(Miguel Enríquez, a esquerda, Marco Enríquez, abaixo)
Filho de um líder guerrilheiro (Miguel Enríquez)e criado por um senador socialista, o pré-candidato presidencial do Chile Marco Enriquez-Ominami desafia os políticos tradicionais.
A reportagem é de Mónica González, publicada no jornal Clarín, 21-06-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Aos 35 anos, o cineasta Marco Enríquez-Ominami se converteu no novo fenômeno da política chilena. A seis meses da eleição presidencial que repete a histórica disputa entre a Concertación, com Eduardo Frei, que já foi presidente (1994-2000), e Sebastián Piñera, apoiado pela direita e que já foi derrotado por Michelle Bachelet, esse deputado dissidente renunciou ao Partido Socialista e desafiou o tabuleiro oficialista ao se apresentar como candidato presidencial independente. Irrompeu com a mesma mecha de cabelos sobre a testa que caracterizou seu pai, o líder do MIR [Movimiento de Izquierda Revolucionaria] Miguel Enríquez, que morreu em um enfrentamento com a polícia secreta de Pinochet (Dina, Dirección de Inteligencia Nacional). Marco não o conheceu. Tinha só cinco meses quando ele partiu para o exílio na França junto com sua mãe, a jornalista Manuela Gumucio. Seu álbum de fotos foram recortes de jornais. E sua conexão para com a terra, o seu pai por amor: Carlos Ominami, senador socialista, que deverá escolher entre o apoio a seu filho ou sua recandidatura ao Senado.
São necessárias 35 mil assinaturas para que seu nome figure no voto. E em só três meses conseguiu agitar e assombrar. Casado com uma jornalista e pai de duas filhas, na quinta-feira passada concentrou a atenção quando foram conhecidos os resultados da pesquisa CEP.
Ele obteve 15%, Piñera 34% e Frei 29% das preferências. Mas o padrão eleitoral é quase o mesmo que em 1988. Para que lhe servem os votos que conseguiu até agora?
Para ir ao segundo turno. A quem se deve perguntar se alguém sem partido e castigado por todos que, em três meses subiu de 0 a 14% versus dois candidatos em baixa vai ao segundo turno? A eles.
Eis a entrevista na íntegra
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