sábado, 31 de março de 2012

Pará - PF investiga fraude em títulos minerários

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar fraude envolvendo os títulos minerários da Ônix Empreendimentos Minerários, concedidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Segundo as investigações iniciais, as fraudes envolvem a empresa e servidores do órgão. A fraude também teria gerado diversos crimes ambientais praticados pela Ônix, conforme comprovou a operação de fiscalização conjunta da Divisão Especializada em Meio Ambiente da Polícia Civil (Dema) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).

De acordo com o Inquérito Policial de número 213/2012, aberto pela Polícia Federal no Pará, a empresa Ônix Empreendimentos Minerários teria o apoio de servidores do DNPM para fraudar títulos minerários de jazidas de areia e seixo no município de Vitória do Xingu. De acordo com as investigações, a empresa Ônix Empreendimentos Minerários pertence aos sócios Eduardo Toledo e Joelson Camilo.

Eduardo é diretor do Grupo CR Almeida, do falecido empresário Cecílio Rego Almeida, acusado de ter grilado uma área maior do que muitos países, no sudeste do Pará, nos anos 90. A proximidade de Eduardo Toledo com a região surgiu nessa época, já que era ele quem comandava as operações da CR Almeida em Altamira e região, na condição de advogado do grupo, conforme denúncias da época. (José Ibanês/Diário do Pará/De Altamira)

Belo Monte: polícia flagra atividades ilegais

Polícia fecha extração ilegal de areia e seixo próximo às obras de Belo Monte, em Altamira (Foto: Divulgação/Dema)
 Uma operação conjunta da Divisão Especializada em Meio Ambiente da Polícia Civil (Dema) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) flagrou diversos crimes ambientais cometidos pela empresa Ônix Empreendimentos Minerários, no município de Vitória do Xingu, próximo às obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Sem licenciamento, a empresa extraía areia e seixo em uma área localizada no KM 55 da rodovia Transamazônica e estaria vendendo para as empresas que fazem a obra da usina.

Realizada durante toda a semana, a operação autuou a empresa, multou e embargou as suas atividades, apreendendo maquinários e equipamentos.  A Dema abriu um inquérito contra a Ônix, desta vez para apurar os crimes ambientais, o que pode levar até mesmo à prisão dos sócios Eduardo Toledo e Joelson Camilo, que durante a operação não foram encontrados, mas foram intimados a dar explicações da Delegacia de Polícia de Altamira.

Segundo a delegada Maria Teresa Macedo, da Dema, a empresa cometeu diversos crimes ambientais, como abertura de estrada sem licença ambiental, exploração, transporte e comercialização de areia e seixo sem qualquer licença dos órgãos ambientais. A empresa teve as atividades paralisadas e as dragas que faziam a extração de minério no leito do rio Xingu foram apreendidas e levadas para o município de Altamira.

Na quinta-feira (29), os agentes da Dema voltaram ao local, desta vez acompanhados de uma equipe de fiscais da Sema, peritos do Instituto Renato Chaves e policiais civis. Foram constatados diversos crimes ambientais e desta vez os maquinários foram apreendidos, impedindo a continuidade das operações ilegais da Ônix no local. A fiscalização concluiu que a empresa ainda operava de forma clandestina um porto no local e estava ampliando o mesmo, a fim de receber as balsas que levam equipamentos e máquinas para as obras de Belo Monte.

A assessoria de imprensa do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) disse desconhecer a informação de que o material extraído ilegalmente pela Ônix era utilizado nas obras da hidrelétrica. Mas, de acordo com testemunhas que trabalham no local, todos os dias, dezenas de caçambas do CCBM iam até a área da Ônix para buscar areia. Na última terça-feira (27), após a primeira operação da Dema no local, as caçambas do CCBM não voltaram mais à área, mas as máquinas continuaram trabalhando. A assessoria ficou de esclarecer o assunto, mas até às 10 horas de ontem, não havia retornado. 
(José Ibanês/Diário do Pará/De Altamira)

Uma amostragem de como as Teles cuidam da Amazônia

sexta-feira, 30 de março de 2012

Uma corrida científica para salvar o chocolate


O agrônomo de 31 anos está em busca de um cacaueiro mais resistente e produtivo. Seu progresso — e o de pesquisadores como ele em outras regiões produtoras de cacau — está sendo observado de perto pelos grandes fabricantes mundiais de doces, como a americana Mars Inc., que faz o M&M. O motivo dessa busca são temores de que o cacau produzido hoje vem de pés por demais velhos, frágeis e pouco produtivos para satisfazer o crescente apetite mundial por chocolate.

Fredy Pinchi Pinchi caminha pela mata amazônica aqui numa missão: salvar o chocolate.

Devido à crescente demanda em mercados emergentes, empresas de alimentos e negociadores de commodities estão prevendo que o consumo mundial de cacau vá crescer 25%, para cerca de 5 milhões de toneladas, até 2020. Pessoas do setor dizem que cacaueiros novos e melhores são vitais para o suprimento futuro — e para que o chocolate continue sendo um luxo acessível.

"Estou procurando uma planta de elite. Essa é a meta", disse Pinchi. "Há muita gente que depende do cacau."

Mas o tempo está correndo. O processo de enxertar diferentes tipos de cacaueiros para obter a mistura genética certa leva anos, e está longe de ser certeiro. Uma vez plantado, o pé de cacau leva pelo menos quatro anos para começar a dar frutos bons para processamento.
"Para a saúde de longo prazo da indústria de cacau, variedades de alto rendimento precisam ser identificadas, propagadas e distribuídas", disse Kip Walk, diretor de cacau da Blommer Chocolate Co., que fornece chocolate para muitas grandes fabricantes de alimentos.

Enquanto isso, as plantas atuais continuam lutando contra as forças da natureza. Na África Ocidental, região que mais produz cacau no mundo, golpes de vento quente este ano secaram pés de cacau. A perspectiva de uma safra prejudicada provocou alta de 15% nos preços do cacau em relação ao preço mais baixo em três anos atingido em dezembro. Os futuros de cacau fecharam ontem a US$ 2.223 a tonelada, em queda de 3,1% no dia.

Dado o estado frágil dos cacaueiros e a forte demanda, é só uma questão de tempo até que haja falta de cacau e os preços disparem, disse Julian Rundle, diretor de investimento da Dorset Management, uma firma americana de investimento alternativo.

A demanda de cacau deve superar a oferta este ano em 71.000 toneladas, segundo estimativas da Organização Internacional do Cacau, sediada em Londres.

Só uma fração das milhares de variedades de pés de cacau existentes são cultivadas para produzir chocolate, porque plantar cacau sempre foi um negócio de baixas margens que não atrai investimentos. Essa prática de plantar cacaueiros geneticamente similares deixa populações inteiras vulneráveis quando atingidas por alguma doença contra a qual não têm resistência.

Em plena floresta, Pinchi está a postos para mudar isso. Ele passa por fileiras enlameadas de mudas, acariciando brotos de cor lima-limão, checando seu peso e tamanho. Ele e sua equipe do Instituto de Culturas Tropicais, um centro de pesquisa no norte do Peru, coletaram centenas de variedades de cacau da floresta tropical sul-americana e estão testando sua capacidade de produzir mais frutas, e maiores. Pesquisadores na Costa do Marfim e em Gana fazem estudos semelhantes.
[wsjamb1mar30]

O nome científico do cacaueiro é Theobroma cacao, algo como "comida dos deuses", em grego. Conforme o chocolate passou de um regalo para ocasiões especiais para um prazer diário, grandes áreas de mata foram cortadas nos anos 70 e 80 para dar espaço a cacauais, que agora cobrem cerca de 7,4 milhões de hectares. Mas a indústria sofreu um golpe quando um fungo conhecido como vassoura-de-bruxa dizimou mais de metade da produção de cacau do Brasil entre 1990 e 2010.

Executivos do setor esperam evitar outra crise de cacau, razão pela qual estão pondo suas esperanças em pesquisadores como Pinchi. Expandir a área plantada não é uma opção, devido à ampla oposição contra mais devastação de florestas tropicais — o único terreno bom para o cacau.

"Até 2020, precisamos de outra Côte d'Ivoire", disse Howard-Yana Shapiro, diretor de ciência de plantas e pesquisa externa da Mars, referindo-se à Costa do Marfim. Shapiro liderou uma equipe a que se atribui o mapeamento do genoma do cacaueiro em 2010. Ele mantém registros do trabalho conduzido pela equipe de Pinchi e outros pesquisadores.
"Há duas alternativas. Uma, cortamos todas as árvores dos trópicos e só plantamos cacau, o que seria um grande desastre. Ou aumentamos" o rendimento das plantas, disse Shapiro.
É certo que nem todo mundo está tão pessimista.

Kona Haque, estrategista de commodities do Macquarie Bank, admite que os preços do cacau tendem a subir, mas acha que previsões de que eles vão dobrar no longo prazo são exageradas. "A demanda vai continuar crescendo, mas, com o preço certo, o suprimento também", disse ela. "Eu acredito que o preço do cacau vai subir 50% em 10 anos."
Pinchi, porém, acredita que ele e seus colegas vão chegar ao cacaueiro certo antes que os preços amarguem o chocolate do mundo.

"A Amazônia é a origem do cacau", disse ele. "Há muita diversidade, o que nos dá muitas opções."
  
Por LESLIE JOSEPHS, de Tarapoto, Perú
WSJ Americas

EUA estão perdendo a batalha para os hackers

O principal agente de crimes cibernéticos do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, fez uma avaliação sombria dos esforços do país para proteger as redes de dados das empresas dos ataques de hackers de computadores: "Nós não estamos ganhando", disse ele.
HACKER
Shawn Henry, diretor-assistente executivo do FBI. Enlarge Image
Shawn Henry, diretor-assistente executivo do FBI.
Shawn Henry, que se prepara para deixar o FBI depois de mais de duas décadas na agência, disse numa entrevista ao The Wall Street Journal que a abordagem atual tanto do governo quanto do setor privado para defender-se de hackers é "insustentável''. Os criminosos cibernéticos são simplesmente muito talentosos e as medidas defensivas muito fracas para impedi-los, disse ele.

Seus comentários não foram dirigidos a uma legislação específica, mas foram feitos num momento em que o Congresso americano considera dois projetos de lei concorrentes, concebidos para reforçar as redes de empresas de infraestrutura crítica do país, tais como usinas de energia e reatores nucleares. Embora poucos especialistas em segurança cibernética discordem sobre a necessidade de melhorias de segurança, defensores da iniciativa privada têm argumentado que as novas regulamentações incluídas em um dos projetos de lei provavelmente não aumentarão a proteção das redes de computadores.

Henry, que está deixando o governo para trabalhar em uma firma de segurança cibernética em Washington, disse que as empresas precisam fazer grandes mudanças na maneira que usam suas redes de computadores para evitar maiores danos à segurança nacional e à economia. Muitas empresas, desde grandes multinacionais a pequenas firmas iniciantes, falham em reconhecer os riscos financeiros e legais que estão tomando — ou os custos em que provavelmente já incorreram sem saber — ao operar com redes vulneráveis, disse.
"Não vejo como nós sairemos dessa situação sem fazer mudanças na tecnologia e mudanças no comportamento, porque o modelo atual é insustentável. Insustentável porque você nunca avança, nunca se torna mais seguro, nunca têm uma expectativa razoável de privacidade ou segurança'', disse Henry.

James A. Lewis, pesquisador sênior sobre segurança cibernética do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, disse que, por mais sombria que a avaliação de Henry possa parecer, "eu sou na verdade ainda mais pessimista. Acho que perdemos a batalha de entrada [contra os hackers]". Lewis diz que não acredita que exista nos EUA uma única rede de computadores não restrita que seja segura.
"Há uma espécie de desejo deliberado de não admitir como as coisas estão ruins, tanto no governo quanto, certamente, no setor privado, então dá para entender porque [Henry] se sente frustrado'', acrescentou.
A lista de vítimas famosas de hackers inclui a Sony Corp. Segundo a empresa, no ano passado hackers tiveram acesso a informações pessoais de 24,6 milhões de clientes de um serviço de jogos online da empresa — parte de um ataque maior à Sony que comprometeu dados de mais de 100 milhões de contas. A Nasdaq OMX Group Inc., operadora da bolsa eletrônica Nasdaq Stock Market, também admitiu no ano passado que hackers haviam invadido parte de uma rede do grupo: a Directors Desk, um serviço para os conselhos de administração das empresas comunicar e compartilhar documentos. Já a firma de segurança na internet HBGary Federal foi infiltrada pelo grupo de hackers Anonymous, que roubou dezenas de milhares de e-mails internos.

Henry teve um papel fundamental na expansão dos poderes de segurança cibernética do FBI. Em 2002, quando o órgão se reorganizou para alocar mais recursos à proteção de redes de computadores, o FBI tinha quase 1.500 casos de hacking.
Oito anos depois, o número de casos crescera para mais de 2.500.
Henry disse que os agentes do FBI estão cada vez mais topando com dados roubados de empresas cujos executivos sequer sabiam que seus sistemas haviam sido violados.
"Descobrimos seus dados no meio de outras investigações", disse. "É um choque para eles. Em muitos casos, a invasão vinha ocorrendo por meses, em alguns casos por anos, o que significa que um adversário havia tido total visibilidade de tudo que ocorria naquela rede, potencialmente".

Henry disse que, embora muitos executivos de empresas reconheçam a gravidade do problema, vários outros não — o que é motivo de frustração para ele. Mas, mesmo quando a empresa reforça as defesas, seus sistemas seguem sendo invadidos, disse. "Estamos jogando na defesa há tempo demais […]. Só é possível erguer uma cerca até certa altura, e o que estamos vendo é que o ataque ultrapassa a defesa, e que o ataque é melhor que a defesa ", disse ele.
Henry disse que uma empresa precisa mudar certas coisas para criar redes de computadores mais seguras. Segundo ele, os dados de maior valor simplesmente devem ser mantidos fora da rede. Henry citou o caso recente da invasão de uma empresa não identificada na qual, segundo ele, o equivalente a dez anos de pesquisa e desenvolvimento, no valor de mais de US$ 1 bilhão, foi roubado por hackers.

Ele acrescentou que empresas precisam fazer mais do que apenas reagir a invasões. "Em muitos casos, a habilidade do adversário é tamanha que [o invasor] simplesmente salta por cima da cerca, e [a empresa] nunca ouve o alarme disparar", disse. Empresas precisam "sair à caça dentro do perímetro da rede", acrescentou.
  
Por DEVLIN BARRETT

WSJ Americas

Presidente do PT apoia cassação de Demóstenes. Ótimo!!

SÃO PAULO - O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, defendeu nesta sexta-feira a cassação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), flagrado em conversas gravadas pela Polícia Federal com o empresário de jogos clandestinos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.

Na avaliação do presidente nacional do PT houve quebra de decoro parlamentar e, por isso, o senador deve ser cassado. “Se a Comissão de Ética [do Senado] entender que houve quebra de decoro e no meu entendimento está havendo, a medida da punição é a cassação. Há uma relação muito estreita entre o senador e Carlinhos Cachoeira”, afirmou Falcão, depois de participar de um seminário sobre Governança Metropolitana, organizado pela Fundação Perseu Abramo e pelo Instituto Lula, em São Paulo.

O PT já representou na Procuradoria Geral da República, pedindo que o senador seja investigado e requereu do procurador-geral da República “explicações sobre a demora”, segundo o partido, para proceder investigações em torno de denúncias que já haviam sido feitas contra o senador do DEM.


O PSOL entrou com pedido no Conselho de Ética do Senado para que o caso seja analisado pelos senadores. Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal autorizou quebra de sigilo bancário de Demóstenes e requisitou a lista de memendas ao Orçamento apresentadas pelo senador para analisar se usou o cargo para favorecer Cachoeira.

(Cristiane Agostine / Valor)

Aproximação de Lula e FHC não supera diferenças entre partidos. Quais diferenças?.

SÃO PAULO - A recente aproximação dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso não reduz as diferenças políticas e ideológicas entre PT e PSDB, avaliou o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.

FHC visitou o ex-presidente Lula no hospital na terça-feira, posou para fotos e foi um dos primeiros a receber a notícia do fim do câncer do petista. Adversários políticos há duas décadas, os dois ex-presidentes conversaram sobre a possibilidade de construir uma agenda comum aos institutos mantidos pelo petista e pelo tucano.

O presidente nacional do PT, no entanto, minimizou a importância desse gesto e negou que haja uma aproximação política em curso. “Foi uma visita de cortesia e solidariedade. Não passa disso”, reforçou Falcão. “Aproximação no plano de ter eventos comuns dos dois institutos é possível, mas não se confunde com a disputa eleitoral e nem elimina as grandes distâncias programáticas existentes entre PT e PSDB”, afirmou o dirigente petista, ao participar de um seminário sobre governança metropolitana promovido pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo, na capital paulista.

Falcão fez críticas ao candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, e comentou que a possibilidade de nacionalização da campanha municipal na capital paulista é bem vista pelo PT. Para o presidente do PT, seria uma forma de associar os problemas da gestão FHC a Serra.

O dirigente petista afirmou que o crescimento da campanha do pré-candidato Fernando Haddad (PT) à prefeitura paulistana está vinculado à participação de Lula na disputa municipal. A expectativa do PT é que o ex-presidente intensifique as articulações políticas a partir da segunda quinzena de abril. Na quarta-feira, o ex-presidente fez exames que indicaram a remissão total do câncer na laringe, descoberto em outubro de 2011.

“A campanha de Haddad tem um ritmo de crescimento já previsto anteriormente. Evidente que a possibilidade de o presidente Lula participar diretamente deve aumentar o ritmo de crescimento da candidatura dele”, disse o presidente do PT.

Segundo o dirigente petista, o ex-presidente vai dosar sua participação em campanhas em todo o país e deve retomar as viagens em abril. “Mesmo no período em que estava hospitalizado, nunca ficou fora da atividade política nem da partidária”, comentou Falcão.
(Cristiane Agostine/ Valor)

Ideli nega favorecimento a empresa que doou para sua campanha em 2010

BRASÍLIA - A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, negou nesta sexta-feira, por meio de nota, que sua campanha para o governo de Santa Catarina, em 2010 pelo PT, tenha recebido recursos de uma empresa que assinou contratos com o Ministério da Pesca e Aquicultura para a compra de lanchas-patrulha.

“Não há qualquer ligação entre a ministra Ideli Salvatti e a empresa Intech Boating”, diz o texto divulgado pela Pasta. “A doação no valor de R$ 150 mil registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) feita pela empresa Intech Boating foi destinada ao Comitê Financeiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Santa Catarina e não à candidata Ideli Salvatti”, completou.

A denúncia foi publicada nesta sexta-feira pelo jornal “Estado de S. Paulo”. Segundo a reportagem, o comitê catarinense bancou 81% da campanha de Ideli. Derrotada na eleição ao governo de catarinense, ela assumiu a Pasta da Pesca, onde permaneceu por cinco meses. Ainda segundo o jornal, antes de Ideli ser deslocada para a articulação política do governo, o Ministério da Pesca e Aquicultura pagou à empresa os R$ 5,2 milhões restantes do contrato.
A nota justifica ainda que o contrato firmado entre o Ministério da Pesca e a Intech Boating “foi assinado em 2009, ano em que Ideli Salvatti era senadora da República e não ministra da Pasta”.
(Yvna Sousa / Valor)

Pará Tem Pior Fornecimento De Energia Do País E Sofre Com Apagões.

Ser governo causa “angústia e “frustração”, diz Gilberto Carvalho

BRASÍLIA - Em cerimônia de assinatura de contratos para a construção de cisternas no semi-árido, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que ser governo causa “muita angústia” e “frustração”. E reclamou das “dificuldades, problemas e fofocas” do cotidiano.
“Ser governo é uma coisa difícil, muita angústia, muita frustração entre o sonho e a realidade, entre a distância do que gostaríamos de fazer e aquilo que acontece”, disse. “Em geral, são muitos abacaxis e outras hortaliças difíceis de descascar, mas tem momentos em que a gente fica cheio de alegrias. E esse é um deles”. Carvalho está no governo federal desde 2003.
No evento, foram assinados contratos entre a Fundação Banco do Brasil e 42 entidades para a implantação de 60 mil cisternas na região do semi-árido do Nordeste e Minas Gerais. “Isso vale mais do que tudo que a gente faz na vida, do que todas as dificuldades, problemas, as fofocas, as histórias e assim por diante”, disse.
(Yvna Sousa | Valor)