Por Fernando Gabeira.
É difícil prever o futuro. Ainda mais o futuro da crise. O governo afirma que o país vai crescer em 2009. Algumas agências dizem que vai encolher. Lula responde a elas, lembrando que os bancos erraram sobre si próprios, por que não errariam agora. Tem razão. Acontece que não são apenas agências tipo Stanley Morgan que preveem um recuo. O tempo resolverá a divergência. Sempre que se menciona a crise econômica por aqui, acrescenta-se a expressão "de origem externa". A crise se originou nos Estados Unidos. Mas os norte-americanos não foram os únicos atores na economia global. O comércio cresceu e os ventos favoráveis impulsionaram os barcos nacionais. Representamos o crescimento brasileiro como algo que dependeu apenas do governo, de um esforço endógeno.A crise é externa e não sistêmica. Logo somos vítimas da crise. Quando se tratava de crescimento, nossos eram os méritos; quando se trata de estagnação, deles é a culpa.O governo não inventou essa forma política de reagir, desconectando fios. Ela é famosa no esporte e foi sintetizada numa frase atribuída ao técnico Yustrich: eu venço, nós empatamos, vocês perdem.Quando falamos de gastos públicos, somos considerados reacionários. O Senado tem 181 diretores. Há anos, afirmo ser possível cortar quase metade dos gastos no Congresso, sem perda de eficácia. O que vão fazer diante da onda, que esperam passageira? Criar mais uma diretoria, a de racionalização?A Fundação Getúlio Vargas vai fazer um plano. Os 181 não conseguem sozinhos um contato com a realidade. No futuro, a Fundação será a culpada. O país só aceita tudo isso porque os curandeiros nos convencem de que nossos males estão fora de nós: feitiço, macumba e mau olhado
Amazônia, meio ambiente, ecologia, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, incubadoras e parques tecnológicos, política nacional e internacional - Amazonia, the environment, ecology, biodiversity, sustainable development, science and technology, incubators and technology parks, national and international policy
sábado, 21 de março de 2009
INFEDILIDADE ÉTICA NÃO, PARTIDÁRIA............INFEDILIDADE NO ETHICS, party

Pois é meus caros, no Pará a política é assim mesmo. Não quer dizer que em outras partes não se cozinhem também as mesmas fadas, só que quanto mais se desce no lamaçal da política mais animaizinhos desses da foto aparecem nas articulações.
Hoje travestidos de esquerdistas, aqueles que antes beijavam as mãos dos donos do poder e da riqueza, hoje tratam de entrar no bonde dos novos donos do cofre. Alguns para não perder poder que até de síndico é bem vindo-, outros que já não estão mais no poder tratam de entrar por múltiples janelas. Não gostando do partido oficial, encontram a base aliada para desde aí pular para dentro do bolo.
São os filhos das oligarquias locais disfarçados de esquerdistas, democratas estão aí, sem projeto político nenhum, apenas querendo ou conservar o que usufruem ou alcançar um pedaço de algo. Ouça o discurso deles é um conjunto de generalidades sem compromisso com causa alguma e entraram em qualquer retaguarda na qual sejam destinados, na espera das mudanças que não vieram, mas que acham que viram. Teste Nº 1 toque na imagem dos seus gurus e aí vai reconhecer quais são. Sobre o mesmo tema leia mais: http://cloacanews.blogspot.com/
POBRE BELÉM TAN LEJOS DE DIOS......TÃO LONGE DE DEUS~...........

Ele já se passou por médico oftalmologista, exerceu a profissão em uma clínica de oftalmologia que vendia óculos de grau, com receitas assinadas por ele mesmo. Também declarou ser advogado titulado e hoje finge ser Prefeito. Elegeu-se pelo segundo mandato com o apoio da oligarquia local, alguns desses hoje vestem a roupagem de esquerdistas e já foram do núcleo duro dos governos passados, antes declarados neoliberais hoje tocando as portas do governo do PT. Apoio ninguém dispensa......
O presidente do Movimento Popular Unificado da Área Metropolitana de Belém (MPUB), Vadimir Gomes, encaminhou, ontem, ao chefe do Ministério Público do Estado, Geraldo Rocha, pedido de enquadramento criminal do prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), e da sua secretária Municipal de Saúde, assim como da diretoria do PSM da 14 de Março.
De acordo com ele, todos “cometem crimes de responsabilidade”. Gomes pede ainda que seja solicitado ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a instalação de uma Comissão de Auditoria das Contas da Secretaria Municipal de Saúde. “Nos chegou a denúncia de desvio de mais R$ 6 milhões, destinados ao município para o atendimento à saúde indígena”.
Gomes encaminhou ao procurador um dossiê com informações de irregularidades na rede de saúde pública. Disse que também entregaria o documento ao Ministério Público Federal. Gomes lembrou que reuniões e audiências públicas foram realizadas, lavraram-se numerosos Termos de Ajustes de Conduta (TAC), mas, na prática, nada foi feito. De acordo com o presidente, o MPUB não poderia ficar omisso em relação a tudo isso, que atinge o munícipe de Belém e todas as comunidades que utilizam o PSM da 14 de Março, assim como toda a rede de saúde”.
Leias reportagem completa: http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=35108
sexta-feira, 20 de março de 2009
VEJA COMO A ECONOMIA É BURRA - JÁ DIZIA UM GRANDE ECONOMISTA - The economy and Burr - already stated one major economies

A economia vai bem o governo também.....a reciproca é também verdadeira.
Avaliação positiva do governo Lula cai nove pontos em três meses, diz CNI/Ibope
Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (20) aponta queda de nove pontos percentuais na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando de 73% em dezembro para 64% agora. São 10% os que consideram o governo "ruim" ou "péssimo". Em dezembro, eram 6%
A aprovação à maneira como o presidente governa recuou seis pontos percentuais, de 84% para 78%, mesma queda observada em relação à confiança da população no presidente. A popularidade presidencial havia atingido nível recorde na rodada passada da pesquisa CNI/Ibope (de dezembro). A desaprovação cresceu cinco pontos percentuais, passando de 14% para 19%.
Lula, que participa nesta sexta (20) de Encontro Empresarial Brasil-Argentina, na Fiesp, em São Paulo,(veja palestra do Presidente recusou-se a comentar as pesquisas e falou somente sobre a crise). "Repito: a crise não nos atingiu com a mesma força que nos Estados Unidos e Japão. Não crescemos o tanto que podíamos, mas foi melhor que em outros países", afirmou a uma plateia de empresários.
Pela primeira vez no intervalo de um ano, a percepção positiva dos brasileiros sobre o ano em andamento fica abaixo de 80%. Para 74%, o ano de 2009 está sendo "muito bom" ou "bom", contra 83% na pesquisa de dezembro. Enquanto isso, 25% acham que o ano está sendo "ruim" ou "muito ruim", contra 17% do levantamento anterior.Desemprego e expectativasA crise é o tema mais lembrado espontaneamente pelos entrevistados. Em dezembro, 62% avaliavam como "ótima" ou "boa" a atuação do governo. O percentual recuou 15 pontos e está, agora, em 47%.
Leia mais: http://noticias.uol.com.br/politica/2009/03/20/ult5773u862.jhtm
Avaliação positiva do governo Lula cai nove pontos em três meses, diz CNI/Ibope
Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (20) aponta queda de nove pontos percentuais na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passando de 73% em dezembro para 64% agora. São 10% os que consideram o governo "ruim" ou "péssimo". Em dezembro, eram 6%
A aprovação à maneira como o presidente governa recuou seis pontos percentuais, de 84% para 78%, mesma queda observada em relação à confiança da população no presidente. A popularidade presidencial havia atingido nível recorde na rodada passada da pesquisa CNI/Ibope (de dezembro). A desaprovação cresceu cinco pontos percentuais, passando de 14% para 19%.
Lula, que participa nesta sexta (20) de Encontro Empresarial Brasil-Argentina, na Fiesp, em São Paulo,(veja palestra do Presidente recusou-se a comentar as pesquisas e falou somente sobre a crise). "Repito: a crise não nos atingiu com a mesma força que nos Estados Unidos e Japão. Não crescemos o tanto que podíamos, mas foi melhor que em outros países", afirmou a uma plateia de empresários.
Pela primeira vez no intervalo de um ano, a percepção positiva dos brasileiros sobre o ano em andamento fica abaixo de 80%. Para 74%, o ano de 2009 está sendo "muito bom" ou "bom", contra 83% na pesquisa de dezembro. Enquanto isso, 25% acham que o ano está sendo "ruim" ou "muito ruim", contra 17% do levantamento anterior.Desemprego e expectativasA crise é o tema mais lembrado espontaneamente pelos entrevistados. Em dezembro, 62% avaliavam como "ótima" ou "boa" a atuação do governo. O percentual recuou 15 pontos e está, agora, em 47%.
Leia mais: http://noticias.uol.com.br/politica/2009/03/20/ult5773u862.jhtm
SUCESSÃO PRESIDENCIAL 2010 ENQUETE DO ESTADÃO.....
Você votaria no candidato do presidente Lula em 2010?
Sim
29.219.978 votos - 73%
Não
10.890.613 votos - 27%
Total: 40.110.591 votos
Vote ou leia mais aqui: http://www.estadao.com.br/pages/enquetes/default.htm?id_enquete=291
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BRASIL, AMAZÔNIA - REDE DE BIOCOSMÉTICOS DA AMAZÔNIA
Realiza-se hoje, em São Luis, Maranhão a segunda reunião para a implantação de Rede de Biocosméticos da Amazônia – REDEBIO.
Um dos objetivos da formação da Rede de Biocosméticos está no desenvolvimento de atividades de pesquisa direcionadas a cadeias produtivas já existentes nos Estados do Amapá, Amazonas e Pará e, mais recentemente, do Estado do Maranhão, que contam com certo grau de consolidação e com potencial real de valor agregado.
Os dirigentes das Fundações de Amparo a Pesquisa dos Estados do Pará (FAPESPA), Amazonas (FAPEAM), Maranhão (FAPEMA) e a secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Tocantins, conscientes do potencial desenvolvimento de seus Estados, associado à inserção das cadeias produtivas em Biocosméticos nos cenários dos mercados nacionais e internacionais, reuniram esforços para promover a formação e o fomento da Rede de Pesquisas em Biocosméticos da região norte do Brasil.
Para a formação da REDEBIO, inicialmente, foram selecionadas as cadeias produtivas da castanha-do-pará, copaíba, andiroba e babaçu. Essas quatro cadeias contam com uma seqüência desde, o insumo até mercado nacional e internacional, por meio de empresas, fundamentalmente de cosméticos e fitoterápicos, que são a principal demanda no mercado.
Como resultado desta reunião da REDEBIO, será lançado um edital para promover o incentivo ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas e de produtos que utilizem como insumo a biodiversidade da Amazônia.
Um dos objetivos da formação da Rede de Biocosméticos está no desenvolvimento de atividades de pesquisa direcionadas a cadeias produtivas já existentes nos Estados do Amapá, Amazonas e Pará e, mais recentemente, do Estado do Maranhão, que contam com certo grau de consolidação e com potencial real de valor agregado.
Os dirigentes das Fundações de Amparo a Pesquisa dos Estados do Pará (FAPESPA), Amazonas (FAPEAM), Maranhão (FAPEMA) e a secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Tocantins, conscientes do potencial desenvolvimento de seus Estados, associado à inserção das cadeias produtivas em Biocosméticos nos cenários dos mercados nacionais e internacionais, reuniram esforços para promover a formação e o fomento da Rede de Pesquisas em Biocosméticos da região norte do Brasil.
Para a formação da REDEBIO, inicialmente, foram selecionadas as cadeias produtivas da castanha-do-pará, copaíba, andiroba e babaçu. Essas quatro cadeias contam com uma seqüência desde, o insumo até mercado nacional e internacional, por meio de empresas, fundamentalmente de cosméticos e fitoterápicos, que são a principal demanda no mercado.
Como resultado desta reunião da REDEBIO, será lançado um edital para promover o incentivo ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas e de produtos que utilizem como insumo a biodiversidade da Amazônia.
quinta-feira, 19 de março de 2009
BRASIL, AMAZÔNIA - DESMATAMENTO ILEGAL
Ibama dá início a operação contra o desmatamento ilegal
Na segunda-feira (16), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou a Operação Guradiões da Amazônia 2009, que prevê ações contra o desmatamento ilegal. Uma das principais iniciativas é o Programa Arco Verde, que tem como objetivo garantir alternativas para o desemprego no setor madeireiro da Amazônia, com medidas de proteção social e de estímulo a práticas sustentáveis. Além de intensificar a fiscalização contra o desmatamento, o órgão vai contar com reforços, como aviões para observação de áreas afetadas.
Segundo o coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Luciano Evaristo, o orçamento do instituto para este ano será maior, passando de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões para as atividades de fiscalização. Esses valores poderão aumentar, se necessário, para combater o desmatamento na região amazônica.
"O Ibama vai apertar com força a questão do desmatamento ilegal. Os cidadãos que alugarem caminhões para transporte de madeira, que não o façam, porque perderão seus bens. Aqueles empresários das serrarias, que estejam trabalhando com madeira ilegal, fiquem sabendo que a madeira será apreendida e retirada da serraria, e a serraria será lacrada", advertiu Evaristo.
Em texto do Ibama, o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), Neliton Marques, disse que o levantamento do governo do Amazonas revelou que mais de 50% do desmatamento atual no Estado ocorre em pequenos e médios terrenos de até 50 hectares localizados nas margens das rodovias, de estradas vicinais clandestinas que se interligam com rodovias oficiais, e de rios com vias navegáveis.
De acordo com ele, o pico do desmatamento se dá entre os meses de julho e outubro, período de estiagem. Marques informou também que o Estado está criando mosaicos de unidades de conservação com o objetivo de amortecer os impactos da agropecuária.
Leia mais www.ibama.gov.br.
Na segunda-feira (16), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou a Operação Guradiões da Amazônia 2009, que prevê ações contra o desmatamento ilegal. Uma das principais iniciativas é o Programa Arco Verde, que tem como objetivo garantir alternativas para o desemprego no setor madeireiro da Amazônia, com medidas de proteção social e de estímulo a práticas sustentáveis. Além de intensificar a fiscalização contra o desmatamento, o órgão vai contar com reforços, como aviões para observação de áreas afetadas.
Segundo o coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Luciano Evaristo, o orçamento do instituto para este ano será maior, passando de R$ 60 milhões para R$ 80 milhões para as atividades de fiscalização. Esses valores poderão aumentar, se necessário, para combater o desmatamento na região amazônica.
"O Ibama vai apertar com força a questão do desmatamento ilegal. Os cidadãos que alugarem caminhões para transporte de madeira, que não o façam, porque perderão seus bens. Aqueles empresários das serrarias, que estejam trabalhando com madeira ilegal, fiquem sabendo que a madeira será apreendida e retirada da serraria, e a serraria será lacrada", advertiu Evaristo.
Em texto do Ibama, o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), Neliton Marques, disse que o levantamento do governo do Amazonas revelou que mais de 50% do desmatamento atual no Estado ocorre em pequenos e médios terrenos de até 50 hectares localizados nas margens das rodovias, de estradas vicinais clandestinas que se interligam com rodovias oficiais, e de rios com vias navegáveis.
De acordo com ele, o pico do desmatamento se dá entre os meses de julho e outubro, período de estiagem. Marques informou também que o Estado está criando mosaicos de unidades de conservação com o objetivo de amortecer os impactos da agropecuária.
Leia mais www.ibama.gov.br.
BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - CADEIAS PRODUTIVAS (3)
Bioprospecção e cadeias produtivas
Uma particularidade da pesquisa de campo foi permitir a comprovação, nas principais localidades, das evidências empíricas na trajetória das cadeias produtivas selecionadas, focadas na comunidade e no mercado. Nesse sentido, constatou-se que os dois extremos das cadeias produtivas não estão formatados de modo a permitir uma interação fácil. Conforme se concluiu, existe, até certo ponto, uma relação primitiva e colonialista, pela qual as empresas que possuem a tecnologia ou empresas de países desenvolvidos extraem produtos naturais nas localidades, pagando por eles baixíssimos preços e realizando agregação de valor nos centros de desenvolvimento tecnológicos mais avançados.
Contudo, constatou-se também que, quando existem relações de parceria com empresas que propõem ações de mais longo prazo para fortalecer a cadeia produtiva e garantir compra de matéria-prima e ações de desenvolvimento nas comunidades (educação, saúde, capacitação), por pequenas que essas ações sejam, superam os apoios que as políticas públicas do governo realizam. Tal constatação permite sugerir que uma boa política pública, para fortalecer a proteção ambiental e as comunidades extrativistas pode residir no estímulo e fortalecimento de práticas dessa natureza no meio empresarial.
As cadeias produtivas da castanha-do-pará, dos óleos de copaíba e andiroba, apresentam uma potencialidade extraordinária pela sua demanda e novas possibilidades de uso na bioindústria. Requerem, entretanto, a implementação de boas práticas para o beneficiamento dos óleos. Assim, o retorno para as comunidades poderá ser significativamente superior ao que é atualmente.
Existem dois tipos de dificuldades nas cadeias produtivas estudadas: as primeiras são enfrentadas pelas comunidades que se encontram próximas dos centros urbanos. Estas apresentam dificuldades voltadas para as inovações tecnológicas dos seus produtos e, portanto, requerem soluções específicas.
As comunidades que se encontram mais distantes apresentam dificuldades voltadas para a gestão dos empreendimentos e transporte dos seus produtos. Esse é um dos seus grandes pontos fracos.
Com base nas evidências da pesquisa empírica se aponta a possibilidade de criar dois cenários de cadeias produtivas. Um de maior intensidade, formado pelas cadeias mais próximas das cidades-pólo da Amazônia, que contam com universidades e bioindústrias em expansão ou em implantação (empresas incubadas, pequenas bioindústrias ou médias e grandes empresas dedicadas à exploração sustentável dos recursos da biodiversidade, pólos tecnológicos, etc.). Outras cadeias de menor intensidade tecnológica são focadas também, principalmente, em produtores extrativistas.
Mais distantes portanto dos centros urbanos da Amazônia e das instituições de pesquisa e de empresas que atuam na área da biodiversidade, onde se criariam pólos para estoque de matéria-prima para beneficiamento primário dos produtos naturais.
Apesar de existirem diversas possibilidades para uso da biodiversidade, tais como os chamados usos indiretos, analisados, os que se apresentam como alternativa mais concreta para as comunidades são os usos diretos, que geram alternativas de trabalho e renda para as comunidades que precisam se desenvolver.
Outras alternativas, como a venda de créditos de carbono para criação de um fundo, têm gerado polêmicas sobre a forma em que se distribuirão os recursos e como serão beneficiadas realmente as comunidades. Embora isso não seja estudado adequadamente, tem havido mais dúvidas que esclarecimentos sobre a operação desse mecanismo.
Uma particularidade da pesquisa de campo foi permitir a comprovação, nas principais localidades, das evidências empíricas na trajetória das cadeias produtivas selecionadas, focadas na comunidade e no mercado. Nesse sentido, constatou-se que os dois extremos das cadeias produtivas não estão formatados de modo a permitir uma interação fácil. Conforme se concluiu, existe, até certo ponto, uma relação primitiva e colonialista, pela qual as empresas que possuem a tecnologia ou empresas de países desenvolvidos extraem produtos naturais nas localidades, pagando por eles baixíssimos preços e realizando agregação de valor nos centros de desenvolvimento tecnológicos mais avançados.
Contudo, constatou-se também que, quando existem relações de parceria com empresas que propõem ações de mais longo prazo para fortalecer a cadeia produtiva e garantir compra de matéria-prima e ações de desenvolvimento nas comunidades (educação, saúde, capacitação), por pequenas que essas ações sejam, superam os apoios que as políticas públicas do governo realizam. Tal constatação permite sugerir que uma boa política pública, para fortalecer a proteção ambiental e as comunidades extrativistas pode residir no estímulo e fortalecimento de práticas dessa natureza no meio empresarial.
As cadeias produtivas da castanha-do-pará, dos óleos de copaíba e andiroba, apresentam uma potencialidade extraordinária pela sua demanda e novas possibilidades de uso na bioindústria. Requerem, entretanto, a implementação de boas práticas para o beneficiamento dos óleos. Assim, o retorno para as comunidades poderá ser significativamente superior ao que é atualmente.
Existem dois tipos de dificuldades nas cadeias produtivas estudadas: as primeiras são enfrentadas pelas comunidades que se encontram próximas dos centros urbanos. Estas apresentam dificuldades voltadas para as inovações tecnológicas dos seus produtos e, portanto, requerem soluções específicas.
As comunidades que se encontram mais distantes apresentam dificuldades voltadas para a gestão dos empreendimentos e transporte dos seus produtos. Esse é um dos seus grandes pontos fracos.
Com base nas evidências da pesquisa empírica se aponta a possibilidade de criar dois cenários de cadeias produtivas. Um de maior intensidade, formado pelas cadeias mais próximas das cidades-pólo da Amazônia, que contam com universidades e bioindústrias em expansão ou em implantação (empresas incubadas, pequenas bioindústrias ou médias e grandes empresas dedicadas à exploração sustentável dos recursos da biodiversidade, pólos tecnológicos, etc.). Outras cadeias de menor intensidade tecnológica são focadas também, principalmente, em produtores extrativistas.
Mais distantes portanto dos centros urbanos da Amazônia e das instituições de pesquisa e de empresas que atuam na área da biodiversidade, onde se criariam pólos para estoque de matéria-prima para beneficiamento primário dos produtos naturais.
Apesar de existirem diversas possibilidades para uso da biodiversidade, tais como os chamados usos indiretos, analisados, os que se apresentam como alternativa mais concreta para as comunidades são os usos diretos, que geram alternativas de trabalho e renda para as comunidades que precisam se desenvolver.
Outras alternativas, como a venda de créditos de carbono para criação de um fundo, têm gerado polêmicas sobre a forma em que se distribuirão os recursos e como serão beneficiadas realmente as comunidades. Embora isso não seja estudado adequadamente, tem havido mais dúvidas que esclarecimentos sobre a operação desse mecanismo.
BARASIL, AMAZÔNIA -TECNOLOGIA PARAENSE
Boletim Bitnews
Belém/Pa - N. 186
18/03/2009
Fortec em Belém - O Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia - NITT, do Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, promoverá nos dias 2 e 3 de abril, o I Encontro do Fórum de Gestores de Inovação e Transferência Tecnológica da Região Norte - Fortec. O encontro será realizado no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, no Auditório Paulo Cavalcante, em Belém/PA. O Encontro discutirá temas como a integração das ICTs e IFEs em âmbito local, regional e nacional, o Fortec da região Norte como agente integrador dos Núcleos de Inovação e Transferência de Tecnologia, e o NITT/MPEG e suas relações com as ICTs e IFEs da região. Mais informações pelo telefone 91 3274-4593.
Parque Tecnológico - Sociedade civil e empresários de setores produtivos de Marabá, conheceram ontem, terça-feira, na sede da Associação Comercial Industrial de Marabá - ASIM, os planos diretor e de negócios do Parque de Ciência e Tecnologia Tocantins, apresentados Secretaro de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia - Sedect, Maurílio Monteiro. O governo constrói três parques de ciência e tecnologia no Estado: Guamá (Belém), o Tocantins (Marabá) e o Tapajós (Santarém), que integram a estratégia de induzir um novo modelo de desenvolvimento, agregando mais ciência, tecnologia e inovação a produtos e processos.
Segurança Digital - Júlio Grandi, da Plant Engenharia, está em São Paulo/SP, onde participa da 4a. edição do ISC Brasil 2009 - Feira e Conferência Internacional de Segurança Eletrônica. Saiba mais sobre o evento em http://www.iscexpo.com.br/.
Jornalismo Científico - A Fapespa - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, promove de 19 a 21 de março, Oficina de Jornalismo Científico, destinada a jornalistas e cientistas que queiram atuar como profissionais na cobertura de ciência e tecnologia, além de profissionais liberais, professores, produtores e estudantes de comunicação e estudantes das demais áreas científicas e que visa fornecer subsídios para que estes abordem/divulguem de forma mais aprofundada os temas científicos na Amazônia. O curso contará com a colaboração do presidente da Associação Brasileira de jornalismo Científico, Wilson Bueno, e do jornalista Marcelo Leite (Folha de São Paulo). Maiores informações em www.fapespa.pa.gov.br/?q=node/671.
Java Corporativo - O Centro de Ensino Superior do Pará - Cesupa, está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Desenvolvimento de Software com Ênfase em Java Corporativo. Sob coordenação do prof. Msc. Marcos Venício Araújo, o curso contará com período de residência de um ano em uma fábrica de software. Maiores informações em http://www.cesupa.br/.
Capital Semente - O Comitê de Investimento do Fundo Criatec de Capital Semente do Brasil promove hoje (18) em Belém/PA reunião de avaliação de proposta de Empresa Inovadora Paraense. A proposta avaliada tem origem nos Laboratórios da UFPA, podendo iniciar suas atividades na incubadora de empresas da própria Universidade. O Fundo Criatec de Capital Semente é uma iniciativa inovadora do BNDES e BNB para investimentos de Capital de Risco no Brasil, contando com R$ 100 milhões de reais para todo o País, com possibilidade de investir entre R$ 1,5 milhões e R$ 5 milhões num único projeto de até 5 anos de atividades. Serão selecionados apenas 50 Projetos/Empresas inovadores no País, sendo que já foram selecionados 15, conforme em http://www.fundocriatec.com.br/. Maiores informações (91) 8883-8576 / 3201-8022 Ramal 224.
Shopping Claro - A Claro lançou, em parceria com a agência interativa F.biz, o Shopping Claro, um ambiente de divulgação de ofertas que fica na homepage do Portal Claro Idéias WAP. Os clientes da operadora que "visitam o shopping" podem conferir diversas ofertas exclusivas e, ao clicar em uma delas, são direcionados para uma página que contém o detalhamento da oferta e a apresentação do produto.
Belém/Pa - N. 186
18/03/2009
Fortec em Belém - O Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia - NITT, do Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, promoverá nos dias 2 e 3 de abril, o I Encontro do Fórum de Gestores de Inovação e Transferência Tecnológica da Região Norte - Fortec. O encontro será realizado no Campus de Pesquisa do Museu Goeldi, no Auditório Paulo Cavalcante, em Belém/PA. O Encontro discutirá temas como a integração das ICTs e IFEs em âmbito local, regional e nacional, o Fortec da região Norte como agente integrador dos Núcleos de Inovação e Transferência de Tecnologia, e o NITT/MPEG e suas relações com as ICTs e IFEs da região. Mais informações pelo telefone 91 3274-4593.
Parque Tecnológico - Sociedade civil e empresários de setores produtivos de Marabá, conheceram ontem, terça-feira, na sede da Associação Comercial Industrial de Marabá - ASIM, os planos diretor e de negócios do Parque de Ciência e Tecnologia Tocantins, apresentados Secretaro de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia - Sedect, Maurílio Monteiro. O governo constrói três parques de ciência e tecnologia no Estado: Guamá (Belém), o Tocantins (Marabá) e o Tapajós (Santarém), que integram a estratégia de induzir um novo modelo de desenvolvimento, agregando mais ciência, tecnologia e inovação a produtos e processos.
Segurança Digital - Júlio Grandi, da Plant Engenharia, está em São Paulo/SP, onde participa da 4a. edição do ISC Brasil 2009 - Feira e Conferência Internacional de Segurança Eletrônica. Saiba mais sobre o evento em http://www.iscexpo.com.br/.
Jornalismo Científico - A Fapespa - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, promove de 19 a 21 de março, Oficina de Jornalismo Científico, destinada a jornalistas e cientistas que queiram atuar como profissionais na cobertura de ciência e tecnologia, além de profissionais liberais, professores, produtores e estudantes de comunicação e estudantes das demais áreas científicas e que visa fornecer subsídios para que estes abordem/divulguem de forma mais aprofundada os temas científicos na Amazônia. O curso contará com a colaboração do presidente da Associação Brasileira de jornalismo Científico, Wilson Bueno, e do jornalista Marcelo Leite (Folha de São Paulo). Maiores informações em www.fapespa.pa.gov.br/?q=node/671.
Java Corporativo - O Centro de Ensino Superior do Pará - Cesupa, está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Desenvolvimento de Software com Ênfase em Java Corporativo. Sob coordenação do prof. Msc. Marcos Venício Araújo, o curso contará com período de residência de um ano em uma fábrica de software. Maiores informações em http://www.cesupa.br/.
Capital Semente - O Comitê de Investimento do Fundo Criatec de Capital Semente do Brasil promove hoje (18) em Belém/PA reunião de avaliação de proposta de Empresa Inovadora Paraense. A proposta avaliada tem origem nos Laboratórios da UFPA, podendo iniciar suas atividades na incubadora de empresas da própria Universidade. O Fundo Criatec de Capital Semente é uma iniciativa inovadora do BNDES e BNB para investimentos de Capital de Risco no Brasil, contando com R$ 100 milhões de reais para todo o País, com possibilidade de investir entre R$ 1,5 milhões e R$ 5 milhões num único projeto de até 5 anos de atividades. Serão selecionados apenas 50 Projetos/Empresas inovadores no País, sendo que já foram selecionados 15, conforme em http://www.fundocriatec.com.br/. Maiores informações (91) 8883-8576 / 3201-8022 Ramal 224.
Shopping Claro - A Claro lançou, em parceria com a agência interativa F.biz, o Shopping Claro, um ambiente de divulgação de ofertas que fica na homepage do Portal Claro Idéias WAP. Os clientes da operadora que "visitam o shopping" podem conferir diversas ofertas exclusivas e, ao clicar em uma delas, são direcionados para uma página que contém o detalhamento da oferta e a apresentação do produto.
quarta-feira, 18 de março de 2009
BRASIL, AMAZÔNIA - RESULTADOS DE PESQUISA DE CAMPO - BIOINDÚSTRIA (2)
Pesquisa, bioindústria e agregação de valor
A questão da bioindústria foi o centro de referência mais importante, tanto de empresários como das comunidades. Percebeu-se que o apoio de parte dos órgãos governamentais para a capacitação tecnológica dos produtores e comunidades da biodiversidade é insuficiente. Entretanto se é implementado apoio de forma regular, as condições de produção melhoram, e o beneficiamento dos produtos naturais adquire qualidade e opções de mercado.
Dessa forma, o fortalecimento da bioindústria é uma das questões fundamentais para que a floresta consiga produzir para uma demanda cada vez mais crescente de produtos da biodiversidade. A maioria das respostas dos empresários e comunidades se encontra, precisamente, na necessidade de realizar inovações tecnológicas nos produtos naturais para superar uma fase que caracteriza, ainda, a região amazônica – ser fornecedora de matéria-prima.
A agregação de valor supõe o uso de uma adequada tecnologia. Cresce exponencialmente ao longo da cadeia e é maximizada em seus elos finais. Fora da região, portanto, as comunidades ficam com a menor parte dos lucros da cadeia produtiva. O maior desafio para as comunidades que dependem da biodiversidade consiste em criar capacitação tecnológica para inovar e, na medida do possível, agregar valor nas próprias localidades.
Entretanto, a capacidade científica e tecnológica dos atores envolvidos nas atividades extrativistas e de aproveitamento da biodiversidade ainda é extremamente frágil, fragmentada e pouco consolidada. São poucos os convênios e parcerias entre comunidades e centros de pesquisa, para realizar inovações tecnológicas. Convênios de bioprospecção realizados são escassos e, nos que foram registrados pela pesquisa de campo, a tecnologia transferida ao produto e a agregação de valor foi realizada pela empresa e, normalmente, fora da Amazônia.
Apesar da importância da área de biotecnologia para transformar os produtos da biodiversidade em produtos com alto valor agregado, aparentemente ainda não é possível pensar na biotecnologia de ponta. O que pode ser implementado, inicialmente, são processos biotecnológicos de menor intensidade que agreguem valor aos produtos, somados à realização de melhores práticas nas cadeias produtivas, para criar as condições de uma melhoria substancial de produtos.
Dessa forma, os extrativistas e o governo devem estar alertas e preparados para possíveis demandas a respeito de substituição dos produtos naturais pelos sintéticos, pelo fato de – como já foi analisado na tese – o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade ser curto. Apesar de existir uma tendência de procurar o natural, pelo preço e pelos poucos efeitos colaterais negativos, também o processo pode ser inverso: uma tendência a reproduzir de forma sintética os princípios ativos da biodiversidade.
Gonzalo ENRÍQUEZ, 2008.
A questão da bioindústria foi o centro de referência mais importante, tanto de empresários como das comunidades. Percebeu-se que o apoio de parte dos órgãos governamentais para a capacitação tecnológica dos produtores e comunidades da biodiversidade é insuficiente. Entretanto se é implementado apoio de forma regular, as condições de produção melhoram, e o beneficiamento dos produtos naturais adquire qualidade e opções de mercado.
Dessa forma, o fortalecimento da bioindústria é uma das questões fundamentais para que a floresta consiga produzir para uma demanda cada vez mais crescente de produtos da biodiversidade. A maioria das respostas dos empresários e comunidades se encontra, precisamente, na necessidade de realizar inovações tecnológicas nos produtos naturais para superar uma fase que caracteriza, ainda, a região amazônica – ser fornecedora de matéria-prima.
A agregação de valor supõe o uso de uma adequada tecnologia. Cresce exponencialmente ao longo da cadeia e é maximizada em seus elos finais. Fora da região, portanto, as comunidades ficam com a menor parte dos lucros da cadeia produtiva. O maior desafio para as comunidades que dependem da biodiversidade consiste em criar capacitação tecnológica para inovar e, na medida do possível, agregar valor nas próprias localidades.
Entretanto, a capacidade científica e tecnológica dos atores envolvidos nas atividades extrativistas e de aproveitamento da biodiversidade ainda é extremamente frágil, fragmentada e pouco consolidada. São poucos os convênios e parcerias entre comunidades e centros de pesquisa, para realizar inovações tecnológicas. Convênios de bioprospecção realizados são escassos e, nos que foram registrados pela pesquisa de campo, a tecnologia transferida ao produto e a agregação de valor foi realizada pela empresa e, normalmente, fora da Amazônia.
Apesar da importância da área de biotecnologia para transformar os produtos da biodiversidade em produtos com alto valor agregado, aparentemente ainda não é possível pensar na biotecnologia de ponta. O que pode ser implementado, inicialmente, são processos biotecnológicos de menor intensidade que agreguem valor aos produtos, somados à realização de melhores práticas nas cadeias produtivas, para criar as condições de uma melhoria substancial de produtos.
Dessa forma, os extrativistas e o governo devem estar alertas e preparados para possíveis demandas a respeito de substituição dos produtos naturais pelos sintéticos, pelo fato de – como já foi analisado na tese – o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade ser curto. Apesar de existir uma tendência de procurar o natural, pelo preço e pelos poucos efeitos colaterais negativos, também o processo pode ser inverso: uma tendência a reproduzir de forma sintética os princípios ativos da biodiversidade.
Gonzalo ENRÍQUEZ, 2008.
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