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quinta-feira, 10 de março de 2011
Itaú Unibanco mantém projeção de alta da taxa Selic e alerta para riscos
SÃO PAULO - O Itaú Unibanco mantém a projeção de
altas adicionais da taxa Selic em 0,50 e 0,25 ponto percentual nas
próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Em relatório, o economista-chefe Ilan Goldfajn e o economista Caio Megale alertam, contudo, que a estratégia do Banco Central (BC) de combate à inflação traz riscos à sua convergência para o centro da meta - seja por repasses adicionais do choque de commodities, reindexação formal e informal de preços e salários.
Assim, o Itaú Unibanco avalia que mesmo com essas duas elevações do juro básico e já incorporando uma nova rodada de ações macroprudenciais o IPCA permanecerá perto do teto da meta este ano e acima do centro da meta em 2012.
Goldfajn e Megale afirmam que a surpresa da ata ficou por conta do cenário alternativo, no qual, com o câmbio estável próximo a R$ 1,65 por dólar e juros se elevando para 12,50%, o IPCA converge para em torno do centro da meta em 2012.
"Neste cenário, elevar os juros em adicionais 0,75 ponto já seria suficiente para trazer o IPCA de volta à meta. O Copom também abre a porta para uma nova rodada de medidas macroprudenciais. A surpresa é a indicação de que essa nova rodada poderia levar a um ajuste menor que os 0,75 ponto na taxa Selic. A frase foi interpretada como excessivamente confiante com a inflação prospectiva, já que não há indicação equivalente no sentido contrário, do que poderia levar a um ajuste maior na taxa de juros, caso o cenário se revele pior do que projetado pelo Comitê."
(Angela Bittencourt | Valor)
Em relatório, o economista-chefe Ilan Goldfajn e o economista Caio Megale alertam, contudo, que a estratégia do Banco Central (BC) de combate à inflação traz riscos à sua convergência para o centro da meta - seja por repasses adicionais do choque de commodities, reindexação formal e informal de preços e salários.
Assim, o Itaú Unibanco avalia que mesmo com essas duas elevações do juro básico e já incorporando uma nova rodada de ações macroprudenciais o IPCA permanecerá perto do teto da meta este ano e acima do centro da meta em 2012.
Goldfajn e Megale afirmam que a surpresa da ata ficou por conta do cenário alternativo, no qual, com o câmbio estável próximo a R$ 1,65 por dólar e juros se elevando para 12,50%, o IPCA converge para em torno do centro da meta em 2012.
"Neste cenário, elevar os juros em adicionais 0,75 ponto já seria suficiente para trazer o IPCA de volta à meta. O Copom também abre a porta para uma nova rodada de medidas macroprudenciais. A surpresa é a indicação de que essa nova rodada poderia levar a um ajuste menor que os 0,75 ponto na taxa Selic. A frase foi interpretada como excessivamente confiante com a inflação prospectiva, já que não há indicação equivalente no sentido contrário, do que poderia levar a um ajuste maior na taxa de juros, caso o cenário se revele pior do que projetado pelo Comitê."
(Angela Bittencourt | Valor)
Copom eleva juro ao notar evolução desfavorável para inflação, diz ata
SÃO PAULO - O Comitê de Política Monetária
(Copom) avalia persistir um nível de incerteza acima do usual no
ambiente econômico e que "o cenário prospectivo para a inflação não
evoluiu favoravelmente desde sua última reunião", em janeiro. O
organismo observou riscos maiores à concretização de um quadro no qual a
inflação "convirja tempestivamente para o valor central da meta".
A informação consta da ata da reunião realizada na semana passada, quando o Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa básica de juro, a Selic, em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. No texto, a instituição destaca que cabe à política monetária estar vigilante para assegurar "que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos".
"O Copom prevê dois momentos distintos para a trajetória de inflação, segundo o cenário central para 2011. Neste trimestre e nos dois seguintes, a inflação acumulada em 12 meses tende a permanecer em patamares similares ou mesmo superiores àquele em que atualmente se encontra. Isso, em parte, explica-se pela elevada inércia trazida de 2010 e pelo fato de as projeções, contrastando com o observado em 2010, apontarem taxas de inflação próximas ao padrão histórico no trimestre junho/agosto de 2011. Entretanto, a partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, deslocando-se na direção da trajetória de metas", conforme o documento divulgado nesta quinta-feira.
O BC vê perspectivas favoráveis para a atividade econômica, citando o vigor no mercado de trabalho e apesar de um abrandamento, "em ritmo ainda incerto", do crescimento da demanda doméstica. Do ambiente externo, a percepção é de aumento da volatilidade e da aversão ao risco desde o encontro realizado em janeiro, em razão de "extraordinários níveis de liquidez global" e de eventos adversos no campo geopolítico.
(Juliana Cardoso | Valor)
A informação consta da ata da reunião realizada na semana passada, quando o Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa básica de juro, a Selic, em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. No texto, a instituição destaca que cabe à política monetária estar vigilante para assegurar "que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos".
"O Copom prevê dois momentos distintos para a trajetória de inflação, segundo o cenário central para 2011. Neste trimestre e nos dois seguintes, a inflação acumulada em 12 meses tende a permanecer em patamares similares ou mesmo superiores àquele em que atualmente se encontra. Isso, em parte, explica-se pela elevada inércia trazida de 2010 e pelo fato de as projeções, contrastando com o observado em 2010, apontarem taxas de inflação próximas ao padrão histórico no trimestre junho/agosto de 2011. Entretanto, a partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em 12 meses, ou seja, deslocando-se na direção da trajetória de metas", conforme o documento divulgado nesta quinta-feira.
O BC vê perspectivas favoráveis para a atividade econômica, citando o vigor no mercado de trabalho e apesar de um abrandamento, "em ritmo ainda incerto", do crescimento da demanda doméstica. Do ambiente externo, a percepção é de aumento da volatilidade e da aversão ao risco desde o encontro realizado em janeiro, em razão de "extraordinários níveis de liquidez global" e de eventos adversos no campo geopolítico.
(Juliana Cardoso | Valor)
Ciclo de alta da Selic entra na berlinda
SÃO PAULO - A insistência com que as medidas
macroprudenciais foram destacadas na ata da última reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) poderá levar o mercado a reavaliar, a toque
de caixa, as projeções de mais alta da Selic nos próximos meses. A
expectativa de analistas consultados às vésperas da definição da nova
taxa de juro, agora em 11,75% ao ano, era de ciclo total de elevação da
Selic em 1,50 ponto percentual, podendo chegar a 2 pontos.
O mercado futuro de juros, em queda para os contratos de DI de prazos mais curtos, indica a possibilidade de revisão de cenário.
No corpo da ata, divulgada nesta manhã, o Copom arrisca mencionar a política monetária como um segundo elemento para forçar a convergência da inflação para a meta. Já as ações macroprudenciais recentemente implementadas são consideradas "um instrumento rápido e potente para conter pressões localizadas de demanda".
Também num cenário alternativo - de manutenção da taxa de câmbio, no horizonte relevante, em patamares semelhantes aos observados no passado recente; e a trajetória de juros coletada pelo Gerin, a projeção de inflação se encontra acima da meta em 2011 e ligeiramente abaixo em 2012-- o Copom reforça que "a eventual introdução de ações macroprudenciais pode ensejar oportunidades para que a estratégia de política monetária seja reavaliada".
(Angela Bittencourt | Valor)
O mercado futuro de juros, em queda para os contratos de DI de prazos mais curtos, indica a possibilidade de revisão de cenário.
No corpo da ata, divulgada nesta manhã, o Copom arrisca mencionar a política monetária como um segundo elemento para forçar a convergência da inflação para a meta. Já as ações macroprudenciais recentemente implementadas são consideradas "um instrumento rápido e potente para conter pressões localizadas de demanda".
Também num cenário alternativo - de manutenção da taxa de câmbio, no horizonte relevante, em patamares semelhantes aos observados no passado recente; e a trajetória de juros coletada pelo Gerin, a projeção de inflação se encontra acima da meta em 2011 e ligeiramente abaixo em 2012-- o Copom reforça que "a eventual introdução de ações macroprudenciais pode ensejar oportunidades para que a estratégia de política monetária seja reavaliada".
(Angela Bittencourt | Valor)
Combate à pobreza extrema - As críticas aos programas existentes são sérias
Brasil não está pronto para erradicar miséria, diz pesquisador
Renato Dagnino, especialista em Política Científica
e Tecnológica e Planejamento em Ciência e Tecnologia, com Doutorado e
Pós-Doutorado na área de ciência, tecnologia e inovação. Dagnino fez sérias
críticas ao modelo de Combate à Pobreza Extrema, adotado pelo Governo Federal.
O pesquisador é antigo membro do PT, histórico lutador e militante de esquerda.
Perseguido pela ditadura militar, se exílio no Chile onde militou no movimento
de esquerda do Chile.
Recentemente foi cotado para ocupar uma secretaria do
MCT, a Secretaria de Inclusão Social, mas essa indicação ficou não se
concretizou e continua como professor da UNICAMP e da Universidade Federal da
Bahia. Na realidade as críticas do Dagnino aos programas de erradicação da
pobreza vêm ao encontro das críticas que muitos outros especialistas já tinham
feito.
Essas
críticas partem do próprio governo. Não se trata de continuar aprofundando o
modelo de combate à pobreza, já existente, é necessário oferecer novas saídas
para eliminar de vez a pobreza do Brasil.
A idéia
de que "um País rico é um país sem pobreza" é correta. A Bolsa
família é uma alternativa, mas o objetivo do programa é interromper o círculo
perverso de "pai miserável, filho também miserável". O Programa devia
tirar o filho da pobreza e melhorar as condições do pai para sair da pobreza e
deixar de depender eternamente de um programa de transferência de renda Mas,
leia a seguir as principais críticas do Dagnino sobre o combate à pobreza da
Presidenta e também sobre a política de inclusão social do governo.
O Brasil não está pronto para erradicar a miséria nem para absorver a chamada nova classe média, avalia Renato Dagnino, professor titular no Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp.
De acordo com ele, falta ao país o conhecimento tecnológico e científico adequado para a inclusão social ocorrer de forma sustentável social e ambientalmente. Por outro lado, Dagnino vê na erradicação da miséria uma "oportunidade de ouro" para repensar o tipo de conhecimento produzido no país.
A seguir, trechos da entrevista concedida à Folha. (os parágrafos em destaques são nossos).
Folha - De que maneira a ascensão social ocorrida durante o governo Lula interfere na política de ciência e tecnologia do Brasil?
Renato Dagnino - De uma forma geral, a gente tem que pensar a política técnico-produtiva. Hoje, muitos produtos já não são encontrados no comércio, justamente pela ascensão desse grupo, que tem suas demandas de consumo. Além disso, frequentemente os produtos que demandam não são os que normalmente estão à venda. Existem tipos de produtos que são orientados a outro segmento de consumo. Pensando de uma forma global, o país deveria fazer um esforço para se antecipar a essa demanda e prevenir desequilíbrios.
Demandas de que tipo?
Por exemplo, necessidades básicas: habitação, esgoto, água potável, transporte etc. Toda essa parte que tem a ver com o gasto público, com uma obrigação do Estado. Existe aí forte demanda reprimida. Como vamos resolver esse tipo de problema com as tecnologias disponíveis, que foram pensadas como solução para uma situação totalmente diferente da brasileira? Caso se tente resolver muitos desses problemas com a mesma tecnologia usada nos países desenvolvidos, o custo será astronômico, e o impacto ambiental, desastroso. Além disso, estaremos usando tecnologias que não correspondem à escassez e abundância relativa de fatores. Essas tecnologias, por terem sido desenvolvidas em países avançados, empregam muito menos mão de obra do que poderiam empregar. Por uma razão simples: a mão de obra lá é cara. Aqui, a gente precisa de muita mão de obra, de preferência em coisas que possam ser construídas, desenvolvidas ou implantadas a partir da organização dos próprios trabalhadores, sem a necessidade de grandes empresas.
Por quê?
Quando o governo gasta recursos com empresas, utilizando seu enorme poder de compra para atender a essas necessidades dos cidadãos, uma parte do gasto é lucro da empresa. Há uma ineficiência nesse processo, pois o que chega na classe mais pobre é menos do que poderia chegar. Ou seja, o governo gasta um dinheiro razoável nessa tentativa de amenizar a miséria, mas deixa de aproveitar o seu poder de compra, que é muito grande, para alavancar esse processo.
Há alguma diferença entre os governos FHC, Lula e Dilma no que diz respeito às políticas de ciência e tecnologia?
Não. Na verdade, o que os dados disponíveis mostram é que vem diminuindo o gasto percentual das empresas em pesquisa e desenvolvimento. Isso é totalmente esperado. Trata-se de uma questão estrutural. Existem três bons negócios com tecnologia: roubar, copiar ou comprar. Desenvolver, só em último caso.
Se é mais racional que o empresário compre tecnologia, o Estado precisa ter um papel mais ativo?
Não adianta. Se somos um país capitalista, o Estado nunca terá condições de intervir para regular o mercado a ponto de "obrigar" um empresário a fazer algo que ele não queira. Em especial algo como desenvolver tecnologia.
E qual é a solução?
No caso brasileiro, não tem solução, e esse é o problema que o pessoal não entendeu ainda. Costuma-se dizer que o empresário brasileiro é "atrasado", que falta "clima de inovação", que ele tem que ser "mais ousado", mais "empreendedor". Ora, se tem empresário competente no mundo, é o brasileiro. E digo isso como toda a sinceridade. Basta ver o dinheiro que ganha, a taxa de lucro que tem num país como o Brasil. Agora, o processo de erradicação da miséria é uma oportunidade de ouro. Esse processo desvela uma enorme demanda reprimida por conhecimento. E não só conhecimento desincorporado, mas incorporado em bens, serviços, capacidade produtiva. Costumo dizer que 50% da população brasileira está fora do Brasil. Para fazer um país onde caiba todo o povo brasileiro em termos de consumo, de satisfação de necessidades de todo tipo, é preciso construir outro país do tamanho do que já existe. Não dá para fazer isso sem planejar antes. Está na hora de pensar esse processo de construção do Brasil que a gente quer, e isso não está sendo feito.
Não cabe ao governo o papel de fomentar essa discussão?
No caso da política de ciência e tecnologia, temos uma situação anômala. Em todas as políticas públicas, os atores sentam à mesa com seus projetos. Quando se discute a política salarial ou de emprego, por exemplo, empresários e trabalhadores aparecem claramente em áreas radicalmente opostas. Na ciência e tecnologia, porém, o projeto político não aparece. O que aparece são os mitos: neutralidade, determinismo, a ideia de que ciência e tecnologia sempre são boas e que o problema é o uso que vai se fazer. E há um complicador. Há 50 anos fala-se em participação pública na ciência. É um discurso politicamente correto, mas as pessoas parecem esquecer em que país estão vivendo. Por mais politicamente correto que seja, não posso concordar com isso. Qual a saída? Eu acho que é propor uma discussão dentro da comunidade de pesquisa. Explicitar essa esquizofrenia. A minha expectativa é que haja uma cisão dentro da comunidade de pesquisa, como existe em qualquer outra área quando o projeto político consegue se manifestar. Porque há projetos diferentes, mas hoje eles não se mostram.
Quanto dessa situação é novidade por causa do atual momento social e econômico do país?
Essa situação existe há muito tempo, mas, na medida em que há um dado novo, e esse dado novo obriga a uma expansão da capacidade produtiva, é hora de inovar com qualidade, e não fazer um simples aumento quantitativo da capacidade produtiva. Isso porque, quando se dobra a capacidade produtiva de um determinado sistema, o impacto indesejável do ponto de vista ambiental, cultural etc. pode até quintuplicar.
Desse ponto de vista, o senhor diria que o país está pronto para erradicar a miséria?
Do ponto de vista cognitivo, do ponto de vista de conhecimento científico-tecnológico, o país não está pronto de jeito nenhum.
E para absorver a chamada nova classe média?
Também não. Esse processo terá consequências ambientais e sociais. Acaba desfazendo de um lado o que faz do outro. Os programas compensatórios, como o Bolsa Família, são um caso típico. Sem gerar oportunidade de trabalho e renda para essas pessoas, não se está fazendo muita coisa.
Reportagem da Folha na sexta mostrou que a "porta de saída" do Bolsa Família terá, neste ano, o menor peso no Orçamento desde a criação do programa.
É um absurdo. O cara vai continuar excluído. Não vai passar fome, mas também não vai pertencer à sociedade, porque não terá um papel social. Estamos falando em criar oportunidades de trabalho e renda, o que não é necessariamente emprego.
Não é emprego formal, com carteira assinada. A economia cresce, mas não
gera emprego. Aí entram a economia solidária e a tecnologia social, por
exemplo. Ao dizer isso, não é preciso pensar em uma sociedade diferente
do capitalismo. Podemos falar, de uma maneira pragmática, que a economia
solidária e a tecnologia social são condições para tornar efetivo o
dinheiro que o governo gasta para tirar as pessoas da miséria. É preciso
dar condições para que essas pessoas se sustentem, pois, do contrário,
provavelmente vão voltar para a miséria. Dar dinheiro por programas
compensatórios é apenas a pontinha de um iceberg. Claro que tem sua
importância, mas como vamos cuidar do resto?
Leia a entrevista completa na Folha Aqui
quarta-feira, 9 de março de 2011
Os grandes projetos já estão aí, novos canaãs serão criados
O liberal
��DENDÊ
Impactos
O deputado Valdir Ganzer vai tentar minimizar
os impactos negativos da implantação
de projetos de produção de dendê no Vale do
Acará, onde pequenos produtores deixam a
agricultura familiar pelo brilho dos salários
pagos por grandes empresas, a prostituição e
a violência aumentam com a chegada de trabalhadores
de outros Estados e os serviços
de saúde são precários. A região não se preparou
para receber esses projetos e a ordem,
agora, é buscar soluções, o que Ganzer fará
com as empresas já instaladas na região.
Ata do Copom e dados da China são destaques na semana
SÃO PAULO
- A quarta-feira marca a retomada dos negócios após o feriado de Carnaval. Na
agenda deste resto de semana, destaque para a ata do Comitê de Política
Monetária (Copom), que será apresentada amanhã. No front externo, atenção aos
dados da economia chinesa, como balança comercial, produção industrial, vendas
no varejo e inflação, que começam a sair na noite de hoje.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os investidores ajustam posições depois dos dias sem pregão. Entre segunda e terça-feira, o comportamento dos mercados externos foi errático. Na segunda-feira, os índices americanos caíram conforme o barril de petróleo do tipo WTI subiu a US$ 105. Ontem, o pregão foi de recuperação em Wall Street, com destaque para as ações do setor financeiro. O Dow Jones subiu 1,03%, o S&P avançou 0,89% e o Nasdaq se valorizou 0,73%.
No entanto, as ações brasileiras negociadas em Nova York não acompanharam tal movimentação. O Dow Jones Brazil Titans, que lista os 20 recibos de ações (ADR) mais negociados, perdeu 0,21%, para 36.456 pontos.
No câmbio, atenção à possibilidade de ajuste de alta, já que na sexta-feira o preço no mercado futuro fechou em alta, refletindo notícias de que o governo prepara novas medidas para conter a valorização do real.
O mercado à vista não reagiu a tal noticiário, pois os negócios já tinham encerrado. Na sexta, o dólar comercial perdeu 0,42%, para R$ 1,645 na venda. Menor cotação desde 29 de agosto de 2008, quando a moeda fechou a R$ 1,635.
De volta à agenda, o dia reserva o Boletim Focus, do Banco Central (BC). No campo externo, saem os estoques no atacado nos EUA, a balança comercial da Alemanha e a produção industrial do Reino Unido.
(Eduardo Campos | Valor)
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os investidores ajustam posições depois dos dias sem pregão. Entre segunda e terça-feira, o comportamento dos mercados externos foi errático. Na segunda-feira, os índices americanos caíram conforme o barril de petróleo do tipo WTI subiu a US$ 105. Ontem, o pregão foi de recuperação em Wall Street, com destaque para as ações do setor financeiro. O Dow Jones subiu 1,03%, o S&P avançou 0,89% e o Nasdaq se valorizou 0,73%.
No entanto, as ações brasileiras negociadas em Nova York não acompanharam tal movimentação. O Dow Jones Brazil Titans, que lista os 20 recibos de ações (ADR) mais negociados, perdeu 0,21%, para 36.456 pontos.
No câmbio, atenção à possibilidade de ajuste de alta, já que na sexta-feira o preço no mercado futuro fechou em alta, refletindo notícias de que o governo prepara novas medidas para conter a valorização do real.
O mercado à vista não reagiu a tal noticiário, pois os negócios já tinham encerrado. Na sexta, o dólar comercial perdeu 0,42%, para R$ 1,645 na venda. Menor cotação desde 29 de agosto de 2008, quando a moeda fechou a R$ 1,635.
De volta à agenda, o dia reserva o Boletim Focus, do Banco Central (BC). No campo externo, saem os estoques no atacado nos EUA, a balança comercial da Alemanha e a produção industrial do Reino Unido.
(Eduardo Campos | Valor)
Mais um voo de galinha - Castro Lessa
Qualquer criança do interior sabe o que é voo de galinha. Curto, barulhento ao voltar para o chão. Vendo o gráfico de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1980 a 2010, não consigo afastar a imagem do voo de galinha. Em 30 anos, a maior taxa de crescimento do PIB foi no primeiro ano do general Figueiredo (9,2%), colhendo iniciativas da era militar. Figueiredo encolheria a economia à mediocridade absoluta, sendo que a galinha dá um pulo nos seus anos finais, crescendo 5,4% em 1984 e 7,8% em 1985. Qualquer um desses é maior que o Pibão, como foi denominado o crescimento de 7,5% no ano de 2010.
O governo Sarney, apesar do brilho do Plano Cruzado, assistiu a uma despencada para um PIB negativo em 1988. Após a Constituição, um pequeno voo de galinha e a economia do país se contrai com a posse de Fernando Collor. Vai lá pra baixo. O período é de mediocridade absoluta, salvo em práticas de apropriação de bens públicos.
No intervalo Itamar, FHC se credenciava e, em 1994, eleito presidente, praticaria por dois mandatos um crescimento médio do PIB (2,3% ao ano), superior apenas ao do Haiti. O crescimento rastejante acompanhou-se de dois pequenos pulos da galinha. O governo Lula, cuja média foi um pouco menos medíocre - 4% ao ano -, termina com o Pibão de 7,5% de 2010... Precedido pelo mergulho de - 0,6% no ano anterior. Tudo leva a crer que assistiremos a mais um voo de galinha, pois não será sustentado o aumento do gasto público e a reposição da ideia de desenvolvimento permanece encabulada.
Quero cotejar esses 30 anos de esvoaçar cacarejante, no nível de chão de galinheiro, com médias históricas anteriores. Média de 1951/1960: 4,3% ao ano. Média do regime militar: 6% ao ano. Em termos de participação no PIB mundial, a economia brasileira caiu de 3,91% em 1980, para 2,92% em 2010 (estimativa do professor Reinaldo Gonçalves). Com seu esvoaçar precário, o Brasil somente poderá ganhar posições se alguns países europeus quebrarem.
O melhor dado de 2010 foi a pequena elevação da taxa de investimento de capital fixo. Foi uma taxa robusta de crescimento em relação a 2009, quando houve uma contração de 10,3% do investimento. Entretanto, o Brasil continua um pigmeu em relação a uma China, que pratica uma taxa de investimento de 40% do PIB, ou de uma Índia, acima de 30%. O Brasil tem uma taxa de 18,4% do PIB em 2010.
Com a inflação seguindo indexada a itens como a eletricidade, o povão é punido pelos altos preços do que o Brasil exporta, e que se refletem internamente nos alimentos e pela dificuldade de geração de novos empregos e elevações salariais. O investimento privado fica inseguro ante o anúncio de cortes de gasto público e persistência dos problemas de infraestrutura. A componente inquietante é reforçada quando se tem presente o crescimento do crédito em relação ao PIB e à visível curva ascendente da inadimplência de 2009: 5,9% para 8% em 2011. Leia mais no Valor Econômico Aqui
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