores taxas de homicídios por 100 mil habitantes: 12,8 e 15,1, respectivamente.



Gil Alessi
Do UOL, em São Paulo

domingo, 25 de maio de 2014

A última entrevista da jornalista Barbara Walters

Barbara Walters posa na festa dos 100
 mais influentes da revista "Time" de 2013, em Nova York

Talvez ela seja a jornalista mais famosa do mundo. 

E com razão. Há mais de cinco décadas vem entrevistando os personagens que fazem história e as celebridades que fazem notícia. Por isso é tão estranho escutá-la dizer que se aposenta do jornalismo.
Mas na verdade um jornalista nunca deixa de sê-lo. "Não vou mais fazer uma entrevista a cada semana", disse-me nos escritórios de "The View", o programa que criou em 1997. "Mas se o papa me der uma entrevista, claro que volto." O mesmo faria se pudesse conversar com a rainha Elizabeth 2ª, e possivelmente também se Monica Lewinsky decidisse falar com ela mais uma vez.

A entrevista televisiva que Barbara Walters fez com Monica Lewinsky em março de 1999, sobre o caso que teve com o presidente Bill Clinton, foi vista por cerca de 50 milhões de pessoas. Nenhuma outra entrevista teve maior audiência na história da televisão dos EUA. "Ainda estou em contato com Monica", confiou-me, e depois, sem temor, me deu sua opinião sobre essa mulher de 40 anos: "É inteligente, e uma boa mulher".

Walters não só cobriu eventos históricos como fez história. Foi a primeira mulher "âncora" de um programa matutino em nível nacional e a primeira a apresentar um noticiário noturno. Assim abriu caminho para outras mulheres, dentro e fora dos EUA.

"Esse é o meu legado", disse durante nossa conversa, "todas essas mulheres jovens nas notícias. Não havia tantas quando eu comecei; eram muito poucas. Então, se eu tenho algum legado são essas mulheres."

Mas aos 84 anos Walters não tem tudo. "Não creio que as mulheres possam ter tudo", disse-me, refutando a teoria do livro "Lean In", de Sheryl Sandberg. "Nem os homens podem ter tudo. É muito difícil equilibrar sua vida profissional com a vida privada, e cada vez mais as mulheres têm que enfrentar isso."

Ela entrevistou todos os presidentes americanos desde Richard Nixon, e líderes mundiais como Vladimir Putin, Saddam Hussein e Fidel Castro, e quase todos os atores do momento. Suas perguntas são curtas e maravilhosamente claras, como facas. Não há dúvida sobre o que ela quer saber. Seu mantra: não há pergunta proibida.

Qual é seu segredo? "Faço muita lição de casa", disse-me, como se tivesse acabado de começar a carreira. "Creio que é muito importante. Algumas vezes eu sei mais sobre a pessoa do que ela mesma." E se vê. Fez chorar a muitos e tremer a mais de um.

Há mil anedotas. Passou dez dias com Fidel Castro, mas "não me aproximo muito de ninguém", contou-me. E até poderia ter sido "a senhora Clint Eastwood", confessou. "Eu gostava muito do ator, e depois da entrevista ele me convidou para jantar. Mas eu lhe disse não, não, não."

Terminei a entrevista com duas perguntas que ela frequentemente faz a seus entrevistados:

1. "Há alguma ideia falsa sobre a senhora?", perguntei. "Creio que a ideia mais equivocada é que sou muito séria e autoritária", respondeu. "Porque esse é o tipo de entrevista que eu fazia. Mas creio que desde "The View" as pessoas sabem que tenho senso de humor e que sou uma pessoa igual às outras."

2. Como quer ser lembrada? "Como uma boa jornalista, uma boa mãe e uma boa pessoa."

Meu tempo com ela terminava, e a honra de fazer perguntas à campeã das perguntas. Era meio-dia, mas ainda tinha um monte de coisas pendentes. Walters não dava sinais de que estava prestes a ir embora.

O que vai fazer no dia seguinte à sua aposentadoria?, consegui lhe perguntar no final. "Dormir. Vou dormir. E no dia seguinte também."

Mas tenho a suspeita de que, quando acordar, Barbara Walters voltará a fazer perguntas. Muitas perguntas.

Jorge RamosEm Nova York (EUA)
Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Até tu Ronaldo?









Coberta de razão




sexta-feira, 23 de maio de 2014

Indústria e saúde pública


Briga contra o campeão

Faltando dez meses para o término da patente do Cialis é grande a movimentação de laboratórios interessados em fabricar um genérico feito à base da tadalafila. Algumas empresas já estão com pedidos de registros prontos para submeter à Anvisa. Eis o tamanho do negócio: o Cialis, lançado pela Eli Lilly no Brasil em 2003, lidera (22%) o mercado de produtos para a disfunção, da ordem de R$ 1,2 bilhão por ano.


Check-up do SUS

Um aumento no preço do cigarro para baixar as doenças decorrentes do tabagismo foi consenso entre os participantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, na terça-feira 10, em Brasília. No “Conass Debate”, plenária que discute o presente e o futuro do SUS, destacou-se que uma alta de 70% no valor do maço diminuirá – de 10% a 26% – as mortes decorrentes do fumo no País. Aliás, pesquisa da OMS que acaba de ser divulgada vai nessa linha: menos consumo de tabaco aumenta os anos de vida das pessoas.


Ricardo Boechat
Com Ronaldo Herdy

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Alguém discorda?


Paulo Coelho se diz decepcionado com Copa e detona Ronaldo: 'imbecil'





Presente na delegação oficial do Brasil no dia da escolha do país como sede do Mundial de 2014 (evento realizado em 2007), o escritor Paulo Coelho disse estar decepcionado com a Copa. Em entrevista ao Le Journal du Dimanche, ele atacou até o ex-jogador Ronaldo.

"Fora de questão (participar do evento)! Eu assistirei aos jogos na TV, mas eu não vou (ao estádio). Eu tenho dois ingressos para jogos, e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e Romário, quando a Fifa escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o que aconteceu desde então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo diferente de estádios em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas, transportes. Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca", disse o escritor.

"A seleção ganhando ou não, eu tenho certeza que haverá uma explosão social. Haverá pessoas nos estádios e ainda mais pessoas que estarão nas ruas, quando o mundo terá os olhos no Brasil. O contexto é muito tenso. A violência voltou. A Copa do Mundo pode ser uma bênção e um momento de comunhão para nós como foi para a França ou a Alemanha. Mas é um desastre. O país quer mostrar uma face que não é a verdade. Há uma divisão entre o governo e o povo", completou.


Apesar de se recusar a acompanhar o Brasil do estádio, Paulo Coelho disse ser um torcedor fanático por futebol, elegeu o time de Felipão favorito e relembrou o nervosismo que passou no Mundial de 1994.


"Brasil, eu espero (favorito)! Eu gosto muito do Marcelo e do Neymar. Eu sou um espectador apaixonado, eu posso desligar a TV com raiva se as coisas não saem do jeito que eu quero. Em 1994, eu preferi ir à praia do que ver a disputa de pênaltis da final Brasil e Itália. Meu coração não poderia suportar aquilo", afirmou.
Do UOL, em São Paulo

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Para Marina, propaganda do PT sobre medo é um 'desserviço' ao país




BRASÍLIA - Pré-candidata à vice-presidência na chapa PSB-Rede, a ex-senadora Marina Silva classificou as recentes propagandas do PT como um “desserviço” ao país.

Nesta semana, o partido levou às emissoras de televisão vídeos com a mensagem de que é preciso temer uma volta ao passado, com a perda de avanços conquistados nos últimos anos e um possível retrocesso nas investigações de casos de corrupção.

“As pessoas vivem com insatisfação devido aos vários escândalos de corrupção. Acho um desserviço querer trazer algo ainda mais negativo que é o medo”, afirmou Marina nesta sexta-feira (16), durante encontro com representantes da juventude da Rede em Brasília.

Marina comparou o discurso do medo do PT à campanha do PSDB de 2002 feita contra o ex-presidente Lula.

“Quando as pessoas tentaram fazer com que a sociedade tivesse medo do Lula, o PT fez a campanha da esperança vencer o medo.”

Para Marina, as conquistas sociais e econômicas dos últimos anos não podem ser “fulanizadas”, e sim entendidas como conquistas do povo brasileiro, que devem ser preservadas.

(Folhapress)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

SP: professores em greve rejeitam proposta de Haddad



SÃO PAULO - Acabou na noite desta quinta-feira, 15, o ato de professores da rede municipal de São Paulo, que estão em greve desde o dia 23 de abril. Os manifestantes se reuniram na sede da secretaria da Educação, às 15h, onde ouviram proposta – rejeitada posteriormente – do prefeito Fernando Haddad. Agora, o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) marcou um novo protesto, para as 14h da terça, 20, no vão livre do Masp.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 8 mil pessoas participaram do ato, e marcharam pela avenida 23 de Maio até a sede da prefeitura, no centro da capital. O sindicato também estimou em 8 mil o número de manifestantes.

A principal reivindicação dos professores municipais é a inclusão de 18% no aumento salarial, a partir do ano que vem, anunciado por Haddad para funcionários que recebem o piso da categoria. A reclamação do sindicato é que, hoje, apenas uma pequena parte do quadro de empregados se enquadra nessa categoria.

Na reunião de hoje, a prefeitura ofereceu um aumento, que foi considerado insuficiente pelos professores. O Sinpeem estima que cerca de 60% dos funcionários da educação municipal estão em greve.

Por Rodrigo Pedroso | Valor

Plano Mineral da SEICOM considerado marco histórico


O Liberal - Poder.

O Governador deu o Recado,  ordem na casa


REPÓRTER 70.