quinta-feira, 12 de março de 2009

O CHICO MENDES DO AMAPÁ: OS DESAFIOS DO EXTRATIVISMO TRADICIONAL -challenges the traditional extrativismo

"Se a humanidade quer abreviar os dias dela, pode derrubar tudo, não tem problema. A natureza vai responder e a humanidade vai pagar por isso, mais cedo ou mais tarde" ( entrevista com Pedro Ramos, dirigente do Conselho Nacional dos Seringueiros 10.5.2007)


Um dos maiores desafios dos produtos do extrativismo tradicional consistem em agregar valores aos produtos atualmente comercializados apenas como matérias-primas.

Os produtores devem procurar novos nichos de mercado e aproveitar as novas tendências de uso dos produtos da biodiversidade. Nesse sentido, já existem grandes compradores incentivando comunidades a diversificar seus mercados, já que o ciclo de vida dos produtos da biodiversidade é muito curto, razão pela qual a constante inovação é o requisito principal, no sentido de evitar a saturação de mercado e queda dos preços dos produtos elaborados. Assim, essa nova oportunidade deve ser rapidamente aproveitada já que se o consumidor muda de gosto, a oportunidade também desaparece.

Existe também uma lacuna em termos de marcos regulatórios e regras pouco claras na cadeia produtiva, da extração na floresta até a exportação do produto final ou da matéria-prima.

Da mesma forma, a produção extrativa é um setor que recebe pouco apoio das agências governamentais de fomento, no que concerne a termos de planejamento, a crédito, a coordenação e a gestão dos interesses econômicos dos extrativistas, produtores e exportadores. Ou seja, o setor está exposto ao livre choque comercial da oferta e da demanda no mercado capitalista. (Gonzalo Enríquez, 2007).

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