sexta-feira, 3 de abril de 2009

G-20 - UM MUNDO NOVO COM DINHEIRO VELHO - A NEW WORLD WITH OLD MONEY

Números trilionários do G20 ocultam ação tímida.
Maior parte dos valores anunciados ao final do encontro não é recurso novo.
Quando todos os números são somados, em lugar de US$ 1,1 tri, total de novos compromissos parece ficar abaixo de US$ 100 bilhões.
CHRIS GILESDO
"FINANCIAL TIMES",
EM LONDRES

O premiê britânico, Gordon Brown, declarou que ontem foi "o dia em que o mundo se uniu para combater a recessão, não com palavras, e sim com um plano para a recuperação e a reforma econômica". Ele afirmou que os estímulos fiscais globais, os maiores "que o mundo já viu", chegam a US$ 5 trilhões e que haveria um novo "programa de apoio para restaurar o crédito, o crescimento e os empregos, na economia mundial", de US$ 1,1 trilhão.
Os números apresentados ao final de uma conferência de cúpula internacional precisam sempre ser examinados com atenção, especialmente se quem os estiver apresentando for o primeiro-ministro britânico. A reputação de Brown por inflar números, anunciar mais de uma vez as mesmas medidas e contar duplamente os valores envolvidos é bem conhecida. O número de US$ 5 trilhões para as medidas de estímulo fiscal fica bem distante do valor total de estímulo que os EUA e o Fundo Monetário Internacional (FMI) desejavam.
Não foi oferecido nenhum dinheiro novo, e o Tesouro britânico, embora tentasse atribuir o número ao FMI, na verdade afirmou que ele se referia à elevação cumulativa na captação dos governos do G20 para o período de 2008 a 2010, ante os resultados de 2007.
Leia mais aqui: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0304200909.htm

MÚSICA - Bob Dylan perdeu para as nove mulheres - Bob Dylan lost to the nine women


Alexandre Xavier
De São Paulo
Nesta semana Bob Dylan, Leonard Cohen e Belle & Sebastian apareceram com novidades. Pena que só as duas últimas são dignas de aplauso.
O mestre Dylan lançou na internet "Beyond Here Lies Nothing", o primeiro single de Together Through Life, seu 33° álbum de estúdio que sai só dia 28 de abril. A única novidade deste álbum é o fato de que todas as faixas do disco terão um acordeon no arranjo. De resto, a julgar pelo single, não vem nada de relevante aí.

Por enquanto, a impressão é que o novo álbum será uma continuação sem inspiração do Modern Times, seu belo último trabalho. Uma pena, haja vista que havia muita expectativa em relação ao Together Through Life (não só porque trata-se de um álbum surpresa, mas também porque Bob Dylan é Bob Dylan e seus últimos quatro discos são excelentes).
É digno de nota também o novo CD do Leonard Cohen, o Live in London, um registro da turnê que marcou sua volta aos palcos depois de 15 anos. Esse é um discasso porque conta com as melhores músicas da discografia do homem num show memorável.

Mas a grande novidade musical da semana vem do Stuart Murdoch, o vocalista do Belle & Sebastian (a banda escocesa que já pode ser considerada um clássico indie).
Murdoch lançou nesta quinta-feira a primeira música do seu novo projeto, o God Help the Girl. Este projeto doido começou há cinco anos e juntou uma orquestra, uma idéia grandiosa e nove vocalistas mulheres. Só para se ter uma idéia da minúcia da coisa, para escolher as vocalistas Murdoch recorreu não só a anúncios de jornais, mas também ao Ídolos escocês.
O álbum sai só em junho, mas o site do God Help the Girl e o primeiro single lançado nesta quinta-feira (chamado "Come Monday Night") já dão um gostinho do que vem por aí.
A coisa parece divina. Ouça tudo e leia mais aqui.

TECNOLOGIA - Google estaría em conversações para comprar Twitter - Google is in talks to buy Twitter


El gigante de las búsquedas en Internet, Google, estaría en negociaciones para adquirir el servicio de microblogging Twitter, afirmó el blog especializado TechCrunch hoy citando fuentes cercanas a las conversaciones.Aunque no se conoce el precio, Twitter estaría avaluado en unos US$250 millones. La compañía rechazó anteriormente una oferta de compra por parte de Facebook por casi US$500 millones, aunque esa oferta estaba compuesta en parte de acciones de la red social, en lugar de efectivo.Según fuentes citadas por el sitio web, las discusiones estarían aún en una etapa temprana, y que también sería posible una cooperación entre ambas para la creación de un buscador en tiempo real.Twitter permite el envío de mensajes de 140 caracteres a Internet a través de teléfonos móviles o mediante el mismo sitio Web. Según TechCrunch, tendría valor para Google ya que permite realizar búsquedas de información de último minuto gracias a los mensajes enviados por los usuarios.
Fonte: El Financiero, Chile.

AMAZÔNIA - As ameaças do dendê para a conservação da biodiversidade e das florestas - Dengan ancaman dari minyak kelapa sawit untuk konservasi keaneka

Um estudo sobre os efeitos da expansão do cultivo de palmeiras de óleo à biodiversidade da Amazônia foi publicado na revista Tropical Conservation Science, indicando que potenciais investimentos nessa produção para a região podem causar sérios impactos ambientais à floresta amazônica. De acordo com a pesquisa, quase metade da Amazônia (2,3 milhões de quilômetros quadrados) é apropriada para o cultivo de palmeira de óleo, e corporações da Malásia vêm sinalizando seu interesse em se instalar na região para estabelecer novas plantações.
O relatório também considera preocupante o fato de o governo brasileiro cogitar a aprovação de uma lei que passaria a contar as plantações de palmeira de óleo como “florestas”, dentro da exigência de reserva florestal de 80% para propriedades privadas da Amazônia.

Essa medida pode ser uma forma de incentivar a indústria de palmeira de óleo amazonense, diante das demandas mundiais por produtos industrializados feitos a partir de óleo.
“A primeira preocupação é de que as plantações de palmeiras são biologicamente pobres e dependem da floresta. A segunda é: desacreditamos em afirmações políticas e corporativas que sugerem que as plantações de palmeiras de óleo estarão concentradas em terras previamente desflorestadas da Amazônia”, afirmam os responsáveis pelo estudo.

A preocupação é justificada pelo histórico da produção de palmeiras no mundo. Segundo o estudo, historicamente os produtores têm desmatado as florestas primárias para instalar suas plantações, de modo a obter lucros imediatos com a utilização da madeira, para compensar seus gastos com o estabelecimento do cultivo, que passa a dar retorno apenas de três a cinco anos após seu início.Pelo estudo, a agricultura de palmeiras de óleo poderia então emergir como uma nova grande ameaça para o meio ambiente da Amazônia, que tem potencial para a produção de palmeiras, por sua alta temperatura, quantidade de chuvas e solo, muito mais propícios ao cultivo dessas plantas do que às plantações de soja e cana.

O relatório também aponta que a expansão das plantações de óleo para áreas remotas seria facilitada por uma proliferação de estradas e outras obras de infraestrutura, que aumentam o acesso a novas fronteiras da floresta. Inclusive, o estudo aponta a probabilidade de que cresçam as pressões por grandes refinarias para que terras da Amazônia sejam licenciadas por agências ambientais para produção de palmeiras de óleo.
Por Fabíola Munhoz, do Amazônia.org.br


Estudo completo disponível aqui

G-20 - A nova promessa de um mundo novo - The new promise of a new world

Alguns dos principais resultados e críticas que receberam às discussões dos países mais ricos do mundo.

1. Reforma dos sistemas financeiros nacionais e criação de mecanismos de controle dos bancos transnacionais, que regulem o mercado financeiro internacional;
2. Estimulo fiscal, gastos governamentais de cerca 5 trilhões, para incentivar o crescimento econômico;
3. Ampliação das ações do FMI e do Banco Mundial;
4. Injeção de 500 bilhões em esses organismos para ampliar o apoio e financiamento para países emergentes e, principalmente aos mais pobres;
5. A conclusão da Rodada de Doha de comércio que limite as ações protecionistas.

Algumas das críticas aos resultados da reunião questionaram a injeção de novos recursos aos organismos financeiros internacionais, devido a que foram eles os principais responsáveis da crise financeira internacional. Houve propostas que não receberam o apoio dos países participantes da reunião, como a criação de uma moeda alternativa ao dólar.
Em geral, as críticas foram no sentido de os resultados serem inviáveis e sobre as novas formas de administração desses recursos já que se criará um novo órgão chamado de “Comitê de Estabilização Financeira” aos quais poucos países prestaram atenção. Existe a dúvida sobre o papel dessa nova estrutura que pode ser, segundo alguns, uma nova forma de controle do G-7 ou G-8 (os países mais ricos do Planeta).

G. ENRÍQUEZ.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

AMAZÔNIA, BELÉM - Pesquisa revela a “geografia do crime” - Research shows the geography of crime

Foto: G. ENRÍQUEZ/2008
Das plantações da folha de coca na Colômbia, Bolívia e Venezuela, a droga, transformada em pó, peteca ou pasta, chega ao Brasil via Itabatinga, no Amazonas. De lá, a mercadoria é transportada por rio até Abaetetuba, no Pará, e, em seguida, distribuída para todo o país. Em Belém, o produto vem pela baía de Guajará até o rio Guamá e atravessa o canal do Tucunduba, seguindo livremente em direção ao coração do bairro da Terra Firme. Essa é a “geografia do crime”, apresentada como resultado da pesquisa de Aiala Colares, geógrafo e especialista em Planejamento Urbano, integrante do grupo Observatório de Estudos em Defesa da Amazônia, pertencente ao Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), da Universidade Federal do Pará.

A monografia “A geografia do crime na metrópole: da economia do narcotráfico à territorialização perversa em uma área de baixada de Belém” tem como objetivo mostrar de que forma o tráfico de drogas condiciona a situação de violência urbana na capital paraense. A pesquisa de Aiala, orientada pelo professor Durbens Nascimento, realizou um mapeamento dos pontos de venda de drogas na Terra Firme e os problemas decorrentes desse comércio ilegal para as comunidades locais. De acordo com o pesquisador, o tema da violência ainda é muito negligenciado do ponto de vista acadêmico. Embora seja muito forte socialmente e recorrente na mídia, é um assunto pouco estudado, principalmente em se tratando do narcotráfico.
O bairro da Terra Firme surgiu na década de 50 como consequência de uma expansão populacional, não acompanhada de planejamento urbano. Com a valorização da área central da cidade, boa parte da população pobre de Belém se deslocou para as áreas de baixada, que eram vistas como espaço de ocupação provisória. Hoje, a Terra Firme tem mais de 60 mil habitantes e se encontra com outro bairro ainda mais populoso, o Guamá, com mais de 100 mil moradores, onde proliferam as áreas carentes de infraestrutura e de serviços públicos, situação propícia para que se revelem a pobreza e a miséria.
Cria-se, então, um locus estratégico para a manifestação do tráfico e, assim, da violência. “Onde o Estado se ausenta, a criminalidade se apresenta como boa oportunidade. E é aí que entra toda a teoria da escolha racional: a população que está desempregada, ganha pouco ou vive em situação de extrema pobreza é facilmente captada pelo tráfico. Desse modo, surge uma territorialidade precária e, a partir daí, a manifestação simbólica do tráfico. Isso não quer dizer que o tráfico e a violência urbana existam somente na Terra Firme ou nas áreas precárias e de ocupação espontânea, mas esses são fatores que propiciam essa manifestação social e disseminam esse conceito”, explica Aiala Colares, que também é um morador do bairro.
Leia reportagem completa aqui: http://www.ufpa.br/beiradorio/rep1.html.

Zoneamento Ecológico beneficia pecuária na Amazônia

Nem o mais otimista dos que acreditam no progresso a qualquer custo poderia imaginar, que a realização de Zoneamento Econômico e Ecológica beneficiaria traria benefícios ao setor que mais o combatia: os pecuaristas.
Eles, os pecuaristas, temiam o Zoneamento por acreditarem que ao se destinar porções de terra, ou as zonas como são chamadas, para certas atividades produtivas, a pecuária, sempre combatida pelos ambientalistas, seria prejudicada com redução de terras e, em alguns casos, até com a proibição total de instalação.
Ledo engano, não foi isso que aconteceu.
No embate entre ambientalistas e pecuaristas perderam os ambientalistas. Na maioria dos Zoneamentos, já realizados na Amazônia, foram destinadas mais terras para a pecuária e menos para as Unidades de Conservação.
Ocorre que a metodologia de Zoneamento, que tanto agradava os planejadores da década de 1980 parece mostrar fragilidades insuperáveis. Zonear é muito caro e o resultado nem sempre satisfatório.
É consenso de que a destinação de usos produtivos para as diversas Zonas com base no potencial técnico é muito complicada. Ou a indicação das atividades produtivas para cada Zona é feita com elevado grau de generalização (o que acaba por permitir a produção de quase tudo) ou as indicações são óbvias demais (quando sugere conservar Unidades de Conservação já criadas, por exemplo).
Costuma-se, após a realização de vários e onerosos estudos como de solos, geologia, geomorfologia, vegetação, fauna e assim por diante, limitar as indicações produtivas tendo por base os riscos de erosão. Ou seja, dependendo da inclinação do terreno o risco à erosão é maior e aí é melhor não usar para agropecuária. Afinal não se deve plantar em morro, coisa que todo produtor sabe.
O desinteresse pela metodologia do Zoneamento se ampliou quando, de uns tempos para cá, se deu uma forte ênfase à dimensão política do processo. O deslumbramento com os tais dos empoderamentos fez com que ouvir as populações, ou zonear de baixo para cima, se transformasse em bandeira de luta.
O exemplo do Zoneamento feito no Acre talvez seja o melhor exemplo. Depois de vários onerosos estudos se reconheceu a ocupação que já ocorria. Ou seja, onde era pecuária se ampliou e onde era protegido se manteve.
Talvez seja o único caso no mundo de uma ocupação social realizada à gandaia ser referendada pela técnica.
A partir daí a orientação de uso baseada na técnica, que já era algo difícil de fazer, tornou-se quase impossível. A conseqüência natural é que atores sociais e agentes econômicos com maior peso político, como o dos pecuaristas, conseguem exercer maior pressão junto as autoridades de plantão.
Dessa maneira os pecuaristas ganharam terras no Acre, em Rondônia, no Amapá e, mais recentemente, no Pará. Melhor ainda o Zoneamento, com todo seu dito embasamento técnico, tem sido usado como principal argumento dos pecuaristas para jogar por terra o Código Florestal.
A Reserva Legal definida pelo Código Florestal e que, em conjunto com as Áreas de Proteção Permanente das nascentes de rios, são consideradas maiores conquistas dos ambientalistas, correm sério risco de acabar com base nos Zoneamentos.
A conclusão, que parece óbvia, é que se Zonear significa ceder terras aos pecuaristas melhor deixar a zona como está.
Pro. Dr. Ecio Rodrigues, Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac)

G-20 vai considerar plano do príncipe Charles para salvar florestas tropicais

Líderes do Grupo dos 20 (G20, os países ricos e os principais emergentes) concordaram em considerar o plano proposto pelo príncipe Charles para salvar as florestas tropicais do mundo. A decisão ocorreu durante o encontro entre o G-20 e o príncipe, no Palácio St. James, Inglaterra, cujo um dos objetivos era discutir as ações que podem ser feitas a fim de proteger as florestas tropicais e, assim, diminuir o ritmo das alterações climáticas.
Intitulado de "Um Pacote Emergencial para Florestas Tropicais" (An Emergency Package for Tropical Forests - em inglês), o plano defende o pagamento de bilhões de libras aos países em desenvolvimento para evitar o desmatamento por meio de mecanismos do mercado. Enquanto o plano não é colocado em prática, o príncipe defende a adoção de um "pacote de emergência", que investirá bilhões na salvação de florestas já no começo do ano que vem.
Os 15 líderes mundiais presentes, incluindo o ministro de relações Exteriores, Celso Amorim, e a secretária de Estado Hillary Clinton, concordaram em tentar criar um meio de aumentar o financiamento de emergência.
"Acredito que o consenso alcançado nesta reunião vai permitir o desenvolvimento de uma abordagem para lidar com a questão do desmatamento, sendo capaz não só de aliviar o sofrimento de milhões de pessoas pobres do nosso planeta, mas também de nos dar o presente mais evasivo e precioso em nossa luta contra as alterações climáticas, o tempo", conclui o príncipe.
Mais sobre o planoEm termos gerais, o relatório descreve um pacote de medidas de emergência para diminuir o desmatamento das florestas tropicais do mundo inteiro. Ao todo há dez propostas, entre elas: pagamento às nações que possuem florestas para conter o desmatamento e ação global para mapear os responsáveis pela devastação.
Neste ano, o plano será trabalhado e discutido com as partes interessadas para melhorar ainda mais a proposta e integrá-la com outras iniciativas.
A implementação deste pacote de emergência dependerá da aceitação por parte dos governos e das comunidades de nações que possuem florestas tropicais e os governos dos principais países desenvolvidos, em conjunto com a participação ativa dos mercados de capitais privados.
Veja o plano completo: An Emergency Package for Tropical Forests

AMAZÔNIA, BIOPIRATARIA - biopiracy

Sabia que:

  • A retirada ilegal de madeira e produtos da floresta para fins comerciais é um crime previsto na Lei de número 9.605/98, de crimes ambientais.
  • Os produtos amazônicos com reconhecido poder medicinal mais procurados pelos piratas da floresta são a casca da Jatobá, casca do Ipê-roxo, folha da pata-de-vaca, cipó da unha- de-gato, casca da canelão e da catuaba. De acordo com estudos realizados por pesquisadores brasileiros foram identificadas 105 espécies medicinais, que estão entre as mais visadas na Amazônia.
  • No mercado mundial de medicamentos (US$ 320 bilhões anuais), 40% dos remédios são oriundos direta ou indiretamente de fontes naturais (30% de origem vegetal e 10% de animal). Estima-se que 25 mil espécies de plantas sejam usadas para a produção de medicamentos.

MEIO AMBIENTE - Marina Silva é premiada na Noruega por luta ambiental - Marina Silva is winning the fight for environmental Norway

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT-AC) foi a vencedora do Prêmio Sophie 2009, anunciado nesta quarta-feira (1º) na Noruega. A senadora levou US$ 100 mil por seus esforços para preservar "o maior e mais rico ecossistema da Terra: a Floresta Amazônica". Um painel de jurados afirmou que Marina, de 51 anos, demonstrou coragem e conseguiu resultados que são "sem comparação" na proteção das florestas.
A ex-ministra nasceu de uma família com 12 irmãos, que viviam da extração da borracha em seringais.
Mesmo analfabeta até a adolescência, estudou e chegou a formar-se em História na Universidade Federal do Acre. Parte da militância de Marina pela proteção do meio ambiente se deu ao lado do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988.
Apesar da oposição de fazendeiros e outros interesses econômicos, Marina usou a lei e as instituições para proteger a floresta, fundamental para o meio ambiente, pois absorve grandes quantidades de dióxido de carbono.
Ela também ajudou a criar o Fundo Amazônia, para evitar a emissão de gases causadores do efeito estufa através da conservação da floresta. "Marina Silva recebeu o Prêmio Sophie por sua coragem, criatividade e habilidade em forjar alianças, mas primeiro e sobretudo por sua batalha para conservar a Floresta Amazônica", disse o júri do prêmio.
"Seu esforço para assegurar um manejo sustentável da terra em que vivemos é uma inspiração para todos nós."Marina demitiu-se após quase cinco anos no posto de ministra, em maio de 2008. O prêmio foi criado em 1997, pelo escritor norueguês Jostein Gaarder e pela mulher dele, e seu título refere-se ao maior sucesso do autor, "O Mundo de Sofia". No ano passado, o vencedor foi o biólogo norte-americano e escritor Gretchen C. Daily. O prêmio deste ano será entregue em uma cerimônia em Oslo, no dia 17 de junho.
(Fonte: Estadão Online)