quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CASO SARNEY - NOVA LIDERANÇA DA ÉTICA NO SENADO


A oposição deve divulgar nesta quinta (6) uma nota reiterando o pedido para que

José Sarney se licencie da presidência do Senado.

O texto virá à luz nas pegadas do terceiro discurso de autodefesa de Sarney, pronunciado na tarde desta quarta (5).

Sarney mal descera da tribuna e o documento contra a permanência dele no comando do Senado já circulava de gabinete em gabinete.

À noite, já havia sido rubricado pelos líderes do DEM, José Agripino Maia; e do PSDB, Arthur Virgílio.

Assinaram também: Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, do PMDB; Cristovam Buarque, do PDT, Renato Casagrande, do PSB...

Demóstenes Torres, do DEM; Sérgio Guerra e Tasso Jereissati, do PSDB.

Apresentado ao texto, Aloizio Mercadante, líder do PT, esquivou-se de assiná-lo. Ouvido pelo blog, Mercadante disse:

“A defesa da licença temporária, como ato voluntário do Sarney, é a posição que nós estamos defendendo desde o início do processo”.

Antes de divulgar a nota, o ‘demo’ Agripino planeja visitar Mercadante, na companhia do tucano Virgílio. Vão instá-lo a subscrever o texto.

“É hora de as pessoas assumirem as teses em torno das quais se entendem”, disse Agripino ao repórter.

A idéia inicial, discutida em reunião realizada há dois dias, era a de arrastar para dentro da nota os líderes de pelo menos cinco partidos: DEM, PSDB, PT, PDT e PSB.

Juntos, somam 46 dos 81 senadores. Em tese, estaria configurada uma maioria pluripartidária a favor da licença de Sarney. Porém...

Porém, afora a resistência de Mercadante, não havia até a noite passada certeza quando à adesão do líder do PDT, Osmar Dias (PR).

Tampouco o líder do PSB, Antonio Carlos Valadares (SE), esboçava intenção de assinar.

Confirmando-se a versão minguada, a nota vai às manchetes como um trunfo de Sarney.

Ainda que os cinco partidos aderissem formalmente ao texto, a maioria anti-Sarney seria meramente teórica.

Mesmo as legendas que já defenderam publicamente a licença de Sarney convivem com defecções: pelo menos três no DEM, uma no PSDB, três no PT e duas no PDT.

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