sexta-feira, 13 de março de 2009

EXTRATIVISMO NA AMAZÔNIA - OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE (I)

(entrevista na Reserva de Desenvolvimento sustentável do IRATAPURU).

O extrativismo,é uma atividade social e econômica relevante para a conservação da floresta amazônica, sempre e quando tenha como base social uma categoria de extrativistas não subordinados ao sistema tradicional de latifúndio ou fazenda, que predominou na região no passado e que ainda predomina, no presente, em diversas regiões.
O “extrativismo" é o nome dado para a remoção de produtos florestais não-madeireiros, tais como látex, resinas e castanhas, que têm perspectivas excelentes de uso sustentável. Para o autor, o estabelecimento de Reservas Extrativistas na Amazônia Brasileira se converteu em uma possibilidade concreta de assegurar áreas substanciais de floresta para comunidades residentes. As primeiras reservas extrativistas (RESEX) foram decretadas no estado do Acre em 1988; depois outras foram propostas em Rondônia, Amazonas e Amapá. Se essa opção destina-se a obter um impacto significativo sobre os padrões de uso da terra na Amazônia no futuro, afirma o autor, precisa‑se de rapidez na demarcação e legalização das reservas, além de se restringir a construção de estradas em áreas vizinhas.

Pó outro lado, uma economia extrativa é, no sentido básico, uma maneira de produzir bens na qual os recursos naturais úteis são retirados diretamente da sua área de ocorrência natural, em contraste com a agricultura, o pastoreio, o comércio, o artesanato, os serviços ou a indústria. A caça, a pesca e a coleta de produtos vegetais são os três exemplos clássicos de atividades extrativas. A combinação dessas três atividades sustentou, com exclusividade, um número desconhecido de sociedades humanas, por centenas de milhares de anos, por vezes associadas com diversas formas de agricultura e/ou pecuária itinerante. Elas só deixaram de ser decisivas – embora sem desaparecer – com o aparecimento da agricultura temperada permanente que a literatura arqueológica e antropológica associa à revolução neolítica ocorrida há apenas alguns milhares de anos.

Uma das alternativas para pensar o desenvolvimento sustentável pode ser o modelo extrativista, considerando-se as enormes mudanças tecnológicas, a importância crescente da biodiversidade e a urgente necessidade de conter o avanço do desmatamento na região amazônica. Para ela, o extrativismo não pode ser visto apenas com a visão tradicional do passado. Assim, é de fundamental importância conhecer quais têm sido os diversos enfoques sobre os modelos de exploração dos recursos naturais da região amazônica e, sobretudo, desmistificar a visão da economia neoclássica tradicional sobre o modelo extrativo da Amazônia, visão que coloca como centro do desenvolvimento os mecanismos do mercado.

Até entrada a década de 1990, as idéias sobre as políticas de exploração da floresta amazônica centravam-se em duas orientações, por um lado, a adoção de tecnologias de uso sustentável para a derrubada de árvores e, por outro, o estabelecimento de áreas de conservação que limitaram ou racionalizaram o uso de recursos da floresta. Foi flagrante a falta de mecanismos de controle e os conflitos gerados pelo governo, quando incentivou atividades econômicas que não eram compatíveis com a cultura e o clima da região.

Nesse sentido, o extrativismo tem sido alvo de grandes debates por parte da comunidade científica, bem como de toda a sociedade. Muitos apontam as RESEX como alternativas econômicas e ecológicas para a região amazônica. Outros afirmam, entretanto, que este sistema de produção está superado e, portanto, não existiria mais viabilidade econômica para tal tipo de atividade. Assim, grande parte dos analistas questiona até que ponto o extrativismo vegetal, tendo em vista o atual padrão tecnológico, garante a manutenção das comunidades com a preservação do meio ambiente.
(GONZALO ENRÍQUEZ, maio, 2007)

quinta-feira, 12 de março de 2009

O CHICO MENDES DO AMAPÁ: OS DESAFIOS DO EXTRATIVISMO TRADICIONAL -challenges the traditional extrativismo

"Se a humanidade quer abreviar os dias dela, pode derrubar tudo, não tem problema. A natureza vai responder e a humanidade vai pagar por isso, mais cedo ou mais tarde" ( entrevista com Pedro Ramos, dirigente do Conselho Nacional dos Seringueiros 10.5.2007)


Um dos maiores desafios dos produtos do extrativismo tradicional consistem em agregar valores aos produtos atualmente comercializados apenas como matérias-primas.

Os produtores devem procurar novos nichos de mercado e aproveitar as novas tendências de uso dos produtos da biodiversidade. Nesse sentido, já existem grandes compradores incentivando comunidades a diversificar seus mercados, já que o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade é muito curto, razão pela qual a constante inovação é o requisito principal, no sentido de evitar a saturação de mercado e queda dos preços dos produtos elaborados. Assim, essa nova oportunidade deve ser rapidamente aproveitada já que se o consumidor muda de gosto, a oportunidade também desaparece.

Existe também uma lacuna em termos de marcos regulatórios e regras pouco claras na cadeia produtiva, da extração na floresta até a exportação do produto final ou da matéria-prima.

Da mesma forma, a produção extrativa é um setor que recebe pouco apoio das agências governamentais de fomento, no que concerne a termos de planejamento, a crédito, a coordenação e a gestão dos interesses econômicos dos extrativistas, produtores e exportadores. Ou seja, o setor está exposto ao livre choque comercial da oferta e da demanda no mercado capitalista. (Gonzalo Enríquez, 2007).

Brasil, Brasília - Lucros com biodiversidade têm que ser divididos com populações tradicionais MMA


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu nesta quarta-feira (11) durante a abertura da reunião do Grupo dos Países Megadiversos Afins, no Palácio do Itamaraty, a união das 17 nações em defesa da biodiversidade planetária e da criação, para 2010, do regime de Acesso e Repartição de Benefícios (ABS). O mecanismo, previsto pela Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas na Cúpula Mundial do Rio - Eco-92, garante às populações tradicionais e povos indígenas parte dos lucros obtidos com a exploração da biodiversidade e dos conhecimentos produzidos por elas.

Minc pediu o engajamento das nações do grupo. "Devemos ousar e falar alto em prol da vida - e que o mundo ouça o clamor daqueles que, em seus países, preservam a maior parte da biodiversidade do planeta, da vida em todas as suas formas", disse.
A reunião integra os esforços do Brasil à frente do Grupo dos B-17 - que reúne as 17 nações mais ricas em biodiversidade do mundo , rumo à implantação de um Regime Internacional de Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios dos Recursos Genéticos durante a 10ª Conferência das Partes (COP-10) da Convenção a ser realizada em outubro de 2010 em Nagóia, no Japão.
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=4619
Grace Perpetuo
ASCOM MMA

Europeus discutem a castração dos criminosos sexuais - Européens de discuter de la castration des délinquants sexuels


Pavel recorda-se das violentas sudoreses noturnas que o acometeram dois dias antes do assassinato. Ele consultou-se com um clínico geral, que disse que o problema desapareceria espontaneamente. Mas ele conta que, após assistir a um filme de artes marciais de Bruce Lee, foi tomado por desejos sexuais incontroláveis. Ele convidou um vizinho de 12 anos de idade para ir à sua casa. A seguir, esfaqueou o garoto cinco vezes.

O psiquiatra de Pavel diz que o seu paciente obtém prazer sexual com a violência.

Mais de 20 anos se passaram. Pavel, que à época tinha 18 anos, passou sete anos na prisão e cinco em uma instituição psiquiátrica. Durante o seu último ano na prisão, ele pediu para ser cirurgicamente castrado. Segundo ele, a operação foi como a drenagem da gasolina de um carro preparado para uma colisão.

Um homem grande, de face redonda, ele é estéril e abriu mão do casamento, relacionamentos românticos e sexo. A sua vida gira em torno de uma instituição católica de caridade, na qual é jardineiro.

"Finalmente posso viver sabendo que não machucarei ninguém", disse ele durante uma entrevista em uma lanchonete McDonald's daqui, enquanto crianças brincavam barulhentamente nas proximidades. "Estou levando uma vida produtiva. Quero dizer às pessoas que existe ajuda".

Ele recusou-se a fornecer o seu sobrenome por temer ser perseguido.

A possibilidade de a castração poder ajudar a reabilitar criminosos sexuais violentos está passando por um novo escrutínio depois que, no mês passado, o comitê anti-tortura do Conselho da Europa afirmou que a castração cirúrgica é "invasiva, irreversível e mutiladora", e exigiu que a República Tcheca deixasse de oferecer a cirurgia a criminosos sexuais violentos. Outros críticos afirmam que a castração ameaça conduzir a sociedade a uma rota perigosa rumo à eugenia.

A República Tcheca permitiu que pelo menos 94 presidiários fossem castrados nos últimos dez anos. Este é o único país na Europa que utiliza esse procedimento, conhecido tecnicamente como pulpectomia testicular - uma cirurgia de uma hora de duração que envolve a remoção do tecido que produz testosterona. Psiquiatras tchecos que supervisionam o tratamento insistem que esta é a forma mais segura de conter o furor sexual em predadores perigosos.
Leia mais: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/03/11/ult574u9215.jhtm

Céticos pressionam por provas dos benefícios do AÇAÍ


É difícil ignorar a badalação em torno do açaí, a fruta roxa que dá em árvores de 18 metros na floresta tropical brasileira e passou a ser ingrediente em bebidas "desintoxicantes" e cremes antienvelhecimento.

Basta verificar suas mensagens de e-mail ou as propagandas no Facebook para se ter uma idéia das alegações: "Perca peso com o segredo de dieta favorito de Oprah!" "Coma a fruta que o dr. Oz chama de 'superalimento Nº 1!

"Cinquenta e três novos alimentos e bebidas contendo açaí foram lançados nos Estados Unidos em 2008, em comparação a quatro em 2004. As vendas de produtos tendo o açaí como ingrediente principal ultrapassaram US$ 106 milhões no ano encerrado em 24 de janeiro, segundo a Spin, uma empresa de pesquisa de mercado especializada em produtos naturais.

A Naked (que é de propriedade da Pepsi) e a 180 Blue (Anheuser-Busch) oferecem bebidas com açaí. O dr. Nicholas Perricone, famoso dermatologista, vende o suplemento de açaí, e a fabricante de cosméticos Fresh tem um Sugar Açai Age-Delay Body Cream por US$ 65.As virtudes de uma bebida de açaí de uma empresa chamada MonaVie foram exaltadas pelo magnata da mídia Sumner Redstone, que disse à revista "Fortune" em 2007 que esperava que o suco, a cerca de US$ 40 a garrafa, o ajudaria a viver mais 50 anos. (Ele atualmente tem 85.)

Apesar da atenção, há pouco apoio às alegações extravagantes feitas em prol do açaí. Apesar de a fruta conter antioxidantes - moléculas que podem desacelerar os danos causados pela oxidação de outras substâncias no corpo - não há estudos de longo prazo provando que o açaí remova rugas ou, como alegam vários produtos de desintoxicação, limpe o corpo das toxinas. Também não há evidência que apoie as esperanças de uma fruta mágica daqueles que fazem dieta.

"Atualmente não há pesquisa científica que apoie a alegação de que o açaí contribua para perda de peso", disse Stephen T. Talcott, professor associado de química alimentar da Texas A&M University, que publicou vários estudos sobre a fruta. "Algumas empresas estão explorando o fato do açaí ser amplamente desconhecido do público em geral, sendo vendido como fruta de curas milagrosas vinda das profundezas da floresta Amazônica. Se trata apenas de uma exploração da ignorância do consumidor."
Leia reportagem completa do NYT AQUI:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/03/12/ult574u9218.jhtm

Música globalizada....

http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=2539741

quarta-feira, 11 de março de 2009

FALA O PIB BRASILEIRO......

Desmentindo todas as análises, inclusive as vozes mais autorizadas do Planalto, o Ministro Manteiga e a Ministra Dilma, o dono da maior parcela do PIB brasileiro a FIESP, que reúne o empresariado paulista e que sempre fala por último, já falou em alto e bom som. O Brasil foi o segundo país mais afetado pela crise internacional.

Não fez uma semana que neste mesmo blog postamos a palestra do Ministra Mantega onde el falou o por que o Brasil estaria melhor preparado para enfreentar a cris e mostrou com informações convincentes que o Brasil tinha sido o país que menos impactos negativos había sofrido. Agora o assunto complicou, quem está com a verdade?

Veja a palestra do Ministro Mantega abaixo:

http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2009/p050309-CDES.pdf

Um estudo apresentado nesta quarta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) diz que o Brasil é o segundo país mais prejudicado pela crise internacional.

Em comparação com vários países, entre os quais Alemanha, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Canadá, China, México e Coreia, o Brasil foi o que apresentou maior retração acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) desde o início da desaceleração da economia mundial.

De acordo com a pesquisa, o Brasil acumulou queda de 5,3 pontos percentuais do PIB (soma de todos os bens e riquezas produzidos no país) desde que a crise começou a afetar seu crescimento, no fim do ano passado. De um crescimento de 1,7% ocorrido no terceiro trimestre de 2008, o país apresentou variação do PIB de -3,6% no quarto trimestre.

Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram diferença acumulada de -2,8 pontos percentuais: de um crescimento de 1,2% no terceiro trimestre de 2007 -o último antes do início da desaceleração-, o país fechou o quarto trimestre de 2008 com queda de 1,6% no PIB. No Japão, a variação foi de -4,2 pontos percentuais e na Zona do Euro, de -2,2 pontos.

Levando em consideração as premissas do estudo, o Brasil só tem melhor resultado do que a Coreia, que acumula diferença de -7,2 pontos percentuais. O resultado, porém, foi acumulado em quatro trimestres de retração da economia. No Brasil, isso ocorreu em um trimestre.

"O que sente a sociedade são os pontos percentuais de queda do PIB", afirmou Paulo Francini, um dos responsáveis pelo estudo. "O Brasil, em termos de amplitude e em termos de prazo, não tem paralelos."

Ministro lança plano para desenvolvimento da Amazônia


A implantação de um novo modelo agropastoril e logístico para a Amazônia, voltado à preservação e recuperação do meio ambiente, é o objetivo do "Plano Amazônia Sustentável - Área de Influência da BR-163: Estradas Vicinais e Programa de Recuperação de Áreas Degradadas", que o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, ministro Roberto Mangabeira Unger, lançará nesta quinta-feira (12), no auditório do Sindicato Rural na cidade de Sinop, no Mato Grosso.
O Estado do Pará será representado na solenidade pelo secretário de Transportes, Valdir Ganzer.

"O Pará possui mais de 160 mil quilômetros de rodovias vicinais, onde moram milhares de produtores rurais que geram muita riqueza para o Estado e o restante do Brasil", destacou Ganzer. Segundo o secretário, programas do governo federal, como Luz Para Todos, e o apoio à agricultura familiar estão mudando a realidade do produtor rural no Brasil, e “principalmente na Amazônia, onde as distâncias são maiores e a logística de transporte, energia, saúde e educação devem funcionar bem, a fim de garantir mais dignidade e conforto ao homem do campo”.

A BR-163 está sendo asfaltada a partir de Sinop, no Mato Grosso, e tem outra frente de trabalho partindo de Santarém, onde deverá acontecer o próximo encontro para o lançamento do Plano no Pará, cuja data deverá ser definida na reunião de quinta-feira.

Corredor - Pavimentada, a rodovia permitirá que a produção do Centro-Oeste chegue a Santarém, de onde seguirá de navio para portos nacionais e de outros países, viabilizando um novo corredor de exportação a partir do Pará.

O secretário ressaltou a preocupação com os problemas decorrentes da abertura de rodovias, como o aumento do desmatamento, em função da exploração madeireira, da pecuária e do cultivo de grãos. "Temos de buscar soluções conjuntas para a utilização de 30 milhões de hectares de áreas degradadas no Pará, para expansão agrícola e preservação de nossas áreas e parques ambientais já delimitados por lei", ressaltou Ganzer.

Do Plano Amazônia Sustentável consta ainda a criação de logística para recuperação e manutenção de estradas vicinais e intensificação da produtividade.

Também deverão participar do lançamento o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, prefeitos e lideranças políticas de Mato Grosso e do Pará. O encontro com o ministro prosseguirá à tarde, no Parque Florestal da cidade de Sinop.
Texto: Ascom/Setran

BRASIL, SÃO PAULO - VEJA VÍDEO QUE EXPÕE ESQUEMA DE TRÁFICO DE DROGRAS NO AEROPORTO DE GUARULHOS

Já foi dito, escrito e falado, que pelas esteiras dos aeroportos brasileiros passam toneladas de drogas, armas – de todos os calibres- e crianças, que formam parte de uma rede internacional de seqüestro. Tudo dentro de um rigoroso esquema de contrabando. Isso mesmo, rigoroso e competente esquema oficial de corrupção. Depois de muitos anos de livre trânsito pelas aduanas dos aeroportos brasileiros, agora são apanhados alguns quilos de droga. E o resto? O que já passou e, sobre todo, o que vai continuar passando por baixo das pernas dos funcionários das alfândegas brasileiras?
Veja uma pequena mostra do esquema que deve repetir-se na maioria dos aeroportos internacionais do Brasil.

terça-feira, 10 de março de 2009

BRASIL, PEDOFILIA - Senador diz que nenhum criminoso será poupado


Se depender da atuação da Comissão do Senado que veio a Belém investigar os casos de pedofilia no Pará, os chamados “peixes graúdos” denunciados por abuso sexual em crianças e adolescentes não terão tratamento diferenciado. É o que garantiu ontem à noite o presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES) (na foto à direita). “ACPI irá cumprir o seu papel. Nós desconheceremos autoridades e não temos compromissos com cargos ou anéis. O crime de pedofilia é igual para todos e não seremos intimidados por nenhum tipo de pressão”, afirmou o senador ainda no aeroporto de Belém, logo após o desembarque e depois de ouvir uma carta lida por uma representante dos movimentos sociais, cobrando resultados em relação aos casos de pedofilia.

O senador garantiu que a CPI local receberá todo o apoio necessário para que possa ir até o final, com resultados concretos. “Todas as denúncias serão ouvidas. Temos apoio do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e de setores organizados da sociedade. O que não podemos é nos calar. Quem cala consente.

Não podemos acobertar essa prática nojenta e não podemos silenciar diante desses crimes. Medo é uma palavra que só conheço de ouvir falar”, disse o presidente da CPI.

O principal foco deverão ser as denúncias de abusos sexuais no Marajó. Malta criticou o fato de que o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) não consiga fazer a cobertura necessária no arquipélago. “O Sivam não consegue fiscalizar a fronteira, onde ocorrem tráficos de pessoas e abusos sexuais”. Segundo o senador, se a CPI conseguir dar respostas aos casos denunciados no Marajó já terá cumprido seu papel.

Acompanhado de outros senadores, como Sebastião Nery, do PSOL, Magno Malta disse que acabara de chegar de Catanduva, no interior do São Paulo, onde havia a denúncia de 50 casos ligados à pedofilia. No Pará, foram 164 denúncias segundo a coordenadora do Pró-Paz, Socorro Fonseca. Mais da metade envolvem crianças de 0 a 11 anos. “Não podemos nos acostumar com esses números, com essa indignidade”, afirmou o senador, que prometeu mudanças na legislação que pune os crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Atualmente o máximo de tempo a que alguém fica preso se cometer esse tipo de crime é oito anos.

A vinda de membros da comissão foi recebida com expectativa por representantes de 40 entidades que foram ao aeroporto cobrar justiça e punição aos principais acusados.
Fonte: Diário do Pará

Pena de 30 anos, sem direito a liberdade antes do cumplimento da pena y COMPANHAMENTO ELETRÔNICO DO CRIMINOSO ATÉ A MORTE!!!!