segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Por que criar futuros desejáveis?


Sobre Crie Futuros

“O futuro é fruto dos sonhos do passado e escolhas do presente”.


Olhando o futuro do passado, fica claro que muito do que existe hoje foi antes sonhado. Desde o fim do século XIX, encontramos imagens de videoconferência; notebooks; tecnologia wireless; demasiados carros; cidades em escala inumana; drive through; fast food, cirurgia remota; aquecimento solar. Foram imagens que orientaram escolhas de modos de viver, prioridades de políticas e investimento, inovação tecnológica. O recado fica claro: a maneira como enxergamos o futuro influencia sua criação. As escolhas de hoje desenham o mundo de amanhã. Mudando as escolhas, podemos mudá-lo. E como escolher? Será que temos visões de futuro desejáveis para orientar nossas escolhas e inspirar inovação? Peter Drucker diz: “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.

O que norteia nosso trabalho é a busca de sustentabilidade num sentido mais amplo. Existem mudanças que acontecem por ajustes, como uma fruta que amadurece, e outras que acontecem por mudança de estado, como a lagarta que se transforma em borboleta. Este é o tipo de transformação que necessitamos. Mas como? Se a Terra é uma só e seus recursos são finitos, escassos e se consomem com o uso?


Soluções possíveis surgem quando lidamos com quatro eixos onde há abundância, cujos recursos são infinitos e se multiplicam com o uso: (1) A Economia Criativa e seus recursos intangíveis: cultura, conhecimento, criatividade, experiência (2) As tecnologias de informação e comunicação: bits são infinitos, assim como os universos virtuais que eles criam (3) Uma vez em rede, a sociedade pode se organizar em infinitas formas de colaboração e interação. E finalmente a chave para que tudo isso seja possível: ampliar a noção de “riqueza” para uma visão multidimensional, com patrimônios e resultados não apenas na dimensão financeira, mas também nas dimensões ambiental, social e cultural.


A partir destes eixos construímos uma ficção, Desejável Mundo Novo, na qual é possível “sentir” o que seriam estilos de vida sustentáveis, diversos e criativos, em capítulos
organizados em temas da vida cotidiana que “re-inventam” a economia, a política, as cidades,o cuidar, a educação, as relações. A hipótese que defendemos em Crie Futuros é que nossos sonhos fertilizam o futuro – por isso nos dedicamos a criar e semear futuros positivos, que possam inspirar o desejo de concretizá-los. Fred Polack, um dos pioneiros de estudos de futuro, em seu livro “Imagens do Futuro”, de 1961, faz um estudo da história das civilizações relacionando com suas visões de futuro. Conclui que visões positivas de futuro estão presentes no florescimento das culturas e as visões negativas são um fator determinante em sua decadência e também que a força de uma cultura pode ser medida pela intensidade de suas imagens de futuro. Hoje, infelizmente os futuros difundidos pela grande mídia, games e ficção científica são tenebrosos. Por isso fizemos este livro inspiracional, que mostra o futuro que está nos desejos de pessoas de diversas idades, origens e formações. Nosso futuro desejável é que ele possa motivar mais e mais gente a criar seu futuro, inspirar lideranças na tomada de decisão e apontar oportunidades.E,sobretudo,suscite a pergunta: “Por que não?”

Lula pede que se ponha fim a eventuais divergências entre petistas e democratas (DEM).

Em comício para militância Lula pede não atacar aliados


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou na noite deste sábado (22), em São Bernardo do Campo (SP) o primeiro dos quatro comícios que fará até segunda-feira em redutos petistas na Grande São Paulo. Ao lado de seu afiliado político, o prefeito e candidato à reeleição Luiz Marinho (PT), Lula evitou nacionalizar o discurso e cobrou a militância local para que não faça ataques a partidos que são aliados na cidade e rivais do PT nacionalmente - o DEM integra as 17 legendas da base de apoio de Marinho. Ele ainda defendeu que "o bom momento que vive o País deve ser usado para eleger mais companheiros" nessas eleições de 2012.

"O prefeito tem que fazer as alianças necessárias para que ele possa ter um conjunto de partidos políticos, um conjunto de candidatos a vereadores que possam garantir a vitória", disse Lula. "Por isso quero agradecer aos partidos que estão apoiando o Marinho, independentemente da divergência no âmbito estadual e federal."

Ao final do discurso, ele voltou a mandar um recado, sem citar nomes, para que se ponha fim a eventuais divergências entre petistas e democratas. "Quem está apoiando o Marinho é aliado e quem não está é adversário", afirmou Lula.

O ex-presidente contou no discurso que recebeu da presidente Dilma Rousseff os resultados do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, deste ano e afirmou que os número positivos eram motivo de orgulho e felicidade porque melhoraram as condições de vida do povo brasileiro.

"A tendência é melhorar ainda mais, porque o Brasil aprendeu a gostar de si. O Brasil aprendeu a eleger gente que gosta de gente, aprendeu a eleger pela primeira vez uma mulher presidente da República", disse Lula.

Segundo o ex-presidente, que faz neste domingo mais dois comícios, em Santo André, para o candidato Carlos Grana (PT), e, em Diadema, para a reeleição do prefeito Mário Reali (PT), é preciso aproveitar o bom momento que vive o País. "Vamos ter que aproveitar o bom momento para eleger mais companheiros nossos." Lula estará ainda na segunda-feira em Mauá, apoiando Donisete Braga (PT), e disse que foi convidado para ir a Guarulhos e a Osasco.

 RICARDO BRANDT - Agência Estado

domingo, 23 de setembro de 2012

Criador & criatura


O escolhido para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PT conta como estreitou sua relação com Lula entre gafes e conversas no avião presidencial

Lula discursa durante lançamento da candidatura de Haddad em SP


BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO


 O momento não era o mais apropriado para deslizes.

Numa sexta-feira tumultuada pelo escândalo do mensalão, o governo tentava evitar a abertura do processo de cassação do mandato de José Dirceu na Câmara enquanto parlamentares da esquerda do PT convocavam a imprensa para um ato contra "a política econômica, as alianças espúrias e a corrupção".

Foi nesse clima que Fernando Haddad entrou no gabinete do presidente Lula em 5 de agosto de 2005, uma semana após tomar posse, para a sua primeira audiência como ministro da Educação.

Os dois ainda buscavam quebrar o gelo quando uma ligação do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, trouxe outra má notícia: a descoberta de um foco de aftosa em Mato Grosso do Sul.

"Eu tinha que minimizar o problema para conseguir despachar", lembra Haddad, sete anos depois. "Então eu disse: 'Presidente, o gado brasileiro é vacinado'. E ele: 'Você não entende nada de febre aftosa, né? A vacina não é garantia da não contaminação'. Aí já começou a complicar a minha audiência..."

O caçula do governo tentou consertar a gafe. Argumentou que o gado infectado teria sido transportado em caminhões fechados, sem contato com o resto do rebanho. Lula levou as mãos à cabeça: "Mas você não entende nada mesmo de febre aftosa, né? O vírus viaja até 90 quilômetros com o vento!"

O ministro dobrou o papel com o roteiro da reunião e sugeriu voltar outro dia, mas o presidente exigiu que ele ficasse até encerrar a lista de pendências da pasta.

Assim começou a se estreitar a relação que levaria o primeiro operário a governar o país a escolher um professor da USP sem traquejo eleitoral como seu candidato a prefeito de São Paulo em 2012.

SEM INTIMIDADE

Antes da primeira eleição de Lula, Haddad foi convidado para debates no Instituto Cidadania, onde o petista remontava seu "gabinete paralelo" depois de cada derrota em eleições presidenciais. "Mas nós tínhamos uma relação muito superficial. Nenhuma intimidade", afirma.

A sensação de distância era tão grande que um dia, já na Presidência, Lula disse acreditar que seu ministro nunca havia votado nele.

"Com exceção de 1982, quando votei no Rogê Ferreira [do PDT] para governador, eu sempre votei no senhor. Mas reconheço que sem convicção...", respondeu Haddad. A primeira-dama Marisa Letícia, que ouvia a conversa, se desesperou: "Fernando, como é que você diz uma coisa dessa?"

Aos poucos, os dois foram ficando mais próximos. Suas mulheres fizeram amizade, o ministro levou os filhos para festas na Granja do Torto e passou a ser convidado para trocar ideias até na sauna do Palácio da Alvorada. Quando o presidente viajava para São Paulo, ele se apressava em pedir carona no Aerolula.

"Isso ajuda muito. Ele me chamava sempre para conversar na cabine presidencial", conta Haddad, orgulhoso. "Lá não toca telefone, os problemas não entram no avião. É um momento bom."

POR TELEPATIA

Satisfeito com o desempenho do pupilo no MEC, Lula começou a lhe pedir palpites sobre economia -ele diz que só opinava ao ser consultado, num esforço para não melindrar os ministros da área.

A transformação do auxiliar em candidato foi uma consequência natural. E só não se precipitou em 2010, quando Lula sondou Haddad para concorrer ao governo do Estado, porque ele já havia escolhido outra ilustre desconhecida, Dilma Rousseff, para disputar a Presidência.

"Ele sabia que um projeto de renovação tem munição limitada", diz o ex-ministro.

Nas palavras dele, o convite para se candidatar neste ano, contrariando a desconfiança do partido e as pretensões da ex-prefeita Marta Suplicy, foi o "coroamento" da aproximação. Os dois se encontram ao menos uma vez por semana e conversam por telefone dia sim, dia não.

O ex-presidente driblou o tratamento do câncer para articular a campanha e chegou a posar com o ex-inimigo Paulo Maluf para ampliar o tempo do candidato na TV.

"Eu não sei nem como caracterizar a relação que nós temos hoje. É meio fraternal, meio paternal", arrisca Haddad. "Eu o entendo, ele me entende, está tudo sempre super-resolvido entre nós. Tem hora que é telepático."

Há alguns anos, não era bem assim. Em conversas com Tarso Genro, que antecedeu Haddad no MEC, Lula chamava o afilhado de "mauricinho" e "almofadinha que deu certo", num misto de reconhecimento e deboche.

Entre amigos, o candidato costuma se vingar imitando a voz rouca e os tropeços do ex-presidente no português.

"Já contaram para ele, mas eu neguei", conta, com o sorriso do aluno que espera o professor deixar a sala de aula para lhe pregar uma peça.

sábado, 22 de setembro de 2012

Haddad jogou a toalha e namora Russomano

Ala do PT busca 'pontes' com Russomanno

Com a avaliação de que é considerável a chance de que Celso Russomano (PRB) vença a disputa pela Prefeitura de São Paulo, setores do PT já põem em prática a estratégia de restabelecer pontes com o candidato.

O plano tem o objetivo de evitar que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) patrocine Russomanno em troca de apoio à sua tentativa de reeleição, em 2014.

Petistas decidiram manter relações com o PRB ainda que o candidato petista, Fernando Haddad, seja seu adversário no 2º turno.

Para esses petistas, a prioridade é derrotar o tucano José Serra (PSDB) e evitar que Alckmin feche um acordo com o PRB com vistas a 2014.

"Nossa principal polarização é PT x PSDB. Nosso objetivo é levar Haddad para o segundo turno e tirar Serra. Conseguindo isso, o PT já é um vitorioso", disse o ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza (PT-SP), verbalizando um discurso corrente no partido.

Presidente do PRB e coordenador da campanha de Russomanno, o bispo Marcos Pereira diz que já discutiu com o PT pacto de não agressão, a exemplo do que fez com Serra, após Haddad esboçar crescimento nas pesquisas.

Sem citar interlocutores, Pereira alega que a iniciativa só foi tomada há duas semanas, dois meses depois de sua conversa com Serra.

Segundo ele, a proposta teve acolhida no PT. "Tanto, que até agora, eles não partiram para a baixaria."

A adesão do PRB a manifesto em defesa do ex-presidente Lula é, para petistas, um sinal de boa vontade. Segundo petistas, o ministro Marcelo Crivella (Pesca) teria dito que Russomanno foi consultado sobre a nota. Crivella teria frisado que não existe acerto com Alckmin.

Por trás do discurso, há a constatação de que, sozinho, o PRB não tem condições de ocupar a máquina.

A estratégia esbarra na cúpula da campanha de Haddad, disposta a adotar tom mais agressivo na propaganda. Haddad descarta o apoio. "Nossa inclinação é estarmos no segundo turno."

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Colaborou LUIZA BANDEIRA.

Em defesa do Lula que já está no México

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Falta de fundamentos. Tudo pelo voto

Haddad diz que é degradante ser ligado a Dirceu e Delúbio


A campanha de Fernando Haddad (PT), candidato à Prefeitura de São Paulo, declarou à Justiça Eleitoral ser "manifestamente degradante" para ele ser associado aos colegas de partido José Dirceu e Delúbio Soares e ao deputado federal Paulo Maluf (PP), que integra sua chapa.

Dirceu e Delúbio encabeçam a lista de réus políticos do processo do mensalão. Maluf responde a ações por desvio de recursos públicos.

A declaração foi feita para justificar ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) um pedido para que a corte proibisse a exibição de uma propaganda produzida pela campanha de José Serra (PSDB), seu rival.

A peça tucana vincula o petista aos três personagens.

Nela, Haddad aparece ao lado de fotos de Dirceu, Delúbio e Maluf. "Sabe o que acontece quando você vota no PT? Você vota, ele volta", repete o narrador a cada personagem exibido.

"A publicidade é manifestamente degradante porque promove uma indevida associação entre Fernando Haddad e pessoas envolvidas em processos criminais e ações de improbidade administrativa", afirmam os advogados do petista, Hélio Silveira e Marcelo Andrade.

Na ação, a campanha ressalta que Haddad não é réu do mensalão.

"Haddad não é réu naquela ação penal originária do Supremo. (...) Não pode por isso ter sua imagem conspurcada por episódios que são totalmente estranhos à sua esfera de responsabilidade."

O texto diz ainda que "sempre que teve poder de nomeação", quando era ministro, Haddad "nunca nomeou Delúbio, Maluf ou Dirceu".

"Se tais pessoas jamais foram nomeadas por Fernando Haddad, o que sobra então a intenção dessa propaganda? Sobra a intenção de degradar através da associação da imagem do candidato às pessoas que surgem na tela."

Os advogados de Haddad indagam se "seria correto" "pela simples razão da coincidência de filiações partidárias" transportar para José Serra a "carga pejorativa que existe em torno do nome de Marconi Perillo", em referência a suspeitas que ligam o nome do governador tucano de Goiás ao escândalo envolvendo Carlos Cachoeira.

A Justiça negou o pedido do PT. O juiz Manoel Luiz Ribeiro afirma que "não se há que falar em degradação e ridicularização quando se estabelece a ligação entre o candidato e outros filiados a seu partido ou a partido coligado, ligação esta de conhecimento público e notório".

"Da mesma forma que um candidato pode ser beneficiado pelo apoio de correligionários bem avaliados pela população, pode ele ser prejudicado pela associação feita a políticos não tão bem avaliados", conclui o juiz.

Os principais fiadores da campanha de Haddad são o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff e a ex-prefeita Marta Suplicy.

Procurado, o advogado de Haddad, Hélio Silveira, disse que, "de maneira alguma" tratou como degradantes os personagens citados na ação.

"Degradante é a forma feita pela campanha de Serra, o modo como ele usou as imagens para vincular Haddad ao processo do mensalão e outras denúncias", afirmou.

Ontem, na tentativa de atacar Serra e se defender da associação ao mensalão, Haddad, disse que "sabe montar equipe" porque nenhum colaborador de sua gestão no Ministério da Educação responde a processos.

"Meus colaboradores, ao contrário dos dele [Serra], não estão respondendo a processo de improbidade", disse, se referindo a ações contra secretários de Gilberto Kassab, sucessor do tucano.

Colaborou LUIZA BANDEIRA, de São Paulo.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Pesquisas em 22 capitais

A seguir, compilação de pesquisas sobre as eleições municipais nas capitais. Foram consideradas no levantamento só as 22 capitais para as quais estavam disponíveis pesquisas realizadas no mês de setembro (divulgadas até a manhã desta 3ª feira, 18.set.2012).

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/files/2012/09/q21.png
Adicionar legenda

 




domingo, 16 de setembro de 2012

O que eles querem é educação e não dinheiro no bolso






O PT e suas entranhas



RIO DE JANEIRO - Não tenho nada contra o PT nem contra qualquer outro partido. Tinha até mesmo alguma simpatia pela imagem que ele criara, pelas intenções e posições que tomava, sob a liderança de um homem excepcional como Lula. No entanto é com certo pesar que vejo a sua lenta, mas progressiva deterioração política e moral -que, de alguma forma, afetará o seu patrimônio eleitoral.

Não há dúvida de que o partido ficou seriamente comprometido com o mensalão. Independentemente da decisão final do Supremo, suas entranhas ficaram escancaradas, revelando que em nada se difere dos demais partidos.

Como se não bastassem os recursos ilícitos que empregava para se manter e ajudar seus aliados, dona Dilma deu agora mais uma demonstração de que o PT se utiliza do poder para obter vantagens que, embora lícitas do ponto de vista administrativo, resvalam no mais escrachado fisiologismo.

Para atingir um alvo relativamente secundário, como a Prefeitura de São Paulo, a presidente demitiu Ana de Hollanda do Ministério da Cultura, nomeando uma petista de alto e valioso coturno, como Marta Suplicy, ajudando o candidato petista -que, mesmo com a colaboração integral e entusiástica de Lula, continua até agora patinando nas pesquisas eleitorais.

A mudança naquele ministério não tem outro significado senão o mais baixo estágio da política. Nem vem ao caso discutir a eficiência da ministra demitida nem as qualidades da nova titular.

Na reta final da campanha, dona Dilma apelou para a caneta presidencial e modificou o ministério que ela livremente escolheu, dando ao partido uma boca de fogo melhor comprometida com a realidade política e administrativa da capital paulista. Uma jogada que nada teve de brilhante ou necessária.

 Carlos Heitor Cony 

  Entranhas do PT aqui em Belém. 

O que pensa o PT do Edimilson?. 


O deputado Edmilson Rodrigues, do PSOL, mandou para o Encontro Municipal do PT um dos seus “fiéis” escudeiros e colaborador. Trata-se de uma figura conhecida no PT, o Stefani, aquele que comandava o grupo “nazifascista” patrocinado pelo ex prefeito para arrebentar os seus opositores, posto que este ainda permanece no PT.

Provavelmente bancado pelo deputado Edmilson, o Stefani liderou uma bancada de delegados do Encontro com o objetivo de votar moções confusas e que abrissem espaço para que avaliações equivocadas pudessem dar margem aos que defendem a submissão do PT aos interesses da candidatura do psolista.

Contudo, quando o Stefani defendeu publicamente que o PT deveria aprovar uma moção de “não agressão” ao PSOL como estratégia política para 2012, a casa caiu e ele foi ridicularizado pelo deputado Puty, que percebeu a manobra e defendeu uma moção no sentido contrário, obtendo quase a totalidade dos votos dos delegados na votação e impondo essa grande derrota ao “patrão” do camaleão.

O PT terá candidatura própria à prefeitura de Belém. O resto é papo furado !!
Do Blog do Vicente Cidade. 


Segue papo aqui em Belém.

Companheiro J.Q.,

Concordo contigo quanto ao acirramento das próximas eleições em Belém. Contudo, não acho que o Edmilson seja maior que o PT, será um candidato competitivo, é certo, mas não será maior que uma boa candidatura petista.

A postura do PSOL de ser inconsequente com o nosso governo e tolerante com o governo tucano revela que uma aliança com o PSOL será muito difícil.

O PSOL fez uma clara opção de buscar acordos de "não agressão" com a direita, agora precisa do nosso apoio para "entrar" na nossa base.

Particularmente não acho inteligente essa aliança com o Edmilson, sobretudo porque o objetivo deles não é só eleitoral em relação ao PT, passadas as eleições eles vão fazer a disputa partidária conosco, agindo com truculência e sacanagem como sempre fizeram.

Na "cabecinha" do PSOL o maior inimigo deles somos nós e não direita. Uma aliança com o PSOL será um grande tiro no pé.

Um abraço.



Voz fraca faz Lula focar em São Paulo

Em recuperação, ex-presidente evita viagens 

Em sua primeira eleição após deixar o poder, o cabo eleitoral mais disputado do país faz uma campanha reclusa. 


Ainda em recuperação — com garganta fragilizada pelo tratamento contra o câncer —, o ex-presidente Lula tem priorizado a atuação de bastidores.

Até agora, Lula fez apenas dois comícios, em Belo Horizonte e Salvador. A ausência dos palanques, além de seguir orientação médica que proíbe discursos inflamados de mais de 10 minutos, evita melindrar candidaturas de partidos aliados no plano federal.

Em Porto Alegre, por exemplo, Lula só deve participar de eventos com Adão Villaverde caso o petista dê uma arrancada nas pesquisas.

Diante das restrições, Lula gravou depoimentos para a propaganda de cerca de 120 candidatos do PT. As sessões se encerraram na última semana e não deverão ser retomadas, salvo alguma necessidade específica. A despeito da voz claudicante, Lula tem se demonstrado disposto e bem humorado.

Para Villaverde, ele gravou mais de 30 minutos de depoimento. O ex-presidente, contudo, sofre acessos de tosse cada vez que conversa demais, o que o deixa extremamente irritado. Isso também contribui para a preferência às gravações, que dispensam deslocamentos e são feitos nos estúdios do Instituto Lula, em São Paulo, em ambiente climatizado.

— Trinta segundos do Lula na TV atinge milhões de eleitores, muito mais gente do que um comício — compara o deputado federal Paulo Ferreira (RS), membro do grupo eleitoral do PT.

Movimentos políticos já visam à sucessão de Dilma


Desde o início do período eleitoral, Lula tem se empenhado com ênfase somente na candidatura de Fernando Haddad em São Paulo. Na terça-feira, por exemplo, os dois participaram de uma plenária com sindicalistas. Para a tarde deste sábado, estavam previstos dois comícios na capital paulista. Foi por pressão do ex-presidente que Marta Suplicy recebeu um ministério em troca do engajamento na campanha e que Dilma Rousseff gravou um depoimento para a propaganda do ex-ministro.

— Ele teve uma conversa séria com a presidente. Todos os esforços são para levar Haddad ao segundo turno — comenta um petista com trânsito no Planalto.

Na cúpula do PT, a vitória em São Paulo é considerada prioritária. Os dirigentes consideram a cidade, com 8 milhões de eleitores e um dos maiores orçamentos do país, fundamental para a reeleição de Dilma em 2014. É em nome de uma nova vitória de Dilma que Lula ensaia um armistício com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.

Eles haviam rompido por causa da sucessão no Recife e em Belo Horizonte, onde PT e PSB lançaram candidaturas distintas. Neste domingo, Campos participa de um ato da campanha de Haddad em São Paulo. Lula, em contrapartida, não deve viajar à capital pernambucana, onde o petista Humberto Costa foi superado nas pesquisas pelo afilhado de Campos, Geraldo Julio.

Com a reaproximação, o ex-presidente tenta evitar que os socialistas reprisem em 2014 a parceria estabelecida em Belo Horizonte com o PSDB. Lá, as duas legendas estão juntas pela reeleição de Márcio Lacerda, deixando o concorrente petista isolado.

Não por acaso, foi na capital mineira, berço político do senador tucano Aécio Neves, que Lula fez seu primeiro comício este ano, há duas semanas.
Zero Hora.